Microscopia Aplicada a Polímeros

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Microscopia de contraste de fase
Advertisements

ESPECTROMETRIA /COLORIMETRIA
Questão 01: Depois de anos de interrupção, ocorreu neste ano (2005) a retomada de lançamentos do ônibus espacial pela NASA, desta vez com sucesso. Nas.
Métodos de estudo em microscopia de luz e eletrônica
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
Eletricidade Básica Prof. Hebert Monteiro.
ESPECTROSCOPIA NO UV/VIS
Prof.: Raphael Carvalho
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE TRANSMISSÃO
FENÔMENOS ONDULATÓRIOS
Microscopia de campo escuro
Ondas Perturbação(oscilação) se propagam.
PROPRIEDADES FÍSICAS DOS MINERAIS
GM-861 Difração de raios X Sugestão de leitura: X-Ray Methods, Clive Whiston, Analytical Chemistry by Open Learning, John Wiley & Sons, 1987.
MICROSCOPIA ELETRÔNICA DE VARREDURA SCANNING ELECTRON MICROSCOPY
Microscópio Petrográfico
DIFRAÇÃO DE RAIOS-X Sérgio Pezzin
Meios Físicos Fibras Ópticas.
Técnicas de Caracterização de Polímeros
FÍSICA TERCEIRO ANO Giovani.
COMPÓSITOS Formados por dois materiais a nível macroscópico
Outras propriedades propaga-se a uma velocidade de 3x108 metros por segundos; raios-x para os ensaios não destrutivos são produzidos pela.
Introdução à Óptica Geométrica
Prof.: Raphael Carvalho
Análise térmica de polímeros
Professor: Diones Charles
Métodos de Determinação da Massa Molar
Visualização de Nanoestruturas
Porque usar um MET? (STEM-HRTEM-AEM)
ÓPTICA GEOMÉTRICA PREGOLINI.
Prof. Wosney Ramos de Souza
Espalhamento de Luz Estático
Nanotecnologia em sensores em fibras ópticas
2.2.2 Fenómenos ondulatórios
Difração de Elétrons Importância da técnica de difração de elétrons no MET Geometria espacial da difração de elétrons: Rede Real Rede Recíproca Vetor Recíproco.
Interação feixe amostra no MET
Técnicas de preparação citológica
Diagnóstico por Imagem.
ONDULATÓRIA.
ÓPTICA.
Noções de Física Nuclear
Difração Definição: Fenômeno que se produz quando as ondas qualquer que seja a sua natureza, encontram obstáculos ou aberturas cujas dimensões são da ordem.
Tecnologia da Biologia Celular
Fonte de elétrons São dois os tipos de fonte de elétrons utilizados em MET (No aparelho a construção dessas duas fontes recebe o nome de “canhão de elétrons”)
COMPORTAMENTO OPTICO DOS POLÍMEROS
A química dos compostos de coordenação.
Tipos de Lentes Magnéticas A - Bipartida (configuração típica das lentes objetivas – permite inserir e inclinar as amostras e introduzir aberturas entre.
Revisão Avaliação Bimestral Ciências 1º bimestre
Propriedades dos materiais
MATERIAIS POLIMÉRICOS
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA METALÚRGICA E DE MATERIAIS UNIVERSIDADE FEDERAL DE MINAS GERAIS TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO TÍTULO.
Disciplina : Ciência dos Materiais LOM 3013 – 2015M1
FENÔMENOS ÓPTICOS E ESPELHO PLANO
Resumo perspectiva histórica da CEM
CURSO DE RADIOPROTEÇÃO
Fenômenos Ondulatórios
MICROSCOPIA DE VARREDURA POR SONDA (SPM) APLICADA A AÇOS INOXIDÁVEIS DÚPLEX Nome do aluno 1, Nome do Orientador 2, 1 Estudante de Engenharia Mecânica –
ONDAS.
Princípios da Óptica Geométrica
Formação de imagem, radiogeometria
Reflexão da luz e introdução ao espelho plano Aula 1
Conceitos Básicos de Óptica Geométrica
Prof. Dr. Fábio Herbst Florenzano
CIÊNCIA E ENG MATERIAIS
PRINCÍPIOS DE ÓPTICA GEOMÉTRICA Sombras câmara escura de orifício
Fenômenos ondulatórios
1 Castro,J.T.P. Fundamentos da Especificação e Seleção de MATE RIAIS para Uso em Projeto Mecânico Prof. Jaime Tupiassú Pinho de Castro Dept. Eng.Mecânica.
Para ter acesso a esse material acesse:
METALOGRAFIA E MICROESTRUTURAS
Prof.: Raphael Carvalho. ÓPTICA GEOMÉTRICA É a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados com a luz e sua interação com meios materiais quando.
Transcrição da apresentação:

Microscopia Aplicada a Polímeros Fábio Herbst Florenzano Disciplina de Técnicas de Caracterização de Polímeros Engenharia de Materiais – EEL-USP

Principais modalidades de microscopia aplicadas a polímeros Microscopia óptica Campo claro Campo escuro Polarizada Outras Microscopia Eletrônica Varredura Transmissão Microscopia de Força Atômica

Modalidades de Microscopia

Microscopia óptica Poder de resolução: até ~0,1um d= λ 𝑁𝐴 𝑜𝑏 + 𝑁𝐴 𝑐𝑜𝑛𝑑 sendo NA= n senθ O uso de óleo com índice de refração alto permite aumentos maiores com resolução adequada A formação de imagens depende de cor ou de uma grande diferença de índice de refração nas estruturas analisadas sob o microscópio Pode ser de transmissão ou reflexão Variantes: campo claro, campo escuro, contraste de fase, de luz polarizada

Esquema de um microscópio óptico

Microscopia de campo claro O feixe direto chega aos olhos do observador Tem aplicação para estruturas que absorvem ou espalham muita luz como pigmentos ou sistemas poliméricos com constituintes com grande diferença no índice de refração Aplicável a polímeros pigmentados, com carga, reforços, análise de contaminates e outras que se encaixem na situação acima.

Microscopia de campo claro: plástico reforçado com fibras de carbono

Microscopia de campo escuro O feixe direto é barrado por um diafragma anelar abaixo do condensador Apenas a luz que sofre difração (devido às inomogeneidades da amostra chegam aos olhos do observador) Portanto, o fundo é totalmente escuro (se a amostra for homogênea vê-se tudo escuro). Em caso de sistemas poliméricos com vários constituintes as interfaces entre essas fases serão destacadas.

Microscopia óptica de campo escuro: PVC com carga e pigmento

Microscopia de contraste de fase Essa técnica é usada para materiais que apresentam em seu interior estruturas com pouco diferença de índice de refração e não absorvem A técnica se baseia no uso de uma “placa de fase”, que faz com que as ondas do feixe direto e aquelas difratadas tenha uma diferença de fase maior, aumentando o contraste As lentes podem ser positivas ou negativas, conforme a fase do feixe direto é avançado ou atrasado A preparação é fundamental, pois também pode haver atraso ou avanço quando a luz atravessa a amostra.

Microscopia de contraste de fase

Microscopia de luz polarizada Particularmente útil para materiais anisotrópicos, como muitos polímeros Nesses materiais, chamados birrefringentes, duas ondas refratadas são formadas e levam a padrões típicos de interferência Permite a análise de processos como a cristalização (aumento da anisotropia em determinados), o grau de cristalinidade, visualização dos esferulitos etc.

Microscopia óptica com luz polarizada: esferulitos de i-PS

Preparação de amostras para a microscopia óptica Prensagem a quente Microtomia Uso de líquidos com índice de refração similar ao da amostra Polimento

Microscopia eletrônica Aumento do poder de resolução (dependente de λ) Principais variantes: Microscopia eletrônica de varredura Microscopia eletrônica de transmissão

Microscopia Eletrônica de Varredura Detecção Elétrons secundários Elétrons retroespalhados Raios-X (composição) Imagens tridimensionais da superfície com resolução aproximada de 10nm

Tipos de sinais para a detecção (SEM)

SEM

Elétrons secundários x retroespalhados

Raios-X: Dióxido de titânio em fibra de celulose

SEM: Membrana de acetato de celulose e PVDF

Preparação da amostra Amostras isolantes Aumento do contraste Uso de baixa voltagem ou Cobertura metálica: ouro, ouro-platina, platina, alumínio e carbono. Energia dos elétrons pode modificar os materiais (Ex. PTFE, PVC, PMMA, PC, PE e PS) Aumento do contraste Metais pesados Fraturas vítreas

Blenda PMMA-PLA: fratura criogênica

Fratura: poli(ε-caprolactona) e blenda de poli(ε-caprolactona) e um poliéster

Microscopia Eletrônica de Transmissão (TEM) Técnica com maior poder de resolução Capaz de determinar a estrutura interna dos materiais (inclusive poliméricos) assim como a sua constituição química Preparação bastante difícil e técnica sujeita a artefatos Geralmente danifica a amostra

Princípios da TEM O feixe de elétrons de alta energia apresenta comprimento de onda curto (λ=0,27nm a 200keV), aumentando muito o poder de resolução O feixe de elétrons interage com a amostra (difração, absorção e espalhamento) Imagens podem ser obtidas a partir do feixe que atravessa a amostra (atenuação) ou pelo padrão de difração Para a formação de imagens é preciso que os componentes do material interajam com o feixe de elétrons de forma distinta

Preparação da amostra Ultramicrotomia Tingimento químico Espessura é crítica Tingimento químico Tetróxido de ósmio Tetróxido de rutênio

Aplicações para polímeros Análise morfológica Distribuição de constituintes (blendas, cargas, etc.) Estrutura cristalina Mecanismos de fratura Análise de composição Análise quantitativa da composição de duas ou mais fases

Algumas opções de tingimento para polímeros (TEM)

Tem – sistemas multifásicos

Microscopia de força atômica Produz informações exclusivamente da superfície dos materiais Fácil preparação

AFM

AFM – Imagens – polianilina sobre PET