Análise crítica da Sustentabilidade e da Pegada Ecológica

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
O Mundo Depende de Ti e de Mim!!
Advertisements

Sustentabilidade Mudança de paradigma
INTRODUÇÃO ÀS CIÊNCIAS
Unifev Introdução à Ecologia Profa. Marisa Dionísio.
Conceitos em Ecologia e Ecossistemas
DISCIPLINA: GESTÃO AMBIENTAL
RECURSOS NATURAIS Homem usa 20% a mais do que a Terra pode repôr
Conceitos em Ecologia e Ecossistemas
ENERGIA E MEIO AMBIENTE
Símbolos usados nos Diagramas de Sistemas para Modelagem e Simulação.
Pegada Ecológica para a gestão ambiental de cidades e estados
A certificação de sistemas e produtos rurais usando emergia
TA542 Economia Agroalimentar Janeiro de 2013
AM020. Aula 08 Enrique Ortega, FEA/Unicamp 24 de setembro de 2013 Resíduos, Emissões, Efluentes 1.
Balanço de Emergia na Biosfera
O futuro pode ser ecológico?
Programa Usos dos recursos naturais
Ecologia: definição OIKOS – Casa LOGOS –Estudo
Universidade Estadual do Rio Grande do Sul Curso Superior de Tecnologia em Gestão Ambiental Componente curricular: SUSTENTABILIDADE E DESENVOLVIMENTO.
RECURSOS VEGETAIS Renováveis
AM020-Temas de atualidade Para entender o funcionamento da economia humana: o uso combinado das análises de K. Marx e de H. Odum Prof. Enrique Ortega DEA/FEA/Unicamp.
Enrique Ortega DEA/FEA/Unicamp Versão inicial: 13 de outubro de 2013
2003 – Ano Internacional da Água Doce Projeto Amigo do Lago da Serra da Mesa URUAÇU – GOIÁS - BRASIL.
Cuida Barão Reunião para discutir: •O progresso do Plano Diretor; •Críticas e novos riscos; •Necessidade de atualização; •Vínculo com a Agenda 21; •Atuação.
CAPÍTULO 30. SIMULANDO O FUTURO.
A CERTIFICAÇÃO DE SISTEMAS E PRODUTOS RURAIS USANDO EMERGIA. ESTUDO DE CASO: ANÁLISE DO SÍTIO “DUAS CACHOEIRAS”. Dr. Enrique Ortega Professor, FEA, Unicamp,
Lucas Gonçalves Pereira
TA 159A Tópicos Especiais em Engenharia de Alimentos Ari Nelson Rodrigues Costa 23/07/2006 Odum, H. T. Odum, E. C. University Press.
Método sistêmico para abordar questões.
Impactos ambientais da produção de biodiesel de soja
Símbolos usados nos Diagramas de Sistemas da Metodologia Emergética.
O futuro pode ser ecológico? Que podemos fazer para ajudar nessa tarefa? CODE-IPEA.
1 Dia Mundial da Alimentação Faculdade de Engenharia de Alimentos, Unicamp, 16 de outubro de Enrique Ortega Laboratório de Engenharia Ecológica,
Economia Ecológica: O papel da metodologia emergética
Álcool Etanol Combustível
Segunda parte: Análise sistêmica
Síntese dos Métodos de Pegada Ecológica e Análise Emergética
UNICAMP - FEA - DEA - LEIA ANÁLISE EMERGÉTICA METODOLOGIA EMERGÉTICA Discutir a interação entre a economia e os ecossistemas Mostrar a dependência do.
A SUSTENTABILIDADE NA PRODUÇÃO DE ALIMENTOS E A AGENDA 21 DO BRASIL Enrique Ortega FEA, Unicamp, Caixa Postal 6121 CEP Campinas, SP, Brasil.
Consumidor Diagramas □ Biosfera □ Funcionamento da Unicamp □ Agenda 21 universitária.
Símbolos prontos para usar, em fundo escuro.
1 Serviços e produtos das florestas Março 2005 Enrique Ortega Departamento de Engenharia de Alimentos Laboratório de Engenharia Ecológica e Informática.
Consumidor Diagramas (a) Funcionamento da biosfera (b) Agro-ecossistema (c) Biomas da Terra.
102. Crescimento com uma Fonte Renovável como o Sol (RENEW)
Análise emergética da sustentabilidade da produção agrícola e pecuária
Contabilidade Emergética dos Sistemas
AM 020 A crise do sistema global, os desafios sociais e a universidade necessária Enrique Ortega FEA, Unicamp, Agosto-novembro de 2013.
105. Crescimento Lentamente Renovável (SLOWREN). O minimodelo para o crescimento lentamente renovável tem duas unidades em série como mostra a Figura.
A contribuição da visão sistêmica de Howard T. Odum
Modelagem e Simulação de Sistemas.
A Questão Ambiental.
Pegada de Carbono da Cadeia de Valor do Alumínio
Recursos Naturais Mónica Costa Nº5621 9ºD.
Economia dos Serviços Ecossistêmicos
CIÊNCIAS DO AMBIENTE Aula 5: ECOSSISTEMAS TERRESTRES
Sustentabilidade Dra. Susane Chang.
Adaptado do Curso de Economia Ecológica e Desenvolvimento Sustentável - VII ECOECO. Fortaleza, Nov – ministrado pelo Prof. Manuel-OSÓRIO de Lima.
Análise do artigo desenvolvimento sustentável, bio-industrialização descentralizada e novas configurações rural-urbanas de Ignacy Sachs Por Odair Freitas.
Aula 1. Introdução a Biotecnologia Ambiental
Ciências Naturais – 8.º ano
Aula 2. Relações entre organismos nos Agroecossistemas
Políticas Sustentáveis A Terra funciona como um sistema: atmosfera, água, terra, biodiversidade e sociedade humana estão complexamente interligados.
Programa da ONU para o Meio Ambiente (PNUMA/UNEP)
FUXO DE ENERGIA NOS ECOSSISTEMAS
Desenvolvimento sustentável
Natureza e Tecnologia.
33 PALESTRA : “O NOSSO MUNDO !” Público Alvo : Ensino Fundamental II.
Alimentação,Ambiente e Sustentabilidade Exploração das potencialidades da BIOSFERA 1.
Análise crítica da Sustentabilidade e da Pegada Ecológica III Workshop Internacional de Produção Mais Limpa UNIP, SP, 19 de maio de 2011.
Análise crítica da Sustentabilidade e da Pegada Ecológica Drª Luciana Cáuper.
Transcrição da apresentação:

Análise crítica da Sustentabilidade e da Pegada Ecológica III Workshop Internacional de Produção Mais Limpa UNIP, SP, 19 de maio de 2011

Conteúdo desta apresentação Um mapa mental da sustentabilidade Sustentabilidade e a Ecologia de Sistemas Os limites do crescimento A modelagem e a contabilidade de ecossistemas para fins de diagnóstico. A quem interessa a sustentabilidade e que é contra? Dados de estudos realizados na Unicamp O que devemos levar em conta?

Mapa mental: O tripé da sustentabilidade Empreendimento Economia Meio ambiente Sociedade

Tripé da sustentabilidade Economia Subsídios ocultos Recursos fósseis Recursos renováveis

Recursos físicos locais Qualidade da atmosfera Tripé da sustentabilidade Meio ambiente Recursos físicos locais Qualidade da atmosfera Biodiversidade

Distribuição espacial Distribuição do poder e do ingresso Tripé da sustentabilidade Sociedade Distribuição espacial Tamanho da população Distribuição do poder e do ingresso

Distribuição espacial Distribuição do poder e o ingresso Tripé da sustentabilidade Empreendimento Economia Meio ambiente Sociedade Subsídios ocultos Fósseis Renováveis Distribuição espacial Recursos físicos Distribuição do poder e o ingresso Atmosfera Tamanho da população Biodiversidade

Distribuição espacial Distribuição do poder e o ingresso Biodiversidade Atmosfera Renováveis Fósseis Perda das bases da sustentabilidade Empreendimento Economia Meio ambiente Sociedade Subsídios ocultos Fósseis Renováveis Distribuição espacial Recursos físicos Distribuição do poder e o ingresso Atmosfera Tamanho da população Biodiversidade

Sem o tripé da sustentabilidade .. o sistema global pode colapsar! Economia Empreendimento Meio ambiente Sociedade

Agora usando o banquinho de 4 pés Empreendimento Sociedade Economia Governança Meio ambiente Dívida com os processos geológicos, biológicos e históricos Representação política efetiva de todas as classes sociais Representação dos interesses da natureza Controle social dos investimentos e dos empreendimentos existentes

Sem representatividade democrática de todos os componentes do sistema Sem representatividade democrática de todos os componentes do sistema ...... a estrutura rui! Não adianta colocar banquinhos de 4 pés se os suportes dos pés forem desiguais. Sociedade Economia Governança Meio ambiente Empreendimento

O metabolismo social e sua interação com os ecossistemas e a biosfera usando a modelagem de sistemas

Modelagem de sistemas: Diagrama = Síntese = modelo do funcionamento energético do ecossistema Finalidades: Avaliar o desempenho atual do sistema Estudar cenários de futuro simulando no computador novos arranjos das forças produtivas e destrutivas.

A perspectiva científica da Ecologia de Sistemas: Na natureza se estabelece um sistema cíclico através do qual se consegue o equilíbrio dinâmico entre os consumidores e seu meio. Os sistemas de Produção e Consumo podem ser sustentáveis ... mais eles devem ser auto-regulados. O consumo depende da capacidade natural de produção .. que é limitada! O consumo se limita!

Ecologia dos sistemas naturais Desenvolvimento do ecossistema em uma cadeia de transformação de energia e recursos. Os seres humanos estão nos níveis superiores da cadeia trófica.

Ecologia dos sistemas humanos que utilizam energia fóssil Como usam estoques finitos e geram impactos grandes: existe a possibilidade de colapso! A sociedade de consumo deve virar uma sociedade consciente!

Áreas de vegetação nativa Metabolismo Campo-Cidade Materiais não renováveis Efluentes, emissões Produtos e serviços da economia urbana Serviços ambientais Alimentos, fibra e energia Resíduos Efluentes, emissões Áreas de vegetação nativa Maiores efluentes e emissões (produção industrial com novas entradas Serviços ambientais adicionais (população maior)

Evolução da biosfera: etapa inicial Saída de materiais Materiais de fora Estoques energéticos fósseis Renováveis em centenas ou milhares de anos Minerais Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Estoques não- renováveis Fluxos Renováveis anualmente Produtores Consumidor sustentável Fontes externas de energia (limitadas) Sistema da Biosfera Fluxos de energia e materiais na Biosfera Sumidouro de Energia

Civilização urbana não industrial Saída de materiais Materiais de fora Estoques energéticos fósseis Renováveis em centenas ou milhares de anos Minerais Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Estoques Fluxos Renováveis anualmente Consumidor não- sustentável Produtores Consumidor sustentável Fontes externas de energia (limitadas) Sistema da Biosfera Sumidouro de Energia

Civilização atual Estoques biológicos Estoques Fluxos Produtores Saída de materiais Civilização atual Materiais de fora Estoques energéticos fósseis Renováveis em centenas ou milhares de anos Minerais Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Estoques Fluxos Renováveis anualmente Consumidor não- sustentável Produtores Emissões e Resíduos Consumidor sustentável Fontes externas de energia (limitadas) Sistema da Biosfera Sumidouro de Energia

Situação inicial do reajuste Saída de materiais Situação inicial do reajuste Materiais de fora Energias fósseis Não Renováveis Minerais Estoques da biosfera: atmosfera, minerais, sedimentos Estoques biológicos Estoques decrescentes Consumidor não- sustentável Fluxos Renováveis anualmente Produtores Transferência de pessoas e recursos Consumidor sustentável Emissões e Resíduos Fontes externas de energia (limitadas) Sistema da Biosfera Senescência “Decoupling” “Degrowth” Sumidouro de Energia

Gráfico das mudanças nos estoques da Biosfera Desenvolvimento Sustentável Crescimento industrial Transição Apostar no Crescimento Recuperação dos ecossistemas opções Seres aeróbicos, atmosfera neutra termo-regulada e com O2 Manter o sistema como esta hoje Crescimento humano em detrimento de outras espécies, ainda sem uso de energéticos fósseis Recuperar a resiliência e a sustentabilidade por meio da ruralização ecológica Biodiversidade, imobilização de Carbono Ajuste da população e mudança dos sistemas de produção e consumo homeostase Seres anaeróbicos e atmosfera ácida colapso extinção De 0 até 4 bilhões de anos da Terra - 10 000 1500 2000 2100 Tempo

Duas visões em conflito Reciclagem, manejo sustentável Duas visões em conflito Cultura humana ecológica Biodiver-sidade Sistemas agroecológicos Produtos químicos, maquinaria, diesel, subsídios Minerais Energia fóssil Monoculturas Extração predatória Lucro com custos ocultos Mudançasclimáticas Cultura humana industrial Erosão Resíduos Emissões Perdas sociais e biológicas Sistemas agro-químicos Maior produção, menor preço, mais gente Maior impacto social, ambiental e climático

Tem que ocorrer uma inversão da tendência! Com inovação transdisciplinar e trabalho junto aos movimentos sociais para gerar um modelo para o desenvolvimento sustentável baseado em SIPAES Tem que ocorrer uma inversão da tendência! Como? Em 4 anos?

Policultura Reflorestamento Integração SIPAES: sistema integrado de produção de alimentos, energia e serviços ambientais

“Os limites de resiliência do planeta estão sendo excedidos!” Folha de São Paulo (26/09/2009 - 09h25) www1.folha.uol.com.br/folha/ciencia/ult306u629600.shtml Na revista Nature, cientistas dizem que a Humanidade esgota seu "espaço de operação" “... pois ela está destruindo a estabilidade ambiental que existe desde 10 mil anos atrás e criando uma crise com conseqüências catastróficas". “Os limites de resiliência do planeta estão sendo excedidos!”

A mudança climática (aquecimento global); A perda da biodiversidade; Limites de resiliência excedidos A mudança climática (aquecimento global); A perda da biodiversidade; A alteração no ciclo do nitrogênio; Sem informação suficiente, A poluição química; O lançamento de aerossóis na atmosfera; Podem ultrapassar seus limites, O uso de água doce; A mudança no uso dos espaços terrestres; A acidificação dos oceanos; Revertido aos valores pré-industriais. A destruição do ozônio estratosférico.

... e tornando eles emissores de CO2" Os pesquisadores, entre eles um premio Nobel, nos alertam: "Transgredir a barreira do ciclo do nitrogênio e do fósforo pode erodir a resiliência dos ecossistemas marinhos, reduzindo sua capacidade de absorver CO2 ... e tornando eles emissores de CO2"

O que fazer?

Prever as situações de risco e discutir as medidas para solucionar esses problemas.

A produção rural exige um projeto de Engenharia Ecológica A1: Área para alimentos, fibra, animais e produção de energia A2: Área para fornecer serviços ambientais locais e regionais A3: Área para absorção do impacto social e ambiental. A redução do consumo exige um novo modelo social

Ajustar ou acoplar a biocapacidade (produção) e a pegada (consumo)

É tempo de novas idéias: Eco-Socialismo + Decrescimento + Recuperação dos ecossistemas. Rever e renovar os conceitos de valor Reavaliar todos os sistemas Re-estruturar ecologicamente os sistemas de Produção, Consumo e Reciclagem Recuperar os ecossistemas naturais Redistribuir os meios de produção Re-localizar os sistemas humanos Reduzir as escalas e colaborar sadiamente

Como entra nisso tudo a Pegada Ecológica?

Ferramenta de quantificação de recursos PEGADA ECOLÓGICA Ferramenta de quantificação de recursos Quantos hectares de terra e mar bioprodutivos estão disponíveis? Quanto espaço é utilizado para produzir os bens do consumo humano e também para absorver o impacto produzido? Áreas que fazem fotossíntese, geram biomassa e absorvem resíduos

PEGADA ECOLÓGICA VANTAGENS LIMITAÇÕES Não distingue os usos renovável e não-renovável Conceito bastante didático Fatores de conversão levam em conta produtividade baseada no uso de não-renováveis Permite a comparação entre países Ainda não é capaz de incorporar serviços ecossistêmicos Pode ser uma metodologia aplicada a políticas públicas Ela não explica como é possível que o consumo (a pegada) seja maior que a biocapacidade

PEGADA ECOLÓGICA Biocapacidade: Pegada (consumo): 9,9 gha/capita Cultivo: 0,55 gha/capita Pastagem: 0,60 gha/capita Madeira e lenha: 0,44 gha/capita Pesca: 0,06 gha/capita CO2: 0,37 gha/capita Nuclear: 0,02 gha/capita Urbana: 0,10 gha/capita Cultivo: 0,86 gha/capita Pastagem: 1,19 gha/capita Floresta: 7,70 gha/capita Pesca: 0,09 gha/capita Living Planet Report – WWF: utilizando a metodologia de Wackernagel and Rees, 1996. Dados de 2005 para o Brasil

9,4 4,8 3,8 América do Norte 2,23 1,3 1,1 2,0 2,2 Europa (Não-EU) Ásia / Pacífico 1,3 A.Latina/ Caribe 2,0 África 1,1 O.Médio / Ásia Central 2,2 O que está implícito na Pegada Ecológica? América do Norte 9,4 Média Mundial 2,23 Europa (Não-EU) 3,8 União Européia 4,8 *Valores em hectares globais por pessoa (gha/cap)

PEGADA ECOLÓGICA Pegada Ecológica de outros países: EUA (Pop: 294,0 mi) EF: 9,6 gha/cap Biocapacidade: 4,7 gha/cap China (Pop: 1,30 bi) EF: 1,6 gha/cap Biocapacidade: 0,8 gha/cap Brasil (Pop: 178,5 mi) EF: 2,1 gha/cap Biocapacidade: 9,9 gha/cap India (Pop: 1,06 bi) EF: 0,8 gha/cap Biocapacidade: 0,4 gha/cap Emirados Árabes Unidos (Pop: 3,0 mi) EF: 11,9 gha/cap Biocapacidade: 0,8 gha/cap México (Pop: 103,5 mi) EF: 2,6 gha/cap Biocapacidade: 1,7 gha/cap

PEGADA ECOLÓGICA Outros resultados para o Brasil: 2,1 gha/cap 9,9 gha/cap (WWF, 2006 – metodologia convencional) 15,05 gha/cap 29,16 gha/cap (Venetoulis and Talberth, 2009 – usando NPP para os cálculos) 41,88 gha/cap 62,24 gha/cap (Síntese dos métodos de pegada ecológica e análise emergética para diagnóstico da sustentabilidade de países: o Brasil como estudo de caso. Lucas Gonçalves Pereira. Tese de Mestrado, FEA/Unicamp, SP, 2008. Aceito para publicação na Ecological Indicators) 4,38 gha/cap 5,13 gha/cap (Tese de doutorado em andamento: Análise Multiescala e Multicritério da sustentabilidade ecológica brasileira. Lucas Gonçalves Pereira, 2011)

COMPARAÇÃO ENTRE INDICADORES Siche, JR; Agostinho, F; Ortega, E; Romeiro, A. Sustainability of nations by indices: Comparative study between environmental sustainability index, ecological footprint and the emergy performance indices. Ecological Economics, 66: 628-637, 2008 EF - Ecological Footprint (Rees, 1992; Wackernagel and Rees, 1996) (2) ESI - Environmental Sustainability Index (Samuel-Johnson and Esty, 2000) (3) EMPIs - Emergy Performance Indices (Odum, 1996) (3.1.) REN - Renewability (3.2.) EmSI - Emergy Sustainability Index (Brown and Ulgiati, 1997)

COMPARAÇÃO ENTRE INDICADORES Os indicadores que mostraram maior consistência entre os três métodos avaliados foram a pegada ecológica (EF) e a renovabilidade emergética (REN).

Observações A Pegada Ecológica fornece resultados coerentes porque é um método biofísico que se baseia na comparação entre o “Consumo” e a “Produção de Recursos”. Mas não utiliza informações sobre a sustentabilidade (perda de solo, consumo de água fresca, energia da biomassa, desmatamento). A Pegada Ecológica pode ser aprimorada com procedimentos da Metodologia Emergética de cálculo da renovabilidade parcial dos recursos. É um indicador interessante, mas não consegue fazer o diagnóstico completo!

A solução deve incluir as questões críticas: Biodiversidade Recursos fósseis Subsídios ocultos Recursos renováveis Qualidade da atmosfera Recursos físicos locais Distribuição espacial Distribuição do poder e do ingresso Tamanho da população Cuidado com os processos geológicos, biológicos e históricos Representação política efetiva de todas as classes sociais Controle social dos investimentos e dos empreendimentos existentes Representação dos interesses da natureza

Obrigado! Dr. Enrique Ortega Rodríguez Laboratório de Engenharia Ecológica, FEA/Unicamp