Cap. 13. Linguagem do cinema

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Cap. 13. Linguagem do cinema

A linguagem do cinema Todo filme é uma narrativa, pois conta uma história. Por narrativa cinematográfica se entende a maneira pela qual o realizador cinematográfico manipula os elementos da linguagem fílmica. Para Umberto Eco, escritor italiano, o cinema é a mais poderosa máquina de contar mentiras que a humanidade já criou. As ficções que o cinema constrói, quando bem feitas, parecem muito reais. E quando o cinema conta histórias da vida real, como nos documentários, a realidade parece estar totalmente capturada pela tela. Nos dois casos, contudo, é apenas aquela máquina poderosa de contar mentiras que está funcionando muito bem.

Linguagem cinematográfica x linguagem literária O que realmente interessa, no filme, é que a história seja contada com competência. Ficcional ou real, ela precisa ser compreendida e gerar alguma atividade cerebral no espectador. Precisa gerar emoção. Ou o espectador levanta da cadeira, ou troca de canal, ou dorme. O seu compromisso número um é manter o espectador atento e com vontade de assistir à história até o fim. Texto cinematográfico: Imagem e movimento como parâmetro; Linguagem predominantemente visual e sonora; Ex: O fantasma da ópera. Texto Literário: Código verbal como parâmetro ( a palavra); Estética: linguagem escrita.

Principais recursos da linguagem cinematográfica A câmera: registra os acontecimentos (imagens em movimento); O enquadramento: é a forma como a realidade é organizada e aparecerá na tela. Alguns elementos da narrativa podem ficar fora ou aparecer por meio de um detalhe. Ex: filme Noé (enquadramento da arca) O plano: é estabelecido de acordo com a distância entre a câmera e o objeto que está sendo filmado. Aproximação ou distanciamento sugerem diversas ideias.

Os ângulos: são os movimentos que permitem o expectador perceber significações diferentes. Impressão de triunfo, superioridade, exaltação, inferioridade ou derrota. Movimento de câmera: permite uma maior interação com a cena. Ex: O zoom é um dos movimentos mais conhecidos.

A iluminação: o contraste entre a luz e as sombras. A luz pode ser: natural(do sol) Artificial (lançada diretamente – luz direta Indiretamente – luz difusa ou barroca)

O som: a interação entre o texto, a imagem e o som caracterizam a linguagem cinematográfica. Os três elementos do som são: as músicas, os efeitos sonoros e as vozes ou diálogos. Trilha sonora: a música, também, é um dos elementos da progressão narrativa, além de despertar sensações diversas no espectador. .

O cenário: corresponde ao espaço – o lugar O cenário: corresponde ao espaço – o lugar. Os cenários formam o fundo do filme e ambientam a atmosfera narrativa desejada para o espectador.

Linguagem cinematográfica dialogando com a linguagem literária A Obra O Quinze, de Rachel de Queiroz é tão famosa que acabou por virar um filme, de mesmo nome. Fotos de Chico Bento e sua mulher Cordulina.

O filme é de 1963, dirigido por Nelson Pereira dos Santos, baseado no romance Vidas secas, de Graciliano Ramos. Trata da trajetória de uma família de retirantes composta por Fabiano, Sinhá Vitória, o menino mais velho, o menino mais novo e a cachorra Baleia, que atravessam o sertão em busca de meios para sobreviver.

Cena do filme Vidas Secas, de Graciliano Ramos

Imagem do filme Vidas Secas