A mística missionária do Santuário e da Romaria

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Transcrição da apresentação:

A mística missionária do Santuário e da Romaria Pe. Alexandre Awi, ISch padrealexandreawi@gmail.com VIII Congresso Mariológico Aparecida - 2014

Esquema: Introdução 1. Diretório de Pastoral Popular e Liturgia 2. Documento de Aparecida 3. Evangelii Gaudium: espiritualidade/mística missionária nos santuários 4. Experiências do Papa Francisco sobre a mística missionária dos santuários e romarias Conclusão: os santuários e romarias na nova evangelização

Introdução Duas fontes de inspiração deste Congresso: Francisco na 284 a 288 da Evangelii Gaudium sobre o estilo mariano da missão evangelizadora Francisco aos bispos do Brasil na JMJ Rio 2013: Aparecida é chave de leitura para a missão evangelizadora da Igreja no Brasil. Categorias dentro desta “chave de leitura”: 1º dia: “encontro” em Maria e nos Santuários 2º dia: “mística” mariana e missionária 3º dia: “missão” com Mãe e estilo mariano

Minha tarefa é mostrar que: a mística com a qual evangelizamos, inspirados pelo acontecimento de Aparecida, leva em conta o potencial missionário dos santuários e das romarias. o acontecimento nas águas do Paraíba (1717) ensina que os santuários e as romarias são importantes para a missão da Igreja. Não são experiências secundárias, de iletrados piedosos, que devem ser apenas “tolerados”. Os santuários são “centros de evangelização” de primeira categoria, onde se fazem experiências místicas missionárias. E tudo isso, com perspectiva “franciscana”... Ou seja, a partir das experiências e palavras do próprio Papa Francisco.

1. Diretório de Pastoral Popular e Liturgia (Congregação para o Culto Divino, 2002)

Distinção terminológica (n. 9-10): Piedade popular: as diversas manifestações culturais, de caráter privado ou comunitário, que no âmbito da fé cristã se expressam principalmente, não com os modos da sagrada Liturgia, mas com as formas peculiares derivadas do gênio de um povo ou de uma etnia e de sua cultura. Religiosidade popular: uma experiência universal: no coração de toda pessoa, como na cultura de todo povo e nas suas manifestações coletivas, está sempre presente uma dimensão religiosa (...) não tem relação, necessariamente, com a revelação cristã.

b) Afirmações do relativas à mística missionária dos santuários:   b) Afirmações do relativas à mística missionária dos santuários: Santuários são lugares de evangelização (n. 274), de caridade (275), de cultura (276), de compromisso ecumênico (277-278). O santuário como lugar de evangelização (n. 274) “Inumeráveis centros de comunicação social divulgam todos os dias noticias e mensagens de todo tipo; o santuário, pelo contrário, é o lugar onde continuamente se proclama uma mensagem de vida: o “Evangelho de Deus”(Mc 1,14; Rom 1,1) ou "Evangelho de Jesus Cristo" (Mc 1,1), ou seja, a boa notícia que provém de Deus, e que tem por conteúdo Jesus Cristo: Ele é o Salvador de todos os povos, em cuja morte e ressurreição se reconciliaram para sempre o céu e a terra.”

Ao fiel que se aproxima do santuário devem ser propostos, direta ou indiretamente, os elementos fundamentais da mensagem evangélica (…) Muitos santuários são efetivamente, lugares de difusão do Evangelho: nas formas mais variadas, a mensagem de Cristo se transmite aos fiéis como chamada de conversão, convite ao seguimento, exortação à perseverança, lembrança das exigências da justiça, palavra de consolo e de paz. Não se pode esquecer a cooperação que muitos santuários prestam à labor evangelizadora da Igreja, ao sustentar de diversos modos as missões "ad gentes".

Espiritualidade da peregrinação (n Espiritualidade da peregrinação (n. 286): dimensão escatológica, penitencial, festiva, cultual, apostólica e de comunhão. Dimensão apostólica. A situação itinerante do peregrino apresenta de novo, em certo sentido, a de Jesús e seus discípulos, que percorriam os caminhos da Palestina para anunciar o Evangelho da salvação. A partir deste ponto de vista, a peregrinação é um anúncio de fé e os peregrinos se convertem em “arautos itinerantes de Cristo".

2. Documento de Aparecida (CELAM, 2007)

O Santo Padre [Bento XVI] destacou a “rica e profunda religiosidade popular, na qual aparece a alma dos povos latino-americanos”, e a apresentou como “o precioso tesouro da Igreja Católica na América Latina”. Convidou a promovê-la e a protegê-la. Essa maneira de expressar a fé está presente de diversas formas em todos os setores sociais, em uma multidão que merece nosso respeito e carinho, porque sua piedade “reflete uma sede de Deus que somente os pobres e simples podem conhecer”. A “religião do povo latino-americano é expressão da fé católica. É um catolicismo popular”, profundamente inculturado, que contém a dimensão mais valiosa da cultura latino-americana. (DA 258)

MÍSTICA = Pratica-se uma mística ou espiritualidade popular nos santuários/romarias: Entre as expressões dessa espiritualidade [popular] contam-se: as festas patronais, as novenas, os rosários e via-sacras, as procissões, as danças e os cânticos do folclore religioso, o carinho aos santos e aos anjos, as promessas, as orações em família. Destacamos as peregrinações onde é possível reconhecer o Povo de Deus a caminho. Aí o cristão celebra a alegria de se sentir imerso em meio a tantos irmãos, caminhando juntos para Deus que os espera. O próprio Cristo se faz peregrino e caminha ressuscitado entre os pobres. (DA 259)

  O olhar do peregrino se deposita sobre uma imagem que simboliza a ternura e a proximidade de Deus. O amor se detém, contempla o mistério, desfruta dele em silêncio. Também se comove, derramando todo o peso de sua dor e de seus sonhos. A súplica sincera, que flui confiante, é a melhor expressão de um coração que renunciou à autossuficiência, reconhecendo que sozinho nada pode. Um breve instante condensa uma viva experiência espiritual. (DA 259)  Aí [no Santuário], o peregrino vive a experiência de um mistério que o supera, não só da transcendência de Deus, mas também da Igreja, que transcende sua família e seu bairro. (DA 260)

 Os diversos títulos e os santuários espalhados por todo o Continente testemunham a presença próxima de Maria às pessoas, e ao mesmo tempo manifestam a fé e a confiança que os devotos sentem por ela. Ela pertence a eles e eles a sentem como mãe e irmã. (DA 269)  Nos santuários, muitos peregrinos tomam decisões que marcam suas vidas. As paredes dos santuários contêm muitas histórias de conversão, de perdão e de dons recebidos que milhões poderiam contar. (DA 260)

MISSIONÁRIA = As romarias/santuários são em si atos evangelizadores e lugares de evangelização.  A decisão de caminhar em direção ao santuário já é uma confissão de fé, o caminhar é um verdadeiro canto de esperança e a chegada é um encontro de amor. (DA 259)  No ambiente de secularização que vivem nossos povos, continua sendo uma poderosa confissão do Deus vivo que atua na história e um canal de transmissão da fé. O caminhar juntos para os santuários e o participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando a outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador pelo qual o povo cristão evangeliza a si mesmo e cumpre a vocação missionária da Igreja. (DA 264)

Ela [Maria] atrai multidões à comunhão com Jesus e sua Igreja, como experimentamos muitas vezes nos santuários marianos. (DA 268) Nossa Mãe querida, desde o santuário de Guadalupe, faz sentir a seus filhos menores que eles estão na dobra de seu manto. Agora, desde Aparecida, convida-os a lançar as redes ao mundo, para tirar do anonimato aqueles que estão submersos no esquecimento e aproximá-los da luz da fé. Ela, reunindo os filhos, integra nossos povos ao redor de Jesus Cristo. (DA 265)  Que [Maria] nos ensine a sair de nós mesmos no caminho de sacrifício, de amor e serviço, como fez na visita à sua prima Isabel, para que, peregrinos a caminho, cantemos as maravilhas que Deus tem feito em nós, conforme a sua promessa. (DA 553)

Espiritualidade/mística missionária nos santuários 3. Evangelii Gaudium (nov/2013) Espiritualidade/mística missionária nos santuários

3.1 Afirmações relativas ao valor da espiritualidade/mística popular Observação prévia: “Quando nos aproximamos do nosso povo com o olhar do bom pastor, encontramos que este modo cultural de expressar a fé cristã continua vivo entre nós, especialmente em nossos pobres. Deixando fora todo idealismo sobre os pobres, deixando todo pauperismo teologal. É um fato. É uma grande riqueza que Deus nos deu. Aparecida deu um passo adiante em reconhecê-la. Primeiro se falava de religiosidade popular (continua-se mantendo o termo). Paulo VI dá um passo e diz: melhor seria chamá-la de piedade popular. Aparecida da outro passo adiante e a chama espiritualidade popular.” (Card. Bergoglio, 10/5/2012)

“Naquele amado Continente, onde uma multidão imensa de cristãos exprime a sua fé através da piedade popular, os Bispos chamam-na também ‘espiritualidade popular’ ou ‘mística popular’. Trata-se de uma verdadeira ‘espiritualidade encarnada na cultura dos simples’. Não é vazia de conteúdos, mas descobre-os e exprime-os mais pela via simbólica do que pelo uso da razão instrumental e, no ato de fé, acentua mais o credere in Deum que o credere Deum. É «uma maneira legítima de viver a fé, um modo de se sentir parte da Igreja e uma forma de ser missionários»; comporta a graça da missionariedade, do sair de si e do peregrinar: «O caminhar juntos para os santuários e o participar em outras manifestações da piedade popular, levando também os filhos ou convidando a outras pessoas, é em si mesmo um gesto evangelizador». Não coartemos nem pretendamos controlar esta força missionária!” (EG 124)

Os povos são vistos como “sujeitos coletivos ativos” e “agentes de evangelização”, por meio dos quais a evangelização acontece como inculturação. Pois “quando o Evangelho se inculturou num povo, no seu processo de transmissão cultural também transmite a fé de maneira sempre nova; daí a importância da evangelização entendida como inculturação. Cada porção do povo de Deus, ao traduzir na vida o dom de Deus segundo a sua índole própria, dá testemunho da fé recebida e enriquece-a com novas expressões que falam por si. Pode dizer-se que ‘o povo se evangeliza continuamente a si mesmo’.” Nesse processo “ganha importância a piedade popular, verdadeira expressão da atividade missionária espontânea do povo de Deus. Trata-se de uma realidade em permanente desenvolvimento, cujo protagonista é o Espírito Santo.” (EG 122)

Subestimar a força da piedade popular no processo missionário seria “ignorar a obra do Espírito Santo” (EG 126). Ao contrário, para o Papa, ela deve ser encorajada e fortalecida. Os encontros de Francisco com o povo o ensinaram a valorizar a espiritualidade popular, “fruto do evangelho inculturado”, que se expressa em práticas como as peregrinações, os ex-votos, as velas, as novenas e tantas outras, que “têm muito a nos ensinar e, para quem as sabe ler, são um lugar teológico a que devemos prestar atenção particularmente na hora de pensar a nova evangelização” (EG 126).

3.2 Afirmações aplicáveis à mística missionária dos santuários (EG 286) Ela [Maria] é a missionária que Se aproxima de nós, para nos acompanhar ao longo da vida, abrindo os corações à fé com o seu afeto materno. Como uma verdadeira mãe, caminha conosco, luta conosco e aproxima-nos incessantemente do amor de Deus. Através dos diferentes títulos marianos, geralmente ligados aos santuários, [Maria] compartilha as vicissitudes de cada povo que recebeu o Evangelho e entra a formar parte da sua identidade histórica.

Muitos pais cristãos pedem o Batismo para seus filhos num santuário mariano, manifestando assim a fé na ação materna de Maria que gera novos filhos para Deus. É lá, nos santuários, que se pode observar como Maria reúne ao seu redor os filhos que, com grandes sacrifícios, vêm peregrinos para A ver e deixar-se olhar por Ela. Lá encontram a força de Deus para suportar os sofrimentos e as fadigas da vida. Como a São João Diego, Maria oferece-lhes a carícia da sua consolação materna e diz-lhes: «Não se perturbe o teu coração. (...) Não estou aqui eu, que sou tua Mãe?

4. Experiências do Papa Francisco sobre a mística missionária dos santuários e romarias (Entrevista dez/2013)

4.1 Desde pequeno... O camarim de Maria Auxiliadora 4.2 Experiências nos santuários marianos 4.3 Proposta pastoral: “santuarizar” “Santuarizar” a paróquia Disponibilizar os Sacramentos “Santuarizar” a cidade

4.4 Um exemplo concreto: Luján Descobri Luján, descobri Nossa Senhora O olhar terno da Virgem Ela mexe com as consciências Ali eu vejo a mãe atuando O paninho de Nossa Senhora

Conclusão: os santuários e romarias na nova evangelização João Paulo II, na Redemptoris Mater (n. 28): “Talvez se pudesse falar de uma ‘geografia’ específica da fé e da piedade marianas, a qual abrange todos estes lugares de particular peregrinação do Povo de Deus; este busca o encontro com a Mãe de Cristo, procurando achar no clima de especial irradiação da presença materna ‘daquela que acreditou’, a consolidação da própria fé.” A geografia da fé e da piedade mariana do atual bispo de Roma é vasta, não se limitando aos santuários argentinos. Em Roma, Bergoglio sempre peregrinou com alegria à Basílica de Santa Maria Maior, como já mencionamos. E certamente, desde 2007, passou a fazer parte desta geografia o Santuário de Aparecida, no qual nos encontramos, “casa da Mãe de cada brasileiro”, como ele mesmo o definiu em sua visita recente ao Brasil.

Aqui em Aparecida disse: “Viemos bater à porta da casa de Maria Aqui em Aparecida disse: “Viemos bater à porta da casa de Maria. Ela abriu-nos, fez-nos entrar e nos aponta o seu Filho. Agora Ela nos pede: ‘Fazei o que Ele vos disser’ (Jo 2,5). Sim, Mãe, nos comprometemos a fazer o que Jesus nos disser! E o faremos com esperança, confiantes nas surpresas de Deus e cheios de alegria.” Na ocasião ele afirmou, mais uma vez, o valor missionário dos santuários marianos: “A Igreja, quando busca Cristo – continuou o Santo Padre – bate sempre à casa da Mãe e pede: ‘Mostrai-nos Jesus’. É de Maria que se aprende o verdadeiro discipulado. E, por isso, a Igreja sai em missão sempre na esteira de Maria.”

Perguntei ao Papa: Qual o papel dos santuários marianos na nova evangelização? “Trata-se um pouco daquilo que quis dizer na exortação. Maria é a mãe que acompanha, que recebe, é a mãe que situa... É sempre referência para Jesus.“Esta é a minha experiência!” Por experiência própria, o Papa Francisco conhece muito bem a mística missionária dos santuários e das romarias, por meio da qual ele mesmo foi evangelizado e não perde oportunidade para evangelizar. Cabe a nós, agora, percorrermos e incentivarmos que se percorra o mesmo caminho, com ou sem papamóvel!