Variabilidade de crescimento e idade das árvores da floresta Amazônia Simone Ap. Vieira; Diogo Selhorstb, Plínio B. De Camargoa, Niro Higuchic; Jeff Chambersd.

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Transcrição da apresentação:

Variabilidade de crescimento e idade das árvores da floresta Amazônia Simone Ap. Vieira; Diogo Selhorstb, Plínio B. De Camargoa, Niro Higuchic; Jeff Chambersd Luiz Antonio Martinellia; Susan Trumbored. a Centro de Energiqa Nuclear na Agricultura/USP b Universidade Federal do Acre c Instituto Nacional de Pesquisa da Amazônia; d Universidade da Esta pesquisa foi financiada pela NASA e pela FAPESP (proc 99/ ) Distribuição do  14C ao longo do raio de Embaúba Preta (Pourouma sp.) da Fazenda Catuaba-AC Taxa de crescimento de Embauba Preta (Pourouma sp.) da Fazenda Catuaba-AC Métodos Este trabalho foi desenvolvido na EEST-INPA, (Manaus, AM); na FLONA do Tapajós, (Santarém, PA); e na Fazenda Experimental Catuaba – UFAC, (Rio Branco, AC). As áreas de estudo apresentam diferenças quanto: quantidade e a distribuição de precipitação, distribuição diamétrica dos indivíduos arbóreos e de biomassa arbórea. A biomassa seca total nas áreas é 360 t.ha -1 em Manaus, 281 t.ha -1 (Santarém) e 244 t.ha -1 (Rio Branco). Foram coletadas amostras de tronco de 85 indivíduos. As medidas do radiocarbono foram utilizadas nas determinação da idade e da taxa de crescimento de várias espécies arbóreas. O pico na quantidade de 14 C na atmosfera observada a partir de associado aos testes nucleares, esta refletido na madeira, o que nos permite estimar a taxa de crescimento nos últimos anos. O 14 C foi analisado no Laboratório de radiocarbono de departamento de “Earth System Science” da Universidade da Califórnia, Irvine, nos EUA e os resultados foram calibrados utilizando-se o programa “OxCal Program” v3.5. Introdução A floresta de terra firme da Amazônia compreende 41% da área total de florestas tropicais do planeta, com aproximadamente 250 milhões de hectares e cerca de 30% do estoque global de carbono vegetal. Em estudos de ecologia florestal uma acurada determinação da idade das árvores é essencial para a interpretação da distribuição das idades e dos padrões de crescimento arbóreo. Por meio da distribuição etária da população arbórea, pode- se estimar o tempo médio de permanência do carbono na vegetação. A contagem dos anéis de crescimento é o metodo mais utilizado para a determinação da idade das árvores, não sendo adequado no entanto para árvores tropicais onde os anéis de crescimento das árvores podem ser inexistentes, anuais ou irregulares. A datação por meio de 14 C é uma ferramenta importante na datação ena determinação da taxa de crescimento das árvores de locais onde não há dados de crescimento de parcelas permanentes. O isótopo natural radioativo de carbono pode ser utilizado tanto como traçador quanto na datação de amostras orgânicas. O 14 C natural é produzido em taxas relativamente constantes na estratosfera e fixado na biota através da fotossíntese. Quando se cessa a fixação do C, a quantidade de 14 C presente no tecido diminue segundo a curva de decaimento especifica do elemento. Baseado nesta relação determina-se a idade do radiocarbono. Com o objetivo de compreender a dinâmica do carbono na vegetação da região Amazônica e suas variações decorrentes do gradiente climático, determinamos a idade e o crescimento diamétrico de indivíduos arbóreos em três áreas de floresta tropical úmida na região amazônica. Conclusões A idade das árvores da floresta Amazônica é uma questão de fundamental interesse, não somente no que se refere ao ciclo do carbono, mas também como base para elaboração dos planos de manejo madeireiro. Manaus foi a área que apresentou indivíduos arbóreos com maiores idades donde se conclui que o tempo de residência do carbono nestas florestas seja maior que nas florestas sujeitas a estações seca mais prolongadas. A hipotese que indivíduos arbóreos da Amazônia podem alcançar idades superiores a 1000 anos, foi suportado pelo presente trabalho. Em todas as áreas de estudo foram encontrados indivíduos da classe de tamanho pequeno com idades superiores a 200 anos. Esta constatação pode alterar o enfoque dado até o momento aos planos de manejo florestal nos quais os pontos principais são as árvores de interesse econômico e o tempo que estas levam para atingir o diâmetro comercial.