DIVERSIDADE DE ABELHAS (HYMENOPTERA, APINA) EM FRAGMENTOS DE MATA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL EM UBERLÂNDIA-MG. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Isabel Farias.

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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Transcrição da apresentação:

DIVERSIDADE DE ABELHAS (HYMENOPTERA, APINA) EM FRAGMENTOS DE MATA ESTACIONAL SEMIDECIDUAL EM UBERLÂNDIA-MG. UNIVERSIDADE FEDERAL DE UBERLÂNDIA Isabel Farias Aidar¹,2, Alexandre Oliveira Resende Santos¹, Giselle Alves Martins¹, Maíra Martins Franco 1, Bruno Ferreira Bartelli¹, Núbia Caroline Gonçalves Rufino¹, Jaqueline Batista Eterna¹, Fernanda Helena Nogueira-Ferreira¹ ¹Laboratório de Ecologia e Comportamento de Abelhas (LECA), Instituto de Biologia, Universidade Federal de Uberlândia (UFU) INTRODUÇÃO Com a expansão econômica iniciada nas décadas de 60 e 70, a vegetação nativa do Triângulo Mineiro, principalmente a florestal, perdeu espaço para a atividade agropecuária, sendo esses solos os mais procurados para implantação de monoculturas e pastagens. A fragmentação de habitat é considerada uma importante causa do declínio das populações de vários grupos animais, inclusive as abelhas. Na região do Triângulo Mineiro, existem fragmentos de vegetação original que correm o risco de desaparecer devido ao desmatamento e à expansão da agricultura, sem terem as populações de abelhas sem ferrão conhecidas ou estudadas. Tais fragmentos florestais constituem potenciais reservatórios da biodiversidade local dessas abelhas. OBJETIVO Este trabalho teve como objetivo analisar a diversidade de abelhas em dois fragmentos de Mata Estacional Semidecidual na região de Uberlândia (MG). METODOLOGIA O estudo foi desenvolvido em dois remanescentes de Mata Estacional Semidecidual: Floresta da Fazenda Irara (FFI) e Floresta da Fazenda São José (FFSJ), ambos com cerca de 20 ha e localizados no perímetro da cidade de Uberlândia (MG) (Figura 1). As duas áreas são similares em composição florística, tipo de solo e grau de antropização. As abelhas foram amostradas em flores ao longo de um transecto de 200 m na borda da mata e dentro de um quadrante de 25 m² no interior da mesma. As coletas foram realizadas mensalmente em cada uma das áreas. Período de coleta: outubro de 2010 a fevereiro de 2011, das 8h às 14h30min, durante 30 minutos de cada hora, com o esforço de dois coletores na borda da mata e um no interior. Em cada horário, foram registradas a temperatura e a umidade relativa do ar utilizando-se um termohigrômetro digital. Os indivíduos foram identificados até família e os da família Meliponina até gênero, seguindo-se a classificação adotada por Silveira et al. (2002)¹. RESULTADOS E DISCUSSÃO No total, foram amostrados 210 espécimes. Em FFI, foram coletadas 88 abelhas, pertencentes a quatro famílias (Figura 2A), e encontrados representantes de três gêneros de Meliponina (Figura 3A). Já em FFSJ, foram coletados 122 indivíduos, pertencentes a três famílias (Figura 2B), e cinco gêneros representantes de Meliponina (Figura 3B). FFSJ apresentou um maior índice de diversidade (H’=2,75) quando comparada à FFI (H’=2,25). Dado que o tamanho, a composição florística, o tipo de solo e o grau de antropização das duas áreas são semelhantes, essa diferença pode ser explicada pela área de entorno dos dois fragmentos. Em FFSJ, a presença de áreas de cultivo de eucaliptos amplia a possibilidade de locais para nidificação das abelhas, o que não ocorre em FFI, uma vez que a área de entorno desse remanescente se caracteriza por plantações de soja. CONCLUSÕES Os resultados obtidos neste estudo permitiram a ampliação do conhecimento da diversidade de abelhas em áreas de Mata Estacional Semidecidual, fornecendo informações importantes para futuros trabalhos de conservação de áreas naturais e de seus polinizadores. Figura 1. Imagem de satélite dos fragmentos de Mata Estacional Semidecidual estudados, no município de Uberlândia (MG). A: Floresta da Fazenda Irara (FFI); B: Floresta da Fazenda São José (FFSJ). As áreas demarcadas na figura evidenciam a localização dos transectos e dos quadrantes estudados. Figura 2. Frequência relativa das famílias de abelhas amostradas em áreas de Mata Estacional Semidecidual, em Uberlândia-MG. A: Floresta da Fazenda Irara (FFI); B: Floresta da Fazenda São José (FFSJ). Figura 3. Frequência relativa de gêneros de meliponídeos amostradas em áreas de Mata Estacional Semidecidual, em Uberlândia-MG. A: Floresta da Fazenda Irara (FFI); B: Floresta da Fazenda São José (FFSJ). Agradecimentos: ©2011 Google, 2011 DigitalGlobe, 2011 Geoeye A B ¹Silveira, F. A.; Melo, G. A. R.; Almeida, E. A. B. Abelhas brasileiras, sistemática e identificação. Belo Horizonte, p.