A UDIOVISUAL & ROTEIRO F ACULDADES INTEGRADAS RIO BRANCO Prof. Franthiesco Ballerini

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Transcrição da apresentação:

A UDIOVISUAL & ROTEIRO F ACULDADES INTEGRADAS RIO BRANCO Prof. Franthiesco Ballerini

C OMPONENTES DRAMÁTICOS Entre o protagonista e o antagonista, interpõem- se e entrelaçam-se os atores secundários ou colaboradores e também os chamados componentes dramáticos. Um bom exemplo de ator secundário não humano é o computador Hall no filme 2001 – Uma Odisseia no Espaço. Exprime-se, atua, reage e tem vontade própria. Em último lugar desta hierarquia, há personagens estereotipados, sem qualquer complexidade (caricaturas).

C OMPONENTES DRAMÁTICOS De ligação: o automóvel no filme O Rolls Royce amarelo, ou o robô de Guerra nas Estrelas De solução: o selo de uma carta no filme Charada, ou a caixa em Barton Fink – Delírios de Hollywood. Explicativo: a Estátua da Liberdade no filme O Planeta dos Macacos, ou a criptonita em Superman.

P ERFIL DE PERSONAGEM DOC COMPARATO Exercício de criação de perfil de personagem respondendo às seguintes perguntas: 1 – como é a personagem? Descrição física. Personalidade. 2 – Como pensa e fala? 3 – Onde vive? Com quem e em que circunstâncias? 4 – Onde trabalha? Que faz para viver, como é o seu ambiente (família, amigos)? 5 – Possui alguma peculiaridade.

P ERFIL DE PERSONAGEM / DOC COMPARATO – 1 º PERFIL ( NOTÍCIA DE JORNAL )

P ERFIL DE PERSONAGEM DOC COMPARATO – 1 º PERFIL

P ERFIL DE PERSONAGEM / DOC COMPARATO – 2 º PERFIL / BASEADO EM IDEIA DE LIVRO

P ERFIL DE PERSONAGEM / DOC COMPARATO – 3 º PERFIL / BASEADO EM STORYLINE EMPREGADA

P ERFIL DE PERSONAGEM / DOC COMPARATO – 4 º PERFIL / BASEADO EM FAMILIA

A NÁLISE FINAL DE DOC COMPARATO

A NÁLISE FINAL DE DOC COMPARATO - PERGUNTAS

Q UAL ? Se a sinopse não atrai o leitor, então o roteiro será fraco. Contudo, a história não tem de ser uma representação direta de tal acontecimento. A perspectiva que você escolher, justamente com tudo o mais, é coisa sua. É aqui que a tua individualidade pode encontrar um ângulo interessante, onde começa a aplicar a estratégia narrativa que melhor serve à história, onde a expectativa vital o ajuda a extrair uma perspectiva inusual da história. Em dramaturgia, a história recebe o nome de ação dramática (percurso ou curso da ação dramática). A ação dramática é o conjunto de acontecimentos interrelacionados que se irão resolvendo através das personagens até o desenlace final. Resumindo, a ação dramática é a ficção.

FICÇÃO Qual a diferença entre o mundo real e o mundo criado para o audiovisual? Etimologicamente, a palavra ficção provém do latim: fictione(m), ato ou resultado de criar uma imagem, de compor, modelar ou inventar alguma coisa; por sua vez estética vem do grego aisthetiké (sensível) e aísthesis (percepção). Há vários meios de se ficcionar: O realismo baseia-se na realidade, mas não é a realidade, é a ilusão da realidade. É mais simples e menos ambígua. A cor reproduz melhor a realidade, o som reproduz melhor a realidade. É a vertente central de Hollywood.

FICÇÃO O surrealismo faz contrastes violentos com a arbitrariedade da imagem, exprime uma estética baseada no caos, no inconsciente, nos sonhos e constroi uma segunda realidade. A linguagem cinematográfica introduz uma nova concepção visual do tempo e do espaço na hora de reproduzir o mundo. O espaço perdeu a qualidade de estático e passou a ser movimento, incorporando as características do tempo histórico. O espaço-tempo pode parar como nos close-ups, pode voltar atrás ( flash-backs ) e dar um salto para a frente e revelar-nos o futuro.

PASSOS DA FICÇÃO 1 – CRIAR UM DRAMA BÁSICO Passa-se por três estapas: Primeiro ato: Apresentação do problema Segundo ato: Escolha e desenvolvimento da ação. Terceiro ato: Solução do problema. Desenlace. Em cada um destas etapas, a personagem irá atuando e gerará conflitos: 1 – Entrará em conflito diante do problema 2 – Terá mais conflitos ao procurar a solução 3 – Chegará ao final por meio do conflito

PASSOS DA FICÇÃO 2 – QUALIDADE DO CONFLITO Em dramaturgia, o conflito tem duas qualidades essenciais: correspondência e motivação. Ambas devem ser incorporadas na nossa história se quisermos sentir-nos atraídos e atrair também o público, que reage perante elas emocionalmente. Basicamente, estes vínculos de relação são motivados: A) por simpatia ou solidariedade B) por empatia ou identificação C) por antipatia ou reação

PASSOS DA FICÇÃO 3 – CORRESPONDÊNCIA DO CONFLITO O espectador entrará em cumplicidade, em correspondência com o problema do personagem. Ele deve se sentir na mesma situação e angústia que o personagem. É isso que se deve procurar: uma correspondência forte com o público, projetando-o para o ‘eu também’.

PASSOS DA FICÇÃO 4 – MOTIVAÇÃO DO CONFLITO Para estabelecer a correspondência com o público, é necessário que o conflito tenha sua razão de ser. Não pode surgir do nada: são as situações em que a personagem encontra que geram os conflitos. Assim, a razão ou motivação, estabelecerá essa cumplicidade. Ou, melhor ainda: se nos identificarmos com o problema, se o entendermos como uma razão suficientemente forte para gerar um conflito, então a cumplicidade está estabelecida. De modo que as motivações devem ser, pelo menos, convincentes.

PASSOS DA FICÇÃO 5 – PONTO DE IDENTIFICAÇÃO É o ponto convergente entre o público e a nossa história. Normalmente existe uma série de pontos de identificação, que só se percebem quando intervém a emoção: no momento em que nos damos conta de que o problema que a personagem enfrenta também poderia ser o nosso. Isso faz com que o espectador diga “se eu fosse ele, não faria aquilo”. Todo conflito possui, por mais absurdas que pareçam as premissas, um ponto em comum – com identificação – com a plateia. Isso acontece até em filmes surrealistas, claro que não através do racional, mas sim em vias inconscientes, irracionais, identificando imagens oníricas, percebendo as identidades simbólicas entre as imagens do filme e as nossas.

PASSOS DA FICÇÃO 5 – PONTO DE IDENTIFICAÇÃO Quando chega a este ponto de identificação, o público comove-se, ri, chora, odeia, vibra. O ideal seria que todas as ficções conduzissem a esse estado. No fim das contas, nós, os roteiristas, somos criadores de ficção e queremos emocionar o público com a nossa história. Se não fosse por esse motivo, por que razão haveríamos de escrever?

PASSOS DA FICÇÃO 6 – PROBLEMAS E CONFLITOS Quatro perguntas básicas: 1 – que tipo de problema tem o nosso protagonista? 2 – que tipo de conflito o afeta? 3 – quando se apresentará o conflito principal? 4 – qual é a importância do conflito? Pensar em exemplos de filmes e os problemas dos protagonistas...

PASSOS DA FICÇÃO 7 – AÇÃO DRAMÁTICA VS. PERSONAGENS O personagem gera conflitos – exteriores e interiores – com base nas suas necessidades ou caráter, e estes, por sua vez, dão lugar a outros. O conflito parece depender cada vez mais da personagem, da sua maneira de se apresentar e da sua vontade, que pode ser: Vontade direta: ou consciente, é a que exprime no texto e se refere a alguma coisa concreta. Por exemplo: ‘vou matá-lo porque me bateu’. Vontade indireta: ou inconsciente é o subtexto, o impulso interior. Por exemplo: um homem mata uma mulher levado pelo ódio que sente pela própria mãe. Tais comportamentos são difíceis de exprimir e encontram seu esclarecimento ou explicação no desenrolar da história.

PASSOS DA FICÇÃO 8 – DEFINIÇÃO DA AÇÃO DRAMÁTICA Pode-se perguntar porque fazer a trajetória conflito-problemas-vontade-ficção e criação de um drama básico. Faz-se para procurar a definição de ação dramática e chegar nela. Os teóricos e dramaturgos encontraram uma definição que é matemática demais, mas ajuda a escrever uma história: Vontade direta ou indireta da personagem + Decisão conflituosa da personagem + Mudanças = Ação dramática

PASSOS DA FICÇÃO 8 – DEFINIÇÃO DA AÇÃO DRAMÁTICA Aqui as mudanças referem-se ao fato de que, como todo ser vivo, a personagem também vai modificando seu comportamento à medida que soluciona, ou não, os problemas: muda na medida em que também vive. Pode dar-se o caso de quem muda não é o protagonista, mas sim as outras pergonagens, e até mesmo o público. Assim, a história que se vai contar na sinopse deve parecer construída através da vontade direta ou indireta das personagens, que tomam decisões conflituosas, produzindo alterações em si mesmas e no mundo que as rodeia.

PASSOS DA FICÇÃO 9 – UNIÃO DOS QUATRO CONTEÚDOS Quando + onde + quem + qual = argumento ou sinopse A sinopse é constituída por uma capa ou título, o nome do autor, data e registro, uma segunda folha que pode contar a storyline, depois algumas páginas nas quais se desenvolve o perfil das personagens principais e, finalmente, um último texto em que a história é contada já entrelaçada com as personagens. Alguns roteiristas descrevem o perfil das personagens juntamente com o texto.