CAP. 29 – DO HOMO FABER AO HOMEM COMO FORÇA MOTRIZ

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Transcrição da apresentação:

CAP. 29 – DO HOMO FABER AO HOMEM COMO FORÇA MOTRIZ SOCIOLOGIA

Paus, pedras, ossos e sacolas Entre 3 milhões e 1 milhão de anos atrás, nossos antepassados passaram da fabricação de um conjunto rústico de instrumentos de lascas de pedra, osso e madeira às mais sofisticadas peças do período olduvaiense. Nesse espaço de tempo o cérebro dos hominídeos quase dobrou de tamanho. O aprimoramento da caça, da linguagem e de nossa complexa sociedade foi estímulo concomitante.

Garantindo a reprodução de todas as inovações de instrumentos e artefatos, sedimentava-se a linguagem. Há sinais de que, entre todos os utensílios inventados nesses 2 milhões de anos, figuravam, além das armas de pedra que resistiram ao tempo, as sacolas como artefatos fundamentais.

É significativo perceber que os utensílios, artefatos e equipamentos estiveram sempre relacionados com o desenvolvimento da linguagem, da percepção e da capacidade de expressão, produzindo uma forma peculiar de sobreviver no planeta – planejada, simbólica e coletiva.

Fabricar instrumentos não é uma especificidade do ser humano Há algum tempo os cientistas acumulam provas de que diversos animais usam ferramentas para sobreviver. Existe em todos esses casos um sofisticado exercício mental que requer a análise da matéria-prima disponível e o desenvolvimento de técnicas de manipulação e uso. Certamente o utensílio humano exige um esforço a mais – a confecção de uma forma sem base em algum modelo existente.

Assim chega-se a uma especificidade: só os seres humanos conseguem criar e usar instrumentos para fabricar outros instrumentos assim como a complexa relação interpessoal que estabelece regras sutis de uso dessas ferramentas.

A aceleração do desenvolvimento tecnológico Os artefatos datados de 150 mil a 40 mil anos antes de nossa era e descobertos em escavações – discos, raspadeiras, furadores e certo tipo de serra – apresentam progressivo aperfeiçoamento, o que demonstra que o Homo neandherthalensis já era um fabricante atento. Arpões e agulhas fabricados pelo Homo sapiens e datados de 30 mil a 10 mil anos antes de nossa era demonstram capacidade simbólica acentuada e princípios estéticos desenvolvidos.

Mas, de 10 mil a 5 mil a.C., houve um salto no desenvolvimento – foi a Revolução Neolítica ou Agrária, quando o ser humano aprendeu a cultivar plantas, domesticar animais, moer grãos, polir metais. Nessa época surgiram os primeiros reinos com organização mais complexa e os mais antigos sistemas religiosos conhecidos.

“Milagre grego” – o povo grego conseguiu separar o conhecimento científico abstrato da produção material, sistematizando-o. Revolução Industrial – com a mecanização do trabalho. Karl Marx estudou em profundidade as diferentes relações de produção e distinguiu o artesanato pelo fato de o artesão ser independente e dono de sua oficina, de suas ferramentas e de seu tempo.

Já a manufatura exige metodologia mais complexa, com produção diversificada, em espaços mais amplos onde se reúnem grupos de trabalhadores com tarefas específicas. O capitalista é dono da oficina, do capital, das ferramentas e do que é produzido. Os trabalhadores não são independentes.

A transformação do homem em força motriz Duas transformações são importantes nesse processo de desenvolvimento tecnológico e de produção. A primeira é que o emprego de máquinas cada vez mais sofisticadas na produção material fez o trabalho humano se resumir a tarefas simples e repetitivas.

Outra transformação do trabalho produtivo diz respeito à introdução de novas fontes de energia para mover as máquinas. O uso do vapor e da eletricidade fez o próprio trabalho humano se transformar em energia – força humana empregada no funcionamento da máquina. É na medida em que o homem se transforma em uma das fontes de energia e de força motriz que se torna possível substituí-lo por qualquer outra fonte, como a água, o vento e a própria eletricidade.

O avanço industrial levou, então, a máquinas que fabricam máquinas e, finalmente, àquelas que fabricam motores. Foi o capitalismo, com sua abrangência global e necessidade de lucros e de ampliação da produção, que estimulou de modo inusitado as invenções e sua aplicação na indústria.

Consequências sociais do emprego da tecnologia. São muitas as consequências do emprego de determinada tecnologia, não só na variação da produção como na divisão do trabalho produtivo e no montante de bens disponíveis. O tipo de trabalhador, sua qualificação e aquilo que ele recebe por seu trabalho modificam-se. As máquinas não são usadas apenas na produção industrial, mas estão presentes, cada vez mais, na vida cotidiana.

A invenção do trem, do automóvel e do avião alterou até mesmo a imagem física que tínhamos do mundo e, consequentemente, o conceito que dele fazíamos. Portanto, a tecnologia é responsável por importantes aspectos da sociedade e da cultura. Diferentes ciências classificam etapas e períodos de tempo tendo como referência inventos humanos ou a tecnologia empregada na produção material, na comunicação ou na guerra.