Panorama da Mortalidade Materna no Brasil

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Transcrição da apresentação:

Panorama da Mortalidade Materna no Brasil Tania Lago Maio 2009

Taxa de Mortalidade Materna, Brasil, 1980 – 2003 Fonte:IBGE ( nasvidos vivos). Estimativas atualizadas em 2004. DATASUS/SIM/tabnet (óbitos). [data de acesso:26/01/2006.

Fonte:Ministério da Saúde. Datasus. SIM, SINASC Fonte:Ministério da Saúde. Datasus. SIM, SINASC.Tabnet [acesso em 25/5/2009]. Dados processados pela autora.

Taxa média quinquenal de mortalidade materna, Brasil, 1996-2000 e 2002-2006 Período variação Região 1996 a 2000 2002 a 2006 % Norte 57,0 55,9 -1,9 Nordeste 56,4 63,7 13,0 Sudeste 58,1 44,0 -24,4 Sul 63,2 56,0 -11,4 Centro-Oeste 47,4 57,6 21,5 Brasil 57,5 53,8 -6,4 Fonte: Ministério da Saúde. Datasus. SIM, Tabnet [acesso em 25/5/2009]. Dados processados pela autora.

Sub-estimativa Razões Medidas para minimizar o problema Sub- registro de óbitos Sub-notificação de óbitos maternos Causas mal definidas Preenchimento incorreto da DO por parte do médico Medidas para minimizar o problema  Campos específicos na DO Notificação compulsória (MS/2003) Investigação de óbitos: causas “presumíveis de morte materna” e correção da informação no Sistema de Informação de Mortalidade (SIM) Pesquisas periódicas: fatores de correção

ÓBITOS MATERNOS NA DO-ORIGINAL E NA DO-NOVA E FATOR DE CORREÇÃO SEGUNDO REGIÕES, CAPITAIS BRASILEIRAS, 2002 * Descobertos pela pesquisa Fonte:LAURENTI, R, JORGE, MHPM and GOTLIEB, SLD. Maternal mortality in Brazilian State Capitals: some characteristics and estimates for an adjustment factor. Rev. bras. epidemiol. [online]. Dec. 2004, vol.7, no.4 [cited 29 January 2006], p.449-460. Available from World Wide Web: <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S1415-790X2004000400008&lng=en&nrm=iso>. ISSN 1415-790X

Evolução da distribuição percentual de óbitos maternos por causas Evolução da distribuição percentual de óbitos maternos por causas. Brasil, 2002 a 2006 ANO 1996 1997 1998 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 2006 Aborto 6,4 3,8 4,9 5,2 6,2 4,7 5,8 6,0 5,9 5,7 Outras diretas 70,0 61,0 59,0 66,1 70,4 68,7 67,4 64,9 67,8 Indireta 22,0 29,7 34,3 26,0 21,2 19,8 23,8 23,2 24,4 22,7 25,8 Não especif. 1,6 2,9 3,0 3,6 2,8 4,6 2,5 Fonte: Brasil. Ministério daSaúde. Mortalidade Materna no Brasil. Nota Técnica. Maio, 2009.

Taxas de Mortalidade Materna específicas por causas, Brasil, 1996-2000 e 2002 -2006 Período   1996 -2000 2002-2006 Hipertensão/Eclâmpsia 13,6 13,1 Hemorragia 7,6 6,9 Infeccção Puerperal 4,1 3,9 Aborto 3,0 C. Obstétricas Indiretas 12,3 10,2 Fonte:Ministério da Saúde. Datasus. SIM, SINASC.Tabnet [acesso em 25/5/2009]. Dados processados pela autora.

Distribuição dos 159 óbitos ocorridos durante a gravidez, o parto ou até um ano após o término da gestação, segundo a classificação preconizada pela CID-10, Município de São Paulo, 2002 Óbitos Maternos Diretos 50 31,4 Óbitos Maternos Indiretos 49 30,8 Óbitos Maternos Tardios 15 9,4 Morte Materna Não Relacionada 25 15,7 Morte Materna Tardia Não Relacionada 20 12,6 Causas declaradas e/ou confirmadas N.º % TOTAL 159 100,0 Fonte: São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde. COGest. Relatório do Comitê Central de Mortalidade Materna sobre o ano 2002.SP: SMS, 2005

Distribuição dos 99 casos de morte materna segundo causa de óbito, Município de São Paulo, 2002. Hemorragias 18 18,8 Hemorragia Pós-Parto 13   Placenta Prévia 2 Descolamento Prematuro de Placenta 3 Hipertensão Arterial Crônica 11 11,1 Eclâmpsia – Pré-Eclâmpsia 10 10,4 Cardiopatias Infecção Puerperal 8 8,3 Gestação terminada em Aborto 7 7,3 Outras causas diretas D. infecciosas e parasitárias class. em outra parte complicando a gravidez parto e puerpério Outras doenças da mãe, class. em outra parte complicando a gravidez parto e puerpério (exceto cardiopatias) 16 16,2 Causas (CID-10) Nº % Total 99 100 Fonte: São Paulo. Secretaria Municipal de Saúde, COGest. Relatório do Comitê Central de Mortalidade Materna sobre o ano 2002.SP: SMS, 2005

Taxas de fecundidade por idade e taxa de fecundidade total (TFT) Taxas de fecundidade por idade e taxa de fecundidade total (TFT). PNDS 1996 e 2006. 160 1996 (TFT = 2,5) 2006 (TFT = 1,8) 128 96 Taxa de fecundidade (por mil) 64 32 15 20 25 30 35 40 45 50 Idade (em anos)

Porcentagens de mulheres com assistência ao pré natal, segundo o número de consultas. PNDS 1996 e 2006. Número de consultas 1a3 4a6 7+ não sabe 2006 1 4 29 61 5 Brasil 1996 14 8 28 48 2 2006 1 3 27 65 4 Urbana 1996 9 6 29 54 2 2006 4 8 34 47 7 Rural 1996 32 13 26 27 1 25% 50% 75% 100% PESQUISA NACIONAL DE DEMOGRAFIA, SAÚDE DA CRIANÇA E DA MULHER- PNDS 2006

PARTO por MÉDICO ou ENFERMEIRA Percentual de partos hospitalares e de partos assistidos por médicos ou enfermeiras, nos 5 anos anteriores à entrevista. Brasil, Rural e Regiões Norte e Nordeste. PNDS 1996 e 2006. PARTO HOSPITALAR PARTO por MÉDICO ou ENFERMEIRA 98 100 98 96 97 94 94 92 92 93 88 83 82 Percentual (%) 78 76 75 73 50 Brasil Rural Norte NE Brasil Rural Norte NE 1996 2006

Indicadores da assistência ao parto, 2001 a 2006, Brasil, PNDS 2006 NORTE NE SE SUL CO BRASIL Valor de p ao Parto % (N total) Parto hospitalar 92,2 97,7 99,9 99,5 99,2 98,4 <0,001 5038 1 Atendida na 1ª maternidade 90,6 88,3 88,7 96,1 86,8 89,6 0,002 4859 2 Assistido por médico/enfermeira 92,5 94,3 98,8 99,8 98,5 97,0 5037 1 Parto cesáreo 30,7 32,0 51,7 51,6 48,8 43,8 5035 1 Cesariana agendada 43,7 40,0 47,2 50,7 49,5 46,2 0,448 2034 3 Cesariana em 1º filho 38,0 34,0 57,2 53,2 48,3 1947 4 Alívio da dor no parto normal 18,3 17,4 46,7 37,4 27,0 30,4 2764 5 Fez episiotomia 54,8 65,5 80,3 78,5 78,8 71,6 29455 Com presença de acompanhante 15,4 12,1 18,5 19,3 16,3 0,034 5028 1 de.

Porcentagem de mulheres que não fizeram pré- natal e das que fizeram pelo menos 6 consultas, segundo anos de estudo. PNDS 2006*. Anos de estudo No. de CONSULTAS TOTAL (N) ZERO 6 OU + (n=4.781) 0 a 3 4,8 65,0 775 4 a 8 1,3 77,5 2.369 9 ou + 0,5 88,7 1.876 PESQUISA NACIONAL DE DEMOGRAFIA, SAÚDE DA CRIANÇA E DA MULHER- PNDS 2006

MORTALIDADE MATERNA, CHILE, 1980 - 2002 Fonte: Barría M. Rreducción de la Mortalidad Materna en Chile. Apresentação realizada no workshop: Experiências exitosas em saúde na América Latina e no Caribe. NEPP, UNICAMP, 18/01/2006.