CIVILIZAÇÃO GREGA Mitologia, Filosofia, História e Artes História – 1° ano / 2014 Prof. Lisiane

“No início tudo era caos “No início tudo era caos. Libertaram-se, depois, NIX (a noite do alto) e seu irmão ÉREBO (obscuridade dos infernos). Os dois, pouco a pouco, foram se separando. Nix instalou-se numa imensa esfera que se dividia em duas metades: URANO (abóboda celeste) e GEA (Gaia – terra). Da união entre Urano e Gea nasceram os poderosos titãs, os ciclopes, os monstros de cem braços, os gigantes e outras divindades fantásticas distribuídas pela terra. CRONOS destronou seu pai Urano e se converteu no soberano do Universo e devorador de seus próprios filhos. ZEUS, seu filho menor, foi salvo por RÉIA, sua mãe. Zeus, depois de vencer os titãs e os gigantes, tornou-se senhor do Universo.”

A religião era um dos elementos culturais que davam unidade ao mundo grego. Ela apresentava duas características principais: era politeísta e antropomórfica. MITOLOGIA: conjunto de lendas e crenças, integrantes da cultura de um povo, que utiliza elementos simbólicos e sobrenaturais para explicar a realidade e dar sentido à vida humana. A mitologia grega se apresenta POLITEÍSTA, porque os gregos adoravam diversos deuses; e ANTROPOMÓRFICA, porque seus deuses tinham forma e comportamento semelhante aos dos homens. . A palavra antropomórfica vem do grego antropo, homem e morfo, forma.

“Os gregos antigos enxergavam vida em quase tudo que os cercavam, e buscavam explicações para tudo. A imaginação fértil deste povo criou personagens e figuras mitológicas das mais diversas. Heróis, deuses, ninfas, titãs e centauros habitavam o mundo material, influenciando em suas vidas. Bastava ler os sinais da natureza, para conseguir atingir seus objetivos. A pitonisa, espécie de sacerdotisa, era uma importante personagem neste contexto. Os gregos a consultavam em seus oráculos para saber sobre as coisas que estavam acontecendo e também sobre o futuro. Quase sempre, a pitonisa buscava explicações mitológicas para tais acontecimentos. Agradar uma divindade era condição fundamental para atingir bons resultados na vida material.”

Os gregos imaginavam seus deuses como seres humanos: violentos, sanguinários, artificiosos, invejosos, imorais, havendo entre eles parentescos, casamentos, rivalidades e união. Intervinham, às vezes, nos problemas humanos. Tornavam-se mesquinhos, muitas vezes castigando aqueles que eram completamente felizes.

Os gregos não somente imaginavam seus deuses, como lhes atribuíam uma personalidade, uma história e muitas aventuras. Os relatos fantásticos dos feitos dos deuses formam a mitologia, que foi elaborada lentamente através dos séculos, durante os quais se formou o próprio povo grego.

Muitos homens notáveis foram também elevados à categoria de semideuses, acumulando-se assim um conjunto de crenças, de tradições, de contos populares. Os poetas e os artistas modelaram a imagem definitiva dos deuses. Homero definiu e caracterizou sua personalidade. Hesíodo, autor de Teogonia, relacionou seus laços de parentesco. A mitologia procura explicar a origem do Universo, dos deuses e dos homens. Osvaldo Rodrigues de Souza História Antiga e Medieval – Ed. Ática, 1984 (Texto adaptado) Gilberto Cotrim História e Consciência do Mundo – Ed. Saraiva, 1998 (Texto adaptado)

Filosofia pré-socrática = explicar a natureza do mundo. A filosofia se opunha à mitologia na medida em que buscava explicações mais racionais para as questões da vida. Filosofia pré-socrática = explicar a natureza do mundo. Filosofia socrática = preocupação com o indivíduo e a sociedade. Filosofia sistemática = observação e escritos sobre variados campos do conhecimento.

Dentro do processo de “contestação/questionamento das explicações míticas, os gregos desenvolveram uma narrativa de fatos baseada em descrições reais dos eventos. Foi o princípio, a base da História, desenvolvida por Heródoto (chamado de “pai da História”). Tucídides aprofundou o uso do pensamento racional e procurou tornar a narrativa dos acontecimentos mais objetiva.

As artes gregas, numa visão ampla, buscavam expressar a “semelhança humana com os deuses do Olimpo”. Isso é visível nas esculturas, pinturas e ornamentos em vasos, e nas construções dos templos dedicados ao culto a esses deuses. O teatro trouxe a comédia e a tragédia, sempre encenadas por atores masculinos usando máscaras.