CARACTERIZAÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS DE ALTA REFLETÂNCIA SOLAR VISANDO A MITIGAÇÃO DA ILHA DE CALOR URBANO Joe Villena Glicério Trichês Deivis Luis Marinoski.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
CALORIMETRIA Calorimetria.
Advertisements

Variações de albedo Albedo é o índice de absorção da energia solar pelos diferentes tipos de superfícies, vai de 1(total reflexão/nenhuma absorção) à 0.
B . RECORDANDO A AULA ANTERIOR:    PONTO OBJETO PONTO IMAGEM
Alterações Climáticas Um problema de todos
TEMPO E CLIMA.
Acústica Urbana 6º período UFAL / ARAPIRACA.
SLC0597 – Estrutura da Matéria Marcelo Pereira
Transmissão de Calor.
2º Ano CENSA Prof. Jane Ilce
Prof.: Raphael Carvalho
1.1- Problemas ambientais Disciplina: Geografia Professora: Taís
Materiais e silenciadores para absorção de ruído
Intervenção Antrópica
Efeito estufa Natural A forma que a Terra tem para manter constante a temperatura propícia à vida.
PROBLEMAS AMBIENTAIS.
AULA 02 Materiais não ferrosos PROF: Elias Junior
FTC Química/Laboratório Paulo Sérgio M. Mascarenhas
Colectores Solares Trabalho realizado por:
Materiais da Construção
Energias renováveis.
FLORESTAS URBANAS, ECOLOGIA DA PAISAGEM E QUALIDADE DE VIDA
A atmosfera é constituída de cinco camadas: troposfera, estratosfera, mesosfera, termosfera e exosfera. O ar se torna mais rarefeito quanto mais a gente.
Universidade do Federal de Sergipe
Professor: Diones Charles
Teoria da Cor.
AS CORES DOS OBJETOS A luz branca é uma mistura de todas as cores.
Lei de Stefan-Boltzmann e Lei do deslocamento de Wien
Alterações climáticas
[ ] Deivis Luis Marinoski, Eng. Civil.
TRANSFERÊNCIA DE CALOR AULA 3
“O AQUECIMENTO DA ATMOSFERA”
Alunos: Bruno Kurtz Julyana Schneider Rafael Motta EM-123
Espectro eletromagnético total
Aquecimento Global Trabalho elaborado por: António Amaro nº 3 8ºA
Psicoacústica Fenômenos da propagação do som
Emissão e absorção de radiação
ÓPTICA GEOMÉTRICA PREGOLINI.
Dinâmica da Atmosfera.
O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia
Elementos do Clima.
AVALIAÇÃO DO PROCEDIMENTO DE DOSAGEM DE MISTURAS ASFÁLTICAS RECICLADAS MORNAS (MARM) COM DIFERENTES PERCENTUAIS DE FRESADO Jardel Oliveira –
Termologia Professor John Disciplina Física E.
Aquecedor Solar de baixo custo combinado com isolamento geotérmico
Climatologia.
Acústica Urbana 6º período UFAL / ARAPIRACA.
Problemas Ambientais.
José Marcos Faccin Guimarães Leto Momm Carlos Fernando Q. Quintero
COMPARACIÓN DE LA RESISTENCIA A LA DEFORMACIÓN PERMANENTE DE LAS MEZCLAS ASFÁLTICAS CON ASFALTO CONVENCIONAL Y DE CAUCHO DE CAPAS DE REFUERZO DE PAVIMENTOS.
Luz e cor.
FENÔMENOS ÓPTICOS E ESPELHO PLANO
Radiação Solar. Balanço de Radiação
Dinâmica climática Radiação solar: É a principal fonte de energia e a base da vida vegetal e animal na Terra. Quanto maior é a temperatura, mais emitem.
Dinâmica Climática.
Unidade Um Do Sol ao Aquecimento
Reflexão da luz e introdução ao espelho plano Aula 1
Comportamento e Natureza da Luz
O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia
Conteúdo do Curso Introdução. Conceito de Eficiência Energética.
1. ENERGIA – DO SOL PARA A TERRA
Fenômenos Ópticos.
Temperatura e Vapor de água
Fatores de influência climática
h h2h2h2h2 h h1h1h1h1  1111  2222.
Trabalho elaborado por: Vanessa Vergas Escola Secundaria de Rio Maior Geografia Ano Lectivo 2008/2009.
Cores e brilho Corrosão e Proteção Anticorrosiva
Energia solar 4ª Conferência de FMA 1. Energia solar A energia que o sol irradia é a que é libertada durante as reacções de fusão nuclear na sua parte.
EFEITO ESTUFA NATURAL APLICAÇÕES TÉCNICAS DA ENERGIA SOLAR 1.
E.E Dona Consuelo Muller Geografia – Professor Gilvano 1º Ano Noturno – Junho de 2013 Problemas Atmosféricos Urbanos.
EFEITO ESTUFA.
Prof.: Raphael Carvalho. ÓPTICA GEOMÉTRICA É a parte da Física que estuda os fenômenos relacionados com a luz e sua interação com meios materiais quando.
Transcrição da apresentação:

CARACTERIZAÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS DE ALTA REFLETÂNCIA SOLAR VISANDO A MITIGAÇÃO DA ILHA DE CALOR URBANO Joe Villena Glicério Trichês Deivis Luis Marinoski Roberto Lamberts João Victor Staub de Melo Ramon Mendes Knabben

APRESENTAÇÃO Introdução Objetivo Materiais e Método Dosagem das misturas Resultados Conclusões

1.Introdução Nos dias quentes, as grandes metrópoles se vêm afetadas pelo fenômeno da Ilha de Calor Urbano. O qual pode causar um incremento na temperatura das cidades, em relação às áreas rurais, em até 5,2°C. Esse fenômeno se deve, sobretudo, à baixa refletividade solar dos revestimentos urbanos, a qual promove a absorção de altas quantidades de energia durante o dia.

Ilhas de Calor

Albedo de uma superfície A radiação solar, ao incidir sobre qualquer corpo, vai, em maior ou menor quantidade, sofrer uma mudança de direção, sendo reenviada para o espaço por reflexão. A fração de energia refletida por uma superfície em relação ao total de energia nela incidente (expresso em percentagem) designa-se por albedo. As superfícies de cor clara, como a neve, têm um albedo elevado, refletindo quase a totalidade da energia solar nelas incidente, logo não aquecem muito. As superfícies de cor escura têm uma albedo muito fraco, o que se traduz numa grande absorção de radiação solar e num consequente aquecimento. Quanto maior a reflexão, menor será o calor acumulado.

A melhor opção para incrementar a refletância dos revestimentos asfálticos é mudar a coloração mediante o uso de pigmentos para conseguir uma reflexão mais eficiente da radiação solar. O uso destes pigmentos pode diminuir a temperatura do ar, retardar a formação do ozônio troposférico e diminuir o consumo de energia destinado à refrigeração de ambientes.

2. Objetivo Caracterizar revestimentos asfálticos com potencial de alta refletância solar mediante a incorporação de pigmentos (derivados de óxidos metálicos mistos). A avaliação dos materiais foi conduzida através da medição de refletância solar, da temperatura interna e superficial, e da resistência à deformação permanente dos revestimentos.

3. Materiais Dois tipos de ligantes; um ligante convencional CAP 50/70 e um ligante vegetal de cor albina. Agregados de origem granítica; Quatro tipos de pigmentos derivados de óxidos metálicos mistos com alta refletância infravermelha; amarelo, verde, vermelho A e vermelho B.

Proporção dos materiais, % 4. Dosagem Foi realizado o ensaio de viscosidade rotacional com viscosímetro Brookfield nos ligantes coloridos. Nomenclatura da mistura Tipo de pigmento Proporção dos materiais, % Ligante Albino CAP 50/70 Agregado mineral Pigmento Referência - 5,1 94,9 Amarelo-Albino Amarelo 7,3 88,7 4 Verde 4,9 91,1 Vermelho A Vermelho B 4,5 93,1 2,4

Dosagem da mistura Para cada mistura foram moldadas 12 placas, com dimensões 5x18x50 cm e foram, posteriormente, utilizadas nos ensaios de refletância em campo, temperatura em campo e deformação permanente.

Ensaios de Campo Refletância solar; consiste em medir a radiação solar incidente e refletida por uma superfície plana. Foram construídas placas de 4x4 metros e placas de 1x1metro com diferentes materiais. Piranômetro

Ensaios de Campo Medição da temperatura na superfície e no interior das misturas.

Ensaios Laboratório Deformação permanente; realizado a 60°C para a mistura convencional e a 56,8°C, 57,7°C e 56,3°C para as misturas Verde, Vermelho A e Vermelho B.

5. Resultados Viscosidade dos ligantes Refletância solar das misturas Revestimento Referência Amarelo-Albino Verde Vermelho A Vermelho B Refletância em campo, % 4,27 12,53 6,51 7,42 7,41

5. Resultados Temperatura

5. Resultados Deformação Permanente Segundo a norma AFNOR NF EM 13108-1 a deformação permanente não deve ser maior a 10% para 30.000 ciclos.

6. Conclusões O uso de pigmentos incrementa a refletância solar das misturas asfálticas. Dependendo do pigmento e ligante utilizado, este incremento pode ser até 200% maior do que a refletância de uma mistura sem pigmento. O incremento da refletância permitiu diminuir a temperatura das misturas analisadas em 3,2°C na superfície e em até 3,7°C no interior. Uma aplicação a grande escala permitiria a redução da temperatura do ar do meio ambiente e a mitigação do efeito da Ilha de Calor Urbano nos centros urbanos.

6. Conclusões O uso de pigmentos diminui a deformação permanente das misturas asfálticas. Neste estudo, se estimou que fossem necessários 6 milhões ciclos para que a deformação da mistura Vermelho B atingisse o mesmo valor da deformação da mistura de Referência.

AGRADECIMENTOS www.rodoviasverdes.ufsc.br OBRIGADO Glicério Adote este conceito

João Victor Staub de Melo CARACTERIZAÇÃO DE MISTURAS ASFÁLTICAS DE ALTA REFLETÂNCIA SOLAR VISANDO A MITIGAÇÃO DA ILHA DE CALOR URBANO Joe Villena Glicério Trichês Deivis Luis Marinoski Roberto Lamberts João Victor Staub de Melo Ramon Mendes Knabben