Novo Testamento I O Evangelho de João.

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Transcrição da apresentação:

Novo Testamento I O Evangelho de João

Segundo Broadus, o Evangelho de Lucas é a mais bela obra literária da Bíblia; e o Evangelho de João, é a mais sublime; Devido a suas qualidades devocionais e profundezas teológicas, existem muito mais livros escritos sobre este evangelho, do que sobre qualquer outro. É também conhecido como O Evangelho da Fé;

Autoria Embora haja ainda uma grande discussão acerca do autor desse Evangelho, há também uma grande concordância a respeito da autoria ser do apóstolo João. Vejamos algumas idéias a respeito da autoria:

Esse Evangelho, como os outros, é anônimo Esse Evangelho, como os outros, é anônimo. Em nenhum lugar o autor se identifica pelo nome. Para identificar o autor, devemos recorrer ao texto do cap 21, vers 20-25. Agora precisamos identificar quem era o “ discípulo a quem Jesus amava”. 13:23, 19:26, 20:2, 21:7-20

Esse discípulo tomou parte na última ceia ( 13:23-25 ); Foi o único dos doze presente na crucificação e a ele Jesus confiou o cuidado de sua mãe ( 19:26 ); Ele foi testemunha ocular do traspassamento do lado de Jesus ( 19:32-37 ); Ele correu com Pedro até o túmulo vazio, após ouvir as palavras de Maria ( 20:1-8 )

Evidências externas Irineu ( séc II ) cita a autoria como sendo do apóstolo João. Essa citação é reforçada pelo fato de que Irineu conheceu pessoalmente Policarpo, que fora amigo de João. E é por meio de Policarpo que temos as mais importantes informações a respeito do quarto evangelho. Irineu escreve o seguinte:

“ Recordo-me dos acontecimentos daqueles dias com mais clareza do que daqueles que têm ocorrido recentemente, pois aquilo que aprendemos enquanto criança, cresce junto com a alma e fica a unido a ela, de modo que posso falar até mesmo do lugar em que o abençoado Policarpo se sentava para os debates, como entrava e como saía, o caráter de sua vida, a aparência do seu corpo,a mensagem que pregava ao povo, como contava suas conversas com João e os outros que haviam visto o Senhor, como se lembrava das palavras deles, quais eram as coisas concernentes ao Senhor que ouvira deles, inclusive os milagres e os ensinos dele, e como Policarpo havia recebido isso da parte das testemunhas oculares da palavra da vida e relatou todas as coisas de conformidade com as Escrituras. “( H E 5.29.5-6 )

Além de Irineu, temos os testemunhos dos que vieram depois dele, tais como: Tertuliano, Clemente de Alexandria, Orígenes e outros ). Esses homens viveram durante a época de ativa perseguição contra o cristianismo, e seria incomum, para homens bem instruídos, aceitar, sem crítica, documentos básicos para sua fé e por cuja fé suas próprias vidas iriam ser colocadas em risco.

Evidências internas B F Westcott diz o seguinte: 1 – o autor do quarto evangelho foi um judeu, baseado em sua familiaridade com os costumes judaicos, suas características judaicas e seu espírito da dispensação judaica, já que ele é capaz de apresentar um impressionante esboço das expectativas messiânicas, bem como detalhes precisos das observâncias judaicas.

2 – a forma, no tocante ao vocabulário, estrutura das orações, simetria e simbolismo numérico da composição são essencialmente judaicos; 3 - O AT é a fonte da vida religiosa do autor; 4 – o escritor fala de lugares e acontecimentos como se estivesse inteiramente familiarizado com eles.

Data Ainda há muita controvérsia sobre a datação. Vejamos algumas possibilidades: Se considerarmos que João usou os sinóticos e Lucas foi o último e escreveu em torno de 70 d.C, João escreveu cerca de 80/90 d.C.

Local O testemunho da igreja primitiva é que o quarto evangelho foi escrito em Éfeso. Irineu afirma isso ( Adv. Haer., III, 1 ).

Fontes Relação com os evangelhos sinóticos – Clemente de Alexandria preservou a tradição de que João, ao ver que alguns dos fatos haviam sido reduzidos à forma escrita, sendo induzido pelo Espírito e impelido pelos seus colegas, escreveu outro evangelho, que era mais espiritual em seu teor. 90% desse evangelho não é encontrado nos sinóticos; Embora haja uma divisão muito grande de opiniões, há indícios de que João preserva uma tradição completamente independente; O comentário de C K Barret – 1955, mostra uma relação direta entre João e Marcos. Em João – 4:44, 5:8, 6:7, 6:20, 8:52, 12:3, 12:5, 12:7-8, 12:13, 19:1-3, 19:17, 19:29 Em Marcos – 6:4, 2:11, 6:37, 6:50, 9:1, 14:3, 14:5, 14:7-8, 11:9, 15:16-19, 15:22, 15:36

Propósito Gerar fé – 20:30-31 – podemos ver pelo menos três aspectos nestes versos: 1 – os “sinais” desempenham um papel vital em seu plano de persuadir seus leitores a crer; 2 – ele tem os judeus particularmente em sua mente, porque eles precisam aprender que Jesus é o Cristo, ou seja, o Messias; Ele quer que a fé cresça – da intelectual, que aprende que Jesus é o Cristo, para a fé experiencial, que significa “vida em seu nome”. Que tipo de fé? Cristológica – essa fé salienta supremamente a divindade de Jesus, como o Filho de Deus único e preexistente, que tornou-se um real ser humano a fim de morrer sacrificialmente, para redimir a humanidade. Isso está provado em 1:1 e 1:14;

A declaração de João no verso 31 indica um intento evangelístico A declaração de João no verso 31 indica um intento evangelístico. Assim, temos como base os testemunhos a respeito de Jesus. 1 – Testemunho humano – João traz seu próprio testemunho: “ No início era o verbo” 1:1 ; “ E vimos sua glória” 1:14

O testemunho de João Batista – 1:15, 1:19 Outros discípulos dão testemunho – 1:37-51 Os samaritanos dão testemunho – 4:29, 4:42 Pedro dá testemunho – 6:68-69 A multidão em Jerusalém – 7:40-42 O cego de nascença – 9:17 Marta – 11:27 Tomé – 20:28

2 - Testemunho divino O Pai – 5:37 e 8:18 Como o Pai dá testemunho de Jesus? a – através das palavras pela boca do próprio Jesus. Ele é a palavra! b – através das obras de Jesus – 5:36, 7:16, 10:32,38, 3 – O Pai escreve seu testemunho no Antigo Testamento – 5:39, 5:46, 6:45- citando Is 54:13

Jesus alimenta o povo, igual a Moisés O verso 46 do cap 5 traz, necessariamente, uma reflexão sobre o capítulo seguinte, pois Moisés é retratado como o libertador, alusão a Jesus. Vejamos: A multidão está a caminho de Jerusalém para celebrar a páscoa, que celebra o êxodo Jesus alimenta o povo, igual a Moisés Imediatamente após, Jesus faz as devidas correções no entendimento do povo: Não foi Moisés, mas Deus quem alimentou – 6:32 Deus provê o alimento que dá vida eterna – 6:35 O maná era puramente físico e não supria a necessidade mais profundo do ser humano – 6:49

Estrutura D A Carson divide o evangelho de João em 4 partes: Prólogo – 1:1-18 Livro dos sinais – 1:19-12:50 Livro da Glória – 13:1 – 20:31 Apêndice ou epílogo – 21:1-25

João descreve os milagres como sendo “sinais” 1 – cap 2: a transformação do ritualismo judaico para a superior realidade do evangelho; 2:1-12 2 – cap 4 : cura do filho do nobre - aponta para a transformação que nos tira da enfermidade para a saúde espiritual; 4:46-54 3 – cap 5: cura do paralítico - da impotência para a força 5:1ss

Cap 6 – multiplicação dos pães - da penúria para plenitude; 6:1-13 Cap 6: caminhar sobre as águas – do temor ao senso de segurança; 6:16-21 Cap 9 : cura do cego – das trevas para a luz; 9:1ss Cap 11: da morte para a vida; 11:1ss Cap 21 : a pesca – do fracasso ao sucesso. 21: 1ss

Segundo Broadus, a estrutura do evangelho é unificada, girando em torno do tema central: “para que continueis a crer que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus” ( Jo 20:31 ) Broadus divide da seguinte forma:

Nessa estrutura Jesus utiliza o termo “ Eu sou” várias vezes Nessa estrutura Jesus utiliza o termo “ Eu sou” várias vezes. Isso é mais uma demonstração de que tem como objetivo atingir judeus com sua mensagem. Das 17 vezes que ele usa essa expressão, 7 delas lhe dão um adjetivo especial. 4:26; 6:20,35,41,48,51; 8:12,24,28,58; 10:7,9,11,14; 11:25; 14:6; 15:1 O pão da vida; a luz do mundo; a porta; o bom pastor; a ressurreição e a vida; o caminho, a verdade e a vida; a videira verdadeira.

2 – O Livro dos Sinais (1:19 – 20:31 ) 1 – Prólogo ( 1:1-18 ) O Logos ( 1:5 ) A manifestação histórica de maneira geral ( 6-13 ) A encarnação conforme aprendida pela experiência pessoal ( 14-18 ) 2 – O Livro dos Sinais (1:19 – 20:31 ) I – o primeiro sinal: água em vinho Ensino: Jesus é o cumpridor do Velho e o doador do Novo II – o segundo sinal: a cura do filho do nobre Ensino: Jesus não é limitado por tempo ou espaço III – o terceiro sinal: cura do paralítico Ensino: unidade do Ser e atividade do Pai e do Filho IV – o quarto sinal: multiplicação dos pães e peixes e caminhada sobre as águas Ensino: Jesus é Salvador, Sustentador e Protetor da vida

V – O quinto sinal: A cura do cego Ensino: Jesus é a Luz do mundo VI- O sexto sinal: A ressurreição de Lázaro Ensino: Jesus é a ressurreição e a vida VII – O sétimo sinal: Morte, Sepultamento e ressurreição Jesus é Emanuel – Deus conosco

Epílogo ( 21:1-25 ) I – O Senhor e o corpo de discípulos (1-14 ) II – O Senhor e os discípulos como indivíduos ( 15-23 ) III – Observações conclusivas (24-25)