Metrópole-território-rede:hierarquização e inserção mundial

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Transcrição da apresentação:

Metrópole-território-rede:hierarquização e inserção mundial

Caso brasileiro: critérios para distinção e classificação de RM Intensidade do fenômeno de integração dos municípios à dinâmica de aglomeração Grau de concentração de atividades Características sociais do conjunto

Hierarquia metropolitana Pressuposto centralidade De que tipo?Chamada Nova economia

Classificação metropolitana Critérios: Intensidade do fenômeno de integração dos municípios à dinâmica de aglomeração Grau de concentração de atividades Características sociais do conjunto metropolitano

CATEGORIAS DOS ESPAÇOS URBANOS SELECIONADOS 1 3 4 5 6 São Paulo Belo Horizonte Campinas Baixada Santista Foz do Itajaí Porto Alegre Manaus N/NE Catarin. Vale do Aço Brasília Vitória Natal Carbonífera 2 Curitiba Goiânia Londrina Tubarão Rio de Janeiro Salvador Belém São Luís Macapá Recife Florianópolis Maceió Rio Branco Fortaleza Cuiabá Palmas Campo Grande Boa Vista João Pessoa Vale do Itajaí Aracaju Teresina Maringá Porto Velho

INDICADORES SELECIONADOS ESPAÇOS URBANOS NO TOTAL DO BRASIL

Metrópole Global Met. Nacional Met. Regional Centros Regional C. Sub-Regional IPEA/IBGE/UNICAMP

Regiões metropolitanas Constituídas a partir da Lei Complementar n. 14 de junho de 1973, em atendimento a então Constituição em vigor, sendo a primeira legislação especial a tratar do tema das Regiões Metropolitanas. Nela foram dispostas as primeiras oito Regiões Metropolitanas do Brasil, a saber, Salvador (BA), Fortaleza (CE), Belo Horizonte (MG), Belém (PA), Curitiba (PA) Recife (PE), Porto Alegre (RS) e São Paulo (SP). Mais tarde a Região Metropolitana do Rio e Janeiro seria estabelecida pela Lei Complementar n. 20/75.

A partir da a Carta Constitucional de 1988 (art A partir da a Carta Constitucional de 1988 (art. 25), a criação de novas regiões metropolitanas passa a ser atribuição dos Estados e não mais do governo federal como ocorria desde 73.

Características mais relacionadas com as RMs Conurbação Existência de intensas relações econômicas e sociais Redes e fluxos intensos

Região metropolitana de Manaus fonte: adaptado de Ehnert, Alexandre Ricardo von . A região metropolitana de Manaus e as migrações pendulares, São paulo: FFLCH, 2011 (dissertação de mestrado). Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17082012-094101/pt-br.php

Ponte Rio Negro (2011) – ligação Manaus Iranduba

RM de Manaus

RM de São Paulo

RM de São Paulo

RM de São Paulo

Metropolização do espaço Determinação histórica da sociedade contemporânea Passagem do fordismo para o pós-fordismo Possível a partir do desenvolvimento de redes (materiais e imateriais) Expressão da multiplicidade de fluxos Associado ao processo de desconcentração industrial Centralização de comandos Scott- Cidade Região.

Relacões multiescalares Escala da metropóle- investimentos em infraestruturas na sede da RM e nas articulações metropolitanas

Infraestrutura rodoviária escala metropolitana

Passado e presente- harmonia Passado e presente- harmonia???? Casa bandeirantista e mega empreendimento na Av. Faria Lima

Preservação??

Dinâmica dos processos urbanos (tendências) Lefebvre- A produção do espaço Homogeneização Fragmentação Hierarquização

Metrópole- nível espacial que estabelece relação entre o local e o global)

Processos de metropolização no seio da mundialização

Áreas metropolitanas- espaços colonizados Áreas metropolitanas- urbanização como negócio

Áreas metropolitanas- espaços colonizados (D. Harvey, R. Luxemburgo)Territórios não capitalistas proporcionam a única forma capaz de estabilizar o sistema A. Oliveira- ao falar do campo já indicava em seus trabalhos: simultaneidade de reprodução de relações tipicamente capitalista e não capitalistas

HIPÓTESE Capital necessita de territórios em situação não capitalista para responder a situações de crise de reprodução dos espaços urbanos em áreas metropolitanas

Territórios não capitalistas Usados em momentos de crises de expansão/acumulação Reservas Não metropolitanos adormecidos

Espaços metropolitanos Como caracterizá-los?

Positivista Dados objetivos: acumulo de densidade demográfica, atividades produtivas, econômicas, circulação, que entretanto só têm sentido em relação a outra área metropolitana. O que implica em problemas de classificação

Funcional-organizativo Fluxos-tempo Implica na análise de gestão política mas também traz problemas ao escamotear o papel político de privilégio a produção/reprodução capitalista Fluidez seletiva e diferenciada

Áreas metropolitanas Espaços que acumulam e dispõe de maior capacidade para transformar em bens escassos elementos necessários a reprodução da vida urbana (água, ar, mobilidade, espaço doméstico, privacidade, tempo, tranquilidade. Difusão de novas formas de relações de trabalho, consumo etc. Colonização de territórios pela sede, ou centro metropolitano- instalação de presídios, aeroportos etc

Escassez sustenta o processo de colonização dos espaços metropolitanos Acentua a diferenciação sócio-espacial Reforça o negativo do que se considera cidade

Áreas de reserva Clássicas: Bairros periféricos (loteamentos irregulares, conjuntos habitacionais) e favelas (centrais e periféricas)

Territórios reserva incorporação de áreas ainda não edificadas ou com pouca edificação que ficam nas bordas da metrópole podendo ser: A. Residenciais: a partir da criação de condomínios fechados de alto padrão, que vendem espaços tidos como seguros, com sofisticação, tecnologia, possibilitando a satisfação de necessidades como por exemplo o lazer nesse espaço, sendo a negação da ideia de cidade, entendida aqui como o lugar do encontro, da diversidade, do viver o público, já que se criam espaços de encontro entre os mesmos. B. Industriais- distritos industriais C. condomínios empresariais (lógistica)

Conflitos os espaços de reserva também poderiam assim ser chamados os espaços que ainda não estão valorizados, mas que já concentram população, em geral de baixa renda, nas chamadas periferias pobres da região metropolitana, onde a habitação é construída pelos moradores, em ares em que não há regularização da propriedade, nos chamados loteamentos irregulares

Consequências do processo Investimentos do Estado (infra-estrutura e equipamentos) Valorização da áreas Processo de expulsão e mudança populacional Reincorporação de áreas desvalorizadas ao mercado imobiliário a partir de uma revalorização da mesma com uma mudança de função

Áreas industriais Áreas industriais, a partir da mudança da produção fordista para a Flexível Processo de desvalorização Discurso da renovação: Parceria público-privada Investimentos públicos Mudança de função e investimentos privados

Áreas centrais Novo papel no cenário de modernidade global Monumentalidade: permanência e mudança Higienização social Centralidade de comando(financeiro, político, social)/ações a partir da existência das redes técnicas.

As redes geográficas Embora muito destaque se dê a categoria redes hoje, ela sempre fez parte do arcabouço geográfico (Lobato, Monbeig). São entendidas como os nós criados e fixados pela sociedade no espaço terrestre. Se articulam entre si por vias e fluxos (materiais, imateriais, rápidos, lentos e em diversas escalas) Hoje, tendencialmente, marcados pela aceleração da velocidade embora os tempos lentos coexistam. Lógica territorial e lógica reticular

Rede informacional

Rede urbana- SP

Rede urbana BR

Rede ferrometroviária SP

Rede metroviária . Cid. México

Rede metroviária Paris

Rede do tráfico de drogas- América do Sul

Bibliografia básica CARLOS, A. F. A. Dinâmicas urbanas na metrópole de São Paulo. in: América Latina:cidade, campo e turismo. Lemos ,A. I. G.; Arroyo, M. ; Silveira, M. L . CLACSO, Consejo Latinoamericano de Ciencias Sociales, San Pablo. Diciembre 2006. Disponível : http://bibliotecavirtual.clacso.org.ar/ar/libros/edicion/lemos/04alessand.pdf CORREA, R. L. “ Logística do espaço brasileiro: as redes geográficas” in IBGE, Atlas nacional do Brasil, Rio de Janeiro: IBGE, 2000. DIAS, L. C. “ A importância das redes para uma nova regionalização brasileira: notas para discussão” in LIMONAD, E. HAESBAERT, R. e MOREIRA, R. (ORG). Brasil século XXI, por uma nova regionalização, São Paulo: Max Limonad, 2004, pp. 161 a 172. Ehnert, Alexandre Ricardo von . A região metropolitana de Manaus e as migrações pendulares, São paulo: FFLCH, 2011 (dissertação de mestrado). Disponível em http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/8/8136/tde-17082012-094101/pt-br.php LENCIONI, S. A metamorfose de São Paulo: o anúncio de um novo mundo de aglomerações difusas in REVISTA PARANAENSE DE DESENVOLVIMENTO, Curitiba, n.120, p.133-148, jan./jun. 2011, pp. 137-148. Disponível em: http://www.ipardes.pr.gov.br/ojs/index.php/revistaparanaense/article/download/176/672