Análise de conteúdo: . Herói – mulher desesperada

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Transcrição da apresentação:

Análise de conteúdo: . Herói – mulher desesperada   . Herói – mulher desesperada . Sentimentos e estados emocionais do herói – desesperada, arrasada, sozinha, fiscalizada, indecisa. . Necessidades do herói – independência e autonomia, proteção, amparo, segurança. . Pressão ambiental – hostilidade, agressividade exercida pelo mundo. Dominação agressiva exercida pelos pais. . Desfecho da estória – preservação do conflito. . Atitude do herói para provocar o desfecho – impotência. Age (volta) à passividade. . Catexias – pais como objetos de catexia negativa. O mundo é visto como objeto de catexias ambivalentes e a autonomia é colocada como objeto de catexia positiva. . Tema – Conflito entre autonomia e dependência.

2a Estória: Prancha 5 (de uso masculino e feminino): “Ela estava sozinha no seu canto quando esta mulher abriu a porta para ver o que ela fazia. Ela não gosta de ser interrompida quando está só, refletindo sobre si mesma. Mas essa mulher a todo momento vem atrás e a interrompe. Ela já falou com a mãe, mas de nada adiantou. A empregada continua a vigiá-la. Só vai ter um jeito: ir embora.” Análise Formal:   . Realização da tarefa: história completa. . Estilo: pensamento organizado, claro e objetivo. . Adequação do tema: adequado, sentimentos persecutórios. . Inclusão/ exclusão de objetos: “ela”, e a mãe.

Análise de conteúdo:   . Herói: “Ela”. . Sentimentos e estados emocionais: invasão, perseguição, abandono. . Necessidades: reflexão, isolamento, privacidade, proteção. Necessidade de se isolar e se preservar. . Pressões ambientais: fiscalização invasora, pressão agressiva. . Desfecho: isolamento – ir embora. É um desfecho negativo porque envolve a desistência. . Atitude para o desfecho: fuga. . Catexia: Mãe – catexia ambivalente. Empregada – catexia negativa. Pode estar ocorrendo o deslocamento da catexia negativa da figura da mãe para a da empregada. . Tema: Conflito em vivenciar relações invasoras. Para se minimizar as projeções pessoais, do analisador, procura-se ater a fala do analisando.

Após a análise das estórias, partimos para a 3a etapa: a interpretação dos resultados. Com certeza haverá algumas estórias tratando do mesmo tema. O TAT fala de relacionamentos – do sujeito com ele mesmo, com as figuras parentais ou substitutos, com o grupo de iguais, com o grupo hetero-afetivo-sexual. Inicialmente são reunidas as estórias que tratam do mesmo tema. Elas serão interpretadas juntas. O herói e tudo aquilo que se refere ao herói serão reportados ao narrador – o que está falando sobre si mesmo. Por exemplo: se essas duas estórias fossem do mesmo narrador, poderia se concluir que este herói está abatido, frustrado. Quanto mais diferenciado for o herói da estória do narrador, mais significativo é o conteúdo, pois há a revelação de conteúdos reprimidos. As pressões ambientais representam o meio do narrador. Sempre devemos nos lembrar que a narrativa é a forma com que o narrador significa. O que caracteriza a saúde ou o transtorno não é a presença de conflitos, mas os recursos mobilizados para solucioná-los. Para o ego mediar a solução dos conflitos é necessário que o narrador participe de modo ativo e coordenado com a solução e o desfecho. Quando isso ocorre diz-se que o ego do narrador está bem estruturado.

Quando o ego delega a terceiros a resolução das questões, percebe-se que este ego não dispõe de recursos para fazer a mediação. Quando o herói é destruído ou morre, o meio é agressivo. Nesse caso há um grande componente destrutivo, desintegrativo. Quando a tarefa é realizada temos um indicativo de que essa pessoa consegue se organizar mesmo quando submetida a pressões. É uma pessoa inteligente, bem coordenada.   A adequação ao tema nos indica a ligação com a realidade.  A inclusão e/ou exclusão de objetos é importante porque só os objetos importantes a sua dinâmica pessoal são inseridos ou eliminados. Exercício de interpretação do TAT – Adolescente do sexo masculino. Prancha 1 : Ele tá pensando para que serve o violino. Ele achou numa lata de lixo na rua. Ele tava jogando futebol e a bola caiu ali dentro. E ele viu isso. Ele trouxe para a casa dele para ver para que servia. Ele não sabe tocar, mas vai Ter um dia que ele vai aprender isso. Prancha 3 : É um garoto que tava chorando porque os meninos da escola implicaram com ele. Aí ele ficou triste e escondeu isso da mãe dele e começou a chorar em cima do sofá. Ele vai avisar para a mãe dele e a mãe dele vai falar com os professores e os garotos que fizerem isso com ele vão pedir desculpas. Prancha 6 : Ele tava com a mãe dele no apartamento e ele tava pedindo desculpas por Ter sumido por anos e ela fingia que nem escutava. No final a mãe dele mandou ele sair daquele apartamento. Ela não tinha dinheiro para sustentar e ele foi embora. Ela não o perdoou. No TAT sempre devemos buscar interpretar os relacionamentos: relação consigo mesmo (no exemplo acima: insegurança, não acredita em si mesmo); relacionamento com os outros (inadequação); relacionamento com as figuras parentais (dependência).