Imputação dos custos indirectos

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Imputação dos custos indirectos

Centros de custo: Óptica contabilística Secções Principais Secções Auxiliares Produtos/Obras A1 S1 P1 A2 S2 A4 P2 A3 Identificação da actividade de cada centro Determinação dos custos directos e indirectos Escolha da base de imputação do custo ao produto/obra ou a outro centro OBJECTIVO DA CONTABILIDADE: IMPUTAR TODOS OS CUSTOS AO PRODUTO/OBRA © JCNeves

Definições Objectos de custeio Centros de custos comuns (cost pools) PRODUTO, REGIÃO, SEGMENTO DE MERCADO, etc. Centros de custos comuns (cost pools) Grupo de custos a serem imputados aos “objectos de custo”. Estes centros devem ter um processo homogéneo cuja actividade pode ser medida. Bases de imputação Deve ser a medida de actividade verificada no “Centro de custos comuns” relacionada com o serviço prestado ao “Objecto de custeio” © JCNeves

Esquema de imputação dos custos Centros de custos comuns Natureza de custos Objectos de custeio Preparação Produto X - Mão de obra - Energia - Rendas - Amortizações - etc. Bases de imputação Perfuração Produto Z Acabamento Entrega © JCNeves

3 fases na imputação dos custos Fase 1 – Seleccionar os objectos de custeio Produtos; Regiões; Tipos de Clientes; Agências Fase 2 – Definir os centros de custos Por departamentos ou por actividades Custos ou actividades devem ser homogéneas Fase 3 – Seleccionar a base de imputação de cada um dos centros de custo Deve existir causa-efeito entre custo e actividade para o objecto de custeio Se não: Ver quais são os benefícios relativos de fazer uma imputação Há equidade no sistema usado? © JCNeves

Critério ideal de imputação Uma base de imputação com uma relação causa-efeito sobre o custo Centros homogéneos, que tenham a mesma base de imputação C1 + C2 B © JCNeves

O método de regressão simples Coeficiente de determinação R2 = 0,918 © JCNeves

Controvérsia sobre a imputação dos custos indirectos Argumentos contra Custos não são controláveis pelo gestor Difícil conseguir bases de imputação adequadas Argumentos a favor Alguma restrição na tendência para as “grandezas” Resultado mais realista para comparações “Mensagem” mais realista para o responsável do centro operacional © JCNeves

Porque é que as empresas imputam os custos? Para calcular o custo total de produção requerido pelo POC e pelas NIC’s Para reduzir o ímpeto de consumo de recursos comuns Desde que a base de imputação esteja relacionada com o consumo Se os custos são fixos porque é que devemos controlar o consumo? Para incentivar a avaliação dos serviços fornecidos pela estrutura As pessoas atribuem valor às coisas têm preço (qual vale o ar?) Isto permite avaliar o serviços – custo versus valor acrescentado Fornecer informação para decisão Desde que o custo imputado meça o custo de oportunidade do departamento que usa o recurso © JCNeves

Problemas com a imputação de custos O custo não é controlado pelo gestor do centro de responsabilidade que recebe a imputação As imputações são arbitrárias Ás vezes é difícil encontrar uma base de imputação com fundamento económico Os custos fixos parecem variáveis para o gestor da divisional Quando os custos fixos são imputados por unidade e o director divisional recebe maior imputação à medida que as suas vendas crescem. Poucos centros de custos comuns: Os centros de custo não são homogéneos Os custos são imputados com base em volumes © JCNeves

O problema da falta de homogeneidade Centro de custo Objecto de custeio 11h 385 € 1 400 000 40.000 h/h 35€/h 11h 385 € © JCNeves

Quantos centros se deve ter? Centro de custo novo Centro de custo antigo Objecto de custeio Maquinação 1h Maquinação 10h Pintura 250 € 1 400 000 40.000 h/h 1 000 000 20 000 h/h 50 €/h 11h 385 € Pintura 9h Maquinação 2h Pintura 490 € 400 000 20 000 h/h 35 €/h 20 €/h 11h 385 € © JCNeves

Problema com os custos fixos Variável unitário 40 €/h Maquinação 5.000h Manutenção 5.000h Pintura Total Custos: Fixos 60 000 € Variáveis 400 000 € Total 460 000 € Custo por hora 46 € Actual: Maquinação 5.000h Pintura 3.000h © JCNeves

Imputação baseada no real vs. standard Caso 1: C.Fixo 60 000 Maquinação 5.000h CVu 40 €/h Pintura 3.000h Caso 2: C.Fixo 70 000 Maquinação 5.000h CVu 50 €/h Pintura 5.000h © JCNeves

Cuidado com as arbitrariedades Ano 1 DIVISÃO A B C TOTAL Taxa de imputação Vendas 1000 1000 1000 3000 Custos gerais 100 100 100 300 10% Ano 2 Vendas 2000 2000 1000 5000 6% Custos gerais 120 120 60 300 Porquê favorecer os menos produtivos? E se o aumento das vendas é resultado de um aumento de preço? E se fosse uma imputação baseada no orçamento? Atenção!!! Risco de enviesamento por sub-orçamentação © JCNeves

Como avaliar as bases de imputação Verificarem uma relação causa-efeito com o custo Permitirem uma avaliação equitativa dos gestores Motivarem decisões dos gestores na orientação dos objectivos globais da empresa © JCNeves

Método Directo vs Método Indirecto Centros Auxiliares Principais Método Directo: Método Indirecto S1 S2 S3 S4 D1 D2 Centros Auxiliares Principais © JCNeves

Resumo dos problemas das imputações Centros de custos não homogéneos Tratamento dos fixos custos como variáveis Dificuldade de conciliar com os centros de responsabilidade Imputações arbitrárias Muitas imputações baseadas em volume © JCNeves

Centros de custos: A óptica do controlo de gestão Objectivo: Determinar para cada actividade que gera um custo, quem é o responsável pela sua gestão Identificar: Os objectivos para o gestor Qual o poder de decisão que tem sobre os meios de acção Qual a forma de medir os resultados Quais os custos que resultam das suas decisões e os de gestão de terceiros © JCNeves

A definição dos centro de responsabilidade deve permitir: Definir objectivos por centro compatíveis com os objectivos da empresa Responsabilizar os gestores pelos objectivos Motivar os responsáveis Avaliar a gestão do centro Compensar o gestor pela “performance” © JCNeves