MANUELZÃO E MIGUILIM Guimarães Rosa.

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Transcrição da apresentação:

MANUELZÃO E MIGUILIM Guimarães Rosa

Sertão – Regional x Universal CARACTERÍSTICAS Sertão – Regional x Universal Linguagem – termos regionais / neologismo / arcaísmos Oralidade Caráter existencial Prosa x Poesia Manuelzão e Miguilim: primeira parte de Corpo de baile (as outras duas: No urubuquaquá, no pinhém e Noites do sertão)

Narrador > terceira pessoa CAMPO GERAL Narrador > terceira pessoa Ambiente: Mutúm Miguilim: 8 anos “Quando completara sete, havia saído dali, pela primeira vez: o tio Terêz levou-o a cavalo, à frente da sela, para ser crismado no Sucurijú, por onde o bispo passava.” comenta com a mãe que um sujeito comentara que o Mutúm era um lugar bonito

Nhanina / Maria Andrelina > mãe > “( Nhanina / Maria Andrelina > mãe > “(...) era linda e com cabelos pretos e compridos, se doía de tristeza de ter de viver ali.” > insatisfação com a vida Miguilim > decepção com a (não)reação da mãe > “Estou sempre pensando que lá por detrás dele (morro) acontecem outras coisas, que o morro está tapando de mim, e que eu nunca hei de poder ver...” Béro / Bernardo > pai > certo ciúme de Miguilim x mãe na volta da viagem Irmãos: Drelina / Tomezinho / Liovaldo (vivia com o tio Osmundo) / Dito

Perda: Béro dá a cadela preferida de Miguili, a Pingo-de-ouro Dito > “O Dito se parecia muito com o pai, Miguilim era o retrato da mãe.” > físico / psicológico Perda: Béro dá a cadela preferida de Miguili, a Pingo-de-ouro Discussão Béro x Nhanina (Dito tira Miguilim de perto) > ele não queria que ela falasse com Terêz > insinuação de adultério Miguilim tenta proteger a mãe > castigado pelo pai Tio Terêz > sai da casa a pedido de Vovó Izidra* > chama-o de Caim > indicação da proximidade Terêz x Nhanina * na verdade, tia de Nhanina > mãe = Vó Benvinda = “atôa”

Miguilim > inocência > olhar do narrador X Majéla / Patori > malandro / malvado / conversas picantes / acusado de matar um homem* / encontrado morto * Seo Deográcias: pai / entendia de remédios / afirma que fora acidental Liovaldo > malvado / malvado (bate num menino, Grivo, mas apanha de Miguilim**) ** apanha do pai > mas não chora > Miguilim > três dias na casa do vaqueiro Salúz > castigo > volta e não dá a bênção > pai solta os passarinhos e quebra suas gaiolas

Miguilim > questionamentos: “Dito, você já teve alguma vez vontade de conversar com o anjo-da-guarda?” / “Dito, eu às vezes tenho uma saudade de uma coisa que eu não sei o que é, nem de donde, me afrontando...” > melancolia / depressão / Dito > igual à mãe Miguilim > doente > imaginava que morreria > 10 dias de prazo para morrer ou viver > no último dia = cama > “Mas eu vou morrer, Drelina. Vou morrer hoje daqui a pouco...” > pensa que ninguém sentiria sua falta > Aristeo afirma que ele estava bem > “Todo ria. Tremia de alegrias” Miguilim > levaria almoço para o pai > na volta, Terêz pede para ele entregar um bilhete

Miguilim > “Tomara a gente ser, feito o Dito: capaz com todos horários das pessoas...” > angústia com o bilhete > não entrega > medo da reação do tio > “Miguilim, Miguilim, não chora, não te importa, você é um menino bom, menino direito, você é meu amigo!” Chegada de Luisaltino > papagaio Papaco-o-paco* / conhecia Têrez / conversas com Nhanina > dia que os pais obrigavam as filhas a se casarem cedo / morto por Béro (um dia não fora trabalhar) > reforça a suspeita de infidelidade / comportamento de Nhanina * Fala o nome de Miguilim: “Miguilim me dá um beijim...” x Dito > inveja > “Dito, Expedito!” Miguilim > pai e vovó Izidra ausentes > “(...) dia mais bonito de todos.”

Dito > corta o pé ao brincar > “Dito pisou sem ver num caco de pote, cortou o pé: na cova-do-pé, um talho enorme, desci de um lado, cortava por baixo, subia da outra banda.” > doente > não participaria da montagem do presépio > febre > sofre sem reclamar para a família > “Miguilim, MIguilim, vou ensinar o que agorinha eu sei, demais: é que a gente pode ficar sempre alegre, alegre mesmo com toda coisa ruim que acontece acontecendo. A gente deve de poder ficar então mais alegre, mais alegre por dentro!” “‘Faz um feitiço para ele não morrer, Mãitina! Faz todos os feitiço, depressa, que você sabe...’ Mas aí, no voo do instante, ele sentiu uma coisinha caindo em seu coração, e adivinhou que era tarde, que nada mais adiantava.”

Terêz retorna x partida de Vovó Izidra Béro: rígido com Miguilim > “Pai disse a Mãe que ele não prestava, que menino bom era o Dito, que Deus tinha levado para si, era muito melhor tivesse levado Miguilim em vez d’o Dito.” Suicídio de Béro (após matar Luisaltino) > Vovó Iizidra: “Escuta, Miguilim, sem assutar: seu pai também está morto. Ele perdeu a cabeça depois do que fez, foi achado morto no meio do cerrado, se enforcou com um cipó, ficou pendurado numa moita de miroró.” Terêz retorna x partida de Vovó Izidra Miguilim > achava que seria pecado gostar do tio

Nhanina > pergunta se ele gostaria que ela se casasse com Terêz > Miguilim não se importava > bobagens > inocência Miguilim encontra um senhor > Dr. José Lourenço > “Por que é que você aperta os olhos assim? Você não é limpo de vista?” > coloca os óculos no menino > “Nem não podia acreditar! Tudo era uma claridade, tudo novo e diferente, as coisas, as árvores, as caras das pessoas.” Miguilim parte para a cidade >Nhanina: escola / óculos > coloca os óculos do doutor > “E Miguilim olhou para todos com força. (...) O Mutúm era bonito! Agora ele sabia.” > Miguilim lembra das perdas: Dito / Pigo-de-Ouro / pai

Olhar do narrador x olhar de Miguilim > inocência Dito > experiência / dito Adultério / insatisfação / frustração Dilemas existenciais > mal-estar

Narrador > terceira pessoa UMA HISTÓRIA DE AMOR Narrador > terceira pessoa Ambiente: Samarra > propriedade de Frederico Freyre > quase não aparece > Manuelzão = administrador / capataz Festa > inauguração de uma capela em homenagem a Nossa Senhora do Socorro > capela: pequena > “Carecia de sagração, a missa.” “A festa, uma festa! Por si, ele nunca dera uma festa. Talvez mesmo nunca tivesse apreciado uma festa completa. Manuelzão, em sua vida, nunca tinha parado, não tinha descansado os gênios, seguira um movimento só.” > trabalho x prazer

Presença de diversas pessoas > dias antes da festa > “Até aleijados, até vultos ciganos, más mulheres, lindas moças.” Capela > ideia da mãe (embora ele tenha comentado antes) > forma de abençoar o lugar > riachinho secara > “Pensou que estivesse com mau-olho.” Situação estável: “Agora, com perto dos sessenta anos, alcançara aquele patamar meio confortado, espécie de começo da metade de terminar.” x solidão: “Só, solteirão, que ele era. Antes, nunca tinha pensado nisso com motivos.” > dimensão material x existencial

Manuelzão > filho: Adelço: Manuel quase não o vira fruto de um caso curto ruim com os outros, não com a família casado com Leonísia* 30 anos sete filhos * bonita / gera uma certa atração em Manuelzão x um dia o chama de pai > ele = pé machucado Manuelzão > certo arrependimento de ter tido o filho > “Carecia de um filho prosseguinte. Um que levasse tudo levantado, sem deixar o mato rebrotar. Não o Adelço – ele sabia que o Adelço não tinha esse valor.”

Velho Camilo > espécie de coitado da fazenda Presentes ilustres: Velho Camilo > espécie de coitado da fazenda Joana Xaviel > contadora de histórias / vivera com o velho Camilo > Manuelzão desfaz a relação > condenada pela população João Urúgem > vivia isolado / maltrapilho Manuelzão > pensa em mandar o filho em seu lugar > levaria uma boiada dentro de três dias > desiste de pedir > palavra Solidão > “Não dava para o amor. Por certo ainda podia se casar, tinha forças e parecer para isso? (...) Já estava desconsentido para casamento...”

Festa > gente / festa / música / alegria x solidão de Manuelzão Certo sentimento de culpa > “Mesmo, competia de demonstrar cara satisfeita, não dessem de reparar e falar. (...) ‘Festa de Manuelzão, todos divertem, ele não...’” Adelço se oferece para levar a boiada > surpresa / mudança de visão sobre o filho em Manuelzão

- cavalo encantado > ninguém o montava desde a morte de seu dono Manuelzão pede para que o velho Camilo conte uma história > porte e voz para a história > romance popular (Romanço do Boi Bonito / Décima do boi e do cavalo): - cavalo encantado > ninguém o montava desde a morte de seu dono - Vaqueiro Menino > monta o cavalo > participa da caça ao Boi Bonito > domina o animal > “Meu nome hei: Seunavino... Não quero dote em dinheiro. Peço que o boi seja soltado. E se me dê este cavalo.” > atendido Manuelzão: “Cantar e brincar, hoje é festa – dansação. (...) A festa não é para se consumir – mas para depois se lembrar...” > partiria em três dias com a boiada

Oposição velhice solidão x alegria / festa Frustração de uma vida Trabalhar x amor Festa > alegria / folga = pensar na existência