INFIDELIDADE Michele Melo Reghelin

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Transcrição da apresentação:

INFIDELIDADE Michele Melo Reghelin Orientadora Dra. Silvia Pereira da Cruz Benetti PPG Psicologia

AMOR Literatura, Artes, Filosofia... Sob a Luz do romantismo, contexto neo iluminista fundado no positivismo na Europa Ocidental (séc.XIX) Freud 1890 - 1ª vez (Lejarraga, 2002) / características relação hipnotizador hipnotizado Cartas dirigidas à Fliess até as publicações finais (Altmann, 1977)

1910- Freud: a ciência deveria tentar compreender o amor AFETO se constitui nos primeiros anos de vida e está ligado aos instintos sexuais (que compõe os instintos eróticos). Freud (1912): ESCOLHA DE OBJETO deriva da formação infantil dos sentimentos de ternura pela mãe. A forma e o tempo como a mãe investe libido no seu filho deixa-lhe marcas que serão possíveis ver através de suas posteriores escolhas objetais. Freud (1910): Sobre o Narcisismo: Uma Introdução (1914) Ultrapassar posição narcísica ligar libido a objeto Quem não ama adoece

“Pra você guardei o amor Que aprendi vendo meus pais O amor que tive e recebi E hoje posso dar livre e feliz” ... “Quem acolher o que ele tem e traz Quem entender o que ele diz No giz do gesto o jeito pronto Do piscar dos cílios Que o convite do silêncio Exibe em cada olhar” *Nando Reis – Pra você guardei o amor

A escolha conjugal e o relacionamento conjugal são entendidos como um processo maturacional do desenvolvimento emocional. Uma das grandes conquistas da vida adulta consiste em amar com intimidade (Monteiro e Cardoso, 2008) “...nunca nos achamos tão indefesos contra o sofrimento como quando amamos, nunca tão desamparadamente infelizes como quando perdemos o nosso objeto amado ou o seu amor (Freud, 1930/1996, p.90).”

Rumo à escolha objetal Proibição do desejo erótico pelo objeto edípico Desligamento dos objetos parentais primários (Costa, 2007) Crescer e tornar-se independente (Kernberg, 1995) Apaixonar-se Reconfirmação das boas relações com os objetos do passado (Kernberg, 1995) Capaz de dar e receber amor (Kernberg, 1995) Rumo à escolha objetal

Apaixonar-se (Kernberg, 1995) Implicações desse estágio: Capacidade de ternura expande para a satisfação sexual Preocupação com o outro Idealizações mais sofisticadas Comprometimento com um ideal do que a pessoa é e com o que o casal poderá tornar-se Identificação com o objeto amado Empatia com o objeto de amor

FIDELIDADE INFIDELIDADE

Pulsional nunca é dominado pelo social (Moscona, 2007) Tópico desafiador Apesar da maior liberdade sexual, transformações culturais, ainda provoca mal estar e assombra os casais (Costa, 2007 ) Pulsional nunca é dominado pelo social (Moscona, 2007)

Características psicológicas do indivíduo Definição Características psicológicas do indivíduo Estrutura Caráter Personalidade do sujeito/cônjuge Características sociais e culturais Fidelidade qualidade de ser fiel, leal, honrado, com o qual se pode contar, seguro, verdadeiro Leal sincero, honesto, franco Traição ato ou efeito de trair (- se) a quem se é infiel quando trai? Dicionário Aurélio(Ferreira, 2008)

Pesquisas Psicanálise Psicologia DSTs (Schensul, Mekki-Berraba, Nastaski, Singh & Bojko, 2006; Ahlburg, Jansen & Perez, 1997; Smith, 2007) Violência (Vandello & Cohen, 2003) Ciências Sociais (Bauman, 2004; Arent, 2009) Internet (Whitty & Quigley, 2008) Jornalismo (Druckerman, 2009) Antropologia (Goldenberg, 2006) Filosofia (Foucault, 1926/1984) Fenomenologia (Olson, Russell, Higgins-Kessler & Miller, 2002; Scabello, 2006) Psiquiatria (Levine,1998). Psicanálise Psicanálise Contemporânea (Josephs, 2006; Hunyady, Josephs, & Jost, 2008) Psicanálise Vínculos (Moscona, 2007) Teoria Relações Objetais (Kernberg, 1995 a, b) ... Psicologia Psicologia Evolucionária (Schmookler & Bursik, 2007; Buss & Shackelford, 1997; Lopes & Vasconcellos, 2008) Psicologia Sistêmica (Whisman & Wagers, 2005; Whisman, Gordon & Chatav, 2007; Whisman & Sneyder, 2007; Mikulincer, Florian, Cowan & Cowan, 2002; Pittman, 1994) Cognitivismo (Lewandowski & Ackerman, 2006; Hurlbert,1992) Teoria do Apego (Allen & Baucom, 2004; Mikulincer, M., Florian, V., Cowan, P. A., & Cowan, C. P.,2002) 12

Infidelidade Freud, 1910 Contribuições à Psicologia do Amor (1910): no menino é vivido ao dar-se conta de que a sua mãe tem relações sexuais com o seu pai, cindindo a imago da mãe em: uma mulher casta e uma prostituta Uma Criança é Espancada (1919): na menina é experimentada quando do nascimento de um irmão/irmã parte inerente ao conflito edípico: a criança sente-se excluída da cena conjugal ferida narcísica adultez: identificada com o objeto parental infiel vingança infiel (Josephs, 2006)

Infidelidade Mitchell, 2000 infidelidade crônica: primeiras relações mãe-bebê (pré-edípicas); não internalização objeto materno suficientemente bom, e, sim, um objeto ausente/indisponível sintoma: evita-se a intimidade

Relacionamento conjugal moderno: Infidelidade Costa, 2007 estabelecimento de um vínculo fusional com o parceiro evitar correr o risco de acabar preso definitivamente no relacionamento temor de ser traído e abandonado envolve a participação do cônjuge traído não deve ser castigada, e sim, compreendida medo de ser traído medo da perda Relacionamento conjugal moderno: amor+ sexo+casamento+prazer+satisfação afetiva+ realização pessoal+ felicidade

Infidelidade – Otto Kernberg, 1995 Não é moralista Preocupa-se com as questões emocionais envolvidas O terapeuta só deve questionar isso se o paciente desejar, desejar abrir a caixa de Pandora. Tédio: “uma manifestação mais imediata da falta de contato com as necessidades emocionais e sexuais mais profundas” ( p.181)

Triangulação (Kernberg, 1995) Destruir OU reforçar sua intimidade/ estabilidade Casamento se dissolve para dar lugar a uma nova formação de casal Casamento de estabiliza com um terceiro Culpa inconsciente pela realização do casamento e gratificação Satisfação inconsciente em trair o parceiro Não delimitação de fronteiras Tentativa de encenar o que é temido e desejado - Quando não há o ciúmes normal, não é possível tolerar a rivalidade edípica encena a triangulação Refletem conflitos entre o casal O casal que mantém a fronteira reafirma um triunfo edípico

Triangulação A entrada de um terceiro: Inconscientemente ou conscientemente a presença do terceiro é temida Gera insegurança emocional Gera ciúmes Sinalizador para proteger a infidelidade do casal

Funções do relacionamento Extraconjugal Dissociar o amor terno do erótico Culpa pelo casamento gratificante (patologia do superego) Intolerância pela ambivalência normal das relações Agressão inconsciente Alguns casamentos tem a função de evitar a intimidade e assim gerar relações extraconjugais

Invasão crônica do relacionamento do casal pelo grupo Casamento aberto: dissolução do casal no grupo Perde Intimidade Destruição do casal 1)Relacionamentos triangulares com implicações edípicas como um equilíbrio regressivo 2)Perda de fronteiras (casamento aberto) 3)Perda da intensidade sexual Quanto mais aberto o casal, mais promíscuo, maior probabilidade de casal conter características pré edípicas, com predominância da agressão e necessidades sexuais infantis perversa polimorfas.

Enganar: Proteção contra lesão narcisista Proteção contra agressão real ou fantasiada Para esconder Para manter o controle Submissão a um superego sádico de ambos Absoluta honestidade é uma agressão racionalizada Capacidade de perdoar: aceitação da dor que vem da perda da ilusão; fé na possibilidade de recuperação da confiança possibilidade que o amor seja criado e mantido vivo, apesar dos componentes agressivos

Não há como garantir a estabilidade sem haver conflitos Mais capaz de amar com profundidade mais capaz de apreciar realisticamente a pessoa Assim é possível encontrar outros parceiros mais satisfatórios durante a vida o profundo autoconhecimento e auto consciência, despertam anseio por outras relações Esta acrescenta profundidade à vida do sujeito Redirecionamento de anseios, fantasias e tensões sexuais. RENÚNCIA A maturidade emocional, o profundo comprometimento com a pessoas, os valores e as experiências vividas a dois enriquecerão e protegerão o relacionamento.

Referências Bauman, Z. (2004). Amor Líquido: sobre a fragilidade dos laços humanos. Rio de Janeiro: Jorge Zahar. Costa, G. P. (2007). O amor e seus labirintos. Porto Alegre: Artmed. Freud, S. (1996). Rascunho E. Como se origina a angústia. Em J. Salomão (Dir. e Trad.), Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira. (Vol. 1, pp. 235-241). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original 1894). Freud, S. (1996). Fragmento da análise de um caso de histeria. Em J. Salomão (Dir. e Trad.), Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira. (Vol. 7, pp. 15-116). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1905a). Freud, S. (1996). Três Ensaios sobre a teoria da sexualidade. Em J. Salomão (Dir. e Trad.), Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira. (Vol. 7, pp. 119-231). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1905b). Freud, S. (1996). Um tipo especial de escolha de objeto feita pelos homens (Contribuições à Psicologia do Amor I). Em J. Salomão (Dir. e Trad.), Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira. (Vol. 11, pp. 167-180). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1910). Freud, S. (1996). Sobre a tendência universal à depreciação na esfera do amor - 1912 (Contribuições à Psicologia do Amor II). Em J. Salomão (Dir. e Trad.), Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira. (Vol. 11, pp. 181-195). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1912a).

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Referências Freud, S. (1996). O mal-estar na civilização. Em J. Salomão (Dir. e Trad.), Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira. (Vol. 21, pp. 67- 110). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1930). Freud, S. (1996). Análise terminável e interminável. Em J. Salomão (Dir. e Trad.), Obras psicológicas completas de Sigmund Freud: edição Standard brasileira. (Vol. 23, pp. 223- 270). Rio de Janeiro: Imago. (Obra original publicada em 1937). Halperin, C. A. (2004). Paixão na adolescência. Em R. B. Graña & A. B. S. Piva (Orgs.), Atualidade da psicanálise de adolescentes: formas do mal estar na juventude contemporânea (pp.59-68). São Paulo: Casa do Psicólogo. Kernberg, O. F. (1995b). Psicopatologia das relações amorosas. Porto Alegre: Artes Médicas. Monteiro, T. F., & Cardoso, L. S. (2008). Casa, do latim, acasalamento: a casa como metáfora para a capacidade de intimidade. Em J. Outeiral & L. Moura & S. M. V. Santos (Orgs.). Adultescer: a dor e o prazer de tornar-se adulto. (pp.161-176). Rio de Janeiro: Revinter. Moscona, S. L. de. (2007). ¡Quiero saber la verdad! ¿Quiero? Em S.L. Moscona (Org.). Infidelidades en la pareja: amor, fantasmas, verdades, secretos. (pp.19-42). Buenos Aires: Lugar Editorial. Imagem 1: Irene Morack Imagem 2: Frida Khalo

Muito obrigada! michelereghelin@gmail.com