Fisiologia do Sistema Endócrino

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Transcrição da apresentação:

Fisiologia do Sistema Endócrino Introdução Hormônios

Introdução O sistema endócrino é um sistema de orientação e coordenação, como o sistema nervoso. O sistema endócrino depende de hormônios, que são substâncias químicas liberadas na corrente circulatória e levam mensagens a diferentes células do corpo.

Os hormônios controlam o crescimento, o desenvolvimento, a reprodução, a manutenção do meio interno, reações ao ambiente hostil e resposta física e emocional ao estresse.

Nosso objetivo é revisar o sistema endócrino e mostrar alguns princípios de fisiologia endócrina, estudando quatro hormônios em detalhes. Os hormônios escolhidos representam três classes de substâncias químicas.

Estes hormônios são: a insulina que é um hormônio bem conhecido, com várias funções no organismo. O hormônio tireoidiano que age em todo o organismo. A epinefrina por causa de sua estreita relação com o sistema nervoso. E o cortisol, um importante hormônio secretado em resposta ao estresse. Os outros hormônios são estudados nos sistemas respectivos: reprodutivo, cardiovascular e renal.

Revisão do Sistema Endócrino: O sistema endócrino é constituído de glândulas individuais e tecidos que produzem e secretam mensageiros químicos denominados hormônios. Os hormônios são lançados na corrente circulatória e se disseminam pelo corpo. Eles exercem sua ação em células específicas chamadas de células alvo, que possuem receptores específicos para determinado hormônio.

Objetivos: Identificar as glândulas endócrinas e os tecidos endócrinos. Identificar os hormônios produzidos por estas glândulas, Identificar os principais tecidos alvo de cada hormônio, e Compreender a função de cada hormônio.

Glândulas Endócrinas

PITUITÁRIA (hipófise): A pituitária possui dois lobos maiores. O lobo anterior é um tecido glandular e secreta seis hormônios bem conhecidos. O lobo posterior é um tecido neural e libera dois hormônios produzidos nos neurônios do hipotálamo.

Os hormônios peptídicos da pituitária anterior incluem: hormônio estimulante da tireóide ou tireotropina (TSH), as gonadotrofinas: hormônio folículo estimulante (FSH) e luteinizante (LH), o hormônio adrenocorticotrófico ou corticotrofina (ACTH), o hormônio do crescimento (SH) e a prolactina (PRL).

Os tecidos alvo e a função destes hormônios são: TSH: estimula a tireóide a produzir os hormônios tireoideanos FSH: estimula a maturação dos folículos ovarianos e a produção de estrogênio nas mulheres e a espermatogênese no homem LH: desencadeia a ovulação, e estimula a produção de estrogênio e progesterona na mulher e de testosterona no homem

ACTH: estimula a produção de glicocorticóides e outros hormônios da córtex supra-renal GH: estimula o crescimento e o metabolismo. A maioria do seu efeito requer proteínas intermediárias chamadas de somatomedinas ou fator de crescimento semelhante à insulina (IGFs). PRL: estimula o crescimento das mamas e a lactação em mulheres. Esta presente nos homens mas a função não é bem conhecida.

PINEAL: Produz a melatonina, hormônio de função pouco conhecida que parece regular o ciclo circadiano (claro/escuro).

TIREÓIDE: Produz dois hormônios. As células foliculares produzem o hormônio tireoideano (TH), que é uma amina, e as células C ou para-foliculares, secretam a calcitonina que é um peptídeo. Os folículos da glândulas estão cheios de um colóide protéico chamado tireoglobulina. É a única estrutura do sistema endócrino que funciona como grande depósito de tireoglobulina, que produzirá os hormônios tireoideanos.

Funções do hormônio tireoideano (TH): É essencial para o crescimento, É essencial para o desenvolvimento do sistema nervoso nas crianças, É essencial para o bom funcionamento do sistema nervoso nos adultos, Amplia a atividade do sistema nervoso simpático.

Funções da calcitonina: Inibe a atividade dos osteoclastos, prevenindo a reabsorção óssea e a liberação de cálcio. Fixa o cálcio no osso Diminui a concentração sanguínea de cálcio Protege o esqueleto do excesso de reabsorção, mas não é importante na regulação das concentrações diárias de cálcio no sangue

PARATIREÓIDES: A diminuição do cálcio sanguíneo faz com que as paratireóides liberem o PTH, O PTH é o regulador primário dos níveis sanguíneos do cálcio. Age diretamente nos rins aumentando a reabsorção renal de cálcio. Os rins controlam a todo momento os níveis sanguíneos de cálcio. Aumentam a reabsorção óssea de cálcio, o que aumenta os níveis sanguíneos de cálcio. Retira o cálcio do osso.

O PTH promove a conversão final da vitamina D na sua forma ativa, um hormônio esteróide chamado calcitriol, que por sua vez aumenta a absorção intestinal de cálcio. O balanço de cálcio depende da absorção intestinal desta substância. O aumento do cálcio no sangue inibe a produção de PTH por mecanismo de feed back negativo.

TIMO: O timo é grande por volta do nascimento, e aumenta de tamanho até a puberdade. A partir daí gradualmente se atrofia e é substituído por tecido adiposo e fibroso. As células secretórias produzem uma família de hormônios peptídeos que incluem a timosina e a timopoetina.

Funções dos hormônios do timo: Embora a função seja pouco conhecida parece que os hormônios do timo regula o desenvolvimento das células T (linfócitos) e desempenham um papel na resposta imune.

ADRENAIS (Supra-renais): As adrenais são constituídas de uma parte externa espessa chamada de córtex e uma pequena região central chamada de medula. A córtex secreta 3 famílias de hormônios esteróides: os mineralocorticóides, os glicocorticóides e os androgênios. Cada hormônio é produzido por um grupo diferente de células. A medula produz hormônios do tipo aminas, chamadas de catecolaminas.

Funções dos mineralocorticóides: Produzidos na zona glomerular da adrenal. O mais importante é a aldosterona, que tem a função de reter sódio e excretar potássio nos túbulos renais.

Funções dos glicocorticóides: Produzidos nas zonas fasciculada e reticular da adrenal. Os principais hormônios são o cortisol, a cortisona e a corticosterona. O nome glicocorticóide se deve ao fato de regularem o metabolismo da glicose. Apenas o cortisol é secretado em grande quantidade nos seres humanos. Além de regular o metabolismo energético o cortisol regula o sistema imune e facilita a resposta ao estresse.

Funções dos androgênios: Também produzidos nas zonas fasciculada e reticular da adrenal. São hormônios sexuais masculinos e os principais são a androstenodiona e a testosterona. A secreção ativa destes hormônios na puberdade produzem o primeiro surto de crescimento e o crescimento de pelos axilares e pubianos.

Funções das catecolaminas: Secretadas pela medula das adrenais. A medula é um gânglio modificado do sistema nervoso simpático e produz uma família de hormônios do tipo amina, chamadas de catecolaminas. Os principais são a epinefrina e a norepinefrina. A epinefrina é 4 a 5 vezes mais abundante que a norepinefrina. As catecolaminas são importantes durante a resposta de luta e fuga, quando é necessário uma ação física imediata.

PÂNCREAS: O pâncreas é uma glândula de secreção mista com funções endócrina e exócrina. A secreção exócrina é constituída de sucos digestivos. As células acinares produzem sucos digestivos que são levados ao intestino (duodeno), pelos ductos pancreáticos.

As células das ilhotas pancreáticas secretam os hormônios. A maioria das células é constituída de células beta que secretam o hormônio peptídeo insulina. Um pequeno número de células alfa produzem o hormônio peptídeo glucagon. Outras células mais raras secretam um peptídeo chamado somatostatina, cuja função não é bem conhecida.

Funções da insulina: A insulina promove o estoque de combustível orgânico no fígado, músculo e tecido gorduroso. Aumenta a entrada de glicose nos três tecidos, Promove a síntese de glicogênio no fígado e no músculo, Promove síntese de triglicerídeos no fígado e tecido adiposo. O resultado final da secreção de insulina é uma queda nos níveis sanguíneos de glicose.

Funções do glucagon: O glucagon promove a produção e secreção de combustível orgânico pelo fígado. Estimula a quebra do glicogênio e a síntese de glicose e cetonas. O resultado final da secreção de glucagon é o aumento dos níveis sanguíneos de glicose.

OVÁRIOS: Os ovários produzem os hormônios sexuais femininos, que incluem os esteróides estrogênio e progesterona e o peptídeo inibina. Os estrogênios e a inibina são incialmente produzidos pelas células granulosas e posteriormente pelo corpo lúteo. Pouco antes da ovulação são produzidas pequenas quantidades de progesterona pelas células granulosas e células da teca. O corpo lúteo é a maior fonte de progesterona.

Funções dos hormônios ovarianos: O estrogênio e a progesterona, em conjunto, regulam a função ovariana, as mudanças cíclicas na mucosa uterina e o desenvolvimento das mamas durante a puberdade. Os estrogênios promovem o desenvolvimento dos gametas femininos (óvulos), o desenvolvimento de outras características sexuais secundárias e a maturação dos órgãos sexuais femininos. A progesterona é secretada na gravidez e a inibina regula a secreção de FSH.

TESTÍCULOS: Os testículos produzem os hormônios sexuais masculinos, que incluem o esteróide testosterona e o peptídeo inibina. A testosterona é produzida pelas células intersticiais e a inibina pelas células sustentaculares.

Funções dos hormônios testiculares: A testosterona promove o desenvolvimento dos gametas (espermatozóide), o desenvolvimento, maturação e manutenção dos órgãos reprodutivos masculinos, além do desenvolvimento das características sexuais secundárias masculinas. A inibina, da mesma maneira que na mulher, regula a secreção de FSH.

Fim:

Fisiologia do Sistema Endocrino Tecidos endócrinos

Tecidos endócrinos – hormônios e funções Os hormônios são produzidos pelas glândulas endócrinas. Também são produzidos por células endócrinas localizadas em órgãos que não têm função endócrina. Estas células são chamadas de tecido endócrino, e incluem o cérebro, o coração, os rins e o trato gastrintestinal. As células endócrinas podem estar distribuídas de forma difusa como no estômago e intestinos ou podem constituir grupos como nos neurônios e no hipotálamo.

CÉREBRO Já vimos que a glândula pituitária possui dois grandes lobos, e já estudamos os hormônios do lobo anterior. Agora vamos estudar lobo posterior da pituitária e a função dos hormônios do hipotálamo ventral.

Funções dos hormônios da pituitária posterior: O lobo posterior da pituitária é um tecido neural, e libera os hormônios produzidos pelos neurônios do hipotálamo. Os hormônios descem pelos axônios dos neurônios hipotalâmicos, e são liberados para a circulação geral nas terminações destes axônios.

Eixo Hipotálamo-Hipófise

Os hormônios peptídeos ocitocina e vasopressina (também chamado anti-diurético – ADH) são produzidos por neurônios distintos nos núcleos supra-óticos e para-ventriculares. Nas mulheres a ocitocina estimula as contrações uterinas durante o parto, e promove a liberação do leite. Suas funções no homem são incertas.

A vasopressina (ADH), promove a reabsorção de água nos rins e participa portanto, do balanço hídrico, volume sanguíneo e da pressão arterial. Os neurônios do hipotálamo ventral produzem hormônios que são levados até a pituitária posterior por um sistema especial de vasos chamado de sistema porta hipotálamo-hipofisário.

Ação dos hormônios do hipotálamo ventral O hormônio liberador de tireotrofina (TRH), estimula a secreção do TSH. Lembrar que o TSH age sobre a tireóide estimulando a secreção do hormônio tireoideano. O hormônio liberador de gonadotrofina (GnRH), estimula a secreção de FSH e LH em adultos de ambos os sexos. Lembrar que o FSH e o LH estimula a maturação dos gametas e a produção dos hormônios reprodutivos.

Ação dos hormônios do hipotálamo ventral O hormônio liberador de corticotropina (CRH) estimula a secreção de ACTH. Lembrar que o ACTH estimula a secreção de glicocorticóides e outros hormônios pela córtex adrenal. Dois hormônios regulam o hormônio do crescimento: Hormônio liberador do hormônio do crescimento (GHRH) estimula a secreção, Somatostatina (SST) inibe a secreção. Lembrar que o hormônio do crescimento estimula o crescimento e o metabolismo energético.

Ação dos hormônios do hipotálamo ventral O principal hormônio que regula a liberação de prolactina (PRL) é uma catecolamina chamada de dopamina (DA), também chamada de hormônio inibidor de prolactina (PIH). Sua função é inibir a secreção de prolactina. A prolactina difere dos outros hormônios da pituitária anterior porque ela é normalmente inibida pelo hipotálamo.

Eixo Hipotálamo-Hipófise

Feedback Negativo

CORAÇÃO Células musculares especializadas do átrio secretam o hormônio peptídeo natriurético atrial (ANP). Este hormônio faz com que os rins aumentem a secreção de sódio, consequentemente participam do balanço de sais e contribuem para o controle do volume sanguíneo e da pressão arterial.

ESTÔMAGO O estômago produz o hormônio gastrina. A gastrina é produzida pelas células G do antro pilórico. Lembrar que os hormônios gastrintestinais são produzidos na mucosa e distribuídos pelo sangue para os órgãos alvo. A gastrina estimula a secreção de ácido clorídrico pelo estômago, e estimula o crescimento da mucosa gástrica.

RINS Os rins produz o hormônio peptídeo eritropoetina e o esteróide calcitriol. A eritropoetina estimula a medula óssea a produzir eritrócitos. Lembrar que o hormônio paratireóideo promove a conversão final da vitamina D em sua forma ativa o calcitriol, no rim. O calcitriol aumenta absorção de cálcio nos intestinos.

INTESTINO DELGADO Colecistocinina: produzida pelas células I. Suas funções são: 1) contração da vesícula biliar impulsionando a bile para o intestino, 2) estimula o pâncreas exócrino para produzir enzimas digestivas, 3) estimula o crescimento do pâncreas exócrino e da mucosa da vesícula biliar.

INTESTINO DELGADO Secretina: produzidas pelas células S. Sua função é estimular os ductos pancreáticos e biliares a produzir água e bicarbonato. O bicarbonato neutraliza o quimo ácido que vem do estômago. Por causa desta função a secretina é conhecida como um antiácido natural. Também estimula o crescimento do pâncreas exócrino.

INTESTINO DELGADO Peptídeo insulinotrópico glicose dependente: na presença de glicose o GIP estimula a liberação de insulina pelo pâncreas endócrino.

Fim: