Quinhentismo.

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Transcrição da apresentação:

Quinhentismo

QUINHENTISMO Marco – A Carta, de Pero Vaz de Caminha (1500) Principais autores Pero Vaz de Caminha Pero de M. Gândavo Gabriel Soares de Sousa José de Anchieta

É interessante observar: Os escritos desse momento não resultavam de nenhuma intenção literária. Os escritos eram apenas uma tentativa de descrever e catalogar a terra e o povo que os portugueses tinham acabado de descobrir. Não havia ainda, nessa época, um público leitor brasileiro ativo e influente nem um sentimento de nacionalidade brasileira.

A Carta, de Pero Vaz de Caminha O 1º texto escrito em solo brasileiro foi a Carta, escrita por Pero Vaz de Caminha, escrivão-mor da esquadra liderada por Pedro Álvares Cabral. Outras cartas de viagem, literatura de catequese, diários de navegação e tratados descritivos formam a LITERATURA DE INFORMAÇÃO.

Trechos da Carta de Caminha E estando Afonso Lopez, nosso piloto, em um daqueles navios pequenos, foi, por mandado do Capitão, por ser homem vivo e destro para isso, meter-se logo no esquife a sondar o porto dentro. E tomou dois daqueles homens da terra: mancebos e de bons corpos. Um deles trazia um arco e seis ou sete setas. E na praia andavam muitos com seus arcos e setas; mas não os aproveitou. Logo, já de noite, levou-os à Capitaina, onde foram recebidos com muito prazer e festa.

A CARTA A feição deles é serem pardos, um tanto avermelhados, de bons rostos e bons narizes, bem feitos. Andam nus, sem cobertura alguma. Nem fazem mais caso de encobrir ou deixar de encobrir suas vergonhas do que de mostrar a cara. Acerca disso são de grande inocência. Ambos traziam o beiço de baixo furado e metido nele um osso verdadeiro, de comprimento de uma mão travessa, e da grossura de um fuso de algodão, agudo na ponta como um furador. Metem-nos pela parte de dentro do beiço; e a parte que lhes fica entre o beiço e os dentes é feita a modo de roque de xadrez. E trazem-no ali encaixado de sorte que não os magoa, nem lhes põe estorvo no falar, nem no comer e beber.

A CARTA Os cabelos deles são corredios. E andavam tosquiados, de tosquia alta antes do que sobre-pente, de boa grandeza, rapados todavia por cima das orelhas. E um deles trazia por baixo da solapa, de fonte a fonte, na parte detrás, uma espécie de cabeleira, de penas de ave amarela, que seria do comprimento de um coto, mui basta e mui cerrada, que lhe cobria o toutiço e as orelhas. E andava pegada aos cabelos, pena por pena, com uma confeição branda como, de maneira tal que a cabeleira era mui redonda e mui basta, e mui igual, e não fazia míngua mais lavagem para a levantar.

A CARTA O Capitão, quando eles vieram, estava sentado em uma cadeira, aos pés uma alcatifa por estrado; e bem vestido, com um colar de ouro, mui grande, ao pescoço. E Sancho de Tovar, e Simão de Miranda, e Nicolau Coelho, e Aires Corrêa, e nós outros que aqui na nau com ele íamos, sentados no chão, nessa alcatifa. Acenderam-se tochas. E eles entraram. Mas nem sinal de cortesia fizeram, nem de falar ao Capitão; nem a alguém. Todavia um deles fitou o colar do Capitão, e começou a fazer acenos com a mão em direção à terra, e depois para o colar, como se quisesse dizer-nos que havia ouro na terra. E também olhou para um castiçal de prata e assim mesmo acenava para a terra e novamente para o castiçal, como se lá também houvesse prata!

pelo seu significado como documentação histórica; A Carta, a literatura de catequese e os outros textos de viagem têm importância: pelo seu significado como documentação histórica; por serem testemunhas da expansão marítima e comercial nos séculos XV e XVI; pelo registro do choque cultural entre colonizadores e colonizados.