Cristais Líquidos e Aplicações Biológicas

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Transcrição da apresentação:

Cristais Líquidos e Aplicações Biológicas QF933 – IQ-UNICAMP Professor Nelson Durán Nome – XXXXX

TÓPICOS INTRODUÇÃO DEFINIÇÃO APLICAÇÕES CONCLUSÃO

INTRODUÇÃO Nanotecnologia grande interesse acadêmico e industrial criação e exploração de materiais com características estruturais com pelo menos uma dimensão limitada entre 1 e 100nm. Materiais de cristais líquidos candidatos para síntese de materiais em nanoescala utilizando a combinação de ordenação e motilidade molecular.

DEFINIÇÃO O cristal líquido é um estado da matéria existente entre a fase cristalina e líquida caracterizado pela perda parcial ou completa da ordenação posicional em sólidos cristalinos, conservando a ordem orientacional das moléculas constituintes. A ordem orientacional garante ao cristal líquido estabilidade mecânica semelhante aos sólidos ao mesmo tempo que permite característica de fluir como líquidos.

DEFINIÇÃO

ESTRUTURAS Os cristais líquidos podem apresentar diferentes estruturas em função das condições em que são submetidos: - Nematic: estrutura com apenas ordem orientacional - Smetic: ordem orientacional e em camadas Essa conformação pode ser alterada em função de: - temperatura: chamados termotrópicos - temperatura e concentração de solvente: chamados liotrópicos

ESTRUTURAS

APLICAÇÕES Controle da liberação do ativo Membranas com cristal líquido podem atuar como “válvulas de permeação” em função da temperatura; O ativo é liberado apenas no local com hipertermia;

APLICAÇÕES Controle da liberação do ativo 41,5ºC

APLICAÇÕES Formas de aplicação de fármacos - Compostos de aplicação nasal: mudam sua conformação ao entrar em contato com o trato respiratório, devido à umidade;

APLICAÇÕES Macromoléculas farmacêuticas - anticâncer, osteoporoses, diabetes, imunossupressores * Formação de cristal líquido termotrópico e liotrópico: dependente dos íons, co-solventes, dos passos do processo.

APLICAÇÕES Moléculas farmacêuticas pequenas - anti-nflamatórios, anti-fúngicos, antibióticos, anti-câncer * compostos farmaceuticamente ativos de baixo peso molecular têm sido examinados, pela capacidade para serem incorporados à mesofases liotrópicas e termotrópicas; * Caracterização: DSC, Difração de Raio-X, Luz Polarizada.

CRISTAL LÍQUIDO LIOTRÓPICO É o mais utilizado para incorporação de fármacos; Possuem micelas ordenadas com arranjo molecular caracterizado por regiões hidrofóbicas e hidrofílicas alternadas; Dependendo da concentração de tensoativo, diferentes formas LC podem ser formadas: * lamelares * hexagonais * cúbicas

CRISTAL LÍQUIDO LIOTRÓPICO Fase Lamelar: camadas paralelas e planas de bicamadas do tensoativo separadas por camadas de solvente, formando rede unidimensional.

CRISTAL LÍQUIDO LIOTRÓPICO Fase Hexagonal: os agregados são formados pelo arranjo de cilindros longos, originando estruturas bidimensionais.

CRISTAL LÍQUIDO LIOTRÓPICO Fase Cúbica: apresentam estruturas mais complicadas e visualizadas com maior dificuldade que as outras.

CRISTAL LÍQUIDO LIOTRÓPICO Os fármacos, quando incorporados nesses sistemas, poderão residir nas duas regiões e na bicamada de tensoativo da mesofase, dependendo da solubilidade do fármaco. Razão da liberação de fármacos incorporados em sistema líquido cristalino depende: estrutura da mesofase e características físico-químicas do fármaco – torna possível a utilização de cristais líquidos como veículos transportadores de fármacos, controlando a liberação das substâncias neles incorporados.

CONCLUSÃO Os cristais líquidos podem mudar significativamente a velocidade de liberação dos fármacos, aumentando solubilidade, absorção e controle da biodisponibilidade. Podem ainda alterar a farmacocinética, diminuindo a toxicidade e aumentando a eficácia clínica. (FORMARIZ ET AL, 2005)

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ATYABI, F.; KHODAVERDI, E.; DINARVAND, R. Temperature modulated drug permeation through liquid crystal embedded cellulose membranes. International Journal of Pharmaceutics, 339, 213-221, 2007. FARKS, Edit; KISS, Dorottya; ZELKÓ, Romána. Study on the release of chlorhexidine base and salts from different liquid crystalline structures. International Journal of Pharmaceutics, 340, 71-75, 2007. FORMARIZ, T. P.; URBAN, M. C. C.; SILVA JÚNIOR, A. A.; GREMIÃO, M. P. D.; OLIVEIRA, A. G. Microemulsões e fases líquidas cristalinas como sistema de liberação de fármacos. Revista Brasileira de Ciências Farmacêuticas, 41(3): 301-13, 2005. HIRD, Michael. Fluorinated liquid crystals – properties and applications. Chemical Society Reviews, Disponível em <http://www.rsc.org/ delivery/_ArticleLinking/ArticleLinking.cfm?JournalCode=CS&Year=2007&ManuscriptID=b610738a&Iss=Advance_Article>, acesso em 03/10/2007, 2007. HEGMANN, Torsten; QI, Hao; MARX, Vanessa M. Nanoparticles in Liquid Crystals: Synthesis, Self-Asembly, defect Formation and Potential Applications. Journal of Inorganic and Organometallic Polymers and Material, Vol 17, n° 3, September, 2007. MÜLLER-GOYMANN, C. C. Physicochemical characterization of collidal drug delivery systems such as reverse micelles, vesicles, liquaid crystals and nanoparticles for topical administration. European Journal of Pharmaceutics and Biopharmaceutics, 58, 343-356, 2004. STEVENSON, Cynthia L.; BENNETT, David B.; LEGHUGA-BALLESTEROS, David. Pharmaceutical Liquid Crystals: The relevance of Partially Ordered Systems. Journal of Pharmaceutical Sciences, Vol. 94, 1861-1880, 2005.