Imagem e Memória da República

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A República das Oligarquias
Transcrição da apresentação:

Imagem e Memória da República Imagem e Memória da República. A Rua Quintino Bocaiuva/Assis/SP: A reflexão de um esquecimento. Quintino Bocaiúva s/d Na atualidade, dentre as possíveis perspectivas de pesquisas históricas, a da memória vem ganhando cada vez mais campo e espaço. Isso se dá devido às características das sociedades contemporâneas em que, aos poucos, os homens modernos perderam sua capacidade de guardar fatos ao longo das gerações, criando meios para passar essas informações aos seus sucessores. A História e outras ciências humanas, a partir de então, passaram a dar um maior valor para entender tal fenômeno. Neste texto, refletiremos sobre Quintino Bocaiúva, homem e personagem histórico do período inicial republicano que teve o seu nome impresso em uma rua da cidade de Assis, estando essa imagem, ligado diretamente a essa comunidade. A cidade de Assis surgiu em 1905, época inicial da República. Tem-se uma primeira informação do porquê do nome dessa rua; a outra é o fato de Quintino Bocaiúva ter se destacado na divulgação dos ideais republicanos e da criação de suas instituições, como os clubes e o próprio partido. Contudo, ao analisarmos a relação da memória sobre esse personagem histórico no âmbito da comunidade local, percebemos que, de certa forma, houve um esquecimento por parte de seus membros. Nessa perspectiva, torna-se necessário realizarmos um breve histórico da sua vida enquanto homem republicano cuja trajetória se inscreve no contexto político da república. Quintino Antonio Ferreira de Souza, posteriormente Quintino Bocaiúva nasceu em 1836 na cidade do Rio de Janeiro tendo falecido em 1912 na mesma cidade. Órfão, desde cedo dedicou-se às letras e ao jornalismo. Um dos principais integrantes da campanha republicana, foi o primeiro ministro das Relações Exteriores no novo regime. Em 1889 foi eleito chefe do Partido Republicano e em 1891 eleito senador pelo estado do Rio de Janeiro para a Constituinte Federal, contudo renuncia o cargo. No ano seguinte, foi novamente eleito para o Senado, onde permaneceu até o ano de 1900, quando também renunciou o cargo para assumir a governadoria do estado. Exerceu a presidência do estado de 31 de dezembro de 1900 até 1903. Durante seu governo, foi promulgada a Lei n° 542, de 4 de agosto de 1902, que determinou a volta da capital para Niterói. Foi novamente conduzido ao Senado em 1909, vindo a falecer três anos depois no cargo de vice-presidente do Senado. Quintino Bocaiúva, mais do que isso, era considerado um símbolo de representação da esfera civil dentro da conjuntura predominantemente da esfera militar do partido naquele momento. Segundo José Murilo de Carvalho (1990), ele representava a propaganda republicana, tendo tido importância significativa na intermediação entre essas duas esferas. Rua Quintino Bocaiúva 24/-11-2008. O primeiro registro da rua consta de 1941. Bocaiúva insere-se em um contexto histórico conflituoso no qual a elite econômica não se via favorecida pela política Imperial. Essa elite passa a ver nos ideais democráticos que se fortaleciam na Europa e na instituição de uma República — sonho anterior a esse momento (BASBAUN,1968) — a possibilidade para se verem no poder político também. Devido a tais fomentações, como relata George Boehrer (1954), surge, a partir do primeiro Clube republicano do Rio de Janeiro, o Partido Republicano Nacional em 1870. Posteriormente a tal acontecimento, outros clubes de diferentes províncias fundaram partidos republicanos, no entanto, sob a direção dos partidários do Clube carioca no qual Quintino Bocaiúva ocupava a vice-presidência, houve uma tentativa de unificação de todos os partidos republicanos. Após impasses e discussões sobre a questão, prevaleceu o partido único. (BOEHRER, p.194-196). Em 1889, já como líder geral do partido, Quintino foi de grande importância para o estabelecimento e instituição da República no Brasil.