Beatriz Costa nº 6 Francisco Melo nº 11 Padre António Vieira Vida, Obra e Contexto de Inserção do “Sermão de Santo António aos Peixes” Beatriz Costa nº 6 Francisco Melo nº 11 11º A 2010-2011

Dados Biográficos Data de Nascimento: 6 de Fevereiro de 1608 Local: Lisboa Data de Morte: 18 de Julho de 1697 Local: Baía (Brasil)

No Caminho da Religião 1623 – Inicia o noviciado na Companhia de Jesus (15 anos); 1624 – Invasão holandesa em Baía iniciou-o na sua vocação missionária; 1634 – Ordenado sacerdote 1635 – Exerce funções de pregador nas aldeias baianas; Ganha notoriedade como pregador; revela nos seus sermões preocupações sociopolíticas no contexto da invasão holandesa em Baía;

1641 – Regressa a Portugal, restaurada a independência, e conquista a amizade e confiança de D. João IV; 1644 – Nomeado pregador régio; Ameaçado de ser expulso da Companhia de Jesus; 1653 – Regressa ao Brasil, tendo um papel muito ativo nos conflitos entre jesuítas e colonos.

1654 – Escreve o “Sermão de Santo António aos Peixes”; É expulso do Brasil pelos colonos e regressa a Lisboa; Da capital, onde D. João IV, seu protetor, havia falecido, foi desterrado para o Porto e mais tarde para Coimbra, por D. Afonso V; 1665 – É encarcerado pela Inquisição; O D. Pedro II sobe ao trono, António Vieira é amnistiado e retoma as pregações em Lisboa;

1669 – Parte para Roma onde adquire grande reputação como orador, combatendo o Tribunal do Santo Ofício; 1675 – Regressa a Portugal sem apoios políticos e desiludido pela perseguição aos cristãos-novos que tanto defendera; 1681 – Retira-se para Baía, onde se dedica ao trabalho de compor e editar os seus sermões, e onde acaba por morrer aos 89 anos.

Inquisição Padre António Vieira foi perseguido e encarcerado pelo Tribunal do Santo Ofício que estava revoltado com Padre António Vieira pelo seu exagerado interesse nos judeus e cristãos-novos, considerando isto um acto de heresia, e por este querer entregar Pernambuco aos Holandeses em troca da Paz, sendo considerado um traidor pelos seus inimigos.

Defesa pela liberdade Judeus e cristãos-novos: Estes promoviam o desenvolvimento económico do País, atraindo com eles as suas fortunas e o espírito empreendedor. Povos indígenas: Padre António Vieira defendia-os por estes serem vítimas de abusos, crimes e espoliação por parte dos colonos.

Sermão de Santo António aos Peixes Proferido na cidade de S. Luís de Maranhão, Baía, em 1654; Toma vários peixes como símbolos de vícios dos colonos, sendo este sermão uma alegoria, dado que os peixes são a personificação dos Homens; Pretende louvar algumas virtudes humanas e principalmente censurar com severidade os vícios dos colonos.

O “Porquê?” da criação deste Sermão O tema é a questão dos índios. Escreveu este sermão com o propósito de condenar as ações dos colonos, combatendo, as injustiças e as anomalias sociais de que os indígenas sofriam, desde abusos, crimes, opressão, extorsão, iniquidades e exploração até à desumana espoliação, assim como pretendia abolir as leis que os tornavam escravos. Criticava assim a ganância, a injustiça e a corrupção, contrárias à sua política missionária.

Estrutura Estrutura Interna Estrutura Externa Exórdio Capítulo I Exposição Capítulo II Capítulo III Confirmação Capítulo IV Capítulo V Peroração Capítulo VI

Conclusão Padre António Vieira demonstra com esta obra mais um exemplo da sua genialidade, desenvolvendo uma campanha contra a vicissitude, a ganância, a injustiça social e a corrupção de tal forma disfarçada e alegórica, empolgando e persuadindo os ouvintes pela veemência e pela força de uma imaginação de mestre.