RELATIVIDADE ESPECIAL

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Transcrição da apresentação:

RELATIVIDADE ESPECIAL Professor Dante Deon

Relatividade na Física Clássica No início do Século XX, desenvolveram-se dois sistemas teóricos que modificaram as bases da Física Clássica. Um deles foi a teoria dos quanta, elaborada por Max Planck (1858 – 1947), e o outro foi a teoria da relatividade de Albert Einstein (1879 – 1955). Essas teorias, em conjunto, interpretam o Universo desde o microcosmo do átomo até o macrocosmo dos espaços intergaláticos.

Relatividade na Física Clássica Determinados aspectos da relatividade não são novos. A noção de que os fenômenos físicos são relativos aos sistemas de referência foi proposta por Galileu e Newton em suas épocas.

Relatividade na Física Clássica Exemplo: Dois carros, A e B, que se movimentam na mesma direção e em sentidos contrários. Se a velocidade de A é 50 km/h em relação ao solo e a de B é 70 km/h também em relação ao solo, a velocidade relativa de aproximação é de 120 km/h, ou seja, em relação a um observador fixo em A, o carro B se aproxima com 120 km/h.

Relatividade na Física Clássica

Relatividade na Física Clássica Em relação ao exemplo, se as velocidades de A e B forem comparáveis à velocidade da luz no vácuo, o mesmo método conduzirá a resultados errados. Tais velocidades, impossíveis para aviões e carros, são possíveis para elétrons e outras partículas elementares.

Relatividade na Física Clássica Assim, para tais velocidades, os princípios propostos por Galileu e Newton não são válidos, pois conduzem a resultados errados, segundo provas experimentais obtidas em laboratório.

Relatividade Galileana R: sistema de referência inercial (x, y, z): coordenadas de um ponto P

Relatividade Galileana R’: sistema de referência inercial que se movimenta com velocidade u constante na direção x, em relação a R (x’, y’, z’): coordenadas do ponto P em relação a R’

Relatividade Galileana v’: velocidade de P em relação a R’ v : velocidade de P em relação a R

Relatividade Galileana A e B: relógios idênticos fixos em R e em R’, respectivamente, que indicam os instantes t e t’, correspondente a um mesmo evento

Relatividade Galileana As coordenadas do ponto P no sistema de referência R, as coordenadas do mesmo P no sistema de referência R’ e os instantes t e t’ se relacionam por meio das transformações galileanas, bases da relatividade da Física Clássica.

Relatividade Galileana Outro conceito contido na relatividade galileana: As leis da Mecânica são idênticas em relação a qualquer referencial inercial.

Relatividade Galileana Entre a velocidade v de P em relação a R, a velocidade v’ de P em relação a R’ e a velocidade u de R’ em relação a R tem-se, em Mecânica Clássica, a relação: v = v’ + u

Relatividade Galileana

Relatividade Einsteiniana Primeiro postulado da teoria da relatividade especial: As leis da Física são idênticas em relação a qualquer referencial inercial.

Relatividade Einsteiniana Segundo postulado da teoria da relatividade especial: A velocidade da luz no vácuo é uma constante universal. É a mesma em todos os sistemas inerciais de referência. Não depende do movimento da fonte de luz e tem igual valor em todas as direções.

Relatividade Einsteiniana Segundo postulado da teoria da relatividade especial: A velocidade da luz no vácuo é a velocidade limite do universo. c ≈ 3∙108 m/s

Relatividade Einsteiniana

Relatividade Einsteiniana A contração do espaço Um do efeitos relativísticos é a contração do espaço na direção do movimento, no caso de corpos cujo módulo da velocidade u se aproxime do da luz no vácuo c.

Relatividade Einsteiniana A contração do espaço

Relatividade Einsteiniana A contração do espaço Sendo γ > 1 (γ só é igual a 1 quando u = 0), resulta L < L’; A contração do comprimento só ocorre na direção do movimento; O comprimento medido no referencial em relação ao qual um objeto está em movimento é menor do que o comprimento medido no referencial em relação ao qual o objeto está em repouso.

Relatividade Einsteiniana A contração do espaço

Relatividade Einsteiniana Exemplo: Considere uma barra em repouso em relação a um sistema de referência R’. Este se movimenta em relação ao sistema de referência inercial R com velocidade u = 0,8c. Seja L’ = 1,0 m o comprimento da barra medido no referencial R’. Sabendo que a barra está alinhada na direção do movimento, determine o comprimento da barra em relação ao referencial R.

Relatividade Einsteiniana A dilatação do tempo O intervalo de tempo ∆t’, medido por um relógio em repouso em relação a um referencial, é menor que o intervalo ∆t, medido por um relógio em movimento com velocidade de módulo u em relação ao referencial.

Relatividade Einsteiniana A dilatação do tempo Pelas expressões anteriores, ∆t é maior que ∆t’, pois γ > 1 (γ só é igual a 1 quando u = 0).

Relatividade Einsteiniana Exemplo: Um foguete parte da Terra com velocidade u = 0,8c, em relação à Terra, transportando um astronauta. Em relação ao foguete, a viagem dura 3 anos. Quanto tempo durou a viagem do astronauta em relação a um observador na Terra?

Relatividade Einsteiniana Composição relativística de velocidades

Relatividade Einsteiniana Exemplo: Um trem se desloca com velocidade u = 0,3c em relação ao solo. Um objeto se movimenta com velocidade v’ = 0,5c, em relação ao trem, na mesma direção e sentido do movimento do trem. Qual a velocidade do objeto em relação ao solo?

Relatividade Einsteiniana Exercício 01: Suponha estar vendo uma barra de 2,0 m de comprimento passando com 60% da velocidade da luz no vácuo, em relação a você. Qual seria a sua medida do comprimento da barra?

Relatividade Einsteiniana Exercício 02: Dois observadores, um A, na Terra, e outro B, num foguete, cuja velocidade é 2∙108 m/s em relação à Terra, acertam seus relógios a 1 h quando o foguete parte da Terra. Quando o relógio do observador A indica 1 h 30 min, ele vê o relógio B por meio de um telescópio. Que leitura A faz? Considere a Terra estacionária no espaço e a possibilidade de o foguete ter aquela velocidade.

Relatividade Einsteiniana Exercício 03: Considere a Terra um sistema de referência inercial. Um trem se move em trajetória retilínea com velocidade 0,5c em relação à Terra. Um passageiro se move em relação ao trem, na mesma direção e sentido de seu movimento, com velocidade 0,4c. Qual é a velocidade do passageiro em relação à Terra?

Relatividade Einsteiniana Respostas 01: L = 1,6 m 02: O relógio B marca 1 h 22 min e 22 s. 03: v = 0,75c

Relatividade Einsteiniana Equivalência entre massa e energia Para que o princípio da conservação da quantidade de movimento continuasse válido no domínio de colisões interatômicas (onde a velocidade das partículas é comparável à velocidade da luz), Einstein reformulou os conceitos de massa e energia.

Relatividade Einsteiniana Massa em que: m0 = massa de repouso Com γ > 1 (γ só é igual a 1 quando u = 0), decorre m > m0, isto é, a massa do corpo é maior quando em movimento do que em repouso.

Relatividade Einsteiniana Energia relativística Uma das maiores consequências da teoria da relatividade especial é o fato de que a massa é uma forma de energia, ou seja, a energia tem inércia.

Relatividade Einsteiniana Energia cinética em que: E = energia total EC = energia cinética E0 = energia de repouso

Relatividade Einsteiniana Exemplo 1: Responda às seguintes questões: Qual é a energia de repouso contida em 1 kg de dinamite? Sabendo-se que 1 kg de dinamite libera 1,3∙103 kcal quando explode, que porcentagem representa essa energia química liberada em relação à sua energia de repouso? Dados: 1 cal = 4,18 joules e c = 3∙108 m/s

Relatividade Einsteiniana Exemplo 2: O Bévatron é um acelerador de prótons, que os produz com energia cinética de 10-9 J. Sabendo- se que a massa de repouso do próton é 1,67∙10-27 kg, determine quantas vezes maior é a massa do próton acelerado no Bévatron ao adquirir aquela energia. Dado: c = 3∙108 m/s

Relatividade Einsteiniana Exercício: (UFC-CE) Um elétron é acelerado a partir do repouso até atingir uma energia relativística final igual a 2,5 MeV. A energia de repouso do elétron é E0 = 0,5 Mev. Determine: a energia cinética do elétron quando ele atinge a velocidade final; a velocidade escalar atingida pelo elétron como uma fração da velocidade da luz no vácuo c. Observação: eV (elétron-volt), unidade de energia que corresponde a 1,6∙10-19 J