Desenvolvimento pré-natal e nascimento

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Transcrição da apresentação:

Desenvolvimento pré-natal e nascimento Psicologia do desenvolvimento I 2009.2

Desenvolvimento pré-natal Quando começa a nossa vida? A importância do período pré-natal Eventos que marcam o processo de desenvolvimento

Desenvolvimento pré-natal Períodos de desenvolvimento pré-natal Período germinal: o período que se estende da fertilização até a implantação do organismo em desenvolvimento na parede do útero; Período embrionário: o período que se inicia quando o organismo se liga ao útero e se estende até o final da oitava semana, quando os principais órgãos adquirem forma; Período fetal: o período que se estende da nona semana até o nascimento.

Desenvolvimento pré-natal Período germinal Ocorre durante os 8 a 10 primeiros dias depois da fecundação; O óvulo fertilizado se move lentamente através das trompas de Falópio em direção ao útero; Se o novo organismo entra no útero muito cedo ou muito tarde, o ambiente uterino não estará hormonalmente preparado e o organismo será destruído.

Desenvolvimento pré-natal

Desenvolvimento pré-natal Período germinal Quando as células da mórula atingem o tamanho das células corporais médias, a mórula passa para o útero no interior da zona pelúcida; Blastocisto: separação das células da mórula em duas partes uma massa de células externas (trofoblasto) um grupo de células localizadas no centro

Desenvolvimento pré-natal

Desenvolvimento pré-natal Período embrionário Inicia-se após a implantação do blastocisto; Durante o período embrionário, todos os órgãos básicos do corpo tomam forma; Membranas emergem do trofoblasto: proteção o âmnio: membrana que detém o líquido amniótico envolvida pelo córion placenta: composta de tecido da mãe e do embrião; liga-se ao embrião pelo cordão umbilical

Desenvolvimento pré-natal Período embrionário A massa celular interna divide-se em duas camadas: ectoderme: camada externa; dá origem à superfície externa da pele, unhas, parte dos dentes, lentes dos olhos, ouvido interno e o sistema nervoso; endoderme: camada interna; desenvolve-se para formar o sistema digestivo e os pulmões. Mesoderme: camada intermediária responsável pela formação dos músculos, ossos, sistema circulatório e camadas internas da pele.

Desenvolvimento pré-natal Período fetal Nesta fase o tecido que vai se tornar esqueleto começa a enrijecer ou ossificar O feto aumenta em tamanho de aproximadamente 3 centímetros para 50 centímetros, e em peso de 8 gramas para 3.250 gramas Aumenta a complexidade dos sistemas orgânicos

Desenvolvimento pré-natal Condições maternas e desenvolvimento pré-natal Os efeitos das atitudes e do estresse psicológico da mãe; Influências da nutrição no desenvolvimento pré-natal.

Desenvolvimento pré-natal Teratogênicos: fontes ambientais de deficiências no nascimento Drogas: cafeína, fumo, álcool, maconha, cocaína, heroína; Infecções e outras condições; Radiação/poluição.

Desenvolvimento pré-natal Teratogênicos: fontes ambientais de deficiências no nascimento risco maior durante as duas primeiras semanas; cada agente teratogênico atua de uma maneira específica; nem todos os organismos são afetados da mesma maneira pela exposição a uma dada quantidade de um determinado teratogênico; a susceptibilidade aos agentes teratogênicos depende do estado fisiológico da mãe.

Os estágios do trabalho de parto Variações culturais no parto Nascimento Os estágios do trabalho de parto Variações culturais no parto A dor do parto e medicação As condições do recém-nascido prematuridade baixo peso ao nascer Início do desenvolvimento pais-filho formação de vínculos expectativa dos pais

Experiência de gravidez na adolescência Experiência de gravidez na adolescência, fatores associados e resultados perinatais entre puérperas de baixa renda [GAMA, S. G. N.; SZWARCWALD, C. L. & LEAL, M. C.] A desigualdade social e econômica tem sido apontada como um importante fator de diferenciação das condições de saúde da população Indicadores como a escolaridade, a renda e o local de moradia determinam tanto o acesso, quanto a qualidade da assistência prestada pelos serviços de saúde

Experiência de gravidez na adolescência Área materno-infantil: desde a gestação, o atendimento médico reproduz as iniqüidades sociais, que permanecem no parto, puerpério e na atenção à saúde na infância Estudo longitudinal realizado no Rio Grande do Sul, mostrou que crianças pertencentes às famílias pobres apresentam menor peso ao nascer, têm maior freqüência de internações no primeiro ano de vida, estatura inferior e recebem assistência médica de pior qualidade [Victora et al.,1989] As disparidades sócio-econômicas se refletem nas taxas de mortalidade neonatal e infantil

Experiência de gravidez na adolescência A gestação na adolescência potencializa os problemas sociais As experiências da adolescência desenvolvimento do autoconhecimento questionamento dos valores dos pais e dos adultos em geral os impulsos sexuais ganham uma expressão mais efetiva A vivência da adolescência se dá de forma diferenciada de acordo com a história de vida de cada adolescente e do grupo sócio-econômico em que está inserido Há uma ausência de estrutura emocional da jovem grávida, que muitas vezes não conta com o apoio do pai da criança e/ou da própria família

Experiência de gravidez na adolescência O movimento de liberação sexual, intensificado a partir da década de 60, tornou o início das relações sexuais cada vez mais precoce O debate acerca da sexualidade dentro das famílias e das escolas não acompanhou as mudanças Aumento da freqüência da gravidez na adolescência

Experiência de gravidez na adolescência No Brasil o índice de gravidez na adolescência vêm crescendo nos últimos anos, especialmente nas camadas mais pobres da população; A taxa de fecundidade no Brasil em mulheres de 15-19 anos, entre 1986 e 1991, chegou a ser 40% maior nas mulheres cujas famílias apresentavam renda de até um salário mínimo, comparadas às de renda familiar acima de dez salários mínimos.

Experiência de gravidez na adolescência: objetivos Comparar as características sócio-econômicas, a assistência pré-natal e o estilo de vida de três grupos de puérperas grupo 1: adolescentes (< 20 anos de idade); grupo 2: mulheres na faixa etária de 20-34 anos, com experiência de gravidez na adolescência; grupo 3: mulheres na faixa etária de 20-34 anos, sem experiência de gravidez na adolescência. As puérperas entrevistadas foram atendidas em maternidades municipais e federais do Município do Rio de Janeiro

Experiência de gravidez na adolescência: método O estudo é uma continuidade a um trabalho anterior realizado com dados secundários do Sistema de Informação de Nascimentos (SINASC) – Município do Rio de Janeiro, 1996 a 1998 Neste trabalho foi identificado maior risco de baixo peso ao nascer em filhos de mães adolescentes

Experiência de gravidez na adolescência: método Foram formados três estratos de maternidades estabelecimentos municipais e federais estabelecimentos, militares, estaduais, filantrópicos universitários e privados conveniados com o SUS estabelecimentos privados

Experiência de gravidez na adolescência: método A coleta de dados do estudo foi feita por intermédio de três questionários padronizados questionário aplicado às mães no pós-parto imediato questionário preenchido com as informações contidas nos prontuários questionário com questões acerca da alta hospitalar da mãe e do bebê

Experiência de gravidez na adolescência: método Variáveis utilizadas para indicar condições sócio-econômicas instrução materna (≤ 4ª série e > 4ª série do 1º grau), assim agregadas pela baixa idade de algumas puérperas do grupo 1; trabalho materno remunerado (sim/não); residência materna em favela ou na rua (sim/não); domicílio com água encanada (sim/não); cor da pele da mãe (branca/não branca); pai empregado (sim/não) residência do pai do bebê no mesmo domicílio que a mãe (sim/não).

Experiência de gravidez na adolescência: método Variáveis utilizadas para indicar o estilo de vida da mãe história de aborto anterior (sim/não); desejo por esta gravidez(sim/não); tentativa de aborto nesta gravidez (sim/não); consumo de cigarro durante a gravidez (sim/não); consumo de droga ilícita na gravidez (sim/não); vivência de agressão física durante a gravidez (sim/não).

Experiência de gravidez na adolescência: método Variáveis utilizadas para caracterizar fatores relacionados à assistência pré-natal número de consultas no pré-natal (0-3 consultas /4 consultas ou mais) início do acompanhamento pré-natal (primeiro ou segundo trimestre/terceiro trimestre ou não fez) Variáveis utilizadas para caracterizar resultados adversos no nascimento peso ao nascer: < 2.500g idade gestacional < 37 semanas

Experiência de gravidez na adolescência: método Comparou-se os grupos de mães com menos de 20 anos e o de 20-34 com história de gravidez na adolescência, com o grupo de puérperas de 20-34 anos, sem história de gravidez na adolescência.

Experiência de gravidez na adolescência: resultados Estatísticas relativas a algumas variáveis de condições sócio-econômicas, consideradas segundo os diferentes grupos maternos, revelam uma situação mais desfavorável entre as mães dos grupos 1 e 2, em comparação ao grupo 3; O índice de mulheres que vivem com os pais de seus bebês foi bastante reduzido entre as adolescentes, principalmente quando comparadas aos outros dois grupos.

Experiência de gravidez na adolescência: resultados No grupo 2, um terço das mulheres relatou já ter praticado pelo menos um aborto, o maior percentual encontrado; A assistência pré-natal apresenta baixas proporções nos grupos 1 e 2, com pouca ou nenhuma consulta pré-natal ou início tardio das consultas.

Experiência de gravidez na adolescência: resultados Há maiores proporções de recém-natos prematuros em filhos de puérperas adolescentes, tanto entre as mães com instrução até a 4ª série, como entre as que têm número pequeno de consultas no pré-natal; O baixo peso ao nascer foi maior nos filhos de mães adolescentes, no grupo de mulheres que realizou de 0-3 consultas no pré-natal.

Experiência de gravidez na adolescência: resultados Puérperas de 20-34 anos, com experiência de gestação na adolescência, apresentam os piores indicadores de condições de vida; Neste grupo, encontram-se os maiores percentuais de mulheres com baixa escolaridade e residentes em favelas, e menores percentuais de mulheres com trabalhos remunerados.

Experiência de gravidez na adolescência: resultados Além de maior exposição a abortos, pior nível de escolaridade e ausência de emprego remunerado, mulheres de 20-34 anos que foram gestantes na adolescência apresentam maior percentual de proles numerosas; A análise dos dados revelou que 36% dessas mães já tinham três ou mais gestações anteriores à atual este percentual foi de 10,7% no grupo de mulheres da mesma faixa etária que não tinha engravidado antes dos vinte anos de idade.

Experiência de gravidez na adolescência: resultados Maior consumo de cigarros e de drogas ilícitas na gestação de puérperas de 20-34 com experiência de gestação na adolescência grupo mais vulnerável no que tange ao aspecto do cuidado com sua própria saúde e do seu bebê A maioria das mulheres entrevistadas não desejava ter engravidado; esta proporção foi maior nos grupos de adolescentes e de 20-34 que engravidou na adolescência

Experiência de gravidez na adolescência: resultados Oportunidade de status: hipóteses sugeridas por outros autores estabelecem que existe uma parcela das adolescentes, notadamente nas camadas mais pobres da população, que busca a gestação, muitas vezes, como se fosse esse o único papel reservado a ela na sociedade.

Experiência de gravidez na adolescência: resultados Reprodução da pobreza: baixas condições de instrução e renda estão diretamente relacionadas com o maior risco de engravidar na adolescência; A gestação na adolescência leva à interrupção precoce da escolaridade, dificultando tanto a inserção futura da adolescente no mercado de trabalho, quanto à obtenção de emprego com melhor remuneração.