Soros e Vacinas.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
IMUNOBIOLÓGICOS Adriana Amaral.
Advertisements

Imunizações em Pediatria
CALENDÁRIO DE VACINAS Profº: Carlos Roberto das Virgens
Curso de ADMINISTRAÇÃO
Vírus “Piratas de células”
Kamille Chaves. Enfa Gerontologista, ESF Conjunto Paulo VI.
Vírus “Piratas de células”
DSTs.
Curso Técnico Subseqüente em Agroindústria Profª. Carolina P. Porto.
Atividade Física e Câncer. Prevalência, prognóstico n Prevalência –1960:16% mortes –1990: 24% mortes n Risco –Homens: 45% –Mulheres: 39% n Frequência:
Medidas de Precaução e Isolamento
Sistema imune e exercício
VIGILÂNCIA EPIDEMIOLÓGICA DAS DOENÇAS TRANSMITIDAS POR ALIMENTOS
BOTULISMO - ESTADO DE SÃO PAULO E BRASIL -
Programa de Infecções Hospitalares - O papel do Estado - Maria Clara Padoveze Divisão de Infecção Hospitalar Centro de Vigilância Epidemiológica Secretaria.
(Alterações cromossômicas)
2 de outubro de 2006 Vila Mariana, São Paulo, SP.
CAMPANHAS DE VACINAÇÃO 2005 Avaliação e Discussão DIVISÃO DE IMUNIZAÇÃO/ CVE/ CCD/ SES-SP MAIO/2006 MAIO/2006.
Doenças de transmissão hídrica e alimentar e vacinação
Pauta: 8 de agosto de :30 às 9:30 hs: Novas indicações das vacinas dos CRIES -9:30 às 10:00 hs: Supervisão -10:00 às 10:30hs: Coberturas vacinais:Avaliação.
ESTUDO DA SENSIBILIDADE MECÂNICA E AO FRIO EM MODELO DE DOR NEUROPÁTICA INDUZIDA POR CONSTRIÇÃO DO NERVO CIÁTICO: PAPEL DOS RECEPTORES TRPA1 E TRPM8. SCARANTE,
Avaliação da resposta imunológica murina contra epitopos miméticos de Cysticercus bovis Rodrigo Pedroso Madlener de Almeida UFPR/TN Juliana Ferreira de.
Potencial antimicrobiano in vitro das cepas de Lactobacillus reuteri e Lactobacillus salivarius de aves, frente a microrganismo indicadores.
Isolamento e identificação de microrganismos endofíticos de mudas de Eucalyptus benthamii visando o controle biológico de doenças de viveiro Maíra Gomes.
AVALIAÇÃO DO POTENCIAL TERAPÊUTICO DE POLISSACARÍDEOS PARA O TRATAMENTO DE DISTÚRBIOS DA MOTILIDADE GASTROINTESTINAL Tamyres Mingorance Carvalho - Iniciação.
Exemplos de 3 posições relativas de prédio fronteiro
Prof. Dr. Helder Anibal Hermini
Resposta imune adaptativa
Utilidade diagnóstica dos autoanticorpos nas miosites testados para predizer o risco de câncer associado à miosite (CAM)‏
Profª Vivian Zaboetzki Dutra
Unidade VIII – Capítulo 3, livro texto Págs.:
Diretoria de Ensino – Região de Mogi Mirim. Questões de múltipla escolha: elaboradas por professores e analisadas por especialistas; pré-testadas; realiza.
Vírus.
JORNAL NA EDUCAÇÃO: UM DIAGNÓSTICO DA REALIDADE BRASILEIRA.
Capitulo 3 Técnicas de Diagnóstico CT-282 Tutores Inteligentes Diego Ajukas.
INTOXICAÇÃO ALIMENTAR
Preservação de Alimentos por Tecnologia dos Obstáculos
FRASE TODO ENUNCIADO LINGUÍSTICO DE SENTIDO COMPLETO ATARVÉS DO QUAL TRANSMITIMOS NOSSAS IDEIAS.
Seminário Influenza AH1N1 Riscos de uma nova onda Sem banalizar ou superestimar Aprender para cuidar  Imunização:
A Molécula isolada + excipientes B Molécula modificada a partir da molécula natural Como a molécula é isolada, apenas é patenteável na forma de uma composição.
PREVALÊNCIA DE ENTEROPARASITOSES NA POPULAÇÃO HUMANAE A PRESENÇA DE PATÓGENOS NO LODO DE ESGOTO.
HLA- Human Leukocyte Antigens
Papel dos linfócitos Th na imunidade específica Mecanismos efetores seletivos Induzem proliferação através dos mecanismos efetores.
CITOCINAS E COOPERAÇÃO CELULAR
Histórico - Em 1981, o Centro de Controle e Prevenção de doenças (CDC) foi alertado para o aparecimento de uma nova doença. Em oito meses apareceram, na.
SISTEMA COMPLEMENTO.
VACINAS.
TÉCNICAS IMUNOLÓGICAS
Prof. Caroline Rigotto Borges
Resposta imune celular
GERAÇÃO DE DIVERSIDADE DE ANTICORPOS
FAMÍLIA ORTOMIXOVÍRUS
HLA- Human Leukocyte Antigens
ANTICORPOS.
Complemento.
1a. Vacinação - James Phipps
M e d A d m i n. Quem é o público alvo da ideia? Profissionais vinculados à área da saúde, em particular, àqueles responsáveis pela administração de medicamentos,
Desempenho A rápida taxa de melhoria na tecnologia de computadores veio em decorrência de dois fatores: avanços na tecnologia utilizada na construção.
PROTEÍNAS.
LINGUAGENS DE PROGRAMAÇÃO
A Tabuada.
PET – PROGRAMA DE EDUCAÇÃO TUTORIAL
Conceito Imunização é a prevenção de uma doença e lesões causadas por um microorganismo através da indução dos mecanismos de imunidade.
Olhe fixamente para a Bruxa Nariguda
Enfª Darlane Alves Wobeto
Trabalho de imunização
VACINAS - Histórico Varíola – séc. XI, na China, triturava-se as cascas das feridas do doentes e sopravam o pó nas narinas das crianças, o que provocava.
VACINAÇÃO EM CRIANÇAS E ADOLESCENTES
Calendário vacinal para crianças e adolescentes
Transcrição da apresentação:

Soros e Vacinas

Associação entre: INFECÇÃO = MORTE Antigamente... Algumas contribuições para a melhoria da saúde: Saneamento Básico e VACINAÇÃO

Estímulo de produção de respostas específicas pelo Sistema Imune Objetivos da Vacinas: Estímulo de produção de respostas específicas pelo Sistema Imune Espeficidade e memória

Imunização Natural Passiva Artificial Transferência de IgG pela placenta e IgA pelo leite materno Soroterapia Não ativa Sistema Imune pois os anticorpos já são pré-formados; Não gera memória imunológica; Transiente; Induz proteção imediata;

Imunização Natural Ativa Artificial Infecção Vacinação Ativa sistema imune pois se administra o Antígeno; Induz memória imunológica; Duradoura; Não induz proteção imediata;

Imunização Passiva - COLOSTRO Microbiota intestinal  crescimento de bactérias desejáveis: leite materno é bifidogênico; Lisozima; IgA  maior concentração imediatamente após o parto (primeiro leite); Presença de Ac contra Enteropatógenos: - E. coli - Salmonella typhi - Shigella - Vírus da poliomielite

Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1901 Breve Histórico Vacinas: Interesse biotecnológico secular Emil Von Behring 1854 -1917 Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia em 1901 DIFTERIA Juntamente com Kitasato, demonstrou que o soro de animais imunes à difteria podia transferir proteção. Esse componente, “antitoxina”, era capaz de neutralizar e lisar bactérias IMUNIDADE HUMORAL

Soroterapia: Tipo de Anticorpos HOMÓLOGOS: indivíduos da mesma espécie (Ex: vacina Rhogan, soroterapia); HETERÓLOGOS: espécies diferentes (Ex: soro antiofídico derivado de cavalos); MONOCLONAIS: Origem murina (camundongos); podem ser “humanizados” (porção Fc humana e Fab do camundongo- isso reduz rejeição)

SOROTERAPIA DESVANTAGENS Anticorpos heterólogos podem causar reações de hipersensibilidade Tipo I – imediata, anafilaxia Tipo III – doença do soro a partir de imunocomplexos

EXEMPLOS DE SOROTERAPIA Rhogan – anticorpos humanos contra o antígeno D (mães Rh negativas sensibilizadas com hemácias do bebê): Administrado até 72h após o parto; Imunoglobulina antitétano; Imunoglobulina anti-rábica; Imunoglobulina anti-hepatite B; Imunoglobulina anti-veneno de serpente ( soro anti-ofídico); Soroterapia (gamaglobulina humana) para imunodeficientes (HIV positivos ou pacientes com agamaglobulinemia)

Breve Histórico Variolação;Variolização  1000 a.C. descrito no Atharya Veda, livro sagrado dos hindus Mortalidade 20%; Cegueira; Desfiguramento facial;

Técnicas Variolação – Histórico Algodão com pó de crostas ou pús inserido no nariz; Vestir roupas íntimas dos doentes; Incrustar crostas em arranhões; Picar a pele com agulhas contaminadas; Fazer um corte na pele e colocar um fio de linha infectado ou uma gota de pus; Lady Mary Montagnu Séc: XVIII

Infecção leve (3% de mortalidade pela vacina) Vacinação Edward Jenner primeira tentativa científica de se controlar uma doença infecciosa por inoculação do Vírus da Vaccínia, causadora de pústulas no gado semelhantes à varíola em humanos (daí o nome de Vacinas); (1749-1822) Infecção leve (3% de mortalidade pela vacina)

Infecção com análogo bovino Vírus da Vaccinia (vacca) Termo Vacinação

1a. Vacinação - James Phipps - 1796

Vacinação 1796: Experimentos de Jenner com Cowpox; 1800: Vacinação obrigatória de todas as crianças; Anos 30: Último caso natural no Reino Unido; Anos 40: Último caso natural nos Estados Unidos; 1958: Programa da Organização Mundial da Saúde (WHO) para erradicação da varíola; 1977: Último caso mundial na Somália;

Jenner abriu portas para o desenvolvimento de novas vacinas, para outros agentes infecciosos Louis Pasteur Cólera, antrax, raiva Estabeleceu a relação entre patógeno = doenças Observação de que culturas “velhas” de bactérias do cólera, “atenuavam” o poder de infecção

TIPOS DE VACINAS ATIVAS ATENUADAS CLÁSSICAS INATIVADAS CLÁSSICAS SUBUNIDADES (ACELULARES) COMBINADAS DNA RECOMBINANTE DNA PEPTÍDEOS SINTÉTICOS

Vacinas de microrganismos inteiros Atenuadas: microrganismo está íntegro porém atenuado (sem patogenicidade): resposta humoral e celular pronunciada; Inativadas: microrganismo está íntegro porém inativado, estimula preferencialmente a resposta humoral; Vacinas atenuadas Risco para imunossuprimidos!!! Pode-se obter através do cultivo in vitro dos patógenos em cultura de células não humanas.

Vacinas atenuadas X inativadas

Construção clássica de Vacinas Atenuadas- Cultivo in vitro

Vacinas atenuadas disponíveis atualmente

BCG-Vacina Bacteriana Atenuada Bacilo de Calmete-Guerín (M. bovis): 13 anos de atenuação, 231 passagens em meio de cultura 1921 - início de ensaios clínicos; 1927 – liberado para uso humano; 1929 – 72 mortes após vacinação M. bovis Febre Amarela-Vacina Viral Atenuada A vacina contra a febre amarela (cepa 17D) é elaborada com o vírus atenuado e é produzida no Brasil. Em 95% das pessoas o efeito protetor ocorre uma semana após a aplicação. Confere imunidade por, pelo menos, 10 anos. Pode ser utilizada a partir dos 9 meses de idade. É aplicada por via subcutânea na região deltóide (braço).

Vacina oral atenuada SABIN (OPV) Contém os 3 sorotipos; Cultivada em células Vero (rim de macaco Rhesus); Contém neomicina e estreptomicina; Vírus vacinal liberado nas fezes por até 6 semanas; Imunização de Rebanho Altamente eficaz em induzir imunidade: 50% imunidade após 1 dose; 95% imunidade após 3 doses;

Martha Mason, 71 anos – 60 anos paralisada

Vacinas inativadas Microrganismo inteiro ou purificado de proteínas toxigênicas ou polissacarídeos (subunidades acelulares) Inativação química

Vacinas inativadas disponíveis atualmente

Vacina polio inativada SALK Contém os 3 sorotipos de vírus Cultivada em células Vero Inativada com formaldeído Contém 2-fenoxietanol, neomicina, estreptomicina e polimixina B Administrada pela via intra-muscular. Altamente eficaz em produzir imunidade: 90% imune após 2 doses 99% imune após 3 doses

Vacina inativada contra a Influenza (gripe) 3 tipos de vírus da Influenza: A, B e C. Os tipos A e B são os que causam maior morbidade e mortalidade; Acúmulo de mutações = epidemias brandas; Troca de material genéticos = epidemias severas Vacina contém duas cepas inativadas de influenza A e uma B

Vacina contra Influenza H1N1 Fragmentada e inativada (cepa análoga A/Califórnia/7/2009) gsK GlaxoSmithKline Propagada em ovos Pasteur Com adjuvante: ASO3, DL-α-tocoferol e polissorbato 80

Vacinas “acelulares” inativadas Utilizando apenas partes do patógeno, funcionando como um antígeno suficiente para desencadear uma RI humoral e celular Tríplice bacteriana DPT

Vacinas “acelulares” acopladas Purificação de proteínas toxigênicas ou polissacarídeos e acoplamento dos mesmos para potenciar a imunogenicidade Maior facilidade na opsonização Ex: Haemophilus influenza do tipo B - Hib bactéria capsulada; Antes da vacinação, Hib era o agente que mais comumente causava meningite bacteriana (600 mortes ano/EUA), além de outras seqüelas como surdez, retardo mental e ataque epilético. A vacina é a junção da cápsula bacteriana com o toxóide tetânico

Calendário criança IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS Ao nascer BCG - ID dose única Formas graves de tuberculose Vacina contra hepatite B (1) 1ª dose Hepatite B 1 mês Vacina contra hepatite B 2ª dose 2 meses   Vacina tetravalente (DTP + Hib) (2)  1ª dose  Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b VOP (vacina oral contra pólio) Poliomielite (paralisia infantil) VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano) (3) Diarréia por Rotavírus Vacina tetravalente (DTP + Hib) Difteria, tétano, coqueluche, meningite e outras infecções causadas pelo Haemophilus influenzae tipo b 4 meses Poliomielite (paralisia infantil) VORH (Vacina Oral de Rotavírus Humano)(4) 6 meses 3ª dose 9 meses Vacina contra febre amarela (5) dose inicial Febre amarela 12 meses SRC (tríplice viral) Sarampo, rubéola e caxumba 15 meses reforço DTP (tríplice bacteriana) 1º reforço Difteria, tétano e coqueluche 4 - 6 anos DTP (tríplice bacteriana 2º reforço 10 anos Vacina contra febre amarela

Calendário adulto e idoso IDADE VACINAS DOSES DOENÇAS EVITADAS A partir de 20 anos dT (Dupla tipo adulto)(1) 1ª dose Contra Difteria e Tétano Febre amarela (2) dose inicial Contra Febre Amarela SCR (Tríplice viral) (3) dose única Contra Sarampo, Caxumba e Rubéola 2 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano dT (Dupla tipo adulto) 2ª dose 4 meses após a 1ª dose contra Difteria e Tétano 3ª dose a cada 10 anos, por toda a vida dT (Dupla tipo adulto)(4) reforço Febre amarela 60 anos ou mais Influenza (5) dose anual Contra Influenza ou Gripe Pneumococo (6) Contra Pneumonia causada pelo pneumococo

Necessidade de adjuvantes Importante para aumentar a imunogenicidade dos antígenos Podem facilitar a ação das células APC, auxiliando na formação de resposta celular Antígenos purificados (vacinas acelulares) não são muito imunogênicos Necessidade de adjuvantes

Principais tipos de adjuvantes Composição Mecanismo de ação Adjuvante incompleto de Freund Emulsão óleo-água Liberação lenta do Ag; ingestão macrofágica Adjuvante completo de Freund Emulsão óleo-água + micobactérias mortas Liberação lenta do Ag; ingestão macrofágica aumentada; indução de co-estimuladores macrofágicos Adjuvante de Freund com MDP Emulsão óleo-água + muramildipeptídeo (MDP) Semelhante ao adjuvante completo de Freund Alúmen (hidróxido de alumínio) Gel de Hidróxido de Al Liberação lenta do Ag; ingestão macrofágica aumentada; Alúmen + pertussis Gel de Hidróxido de Al + B. pertussis Liberação lenta do Ag; ingestão macrofágica aumentada; indução de co-estimuladores Complexos co-estimulatórios (ISCOMs) Matriz de QuilA + proteínas virais Liberação do Ag no citosol, induzindo células T citotóxicas

VACINAS NOVA GERAÇÃO

Vacinas de nova geração Clonagem do antígeno e expressão por outras células hospedeiras (homólogas ou heterólogas) Leveduras Bactérias Células de mamíferos

VACINAS RECOMBINANTES

Vacinas recombinantes produzidas em leveduras – Hepatite B

O HPV é a causa principal do câncer cervical; HPV: Papilomavírus humano >100 tipos identificados ~15–20 de tipo oncogênico incluem 16, 18, 31, 33, 35, 39, 45, 51, 52, 58 HPV 16 (54%) e HPV 18 (13%) foram responsáveis pela maioria dos cânceres cervicais em todo o mundo. Tipos não-oncogênicos incluem: 6, 11, 40, 42, 43, 44, 54. HPV 6 e 11 são mais frequentemente associados a verrugas genitais externas. O HPV é a causa principal do câncer cervical; O câncer cervical é o tipo mais frequente de câncer depois do de mama Etiologia - 70% HPV 16, 18

Vacina Tetravalente de HPV Vacina tetravalente recombinante contra HPV (tipos 6, 11, 16 e 18); Produzidas em Saccharomyces cerevisiae; Adjuvante de alumínio; 3 doses em 6 meses;