ALESIANOS COOPERADORES FORMAÇÃO CONTINUADA MÓDULO SANTIDADE SALESIANA DOM BOSCO CONTEMPLATIVO NA AÇÃO FCSS - 007

Retornar a Dom Bosco significa reviver o coração profundo da sua oração e do seu espírito.

Na tradição salesiana a união com Deus equivale a interioridade espiritual, isto é, a capacidade de encontro íntimo e desejado com o Senhor.

União com Deus no trabalho e na recreação como na oração, como na Eucaristia, de dia e de noite, acordado ou dormindo; união fazendo sempre a vontade do Senhor no sofrimento e na humilhação como na exuberância da alegria.

Os primeiros salesianos testemunharam que a oração de Dom Bosco caracterizava-se por um espírito de recolhimento, uma união contínua, consciente com Deus na vivência do dia-a-dia.

Próximos e trabalhando com ele, estavam convictos que ele vivesse cada instante e cada ação somente para Deus e com Deus e que esta comunhão interior inspirasse e unificasse a sua operosa existencia.

O salesiano contempla Deus não para fugir de uma realidade quotidiana monótona e pesada, mas para descobri-Lo em sua realidade profunda revelada na Bíblia. Ele adora o Amor infinito que criou e redimiu o mundo.

O Deus com o qual comunica é um Pai rico de misericórdia, um Filho encarnado entre nós e que nos redime, um Espírito inserido na aventura humana como poderoso santificador; resumindo, um Deus verdadeiramente imerso em toda realidade da pessoa humana.

Esta permanente união contemplativa leva-o a celebrar no seu trabalho e na sua existência a a liturgia da vida»

Aos pés de uma foto, enviada aos amigos benfeitores, entre os anos 1865 e 1868, Dom Bosco escreveu estes versos: O pensar em Deus presente / faz que os lábios, o coração, a mente / de virtude sigam a via / da grande Virgem Maria. É um texto precioso para compreender a dimensão mais íntima de seu espíirito, a atitude mental que percorre toda sua existência.

no esforço de «colocar-se na presença de Deus antes de cada prática de piedade, O exercício da presença de Deus é para Dom Bosco o primeiro passo de cada forma de oração, como também, o ponto de chegada de uma vida espiritual intensa em intimidade com Deus: de uma vida, conscientemente, vivida na presença do Senhor, também, nas mais diferentes atividades.

Dom Bosco viveu na fé, sob os olhos do Deus presente e operava com Ele e por Ele.

Ser totalmente envolvidos por Deus – afirma o Reitor Mor – e, assim, tornar-se Sua presença trasfigurante entre os jovens. A paixão por Deus e a paixão pela humanidade, que a vida consagrada sente a cada chamado suscitar, encontra no programa de Dom Bosco do Da mihi animas uma perfeita tradução salesiana.

A consagração religiosa não é um ajuntamento externo de sonhos ou um simples estado social, mas consiste, sobretudo, que Deus entrou na existência de uma pessoa e lhe colocou num lugar de destaque.

Se Deus é o protagonista da nossa consagração, devemos deduzir, conscientemente, que somos seus, que n´Ele vivemos, nos movemos e existimos.

É Ele que procuramos no alvorecer. O (a) consagrado (a) é aquele (a) que colocou Deus no centro de sua existência: o Senhor é minha herança.

A paixão do «Da mihi animas» significa o fogo da caridade: «Essa não se exprime apenas na incansável laborosidade educativa pastoral, mas se manifesta, propriamente, na paciência e no sofrimento, que na cruz de Cristo assumem valor salvífico.

«Faz que o nosso coração possa ser inflamado pelo fogo do ardor e do ímpeto evangelizador, para sermos sinais credíveis do amor de Deus aos jovens.

Faz que saibamos aceitar com serenidade e alegria as exigências do dia-a-dia e as renúncias da vida apostólica para a glória de Deus e a salvação das almas.

Maria nos ajude a tornarmo-nos, para os jovens, testemunhas do amor inesgotável de Seu Filho.

Sr. Alba Vernazza fma Traduzido para o Português do trabalho de Irmã Alba Vernazza FMA Sc Antonio Rodrigues SSCC Província BSP