TEOLOGIA E IDENTIDADE AFRO NA PERSPECTIVA DE APARECIDA.

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Neste tempo de Páscoa, a liturgia apresenta as primeiras aparições de Cristo ressuscitado aos apóstolos, que deveriam continuar a sua obra salvadora.
Transcrição da apresentação:

TEOLOGIA E IDENTIDADE AFRO NA PERSPECTIVA DE APARECIDA

Quer retomar o chamado e o espírito para a fidelidade às nossas origens e possamos então estar mais perto das pessoas mais excluídas. A Igreja tem seu espelho na pessoas de Jesus. Aparecida nos faz a grande proposta de fazer um encontro pessoal com Jesus AP nº 240. Então quem é esse Jesus eu nós seguimos? O filho do carpinteiro, camponês da Galiléia, distante dos ricos e doutores da lei de sua época. Quem é Jesus? É o profeta da Galiléia, um errante, mas um ungido pelo Espírito de Deus. Jesus pela sua proposta entra em confronto com os grandes de sua época. Mas Jesus estava preocupados com aqueles que estavam abandonados. Ele estava mais preocupados com os mais fracos, doentes, excluídos, do que com a própria lei. Jesus nos compromete, cada um de nós, a favor dos empobrecidos, dos excluídos. Com o seu compromisso Ele nos anima na missão. Ele dá testemunho do Filho que vive com o Pai, e esta sintonia Ele compartilha com os mais necessitados. Jesus louva ao Pai pelos pequeninos. Sua missão de Messias prometido, anunciado pelo profeta Isaias. Este Messias-Servidos que vai dar a luz aos que andavam na escuridão. Jesus nos chama a tornarmos discípulos e discípulas de Jesus. Nos chama de amigos para estar em sua companhia, em comunidade, em partilha com os necessitados. Ele nos chama a ser sal e luz, irmãos e irmãs. Este profeta, enviado pelo Pai, que todos nós como profetas também prosseguindo sua missão, num mundo fascinante, mas muitos injusto e dividido. Jesus das bem Aventuranças que ele enfatiza nos primeiros versos de MT 5, 1ss. Jesus chama dois a dois e vai formando sua comunidade de amor, serviços e de companheiros de missão. Ao contrário dos fariseus inculcam que nós temos um só Pai e todos somos irmãos. Ao contrários dos sacerdotes nos ensinar a ser misericordiosos. Ao contrários das autoridades se mostra servidor e por isso entra em conflito com as autoridades; Por isso como a Páscoa, o Pentecoste, os Quilombos são estas comunidades de amor e de missão uns com s outros. Porém tudo isso ainda não livra as comunidades da divisão, do orgulho, da inveja, etc... No Novo Testamento nós somos uma comunidade orientada para um serviço, para o amor. E é nos Espírito de Deus que nós construímos a comunidade dos discípulos e discípulas de Jesus. E aí então nos tornamos Sacramento Visível do Reino de Deus (Concílio Vaticano II); E diante tudo isso nós caminhamos na contra-mão da visão de mundo de hoje. Nesta missão de Jesus que é nossa, queremos ser profetas com o Senhor;

Nossa missão como negros e negras devemos viver o chamado de Jesus com a nossa identidade. A consciência da nossa identidade aparecida nos impulsiona a estar mais e mais com o nossos irmãos e irmãs negras; Uma espiritualidade Afro que tem sua raiz na pessoa de Jesus, deve ter atenção com os negros e negras mais pobres. Segundo ponto: A Palavra de Deus. A reflexão diária da Palavra de Deus nos torna presentes no que Deus quer. Ela nos nutre na fé e como comunidades negras estaremos fortalecidos por ela para encontramos os caminhos para nos firmar com negros e negras, filhos e filhas de Deus. A Palavra de Deus nos torna profetas e profetizas nos encorajando a caminhar e apontar para o Senhor Jesus. A Palavra de Deus aponta nossa vida missionária. Vejamos São Paulo em sua trajetória de vida, esta Palavra que ajudou a Paulo a assumir o Projeto de Deus até as últimas consequências. Paulo foi um homem comprometido, assumido e realizado em sua missão. E por isso Paulo nos ensina a estar como negros, afirmando a nossa fé em Jesus. A Palavra de Deus nos torna mais negros e negras. Ela nos leva a assumir o Reino de Deus; No terceiro momento é a Vida Eucarística: Ela nos liga a Jesus de Nazaré pela salvação da humanidade; Pela Eucaristia nos tornamos partilha com Jesus neste memorial de extrema doação de Jesus. A Eucaristia fortalece e anima o nosso compromisso com o Ressuscitado, e com aqueles que estão prestes a serem crucificados ; Celebrar a Eucaristia e comprometer-se com a luta de Jesus de Nazaré, esta luta é a luta da comunidade negra. A Eucaristia é fonte da vida e da nossa fé. Celebramos a Eucaristia para revigorar nossas vidas no Senhor para nos levar a um compromisso com quem estar a margem; Um outro elemento: O compromisso evangélico com os pobres: Não existe Igreja sem este compromisso com aqueles que são mais necessitados, e os negros e negras estão nesta existência; Jesus tomou para si na sinagoga ao ler o livro do profeta Isaías. A conferência de Aparecida retomou o compromisso de Puebla ao afirmar que os negros e negras estão incllusos nos mais necessitados da nossa opção. A opção pelos pobres nos enriquece em nossa missão. Vamos olhar para Jesus porque ele viveu profundamente esta missão. Outro elemento: A riqueza religiosa e cultural do povo negro: Toda essa riqueza é a marca espiritual como pastoral afrobrasileira.

Um outro elemento é a espiritualidade mariana: necessitamos da devoção e intercessão de Nossa Senhora para a caminhada do povo negro. Maria nos inspira a viver a sensibilidade, quando perdermos isto não conseguiremos encontrar o elo das nossas vidas que é Jesus. Ela é o amparo, confiança de sentimento filial que nos refazemos de nossas fraquezas e limitações humanas. A nossa Maria é dita como Mariama: Mariama, mãe dos homens e de toda raça...ela é presença na nossa vida e na nossa fé. (Dom Hélder); Outro elemento é o sentimento de pertença: este sim é o compromisso que nos faz uma identidade diferente, forte, sonhadora, mas que resiste, e torna, na Igreja, o nosso compromisso com Jesus. Outro elemento é O Reino de Deus: Ele é o nosso horizonte. Sem o fundamento do Reino corremos o risco de uma espiritualidade sem sentido, desenraizada, sem sentimento. Para os negros e negras os sinais deste Reino tem características especial: encontrar um lugar na sociedade e na Igreja, para podermos viver profundamente nossas raízes, nossa fé, nossa vida; O Reino de Deus não é nosso! O Reino de Deus é de Deus!