Rumo a um Brasil sustentável 2º Seminário Nacional MPE Brasil

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Inovação em Iberoamérica: passado e presente
Advertisements

UNIVERSIDADE DE VERÃO CASTELO DE VIDE UNIVERSIDADE DE VERÃO 2005 O PLANETA EM PERIGO, A HUMANIDADE EM RISCO?
Contas Externas Brasileiras Carlos Thadeu de Freitas Gomes Seminário APIMEC 40 anos Rio de Janeiro, 17 de Maio de
DESENVOLVIMENTO REGIONAL
TENDÊNCIAS DO AGRONEGÓCIO BRASILEIRO
A ORTODOXIA DO DESENVOLVIMENTO ENDÓGENO
São Paulo, 08 de fevereiro de 2006.
SECRETARIA NACIONAL DE ECONOMIA SOLIDÁRIA AGENDA TERRITORIAL – EJA
JOÃO PAULO DOS REIS VELLOSO ENAP - MARÇO/2006
Seminário SANTA CATARINA 2015
Seminário SANTA CATARINA ECONOMIA E MEIO AMBIENTE Macro diretriz: Aumentar, de forma sustentável, a competitividade sistêmica do estado Áreas de.
Expectativas socioeconômicas, ambientais e energéticas
PAC:Progama de aceleração do crescimento
Fontes de energia Natureza e Sociedade.
LEI DA INOVAÇÃO Lei n o de 2 de dezembro de 2004 Decreto n o de 11 de setembro de 2005 Dispõe sobre incentivos à inovação e à pesquisa científica.
Agenda Introdução CEBDS Conceito de desenvolvimento sustentável
Prof. Gilberto De Martino Jannuzzi
PERPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
PERPECTIVAS DA INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO CIVIL
Fundamentos de Economia
Seminário Energia Nuclear pós-Fukushima
Inovar para sustentar o crescimento
Lei Geral das Micro e Pequenas Empresas
ENERGIA & SUSTENTABILIDADE.
III CONGRESSO INTERNACIONAL BRASIL COMPETITIVO
PLANO DE DESENVOLVIMENTO INDUSTRIAL, TECNOLÓGICO E DE COMÉRCIO EXTERIOR HORIZONTE 2008 Brasilia, 06 de julho de 2006 INICIATIVA NACIONAL DE INOVAÇÃO PROGRAMAS.
AGRONEGÓCIO.
Agenda Elétrica Sustentável 2020
BRASIL MAIOR + BRASIL SEM MISÉRIA DESENVOLVIMENTO
EMPREGOS VERDES: COMPROMISSO BRASILEIRO
Balanço da Atuação do Governo
Da crise ao crescimento: a experiência do Brasil MINISTRO GUIDO MANTEGA Rio de Janeiro, 07 de julho de 2004 II SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE FUNDOS DE PENSÃO.
Reunião CTPIn - Março Agenda O que é o BNDES FEP? Principais Objetivos do Estudo Setores Modelo de Equilíbrio Geral Alumínio Cimento Siderurgia.
COMPETE ES A proposta para a construção do Espírito Santo Competitivo – COMPETE-ES - tem como fulcro principal o conceito de COMPETITIVIDADE SISTÊMICA,
Matriz de Incerteza Social - Incerteza + - Importância +
Talentos para Inovação
A VALORAÇÃO DO CAPITAL INTELECTUAL DA EMPRESA NA AVALIAÇÃO DE PROJETOS PELO BNDES 64º Congresso da ABM Belo Horizonte 16/07/2009 João Carlos Ferraz.
ATO 1 Nove meses de pesquisas. Trinta oito entrevistas. Quatro painéis temáticos. Dezenas de estudos revistos.
Secretaria de Inovação Orientações Para Diagnóstico do Mercado de Nanotecnologias no Brasil: (forças, fraquezas, oportunidades e ameaças)
Perspectivas Globais da energia solar
Tendências da Economia Mundial: Desafios e Oportunidades
Conceito de Cultura A Cultura é produto e meio da vida em suas
O Rio no Centro da Solução das Inovações em Energia e Sustentabilidade Rio, Capital da Energia Dezembro de 2009.
RIO 92 / ECO RIO Foi aprovado um documento contendo compromissos para o padrão de desenvolvimento do século XXI, denominando-o Agenda 21. Resgata, assim,
Premissas Dados das Microrregiões.
A NOVA AGENDA DA MEI Pedro Wongtschowski 15 de Agosto de 2014
Perspectivas da Indústria Brasileira
Benefícios da participação em CGV
África: Perspectivas Econômicas e Empresariais Jorge Arbache Universidade de Brasília Seminário África Negócios São Paulo, 25 de agosto de 2014.
Micro e Pequenas Empresas
Menu inicial 23º Congresso da CACB Porto de Galinhas/PE 11, 12 e 13 de setembro de 2013 Edna Cesetti Assessora Técnica – Analista.
O PAPEL DO JAPÃO NA “ERA DA ÁSIA” CIEE, 9 de novembro de 2006 Yuji Watanabe JETRO, São Paulo.
INOVAÇÃO NA POLÍTICA INDUSTRIAL
Sustentabilidade no setor energético – a experiência sueca Semida Silveira Sustentabilidade na geração e uso de energia no Brasil: os próximos vinte.
INOVAÇÃO – O BRASIL E O MUNDO
59 o CONGRESSO ANUAL DA ABM ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE METALURGIA E MATERIAIS OS DESAFIOS AO SETOR MÍNERO-METALÚRGICO E DE MATERIAIS PARA O DESENVOLVIMENTO.
AGENDA 2020 O Rio Grande que queremos. Crescimento econômico Elevação da qualidade de vida Eqüidade social e regional Referência em inovação e tecnologia.
‘NÃO VAMOS REINVENTAR A RODA’
O novo papel da Gestão municipal e da governança na sociedade do conhecimento Tania Zapata.
Por quê Competitividade Industrial? Jorge Arbache Universidade de Brasília FIEMG - Lançamento do Plano de Competitividade Industrial de Minas Gerais, 2.
Os principais problemas atuais das áreas rurais em Portugal são:
PROPOSTA DE METODOLOGIA PARA UMA MATRIZ ENERGÉTICA REGIONAL.
O ESPAÇO DA PRODUÇÃO E DO CONSUMO
Inovação e sustentabilidade Pedro Passos Copresidente do Conselho de Administração Nova Geração de Políticas de Desenvolvimento Sustentável 30 de novembro.
Objetivos do I Encontro dos Municípios com o Desenvolvimento Sustentável.
Visão: RETOMAR O DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL COM EQUIDADE E PARTICIPAÇÃO Gestão Pública Focos de Atuação Sociedade MAPA ESTRATÉGICO: Governo do Estado.
Seminário Internacional: A Nova Geração de Políticas para o Desenvolvimento Produtivo: Sustentabilidade Social e Ambiental Brasil: o novo impulso de desenvolvimento.
18/6/20161 Acordo para o Desenvolvimento Sustentável Compromisso do Conselho de Desenvolvimento Econômico e Social e de 73 Organizações da Sociedade Civil.
Capítulo 4- Desenvolvimento e Subdesenvolvimento
1 BRASIL AGENDA PARA O SAIR DA CRISE APRESENTAÇÃO Brasília, 2016 Este documento foi desenvolvido tendo como referência a publicação Regulação.
Transcrição da apresentação:

Rumo a um Brasil sustentável 2º Seminário Nacional MPE Brasil Pedro Luiz Passos Co-presidente do Conselho da Natura 23 de março de 2010

Índice Contexto Cenário do Mundo Posição do Brasil Oportunidades para o Brasil Políticas para um Brasil sustentável Conclusões

Contexto Maior envolvimento da sociedade civil organizada; Estabilidade econômica; Fortalecimento do debate sobre desenvolvimento sustentável; Consolidação das instituições democráticas; Novo papel das economias emergentes. Revolução tecnológica – acesso ao conhecimento e mundo cada vez mais plano (Thomas Friedman);

Cenário do mundo Crescimento populacional – população mundial estará entre 8 e 10 bilhões em 2030; Concentração da população nas megacidades – as 30 maiores cidades em 2030 representarão 6% da população mundial; Aumento da demanda por recursos básicos e infraestrutura – 1,4 bilhão de pessoas terão restrições no acesso a água potável em 2030; Envelhecimento populacional é uma tendência global – pressão no sistema previdenciário

Posição do Brasil Crescimento do país ainda apoiado no mercado interno e em uma exportação ligada a recursos naturais com baixa sofisticação tecnológica (exceções devem ser valorizadas); Pós-crise: indica solidez macroeconômica – oportunidade para ampliar as reformas que propiciem melhores condições de investimentos; Posição privilegiada do Brasil como potência socioambiental de rico patrimônio natural, social e cultural; Imensas vantagens competitivas no acesso a fontes renováveis de energia e produção agrícola; Estado não propicia bons serviços públicos e ainda possui baixa capacidade de investimento; Pré-sal: 79% da demanda por energia virá de combustíveis fósseis em 2030, podendo cair para 68% em um cenário otimista

Evolução da Razão de Dependência (1) Posição do Brasil Janela de oportunidade – menor crescimento populacional; maior inserção feminina na população economicamente ativa (PEA); crescimento na taxa de escolaridade; aumento da PEA; menor relação de dependência: Evolução da Razão de Dependência (1) 1.0 India 0.9 Africa 0.8 China G-7 0.7 LatAm (2) 0.6 Brazil 0.5 Russia 0.0 1950 1960 1970 1980 1990 2000 2010F 2020F 2030F 2040F 2050F Países desenvolvidos tiveram seu melhor ratio entre 1985 e 1990, China teve o seu melhor período entre 2005 e 2010. 1. População em idade não ativa dividido pela população em idade ativa (PIA: 15 – 60 anos). Se o ratio for igual a 1 significa que uma pessoa do grupo “não economicamente ativo” é dependente de uma pessoa “economicamente ativa”. 2. Exclui Brasil

Oportunidades para o Brasil Agenda do século XXI será pautada pela economia do baixo carbono e o Brasil precisa se adequar a esse novo paradigma: Aumento acelerado da eficiência energética; Mudanças de comportamento e mudanças nos processos produtivos: carros híbridos, edificações verdes, aviões com materiais leves; Aumento da proporção de energias não-fósseis renováveis – hidroelétrica, eólica, solar e biocombustíveis. Buscar melhor aproveitamento das riquezas do pré-sal; Fim do desmatamento e consolidação de vastas áreas de preservação da biodiversidade induzindo o país a se tornas um importante polo biotecnológico; Investimento cooperativo internacional em pesquisas de novas tecnologias; Fazer dos serviços ambientais uma forma de inclusão social e fonte de riqueza para o país. O crescimento a partir do desenvolvimento sustentável significa uma oportunidade de inovação para transformar nossas vantagens comparativas naturais em vantagens competitivas globais.

Políticas para um Brasil sustentável a) Aspectos governamentais: O país precisa constituir um processo de planejamento de longo prazo, eleger suas áreas prioritárias e ter um banco de projetos Buscar novos padrões de eficiência do governo, reduzir os gastos públicos, gerando recursos para aumentar a capacidade de investimento Reforma tributária: redução e simplificação da carga tributária e incentivo a produção e o consumo de bens de menor impacto ambiental Eliminar os gargalos de infraestrutura com uma ampla reestruturação do sistema logístico.

Políticas para um Brasil sustentável b) Aspectos educacionais: Investir em educação de maneira a nos colocar entre as maiores economias do mundo em 20 anos; Incentivo ao empreendedorismo e reconhecimento como atividade fundamental para o processo de inovação e crescimento econômico. Integração dos instrumentos de fomento à inovação tecnológica; c) Aspectos de Inovação e Tecnologia: Estímulo ao aumento de parcerias entre universidades, indústria e instituições de pesquisa; Desenvolvimento de fontes de financiamento específicas para atividades inovadoras: venture capital.

Políticas para um Brasil sustentável d) Aspectos ambientais: Políticas públicas que viabilizem o aproveitamento econômico dos serviços ambientais: descabornização da matriz energética; Inserção competitiva da indústria nacional como referência em biotecnologia; Desenvolvimento de marcos regulatórios sólidos e voltados para inovação (biodiversidade, propriedade intelectual e proteção tecnológica) de forma a promover sinergia entre desenvolvimento e preservação do meio ambiente; Contenção dos impactos ambientais: desmatamento e emissões;

Empreendedores do Século XXI Importância da economia dos países emergentes; Mundo Plano – acesso ao conhecimento e troca de informações; Maior capacidade de mobilização; Empreendedor com propósito; Economia do século XXI baseada na inovação empreendedora, que transforme conhecimento em inovação e inovação em desenvolvimento sustentável. Micro e pequenas empresas globais;