EXPANSÃO DAS CIDADES E DAS ÁREAS URBANAS

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Transcrição da apresentação:

EXPANSÃO DAS CIDADES E DAS ÁREAS URBANAS Todas as cidades têm tendência para crescer, porque as funções urbanas por elas exercidas exigem um número de pessoas cada vez maior. Este crescimento realiza-se de duas formas: por acumulação ou por projecção para o exterior, dependendo das épocas, do desenvolvimento técnico, financeiro e das relações que se estabelecem entre as cidades e as áreas limítrofes. Inicialmente, é espontâneo e anárquico, mas nos estados modernos é cada vez mais legislado.

CRESCIMENTO DAS CIDADES EM PORTUGAL Ao longo das últimas décadas as cidades foram crescendo e com elas, a um ritmo mais acelerado desde os anos 50, e principalmente a partir dos anos 80 do século XX, cresceram também a população e os municípios vizinhos e diversifica-ram-se as actividades económicas. Se é verdade que as grandes cidades se fizeram "de fora para dentro", isto é, chamando homens e mulheres, das diferentes parcelas de todo o território nacional, a nelas residirem e trabalharem, também é hoje cada vez mais verdade que essas mesmas cidades se continuam a afirmar "de dentro para fora", em progressivo reforço da urbanização no litoral.

FACTORES DO CRESCIMENTO Os principais factores a que se deve este crescimento das áreas urbanas e das áreas suburbanas são principalmente: O desenvolvimento dos transportes e das vias de comunicação, que permitiram o uso crescente dos comboios, automóveis particulares e a fácil e rápida ligação entre os subúrbios e a cidade; O grande aumento de tráfego e respectiva degradação ambiental no centro das cidades, que levou os citadinos a procurarem ambientes mais calmos e menos poluídos; O elevado custo e a falta de habitação nas cidades, que fizeram com que a população se fixasse nos subúrbios, onde as rendas são mais baratas, onde há mais escolas e onde os preços dos terrenos são mais acessíveis, permitindo a aquisição de casa própria;

FACTORES DO CRESCIMENTO II A existência de vastas áreas desocupadas fora dos grandes centros, o que permite a instalação de várias actividades económicas, principal-mente aquelas que exigem muito espaço, tais como as indústrias, grandes superfícies comerciais e armazéns. O crescimento destes vinte anos correspondeu uma reorganização da população no interior áreas urbanas, principalmente Lisboa e Porto ,observando-se uma tendência de declínio demográfico das duas cidades centrais e o desenvolvimento do processo de suburbanização nos territórios envolventes. Suburbanização - Processo de crescimento das cidades para fora dos seus limites, expandindo-se a outras áreas urbanas.

O fenómeno de declínio demográfico observado no caso da cidade do Porto, que na década anterior se encontrava circunscrito às freguesias que compõem o núcleo histórico central e um primeiro anel de freguesias contíguas, estende-se espacialmente ao longo dos anos 80.

A cidade do Porto, desde muito cedo desenvolveu mecanismos que proporcio-naram o desenvolvimento da periferia. Assim os primeiros arrabaldes da cidade eram essencialmente de dois tipos, os abastecedores de produtos hortícolas e outros, como por exemplo o pão (caso de Valongo e Avintes) ou a energia necessária à cidade - o carvão (caso de Ermesinde e S.Pedro da Cova) e os de vilegiatura, de férias, dos passeios de domingo, que devem as suas características actuais a esse passado de lazer, com é o caso da Foz, Leça, Granja, Ponte da Pedra, Ermesinde, Candal, entre outros. Uma das primeiras particularidades do modo como evolui a cidade do Porto e a sua periferia, resulta da desigual vitalidade demográfica dos dois conjuntos espaciais referidos. Desde o início do século que ao crescimento moderado da cidade se opõe o dinamismo populacional dos concelhos periféricos, no contexto do grande potencial demográfico do Noroeste português. No entanto, ao longo do tempo, a quebra do ritmo de crescimento da cidade nem sempre correspondeu ao acelerar da vitalidade demográfica da periferia.

A suburbanização em torno do Porto não foi visível nitidamente no espaço durante muito tempo, podendo mesmo dizer-se que quase não houve muta-ções espaciais e funcionais da cidade do Porto e isso deve-se por um lado à conservação da dispersão do povoamento e por outro à mistura de usos do solo nos concelhos periféricos, destacando-se, particularmente, a ocupação agrícola. Na verdade, o espaço construído é marcado por uma mancha central densamente construída, que se prolonga pelos principais eixos de penetração periférica ao longo das principais vias de comunicação que irradiam da cidade e por uma malha de pequenos núcleos populacionais periféricos à volta da cidade . Em termos funcionais, mantêm-se durante um longo período de tempo a localização central, na "Baixa" portuense do comércio e serviços, situação que só se irá alterar, nos anos 70, com o aparecimento do núcleo da Boavista após a construção da ponte da Arrábida. Quanto à indústria a grande indústria transformadora aparece-nos sobretudo localizada nas freguesias mais periféricas da cidade, destacando-se particularmente, Campanhã, Bonfim, Cedofeita e Lordelo do Ouro. A partir dos anos 50, mantêm-se não só o padrão disperso da pequena indústria local tradicional (os ramos: têxtil, vestuário, alimentar, madeiras e calçado), em associação com outros usos residenciais ou agrícolas.

Começa também a verificar a localização de novas empresas industriais de maiores dimensões, nos concelhos periféricos, ligadas aos sectores químico e metalo-mecânico, nos concelhos de Matosinhos (ligado à proximidade do porto de Leixões), Valongo (empresas de fibras sintéticas de CIFA, CRUMP e UNITECA) e Vila Nova de Gaia. Estes aspectos, chamam então a atenção para a particularidade do fenómeno de periurbanização do Grande Porto. Periurbanização - áreas periurbanas- áreas onde o espaço rural começa a ser ocupado de forma descontinua , por funções urbanas: industria, comercio, serviços, que induzem o aumento da função residencial. Rurbanização

Era uma vez ... o Sr. João Pendulino, um residente do subúrbio !

A suburbanização corresponde à expansão urbana para as áreas periféricas das cidades, os subúrbios. Este crescimento origina certos impactos sociais e territoriais: > Se a cidade está com tendência a aumentar o seu tamanho, naturalmente que o centro está a ficar longe da periferia. Isto intensifica os movimentos pendulares (ex: ir para o trabalho e regressar a casa), ficando eles cada vez mais complexos. >Aliado à intensificação destes movimentos, estão os aumentos das despesas de transporte, a fadiga e, consequentemente o stress. >Como a área urbana cresce bastante, os equipamentos colectivos de saúde e educação (ex.) ficam mais longe dos habitantes da periferia. >O possível desordenamento do território derivado da construção de bairros clandestinos e também a ocupação de solos férteis para a agricultura. Ora, com o passar do tempo, vão sendo construídas infraestruturas de apoio às periferias... Os serviços diversificam-se, os movimentos pendulares já não são tão longos e a periferia ganha "vida própria". As "novas cidades" tornam-se assim independentes da cidade-mãe. ( Geografado por Ricardo Lopes: Caldas da Rainha )