Gasolina Automotiva no Brasil Qualidade e Uso

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Transcrição da apresentação:

Gasolina Automotiva no Brasil Qualidade e Uso Derivado de petróleo cuja mistura de hidrocarbonetos (parafínicos, naftênicos, olefínicos e aromáticos) tem predominância de moléculas de 4 a 12 átomos de carbono. Além dos hidrocarbonetos e dos oxigenados a gasolina contém compostos de enxofre, compostos de nitrogênio e compostos metálicos, todos eles em baixas concentrações.

Matriz de Combustíveis Veiculares - 2007 GNV 3,2% Óleo diesel 48,9% B2 3,3% Álcool Hidratado 9,9% Álcool Anidro 7,3% Gasolina A 27,2% Diesel Total 48,9 + 3,3 = 52,2% 54,5% (2005) 54,5% (2005) 0% (2005) 25,6% (2005) 2,9% (2005) 8,5% (2005) 8,4% (2005) Gasolina C 27,2 + 7,3 = 34,5% 34,1% (2005) Álcool Total 7,3 + 9,9 = 17,2% 16,9% (2005) Fonte: MME (2007) 2

Ciclo Otto (Motor de Combustão Interna)

Ciclo Otto (Motor de Combustão Interna)

CLASSIFICAÇÃO Quanto ao teor de Álcool Anidro “A” ou “C” Quanto à octanagem Comum ou Premium Quanto à aditivação Aditivada ou Não-aditivada

Requisitos de Qualidade Entrar em combustão sem detonar, aumentando o rendimento do motor sem danificá-lo; Vaporizar-se adequadamente em qualquer clima, desde a partida do motor até a operação à plena carga, garantindo facilidade de partida e aquecimento rápido do motor; Propiciar uma combustão sem resíduos, nem se oxidar, de forma a evitar formação de depósitos e a contaminação do óleo do cárter; Ausência de elementos precursores de formação de goma, evitando a formação de materiais resinosos no tanque de armazenagem e sistema de alimentação; Não ser corrosivo, para evitar desgastes no motor; Produzir queima limpa, com baixa emissão de poluentes; Não possuir metais pesados, de forma a não envenenar os catalisadores que eliminam compostos nocivos ao meio ambiente.

ESPECIFICAÇÕES Quantificação dos requisitos de qualidade, oficializados no Brasil pela portaria ANP 309/01. As especificações podem promover melhorias nos seguintes aspectos: Desempenho – Curva de destilação, octanagem, PVR, goma, PI, composição Resistência de Materiais – Corrosividade e Enxofre Meio Ambiente / Saúde – Enxofre, Benzeno, CTE e PVR Adulteração (coibição) – Curva de destilação e PVR

Principais Ensaios e sua Importância Octanagem (MON e RON) Significado: “Medida de seu poder anti-detonante, ou seja, de sua capacidade de resistir à detonação.” Nomenclatura dos tipos de especificação: MON (Motor Octane Number) RON (Research Octane Number) IAD (Índice Anti-Detonante) = (MON + RON) / 2

Octanagem (MON e RON)

Octanagem (MON e RON) Principais problemas no uso de gasolinas com octanagem abaixo de sua especificação: Ruído indesejável (“Batida de Pino”) Superaquecimento de componentes do motor diminuindo sua vida útil Perda de potência

Curva de Destilação Significado: “Medida, em termos de volatilidade, das proporções relativas de todos os hidrocarbonetos componentes de uma gasolina.”

Enxofre “Medida do impacto ambiental das emissões causadas pelos óxidos de enxofre gerados na etapa de combustão. Mede, também, indiretamente, o caráter corrosivo da gasolina.” Goma “Quantificação de subprodutos de reações de oxidação, geralmente materiais resinosos com grande poder de aderência. Mede a estabilidade da gasolina durante o período de estocagem.”

Pressão de Vapor Reid (PVR) Período de Indução “Medida do potencial de formação de goma, quantificando a estabilidade da gasolina durante o período de estocagem a prazo longos.” Pressão de Vapor Reid (PVR) “Medida da pressão exercida pelos gases volatilizados quando se submete uma amostra de gasolina à temperatura de 100°F. Trata-se da medida de sua volatilidade.”

Pressão de Vapor Reid 15

Corrosividade ao Cobre “Medida da corrosividade da gasolina ao metal Cobre, presente nas ligas metálicas que compõem parte das peças dos sistemas de alimentação, carburação/injeção e do motor. Identifica presença de H2S e S.” 16

Corrosividade ao Cobre 17

COR Teor de Etanol Significado:“Medida da coloração da gasolina” Metodologia: Visual Teor de Etanol “Medida do percentual de etanol na gasolina” 18

Teor de Etanol Água Repouso Agitação % de AEAC 19

Aditivos Utilizados em Gasolinas Nas Refinarias Aumentadores de Octanagem Antioxidantes Desativadores de Metais Nas Distribuidoras Detergentes / Dispersantes (gasolina aditivada) Corantes Nos Postos de Serviço Inibidores de Corrosão Aumentadores de octanagem Outros 20

Fraudes 22

23

Desvantagens do uso do álcool na gasolina A relação ar/combustível necessária para a queima completa do álcool é de 9:1 e da gasolina 15:1, com porcentagens elevadas de álcool faz-se necessário ajustes internos do motor. A tolerância das mistura com água é muito baixa. A pequena quantidade de água provoca a separação dos dois combustíveis. Uma mistura com 20% de álcool separa com 0,6% de água. A mistura com álcool aumenta o consumo em 3 a 4% e com teores muito elevados da álcool a eficiência do motor diminui. O álcool pode possuir contaminação com cobre o que envenena os catalisadores dos automóveis. 24

Função do catalisador Automotivo Reduzem a poluição ambiental produzida pelas emissões evaporativas da gasolina e de seus gases de combustão. Transformar CO e Nox em CO2, H2O e N2. Começam a agir logo após a partida do motor. Dura aproximadamente 80.000 km Principais venenos: metais que entopem seus poros e enxofre que inibi a ação catalítica. 25

Efeitos da contaminação Com Diesel e querosene: Alto ponto final de ebulição que acarreta depósitos na câmara de combustão; Com solventes: Ataque as borrachas: mangueiras, filtros, bombas. Ataque a pintura Detonação Depósitos em bicos injetores Água: Separação de fases. 26

USO Manter os motores dos veículos devidamente regulados,realizando as manutenções periódicas especificadas pelo fabricante. Dar uma atenção especial ao período de troca dos filtros de combustíveis e de ar e adotar um controle preciso das substituições efetuadas. Tomar providências para que as velas de ignição do motor estejam sempre em bom estado de conservação. Para que se tire o máximo proveito da gasolina essas velas são componentes de grande importância. Manter isento de sujeira o tanque de gasolina dos veículos.Impurezas acumuladas no tanque são revolvidas a cada novo abastecimento e ficam em suspensão no produto podendo provocar a saturação prematura do filtro de combustível. Não usar combustível, misturas de combustível ou aditivos que não tenham sido previamente testados e aprovados. Os motores dos automóveis disponíveis atualmente no Brasil já saem da revenda regulados para usar a gasolina tipo C aqui produzida. 27

USO f. A gasolina PREMIUM apresenta maior performance antidetonante do que a gasolina tipo-C comum; mas os motores somente aproveitarão este requisito de qualidade desta gasolina se já foram projetados e estiverem regulados para isto. g. Não submeter a gasolina a nenhum tipo de aquecimento. h. Não usar gasolina envelhecida. i. Ao abastecer o veículo, evite o enchimento excessivo do tanque. Este cuidado evitará que a gasolina escorra pela pintura do veículo provocando manchas j. Naftalina deixa resíduo que pode entupir os bicos injetores, tubulações e aumenta a corrosão das borrachas. 28

Cabeça do pistão -Retirado após 11 meses de uso com gasolina de baixa qualidade.