SEPTUAGINTA.

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Transcrição da apresentação:

SEPTUAGINTA

Septuaginta, o “livro” que Jesus Cristo leu

Septuaginta, o “livro” que Jesus Cristo leu A primeira versão para a história da Septuaginta vemos na “Carta de Aristéias ao seu irmão Filócrates”, embora receba esse título a carta não foi escrita por Aristéias, que era grego e pagão, mas por um judeu: "Eu estava presente quando [o rei] lhe perguntou: 'Quantos milhares de livros há?' Ele respondeu: 'Mais de duzentos, rei; porém, estou me apressando para completar em pouco tempo os quinhentos mil que me faltam. Disseram-me que as leis dos judeus deveriam ser transcritas e formar parte de tua biblioteca'. Disse: 'E o que te impede de fazê-lo? Tens tudo o que é necessário à tua disposição'. Porém Demétrio respondeu: 'É preciso traduzi-las, pois utilizam na Judéia uma escrita peculiar, como os egípcios, tanto na disposição das letras como na pronúncia. Supõe-se que empreguem o siríaco, porém não exatamente, mas um dialeto diferente'. Quando o rei se informou dos pormenores, deu ordem para se escrever ao sumo sacerdote dos judeus para que se realizasse o combinado" Trecho da Carta de Aristéias séc. III AC.

Septuaginta, o “livro” que Jesus Cristo leu Nessa carta Aristéias conta que ainda sob o domínio do Império Grego, o rei do Egito Ptolomeu II (287~247 aC.) recebe um pedido do responsável pela Biblioteca de Alexandria, Demétrio de Fáleron. Demétrio queria incorporar à biblioteca uma tradução em grego dos livros considerados sagrados pelos judeus. O rei então atendeu ao pedido e enviou alguns representantes à Jerusalém, dentre eles um oficial da guarda real chamado Aristéia, para pedirem à Eliazar, sumo sacerdote dos judeus, que cedesse uma cópia da Lei judaica e judeus capazes de traduzi-las para o grego. Uma cópia da Lei foi enviada ao Egito juntamente com 72 escribas israelitas, seis de cada tribo, para atender ao pedido do rei.

Septuaginta, o “livro” que Jesus Cristo leu Nessa carta Aristéias conta que ainda sob o domínio do Império Grego, o rei do Egito Ptolomeu II (287~247 aC.) recebe um pedido do responsável pela Biblioteca de Alexandria, Demétrio de Fáleron. Demétrio queria incorporar à biblioteca uma tradução em grego dos livros considerados sagrados pelos judeus. O rei então atendeu ao pedido e enviou alguns representantes à Jerusalém, dentre eles um oficial da guarda real chamado Aristéia, para pedirem à Eliazar, sumo sacerdote dos judeus, que cedesse uma cópia da Lei judaica e judeus capazes de traduzi-las para o grego. Uma cópia da Lei foi enviada ao Egito juntamente com 72 escribas israelitas, seis de cada tribo, para atender ao pedido do rei. Os escribas foram levados para a ilha de Faros, mantidos isolados um do outro e ali iniciaram seus trabalhos de tradução da Lei. Conforme iam acabando, eles comparavam as traduções e ao final de todas as traduções chegaram à constatação de que todas elas estavam perfeitamente iguais. A Tradução foi lida na presença de sacerdotes judeus, príncipes e do povo reunido em Alexandria, foi aceita por todos e considerada em perfeita harmonia com o original em hebraico.

Septuaginta, o “livro” que Jesus Cristo leu Ainda que possua características lendárias, a narrativa de Aristéias ganha crédito ao ser citada em outros escritos posteriores. Aristóbulo (170-50 aC.), em uma passagem preservada por Eusébio, afirma que "através dos esforços de Demétrios de Fálero, uma tradução completa da legislação judaica foi realizada nos dias de Ptolomeu". O relato de Aristéias é repetido quase que literalmente por Flávio Josefo (37~100 dC.). É também citada substancialmente, com a omissão do nome de Aristéias, por Filo de Alexandria (10~50 dC.).

Septuaginta, o “livro” que Jesus Cristo leu Ainda que possua características lendárias, a narrativa de Aristéias ganha crédito ao ser citada em outros escritos posteriores. Aristóbulo (170-50 aC.), em uma passagem preservada por Eusébio, afirma que "através dos esforços de Demétrios de Fálero, uma tradução completa da legislação judaica foi realizada nos dias de Ptolomeu". O relato de Aristéias é repetido quase que literalmente por Flávio Josefo (37~100 dC.). É também citada substancialmente, com a omissão do nome de Aristéias, por Filo de Alexandria (10~50 dC.). Podemos dizer que a “Septuaginta”, ou chamada também de “Tradução dos Setenta”, possibilitou que as novas gerações de judeus tivessem acesso à Lei judaica já que ficaram quase 3 séculos sob o domínio cultural e religioso grego. Antes dessa tradução não havia ainda uma tradução única que incluísse todos os livros sagrados para os judeus, haviam traduções de alguns livros em hebraico, outros em aramaico e outros em grego. Com a Septuaginta surge o primeiro “cânon”, ou seja, a primeira seleção e organização das Sagradas Escrituras , mas ainda não era um cânon oficial.

Septuaginta, o “livro” que Jesus Cristo leu Os livros presentes na Septuaginta conforme a ordem original são: Gênesis, Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Josué, Juízes, Rute, I Samuel (I Reis), II Samuel (II Reis), I Reis (III Reis), II reis (IV Reis), I Crônicas (I Paralimpômenos), II Crônicas (II Paralimpômenos), Esdras (I Esdras), Neemias (II Esdras), Ester, Judite, Tobias, I Macabeus, II Macabeus, III Macabeus, IV Macabeus, Salmos, Provérbios, Eclesiastes, Cântico dos Cânticos, Jó, Sabedoria (Sabedoria de Salomão), Eclesiástico (Sirac), Salmos de Salomão, Oséias, Amós, Miquéias, Joel, Abdias, Jonas, Naum, Habacuque, Sofonias, Ageu, Zacarias, Malaquias, Isaías, Jeremias, Lamentações, Baruque, Espístola de Jeremias, Ezequiel, Suzana, Daniel, Bel e o Dragão. (Fonte: Sociedade Bíblica do Brasil 2003, XII~XIII)

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