Espanha História e Terrorismo

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Transcrição da apresentação:

Espanha História e Terrorismo Maria Sousa Galito 2008

Um pouco de História (I) Fonte: http://www.agal-gz.org/blogues/media/peninsula_medievo.jpg

Um pouco de História (II) Fonte: http://lh5.ggpht.com/c.alberto.vaz2/R3utg9NC1II/AAAAAAAAAVw/oE47aiTgTNg/Cronologia+da+reconquista+crist% C3%A3+da+Pen%C3%ADnsula+Ib%C3%A9rica_thumb%5B4%5D

Mapa da Europa Mapa de Espanha (actual) Bandeira de Espanha

Nacionalismos em Espanha Comunidades Autónomas:

Nacionalismos – Exemplo: MANUEL ROMERO (20.11.2007) El Mundo.es, España “Diferentes versiones territoriales – Las editoriales cambian los libros escolares a gusto de los nacionalistas” «De la Prehistoria a la Transición, de la extensión de las lenguas a los sentimientos deportivos, contenidos importantes tienen una adaptación localista en los libros escolares con los que siete millones de niños y jóvenes estudian en España. La diferencia se ensalza, lo que une y acerca se reduce o desaparece. Las principales editoriales presentan versiones con importantes diferencias según el territorio. «Un joven de 16 años de Bilbao puede concluir sus estudios sin que en sus libros hayan mencionado la Constitución Española, la figura del Rey, los símbolos del país al que pertenece o las protestas contra el terrorismo de ETA. También es frecuente que se le oculte la existencia de los yacimientos cercanos de Atapuerca y Altamira, el Camino de Santiago y la participación de los vascos en el Descubrimiento de América. (…) «En otro extremo de España, una chica de Huelva estudiará la Guerra Civil como si se tratara de una invasión de Andalucía por parte de fuerzas de ocupación y, simultáneamente, un niño de La Coruña leerá en su manual de Lengua que en Cáceres el gallego no goza de protección. «El resultado es una abismal fragmentación educativa, un puzzle de libros de texto que no encajan entre sí: conocimientos diferenciados, sentimientos de agravios entre comunidades autónomas, odio hacia lo español, imposibilidad para compartir un mismo sistema escolar y universitario y dificultad para converger dentro de un mismo mercado laboral.»

Questão Basca Fonte: http://www.clubemundo.com.br/fotos/basco.jpg

“Comunidade Autónoma del País Vasco” (castelhano) “Comunidade Autónoma del País Vasco” (castelhano). Ou “Euskal Autonomia Erkidegoa” (basco); Para os nacionalistas temos: País Basco do Sul (hoje Espanha): Álava, Guipúzcoa e Vizcaya (total de 251 municípios); País Basco do Norte (hoje França): Sola (Zuberoa), Labort e Baixa Navarra Possui “Nacionalidade histórica” reconhecida pela Constituição espanhola. As Cortes de Castela anexaram o Reino de Navarra à Coroa de Castela com base no Tratado de Burgos, com um regime de foral especial (1515). séc. XX: Sob a ditadura do General Franco, o euskara (a língua basca) foi interdita, e as escolas que ensinavam basco (as ikastola) foram fechadas. O regime franquista favoreceu a emigração de dezenas de milhares de andaluzes, galegos e castelhanos para as Vascongadas, para promover a assimilação e a “espanolização” desse território. Vascos/Bascos: povo de origem europeia que sobreviveu culturalmente à chegada dos indo-europeus, junto aos Pirenéus Atlânticos; Língua: euskera

A organização Euskadi Ta Askatasuna (ETA “Pátria Basca e Liberdade”), foi fundada em 1958, em plena ditadura de Franco, tendo emergido a partir do Ekin (agir), um grupo dissidente do EGI (a juventude do Partido Nacionalista Basco – PNV). Os fundadores Praticam actos de violência – terrorismo político/ideológico. Em 50 anos de actividade são responsabilizados por aproximadamente 900 mortos. Ideologia: princípios nacionalistas de Sabino Arana (fundador do PNV): da ETA entraram em ruptura com a postura passiva do PNV. estirpe basca; Nos primeiros 10 anos, a ETA teve cinco Assembleias. Na última deu-se uma cisão entre a “ETA” (centrada na questão nacional) e a “ETA-berri” ("nova ETA“, centrada na justiça social). religião cristã; "euskara" (a língua); tradições bascas e soberania.

Evolução Histórica – Bascos (I) 1937: O General Franco ocupa o país Basco. Até então, os bascos tinham direito à sua autonomia, mas o ditador espanhol cancela qualquer privilégio e reprime duramente apelos à independência. 1959: É criada a ETA em prol de um País Basco independente. A sigla significa “Euzkadi Ta Askatasuna” (Pátria Basca e Liberdade). 1961: Começa a campanha de violência da ETA (tentativa de descarrilar um comboio que levava políticos). 1968: O ETA mata sua primeira vítima, Melitón Manzanas, um dos líderes da polícia secreta na idade de San Sebastián. 1973 (Dezembro): Nacionalistas bascos matam em Madrid o primeiro-ministro espanhol, almirante Luís Carrero Blanco, em retaliação a execuções de militantes bascos pelo Governo. 1974 (Setembro): 12 civis morreram na explosão de uma bomba num bar de Madrid. Após a morte de Franco, em 1975, e apesar de uma oferta de amnistia em 1977, a ETA continuou a sua luta armada. Em 1980, 118 pessoas foram mortas no ano mais sangrento do conflito.

Evolução Histórica – Bascos (II) 1978: É criado o braço político do ETA, o HB (Herri Batasuna). 1980: Contabilizam-se já 118 mortos em atentados reivindicados pela ETA. 1982 (Outubro): o grupo usou, pela primeira vez, um carro-bomba. 1992 (Março): a ETA sofreu o maior golpe da sua história, com a captura, no País Basco francês, de praticamente todo o corpo dirigente da organização. 1995: Tentativa de assassinato do então líder do partido de oposição PP, José Maria Aznar, numa explosão de carro-bomba. 1996 (Março): O partido de direita (PP) vence as eleições gerais. O grupo extremista considera o acto um retorno à ditadura de Franco. 1997: Início da campanha do ETA contra políticos do PP no País Basco. 1997 (Julho): ETA é acusada de sequestrar e matar um conselheiro municipal basco, Miguel Ángel Blanco. Revolta popular. Seis milhões de espanhóis saem às ruas em protesto. 1997 (Dezembro): 23 líderes do HB são presos por sete anos, por colaborarem com o ETA. Essa foi a primeira vez que membros do partido foram presos por cooperação com o grupo.

Evolução Histórica – Bascos (III) 1998: 18 Setembro: Cessar fogo unilateral e indefinido declarado pela ETA entre em vigor às 00h00. 2 Outubro: Aznar exige à ETA prova clara da sua renúncia à violência para iniciar "um processo de paz". E anuncia uma nova política penal. 25 Outubro: O PNV ganha as eleições autónomas bascas. O Partido Popular e o Herri Batasuna alcançam bons resultados. 3/4 Novembro: Aznar confirma que autorizou contactos com a ETA. Garante transparência nos contactos com a ETA e diz que negociará o processo de paz com todos os partidos. 20 Novembro: Aznar e o Presidente francês Jacques Chirac chegam a um acordo em La Rochelle para cooperar na consolidação do processo de paz. 18 Dezembro: O Governo anuncia o translado de 21 prisioneiros etarras para o sul de Espanha.

Evolução Histórica – Bascos (IV) 1999: 9 Março: A polícia francesa, em cooperação com a guarda civil, detém em Paris seis presumíveis etarras. 19 Maio: Uma delegação do Governo encontra-se em Zurique, na Suíça, com dois etarras. 18 Junho: Pacto de legislatura entre PNV-EH-EA. 20 Junho: O Tribunal Constitucional anula a condenação a sete anos de prisão de 23 membros da antiga Mesa Nacional do Herri Batasuna. 26 Agosto: comunicado da ETA. Os separatistas fazem um balanço de um ano de trégua e anunciam que o processo encontra-se numa situação de "indefinição". A culpa, diz a ETA, é do PNV. 30 Agosto: A direcção do PNV responde à ETA que não admite ordens "de uma organização armada". 18 Setembro: 1178 autarcas nacionalistas do País Basco, Navarra e País Basco francês constituem a Udalbilza (Assembleia Municipal), a "primeira instituição nacional basca" municipal. 24 Outubro: A ETA anuncia numa carta ao Governo publicada pelo diário basco "Gara" que deseja reunir-se com o Executivo de Aznar. 4 Novembro: O Governo anuncia a sua disposição para o diálogo para conseguir a paz definitiva. 28 Novembro: A ETA anuncia o fim da trégua num comunicado publicado no "Gara" 20 de Dezembro: A polícia intercepta carrinha com uma tonelada de explosivos, a caminho de Madrid.

Evolução Histórica – Bascos (V) 2000: Janeiro: Carro bomba explode em Madrid; Fevereiro: Carro-bomba na cidade basca de Vitória mata um político socialista e o seu guarda-costas. 15 Julho: O conselheiro municipal da cidade andaluz de Málaga, José María Martín, do PP, é morto a tiros. 7 Agosto: Um carro carregado com armas explode em Bilbau, mata quatro pessoas suspeitas de serem activistas do ETA. 20 Agosto: Dois oficiais da polícia espanhola são mortos num atentado a bomba em Sallent de Gallego, no País Basco. 13 Setembro: Vinte pessoas suspeitas de serem activistas do ETA são presas numa grande operação policial. 21 Setembro: Um político do PP, José Luíz Ruíz Casado, é morto perto de sua casa, na capital catalã Barcelona. 21 Outubro: Cerca de 100 mil bascos realizam uma marcha em Bilbao, para mostrar sua insatisfação com a campanha de violência do ETA.

Evolução Histórica – Bascos (VI) 2001: 20 Março: Froilan Elexpe, um político local, é assassinado na cidade de Lasarte, perto de San Sebastián. Desde o final do cessar-fogo, em Dezembro de 1999, o ETA foi responsabilizado por 28 mortes. 2006: 30 Dezembro: ETA provocou a explosão de um carro-bomba, no Terminal 4 do aeroporto de Barajas (Madrid). As autoridades espanholas receberam avisos da organização ETA. As autoridades conseguiram evacuar, a tempo, o local. Acredita-se que vinte mil pessoas ocupavam as instalações do terminal aéreo. Dois mortos, dezenas de feridos. No País Basco há várias organizações que visam maior autonomia (inclusive a independência política do território, tais como: O Partido Nacionalista Basco; Eusko Alkartasuna Esker Batua*; Aralar; Herritarren Zerrenda; Herri Batasuna*; Euskal Heritarrok, etc. * declarados ilegais pela Justiça espanhola por supostas ligações à ETA.

Evolução Histórica – Bascos (VII) Março 2008: Zapatero (Partido Socialista Operário Espanhol – PSOE) vs. Rajoy (Partido Popular – PP). País Basco. Os socialistas ganharam na Catalunha e conquistou mais do que qualquer outro partido, com 39%. Zapatero abriu diálogo com os separatistas bascos, a favor do fim à "era do gelo" imposta pelo PP. O partido nacionalista basco (PNV), que governava a região, obteve 22% dos votos e perdeu um dos sete lugares que detém no Parlamento nacional em Madrid. Foi um rude golpe para o primeiro-ministro basco Juan Jose Ibarretxe, que em Outubro não conseguiu lançar um referendo ao estilo de Kosovo, sobre a independência da região. Catalunha. Contra todas as expectativas, os socialistas conseguiram uma vitória eleitoral histórica na Catalunha (agora com 25 membros no Parlamento regional de Barcelona). Vitória à custa do partido radical nacionalista Esquerda Republicana da Catalunha (ERC). O ERC. Perdeu um total de 5 lugares no Parlamento nacional em Madrid. Com apenas três membros no Parlamento, dificilmente será capaz de exigir o tipo de concessão em troca de seu apoio como fez no passado. O partido nacionalista moderado catalão, Convergencia I Unio (CIU), conseguiu mais uma cadeira (agora com total de 11).

Movimentos separatistas no seio da União Europeia – um mapa cujas fronteiras internas podem mudar? Exemplos: Itália: nas eleições de 2008, a “Liga Norte” que defende a separação entre o Norte e o Sul do país, recebeu o dobro dos votos em relação às eleições anteriores e possui lugar na coligação política chefiada pelo actual primeiro-ministro Sílvio Berlusconi; Bélgica: Desentendimento entre flamengos (Norte) e os valões (Sul). Pode acabar a Bélgica e surgir, em sua substituição, a Flandres (para os flamengos) e a Valónia (para os que falam francês); Espanha: nacionalismos (nomeadamente catalão, basco e galego). Escócia: Debate-se possível ruptura com Grã-Bretanha. DEBATE: No seio da União Europeia, os nacionalismos/ movimentos autonomistas tendem: a aumentar? a diminuir?