Rinometria Acústica O que é? Para que serve? Dr. Carlos Nigro

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Transcrição da apresentação:

Rinometria Acústica O que é? Para que serve? Dr. Carlos Nigro Ex-prof. Faculdade de Medicina da Universidade de Taubaté Doutorado HCFMUSP

Avaliação Objetiva da Permeabilidade Nasal adaptadores microfone tubo amplificador filtro O equipamento necessário para o teste é o rinômetro acústico que inclui um computador com conversor analógico digital que capta e processa os dados, um módulo que produz o pulso acústico, um tubo para transmitir a onda até a narina onde é vedado, um microfone, um amplificador e um filtro (figura 1). Após a adaptação do tubo na narina da cavidade nasal pesquisada, clicks são emitidos e são refletidos de acordo com a impedância da área de secção transversal nas diversas distâncias a partir da narina sendo detectados pelo microfone. O sinal analógico do microfone é amplificado e filtrado e então o programa do computador calcula as áreas de secção transversal e o volume da cavidade nasal (figura 2) gerando um gráfico de áreas de secção transversal em função da narina, o rinograma nasal (figura 3). Funciona/ O equipamento emite ondas sonoras na cavidade nasal através de um tubo condutor. O som emitido é refletido por variações da impedância acústica. Comparando a onda incidente às ondas refletidas, se determina as variações na área transversa. Contando o intervalo de tempo entre a incidência e a reflexão das ondas e a velocidade do som, teremos a distância da área transversa alterada. pulso acústico computador Nigro, C.

Rinometria Acústica Caucasiano, adulto Formação do rinograma cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Caucasiano, adulto Formação do rinograma Nariz caucasiano, adulto -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0 cm Nigro, C.

Testar antes e após determinado estímulo Avaliação Objetiva da Permeabilidade Nasal cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Testar antes e após determinado estímulo -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes do estímulo Após o estímulo Temos que realizar RA antes e após determinado estímulo Zancanella e Anselmo Lima RBORL 70(4), 2004: Rinometria Acústica como método diagnóstico

Rinometria Acústica Aplicações Clínicas Avaliação da Fisiologia Nasal Auxílio Topodiagnóstico Pré e Pós Tratamento Clínico Pré e Pós Tratamento cirúrgico Teste de Provocação Alérgica Documentação Médico-Legal

Rinometria Acústica Avaliação fisiologia nasal cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Desenvolvimento das cavidades nasais Zavras e cols. (1994) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Crianças com respiração nasal Crianças com respiração oral Vídeo cças c/ várias idades Volume total FFNN foi < respiração oral

Rinometria Acústica Avaliação fisiologia nasal cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Efeito de medicamentos sobre a mucosa nasal Graf et al. (1999) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes do medicamento Após medicamento

Rinometria Acústica Avaliação fisiologia nasal ASTM Ciclo nasal cm2 1.6 1.2 0.8 0.4 ASTM Ciclo nasal Fisher e cols. (1993) Anselmo-Lima, Lund (2001) Lang (2003) cm3 40 30 20 10 Volume nasal 0 1 2 3 4 5 6 7 horas TOTAL Cavidade nasal esquerda Fisher et al. (1993): 6 pacientes Anselmo-Lima, Lund (2001): antes e após FESS Lang (2003) Cavidade nasal direita

Rinometria Acústica Avaliação fisiologia nasal Exercício físico cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Exercício físico Marconi (RBORL, 2006) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes do exercício físico Após exercício físico Efeito do exercício físico sobre o volume nasal; ABORL 72(2)

Rinometria Acústica Avaliação fisiologia nasal Mudança postural cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Mudança postural Roithmann (RBORL, 2005) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Posição sentada Posição deitada Posição sentada para deitada piora a ASTM e VN tanto em normais quanto em riníticos, mas os riníticos são mais sensíveis à percepção da modificação

Rinometria Acústica Auxílio topodiagnóstico cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Local de maior estreitamento Alteração responsiva ou não a vasoconstritor tópico nasal -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Cavidade nasal esquerda pré VC pós VC Cavidade nasal direita pré VC pós VC

Rinometria Acústica Nigro e cols. (RBORL, 2003) Auxílio topodiagnóstico cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Estreitamento posterior ? Mostafa e cols. (1997) Nigro e cols. (RBORL, 2003) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Após VC cavidade nasal esquerda Após VC cavidade nasal direita Mostafa, B. E. Detection of adenoidal hypertrophy using acoustic rhinomanometry. Eur Arch Otorhinolaryngol 1997; 254 (suppl. 1): S27 – S29.

Rinometria Acústica Pré e pós tratamento clínico cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Dilatador nasal externo Roithmann e cols. (1997) Gosepath e cols. (1997) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Basal Após VC Com dilatador nasal externo Roithmann et al. (1997): dilatador nasal foi efetivo em indivíduos com estenose de válvula nasal

Rinometria Acústica Pré e pós tratamento clínico Rinite alérgica cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Rinite alérgica Wang e cols. (1998) Costa e cols (2005) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes do tratamento sem VC Após o tratamento sem VC Ver se é exemplo Wang et al.(1998): ctde nasal e antileucotrienos no tratamento da rinite alérgica Costa e cols (2005): arq orl 9(3): correlação RA e sintomas, sem relação usando peak flow

Rinometria Acústica Pré e pós tratamento cirúrgico Septoplastia cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Septoplastia Grymer e cols.(1989) Reber e cols. (1998) Voegels e cols. (RBORL, 2002) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes da septoplastia após VC Após a septoplastia após VC Septoplastia Grymer et al. (1989): eficaz Reber et al. (1998): não encontrou correlação entre ASTM e a sensação de permeabilidade nasal referida pelo paciente Voegels e cols. (2002): aumento de ASTM e volume mas não foi estatisticamente significante

Rinometria Acústica Pré e pós tratamento cirúrgico Adenoidectomia cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Adenoidectomia Fisher e cols. (1995) Kim e cols. (1998) Cho e cols. (1999) Riechelmann e cols. (1999) Nigro e cols. (RBORL, 2003) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes da adenoidectomia pós VC Após a adenoidectomia pós VC Kim et al. (1998): pôde avaliar o efeito da cirurgia nas fossas nasais e nasofaringe Cho e cols.4 avaliando a nasofaringe através da RA em crianças antes e após serem submetidas a adenoidectomia e comparando com os achados em crianças do grupo controle concluem que a ASTM e o volume da nasofaringe eram significantemente menores no grupo de pacientes com adenóide hipertrófica e que houve aumento significativo da ASTM e do volume da nasofaringe após a cirurgia. Mostafa11 verificou significante aumento de ASTM e volume na nasofaringe após adenoidectomia e conclui que a RA pode ser usada como screening e havendo alta suspeita de hipertrofia de adenóide a endoscopia nasal pode ser planejada. Riechelmann e cols.9 compararam a nasofaringe de crianças com hipertrofia adenoideana pré-cirurgia e após a cirurgia de adenoidectomia e compararam com grupo controle de crianças sem hipertrofia adenoideana e verificaram que a ASTM da nasofaringe antes e após cirurgia e mesmo quando comparada a ASTM das crianças do grupo controle não apresentou diferenças estatisticamente significantes. Fisher e cols12 referem que a RA não tem acurácia para evidenciar pequenas alterações de volume na nasofaringe e conclui que a RA tem pouco valor preditivo se usada isoladamente para avaliar a presença de adenóide hipertrófica; terá maior poder preditivo se avaliarmos conjuntamente com o quadro clínico. Neste estudo verificamos que após a cirurgia não ocorreu aumento estatisticamente significante de ASTM e do volume das fossas nasais.

Rinometria Acústica exemplo Pré e pós tratamento cirúrgico FESS cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 exemplo FESS Santos e cols. (RBORL, 2006) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes da FESS Após a FESS VER SE TINHAM POLIPOSE Não encontrou correlação do î volume nasal e melhora da ON (0-8cm) (para mim já esperado pois a on relaciona-se c/ astm) Não houve î significante do volume nasal após VC tanto no pré como no pós op Rodrigo de Paula Santos (RBORL, 72(4))

Rinometria Acústica Teste de provocação alérgica cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 Scadding e cols. (1994) Roithmann e cols. (1997) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes da provocação Após a provocação Scadding et al. (1994): 10 pacientes com prick test + RA foi superior à Rinomanometria Roithmann et al. (1997): RA eficaz

Rinometria Acústica exemplo Documentação médico-legal Rinoplastia cm2 10.0 1.0 0.5 0.1 exemplo Rinoplastia Roithmann e cols. (1999) -6.0 -2.0 2.0 6.0 10.0cm Antes da rinoplastia após VC Após a rinoplastia após VC Roithmann (1999): enfatiza a importância da rinometria acústica como documentação médico-legal em pacientes submetidos a cirurgias nasais funcionais e / ou estéticas

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obrigado