RECONSTITUIÇÃO PALEOAMBIENTAL

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Transcrição da apresentação:

RECONSTITUIÇÃO PALEOAMBIENTAL Distinção entre a Fm. Prosperança e os depósitos do Paleozóico inferior. O entendimento da história sedimentar da Fm. Prosperança. RECONSTITUIÇÃO PALEOAMBIENTAL

explicação do slide de cima. isso está na introdução do artigo. Empresas petrolíferas em atividade nestas bacias têm se deparado com a problemática na distinção entre a Formação Prosperança e os depósitos do Paleozóico Inferior. O entendimento da história sedimentar da Formação Prosperança é um dos pontos importantes para estabelecer critérios para esta diferenciação.

Análise faciológica e estratigráfica realizada na região do baixo rio Negro. Foram identificadas cinco associações de facies na margem sul do Escudo das Guianas. sistemas flúvio-deltaico/costeiro (Formação Prosperança) e fluvial entrelaçado (Grupo Trombetas). As paleocorrentes indicavam que o sistema flúvio-deltaico/costeiro progradou para SE e o sistema fluvial entrelaçado paleozóico migrava para NW , mas a reconstrução considerou a rotação do bloco Amazônico. (Tohver et al. 2006).

Figura 13 - Paleogeografia do Neoproterozóico com a disposição dos principais blocos continentais. A sucessão analisada pertence ao bloco Amazônico (AM) que estava rotacionado (±180°) e situado próximo a zona subpolar sul (Tohver et al. 2006).

A Formação Prosperança foi depositada em estruturas tipo gráben (Pré-Cambriano) orientadas segundo NW-SE. Formando um sistema deltaico: planície distal (AF4) , frente deltaica (AF2), prodelta (AF1), planície costeira (AF3). Sistemas deltaicos são progradantes e migram para um corpo de água em repouso. O sistema fluvial fornecia sedimentos para as barras de desembocadura (processo construtivo), lateralmente e , depósitos abandonados do delta e mesmo fluviais eram retrabalhados na linha de costa( processo destrutivo).

Sistema deltaico raso alimentado por sistema fluvial entrelaçado. Lobos deltaicos levemente inclinados, pouco espessos, com granulometria areia fina a média e depósitos de shoreface influenciados por fluxo oscilatório. Devido ao baixo gradiente da bacia, esses tipos de deltas registram variações na dinâmica sedimentar na forma de inconformidades. Processos alocíclicos (p.e. eustasia, avulsão e clima) influenciaram uma parada na sedimentação deltaica, exposição subaérea, seguida por condições alitizantes e formação de paleossolo.

O paleossolo: Foi produzido em condições tropicais e úmidas( oxissolo). (Soil Survey Staff 1975). Esta sobre depósitos pelíticos-arenosos, produtos de decantação ou de rochas psamíticas, o que indica um intervalo na deposição. É um importante marcador estratigráfico na distinção entre unidades e na correlação (Charcosset et al. 2000, Retallack 2001, Ruskin & Jordan 2007, Chakraborty & Paul 2008).

Neoproterozóico–Cambriano: os depósitos da Fm Neoproterozóico–Cambriano: os depósitos da Fm. Prosperança foram expostos. Ordoviciano: foram recobertos, erosivamente pelo Grupo Trombetas, depósitos fluviais que migravam no sentido oposto. O limite da Fm. Prosperança e o Grupo Trombetas é marcado pela superfície (S),de caráter erosivo; discordâncias na borda da bacia, com evidências de erosão ou truncamentos de estratos e; hiatos não deposicionais (Della Fávera 2001, Ribeiro2001).

Três fases da reconstituição paleoambiental: Neoproterozóico: Instalação de um sistema deltaico dominado por fluxos fluviais entrelaçados, marés e ondas que migrava para NW a partir da borda sul do Escudo das Guianas. Paleozóico: Inversão da Bacia Prosperança formando o Arco de Purus, exposição e erosão dos depósitos. Eopaleozóico: Soerguimento e inicio da formação da Bacia do Amazonas. Em seguida progradação do sistema fluvial entrelaçado do Grupo Trombetas para SE.