Marta Beatriz Fontenele Santos R1 – Cirurgia pediátrica

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Effectiviness of lifestyle changes on impired plasma glucose and lipids Impacto das mudanças do estilo de vida em pessoas com elevados níveis plasmáticos.
Advertisements

Leite humano versos fórmula após reparo da gastrosquise:
Fatores prognósticos e sobrevida em recém-nascidos com hérnia diafragmática congênita(HDC) Prognostic factors and survival in neonates with congenital.
CARDIOPATIAS CONGÊNITAS
COMO APRESENTAR UM RELATÓRIO CIENTÍFICO
PREVENÇÃO DAS DEFORMIDADES DA COLUNA NA INFÂNCIA E ADOLESCÊNCIA
Sulfadiazina de Prata 1%
Maira Cardoso Lopes Webimagem
Renielly Casagrande Reumatologia ISCMSP
Convulsões no recém-nascido de extremo baixo peso são associadas com
Hipertensão arterial: riscos imediatos e tardios
Universidade Presbiteriana Mackenzie Desenvolvimento Humano Evolução de 58 fetos com meningomielocele e o potencial de reparo intra-uterino Turma:
Manejo conservador da onfalocele gigante com iodopovidona e seu efeito
CONDUTA EXPECTANTE NO PNEUMOTÓRAX EM NEONATOS SOB VENTILAÇÃO
Defeito do Septo Atrioventricular
Assistência ao Recém–Nascido
Morbidade Neonatal e Patologia Placentária
Alvos de saturação de oxigênio em recém-nascidos pré-termos extremos
Antenatal Corticosteroids Promote Survival of Extremely Preterm Infants Born at 22 to 23 Weeks of Gestation Rintaro Mori, MD, PhD, Satoshi Kusuda, MD,
Avanços na cirurgia para defeitos da parede abdominal-gastrosquise e onfalocele Advances in surgery for abdominal wall defects gastroschisis and omphalocele.
Defeitos de Fechamento da Parede Abdominal
GASTROSQUISE: INOVAÇÃO TÉCNICO-CIRÚRGICA
Hérnias da parede anterior
Eficácia e segurança de CPAP por borbulhamento na assistência neonatal em países de baixa e média renda: uma revisão sistemática Efficacy and safety of.
Monografia apresentada como requisito para conclusão da Residência Médica em Pediatria Geral (Hospital Materno Infantil de Brasília)/SES/DF AVALIAÇÃO DO.
Atendimento do paciente com Síndrome de Down de 5 a 13 anos no Distrito Federal Natália Silva Bastos Ribas Orientador: Dr. Fabrício Prado Monteiro
COMPLICAÇÕES DO NASCIMENTO POR CESARIANA NA GESTANTE EXCESSIVAMENTE OBESA COMPLICATIONS OF CESAREAN DELIVERY IN THE MASSIVELY OBESE PARTURIENT MARK C.
Adriana Costa Alessandra Amarante Eduardo Zaguer Luana Aparicio
Apoio Financeiro: Unisul
DEFEITOS DA PAREDE ABDOMINAL ANTERIOR
Escola Superior de Ciências da Saúde - ESCS
Dr. Andreas J. M. Koszka XXXVª Turma Pós-Graduando em Cirurgia
Hospital Regional da Asa Sul – HRAS Unidade de Neonatologia G. Casaccia, F. Crescenzi, S. Palamides, O. A. Catalano, P. Bagolan Pediatric Surgery Int 2006.
Di Fiore JM, Arko M, Whitehouse M, Kimball A, Martin RJ.
contagem de plaquetas ≥ µ/l-1
Aluna de Mestrado em Ciências da Saúde: Thaiana Ramalho Matéria: Sistema Sensoriais Prof. Dr: Fayez Bahamad Jr. Early Treatment with Prednisolone or Acyclovir.
Aconselhamento em Cardiopatias Congênitas
AVANCOS NO TRATAMENTO MINIMAMENTE INVASIVO DA DOR LOMBAR
Toxoplasmose congênita
Fraturas expostas André Pessôa.
ACESSO VENOSO NA CRIANÇA Maurícia Cammarota
CONTINUING NEED FOR AND PROVISION OF A SERVICE FOR NON- STANDARD IMPLANT REMOVAL Journal Club Maternidade Dr. Alfredo da Costa Serviço de Ginecologia Director.
Epistaxe Dr. Rogério Brandão.
Pediatria e Oftalmologia Hospital Regional da Asa Sul
USO DO CPAP NASAL DURANTEA REMOÇÃO DE RECÉM-NASCIDOS COM DESCONFORTO RESPIRATÓRIO AGUDO “Use of Nasal Continuous Positive Airway Pressure During Retrieval.
TRIAGEM AUDITIVA NEONATAL UNIVERSAL TESTE DA ORELHINHA
Probióticos reduz o risco de enterocolite necrosante em recém-nascidos pré-termos: metanálise Probiotics Reduce the Risk of Necrotizing Enterocolitis in.
Atualização em Curativos (Materiais e Técnicas)
Brasília, 13 de novembro de 2015
INDICAÇÕES de CIRURGIA NO HIPERTIREOIDISMO
Henrique P. L. Scabello 4º ano
Tratamento ambulatorial de pacientes com ferida cirúrgica complexa: coorte histórica * Enfº José Ferreira Pires Júnior Estomaterapeuta TiSobest.
Amanda Delmondes de Brito Fontenele Elaine Carininy Lopes da Costa
FERIDAS E COBERTURAS Profª Adriana Savatim Profª Aline Tadini
Defeitos no fechamento da parede abdominal: Onfalocele e Gastrosquise Apresentação: Aline Damares de Castro Cardoso –R4 UTINEO HMIB.
PROJETO: Treinamento de curativo
Sequela da infecção adquirida pós-natal pelo citomegalovírus nos recém-nascidos de muito baixo peso Sequelae Following Postnatally Acquired Cytomegalovirus.
Pressão negativa na ferida como terapia inicial para manejo de
Pressão negativa na ferida como terapia inicial para manejo de
Manejo conservador da onfalocele gigante com iodopovidona e seu efeito
Transcrição da apresentação:

Marta Beatriz Fontenele Santos R1 – Cirurgia pediátrica Atraso no manejo da onfalocele gigante usando creme de sulfadiazina de prata: Uma experiência de 18 anos Journal of Pediatric Surgery (2012)47, 494–500 Marta Beatriz Fontenele Santos R1 – Cirurgia pediátrica www.paulomargotto.com.br Brasília, 2 de julho de 2014

Introdução Tratamento de pacientes com onfalocele gigante é problemático: -tamanho do defeito e a desproporção viscero-abdominal; -anomalias congênitas associadas; Fechamento 1ário difícil ou impossível;

Objetivo Avaliar o uso tópico do creme de sulfadiazina de prata (SSD) no tratamento de onfaloceles gigantes no Hospital for Sick Children durante um período de 18 anos;

Metodologia Análise retrospectiva dos dados de todos os pacientes com onfalocele gigante (diâmetro > 10 cm) entre 1991 e 2008; Aqueles que fizeram uso da SSD = grupo de estudo; Uso da SSD – decisão do cirurgião; 2 grupos de paciente: uso 1ário e uso 2ário;

Técnica 2 fases de manejo: -aplicação da SSD; -correção da hérnia (uma etapa ou mais);

1a fase: aplicação da SSD 20 g de SSD em fina camada + curativo com gazes; .

1a fase: aplicação da SSD

1a fase: aplicação da SSD

2a fase: correção da hérnia Um ano de idade, se todos os outros problemas médicos estivessem resolvidos; 1-4 cirurgias;

2a fase: correção da hérnia Incisão mediana com mobilização lateral dos retalhos cutâneos laterais até exposição do músculo reto abdominal; Redução do conteúdo; Rafia do músculo reto abdominal, se necessário uso de tela;

Resultados

Resultados

Resultados

Resultados

Resultados

Resultados

Discussão Tratamento da onfalocele é controverso; Muitas crianças – fechamento com uso do silo; Prematuridade, hipoplasia pulmonar e anomalias cardíacas – tratamento não-cirúrgico como ponte até o tratamento definitivo;

Discussão Uso da SSD – Hatch e Baxter em 1995; Não há definição consistente de onfalocele gigante na literatura: muitos autores definem como um defeito que não pode ser primariamente fechado. Os presentes autores definiram como um defeito maior que 10 cm de diâmetro Comparado a outras coberturas/ curativos, a SSD é a mais barata ($1 por dia); SSD pode ser usada em casa conforme a necessidade do paciente;

Discussão Toxicidade por prata: Nenhum paciente teve complicações; -convulsões; -↑ TGO/TGP; -neuropatia periférica; - leucopenia; -patologias oculares; - argiria; -síndrome nefrótica; Nenhum paciente teve complicações; Dosagem segura e consequências a longo prazo em RNs são desconhecidas;

Discussão SSD cria ambiente úmido que promove epitelização e reduz risco de infecção invasiva; 2 infecções do saco por estafilococos; Não houve infecção fúngica; Poucas aderências intra-abdominais;

Discussão 71% dos 14 sobreviventes – hernioplastia com bons resultados; 14% - recorrênciá; 14% - ainda aguardam correção; Não há pressa em realizar a hernioplastia; O tratamento pode ser realizado em casa se o paciente tiver condições de alta.

Conclusão O uso de SSD é um método eficaz e barato no tratamento dos pacientes gravemente comprometidos com onfaloceles gigantes;

Conclusão Tratamento pode ser continuado em casa; A hérnia ventral resultante pode ser corrigida quando o paciente estiver estabilizado;

OBRIGADA!

Nota do Editor do site, Dr. Paulo R. Margotto Consultem também! Avanços na cirurgia para defeitos na parede abdominal-gastrosquise e onfalocele Autor(es): Islam S. Apresentação: : Priscila Dias Alves       Manejo do Defeito Grande ou Gigante No geral o manejo cirúrgico dos defeitos pequenos e médios (2-4cm) é bem definido, sendo preferencialmente o fechamento primário com bons resultado cirúrgicos. Pequenos defeitos centralizados tem uma maior incidência de anomalias associadas. A maioria dos grandes defeitos que sobrevive ao nascimento não tem anomalias letais associadas, e constituem um dos maiores desafios dos cirurgiões pediátricos e neonatologistas. Ao longo dos últimos 30 anos dois métodos para o fechamento da parede persistem: estagiado ou conservador.

A medida conservadora consiste em usar um agente escarificador, visando a epitelização do cordão umbilical com a formação de um saco herniário, que necessitará de intervenção cirúrgica para correção em um momento posterior. A indicação para realizar um procedimento conservador é o paciente ter um quadro cardíaco e respiratório que não permitam a intervenção cirúrgica e ter um defeito grande demais para realização de um fechamento primário. Agentes como o álcool, mercúrio-cromo e o nitrato de prata já foram usados como escarificadores mas tiveram seu uso abandonado devido a toxicidade.

Outros agentes utilizados na escarificação: sulfadiazina de prata, iodopovidona, atadura impregnada com prata, neomicina, pomadas de polimixina/bacitracina. O processo de escarificação/epitelização pode durar entre 4 a 10 semanas e alguns pacientes completam o processo após a alta. Há relatos de associação do agente escarificador e curativo compressivos visando diminuir o tamanho do tecido herniário a ser corrigido posteriormente. A correção é feita entre 1 a 5 anos de idade. O reparo pode ser por fechamento primário da fáscia, autólogo com separação de componente ou com uso de tela.