São Maximiliano Maria Kolbe é um santo dos tempos atuais profundamente imbuído da vivência do Plano Salvifíco do Senhor para toda a humanidade. Desde a infância a "Mão do Senhor“ já delineava o que haveria de ser esse filho e como daria o seu testemunho de sangue perante toda a criação. A experiência de fé polonesa passa pelas mãos da Virgem Maria, que é Padroeira da Polônia.

Contam os biógrafos que o pequeno Raimundo era de índole esperta e travesso. Em uma de suas travessuras sua mãe, chamou-lhe a atenção, dizendo:" Menino o que será de sua vida? "Ele foi rezar no oratório, e perguntou à Virgem Imaculada o que seria de sua vida- N.Senhora apareceu-lhe mostrando duas coroas, uma branca e outra vermelha - as mesmas cores da bandeira da Polônia, e as cores do Espírito Santo, doador de todos os dons perguntando-lhe qual das duas queria para si. "Quero as duas".

E foi precisamente assim que se definiu sua vocação, ser totalmente consagrado a Deus na vida religiosa e ser mártir da caridade pela Imaculada em defesa da família e da salvação do maior número de almas possível.

No fim dos seus dias, recebeu das mãos de Maria a segunda coroa que lhe destinara Deus, o martírio no campo de concentração nazista de Auschwitz, tomando o lugar de um pai de família que estava para ser sacrificado no bunker da fome, assumindo assim, até as últimas consequencias, sua vocação mariana, a certeza do céu, a realização do Plano de Deus, por meio de seu Filho Jesus Cristo. "Quero ser reduzido a pó pela Imaculada e espalhado pelo vento ao mundo"

Maximiliano Kolbe esteve apenas uma vez em Lourdes, isto em 1930; porém, em 1914, ele fora milagrosamente curado do seu polegar direito, que os médicos pretendiam amputar, devido à água que lhe trouxeram da gruta de Lourdes, o que talvez tivesse representado, para ele, um embaraço, contrariando as ordens que tinha.

Maximiliano meditou muito, a partir das aparições de Lourdes, sobre o mistério da Imaculada Conceição, a Imaculada, inteiramente plena do Espírito Santo. A Virgem Maria pode, justamente, ser denominada "Esposa do Espírito Santo". Este título, bem conhecido na tradição patrística e teológica, foi sugerido no Novo Testamento.

"É uma analogia" - enfatiza o Padre Kolbe, citado por João Paulo II - "que nos faz discernir a união inefável, íntima e fecunda entre o Espírito e Maria Santíssima. O Espírito estabeleceu sua própria morada em Maria, no primeiro instante de sua existência, tomando posse absoluta dela e fazendo com que ela se compenetrasse, de tal forma nesta honra, que o título 'Esposa do Espírito Santo' refletiria apenas uma sombra, longínqua, pálida e imperfeita do que foi, é e será a completa união."

"Certamente, a terceira pessoa da Santíssima Trindade não se encarnou, entretanto, como referencia, na visão humana, a palavra 'esposa'; este vocábulo não basta para expressar a realidade da ligação entre a Imaculada e o Espírito Santo. Podemos afirmar que a Imaculada é, de certa forma, a 'Encarnação do Espírito Santo'."

Padre Manteau-Bonamy nos propõe esta analogia para compreender a realidade dos laços entre a Virgem e o Espírito: "Se reportamos o vínculo de Jesus e do Filho de Deus, segundo Nestorius, ao da Imaculada e do Espírito Santo, estaremos no caminho justo para entender de que forma a Imaculada é esposa, serva e santuário do Espírito Santo."

Texto - São Maximiliano Kolbe, na Conferência de 5 de fevereiro de 1941, citado por João Paulo II, na Homilia de 8 de dezembro de 1982 na Basílica de Santa Maria Maior. Imagens - Internet Música - Ave Maria Ernesto Cortazar Formatação - Altair Castro Comemora-se São Maximiliano Kolbe a 14 de agosto 16/08/2009