Expedito Alves Cardoso Humberto Ribeiro Rocha

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
ESTIMATIVAS DAS DIMENSÕES ESPACIAIS,
Advertisements

II Congresso de Estudantes e Bolsistas do Experimento LBA 11 a 13 de julho, Manaus - Amazonas – Brasil Respiração do solo na Amazônia Central: variabilidade.
Foto: Bart Kruijt Ciclo de Nitrogênio em Florestas Secundárias da Amazônia: uma abordagem isotópica Michela Figueira Lab. Ecologia Isotópica – CENA/USP.
Climas do Continente Americano
Agricultura e Meio Ambiente
TEMPO E CLIMA.
Conceitos em Ecologia e Ecossistemas
RESUMO A sazonalidade do armazenamento da água no solo pode induzir um efeito memória de longo período na variabilidade atmosférica. Isto implica que a.
422 OBSERVAÇÕES DE CLIMA E FLUXOS TURBULENTOS SOBRE O CERRADO sensu stricto E CANA-DE-AÇÚCAR Robinson I. Negrón Juáreza, Humberto Ribeiro da Rochaa, Osvaldo.
CLIMATOLOGIA DA REGIÃO
Projeto Seca Floresta.
Variações climáticas contemporâneas
Tatiana Schor PROCAM/USP
CLIMAS DO BRASIL Tempo e Clima no Brasil Cavalcanti et al. (2009)
CONTRASTES MICROMETEOROLÓGICOS CLAREIRA /FLORESTA EM URUCU-AM
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mudanças Climáticos: desafios Pedro L. da Silva Dias Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas Universidade de São Paulo.
CLIMATOLOGIA.
Conceitos em Ecologia e Ecossistemas
O Experimento de Grande Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia
O que é o projeto LBA? LBA é a sigla para o Experimento de Larga Escala da Biosfera-Atmosfera na Amazônia. Liderado pelo Brasil, o LBA é o maior.
PROFESSORA: Marise Rabelo
Síntese dos Relatórios IPCC e PBMC
CONVERSÃO DE FLORESTA TROPICAL EM PASTAGEM E SUA INFLUÊNCIA NO BALANÇO HÍDRICO DA REGIÃO DE JI-PARANÁ, RONDÔNIA. Kécio Gonçalves LEITE1, Carlos Mergulhão.
INTRODUÇÃO Através dos estudos realizados em terra firme, foi estimado que cada hectare amazônico representaria algumas toneladas de carbono retirado da.
Medição do efluxo de CO2 do solo com câmaras automáticas
Hidrologia Precipitação
Bem manejadaskg C m -2 ) Balanço de carbono após 20 anos da conversão de floresta para pastagem bem manejadas na Amazônia (kg C m -2 ) 11 a
Palestrante: José Eustáquio Viola
CENÁRIOS PARA A AMAZÔNIA: USO DA TERRA, BIODOVERSIDADE E CLIMA
* Parte da tese de doutorado defendida no IAG/USP em agosto de 2003
Hidrografia e Clima.
América Murguía Espinosa Taciana Toledo de Almeida Albuquerque
Manejo de bacias hidrográficas
3. Sítios experimentais e instrumentação 4. Resultados e Discussão
7. Resultados As radiossondagens realizadas em Rolim de Moura, em 26/Jan e na Reserva Biológica do Jaru, em 24/Fev, mostram que a passagem do sistema altera.
II CONGRESSSO DE ESTUDANTES E BOLSISTAS DO EXPERIMENTO LBA
Conferência Científica Internacional
Variabilidade de crescimento e idade das árvores da floresta Amazônia Simone Ap. Vieira; Diogo Selhorstb, Plínio B. De Camargoa, Niro Higuchic; Jeff Chambersd.
ANÁLISE DOS FLUXOS DE CO 2 ENTRE A VEGETAÇÃO E A ATMOSFERA EM ÁREAS DE PASTAGEM E FLORESTA NO ESTADO DE RONDÔNIA Anderson Teixeira Telles 1, Fernando L.
Análise de Componentes Principais Capaz de determinar, a partir de um longo conjunto de dados, poucas combinações lineares que tenham a maior parte da.
RESULTADOS E DISCUSSÃO
CENÁRIOS PARA A AMAZÔNIA: USO DA TERRA, BIODOVERSIDADE E CLIMA
Scientific Expedition, new rules for research by foreigners: José Manoel Saraiva Faria Regras que envolvem expedições científicas. Requisito legal para.
(oikos= casa, ambiente; logos=estudo)
AVALIAÇÃO DA DINÂMICA DE LITEIRA EM ECÓTONOS NO ENTORNO DA ILHA DO BANANAL, MUNICÍPIO DE PIUM – TOCANTINS. Kleyton Sudário Moreira Orientador: Prof. Dr.
A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO ( E ), EM 4 ESTADOS DA REGIÃO NORTE DO BRASIL. Andreza Carla A INFLUÊNCIA DO FENÔMENO EL NIÑO (
Variação da composição isotópica do CO2 relacionada a fatores edafo- climáticos em florestas e pastagem da Amazônia Central Françoise Yoko Ishida Plínio.
Monitoramento Automático de Parâmetros Hidrológicos na Bacia do Rio Purus, AM - HIDROPURUS - Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos – CPTEC/INPE.
Renata Gonçalves Aguiar
FLONA DE CAXIUANÃ - PARÁ
DETECÇÃO DE POSSÍVEIS “MUDANÇAS CLIMÁTICAS” EM SÉRIES HISTÓRICAS DE PRECIPITAÇÃO PLUVIAL Gabriel Blain Estudo de caso: Campinas-SP (1890 a 2005)
ASPECTOS DA ESTRUTURA TERMODINÂMICA DA FLORESTA DE CAXIUANÃ DURANTE A ESTAÇÃO ÚMIDA Carlos José Capela Bispo 1 Leonardo D. A. Sá 2
BIOMAS.
UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO INSTITUTO DE ASTRONOMIA, GEOFÍSICA E CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS DEPARTAMENTO DE CIÊNCIAS ATMOSFÉRICAS Distúrbios Ondulatórios de Leste.
Resultados e Discussão
Fabio Luiz Teixeira Gonçalves
XVI Reunião do CCI do LBA – Manaus 4-6/11/2004 Torre de São Gabriel da Cachoeira Trabalho de seleção do sítio experimental Antonio Nobre – INPA Arnaldo.
Banco de dados do projeto MilênioLBA Análise, tratamento e disponibilização O uso da informática é fundamental para o desenvolvimento dos projetos de pesquisas.
Estratégias para a Amazônia
VARIAÇÃO SAZONAL DA BIOMASSA MICROBIANA-C E DA UMIDADE DO SOLO SOB DIFERENTES COBERTURAS VEGETAIS NA AMAZÔNIA CENTRAL O fluxo de CO 2 do solo é um dos.
Carlos Freire 2014 Meio Ambiente e Qualidade de Vida Gestão da Qualidade.
Fluxos de energia, vapor de água e CO 2 em floresta de terra firme em São Gabriel da Cachoeira Maria Rosimar P.S. Fernandes 1, Charles L. da Costa 2, Napoleão.
Introdução Resultados Metodologia Carbono da biomassa microbiana e fluxo de gases traço em solos sob cultivo de feijão irrigado e sob vegetação nativa.
DINÂMICA CLIMÁTICA.
Curso de Treinamento em Gestão do Risco Climático
XI ENCONTRO DO LBA-ECO de Setembro de 2007 Salvador, BA.
Land Use and Cover Change in Amazonia: Climatic Implications and Carbon Cycling Mudanças de Uso da Terra na Amazônia: Implicações Climáticas e na Ciclagem.
O papel dos Rios na Ciclagem de Carbono na Amazônia
O Datalogger (coletor automático de dados ) e sensores elétricos Disciplina ACA 221 Instrumentos Meteorológicos e Métodos de Observação Departamento de.
Transcrição da apresentação:

Expedito Alves Cardoso Humberto Ribeiro Rocha Respiração do Solo em áreas de floresta inundável e desmatada no entorno da Ilha do Bananal – Estado do Tocantins Adriano Silva Pinto Erich Collicchio Expedito Alves Cardoso Helber C. Freitas Humberto Ribeiro Rocha Rafael Nora Tannus Rita da Mata Ribeiro

INTRODUÇÃO - Ilha do Bananal - maior ilha fluvial do mundo; - Área ecotonal - transição entre floresta úmida e cerrados; - Entorno - cerrados com diferentes fisionomias; - Área de interesse estratégico: - Cerrados e áreas alagáveis; - Arco do desmatamento. - Transformação dos ecossistemas naturais: - Mudanças de uso da terra;

INTRODUÇÃO - Função desta mudança: “Estudos têm sido efetuados na bacia Amazônica com relação à ciclagem de carbono e outros elementos.” (Fearnside, 1985; Lugo e Brown, 1986). - Fluxo de CO2 do solo - componente essencial do ciclo de carbono - Respiração de raízes, atividades de microrganismos e oxidação do carbono;

INTRODUÇÃO - Respiração do solo: “Associada à temperatura e umidade do solo - dependentes da variabilidade temporal e espacial.” (Davidson et al., 1998; Rayment et al. 1997). “As medições da respiração nos diferentes componentes do ecossistema - possibilitam uma estimação da contribuição de cada componente dentro da respiração total do ecossistema." (Goldstein et al., 2000).

INTRODUÇÃO Objetivo: - Medir e avaliar a emissão de carbono nos processos de respiração do solo em áreas de floresta inundável na região do entorno da Ilha do Bananal.

MATERIAIS E MÉTODOS - Área de estudo, climatologia, geologia e vegetação - Localização; - Torre micrometeorológica; - Equipamentos para medição de fluxos de energia e CO2;; - Clima quente e úmido; - Vegetação diversificada (Rezende, 2004); - Solos dos tipos concrecionário (Tocantins, 2002).

Anemômetro sônico Pluviômetro

MATERIAIS E MÉTODOS Medição de efluxo de CO2 do solo: - Cinco câmaras de respiração do solo; - Fluxo de CO2 do solo - sistema de câmara fechada; - Abertura e o fechamento - controle por um datalogger CR10X da Campbell; - Concentração de CO2 - medido por IRGA;

Datalogger Analisador de gás

RESULTADOS E DISCUSSÕES - Dados referentes a 4 meses - seleção de um período amostral de 28 dias (4 semanas); - Picos de respiração do solo; - Relação temperatura X fluxo: conforme Rocha et al (2002) e Freitas & Rocha (2003). - Amplitude da temperatura do solo - 12,0 ºC (Variando entre 19,9 ºC e 31,9 º); - Média da Respiração do solo: ~1,75 ± 0,19 μ mol CO2 m-2 s-1. - Máximo: ~3,12 μ mol CO2 m-2 s-1; - Mínima: ~0,98 μ mol CO2 m-2 s-1.

RESULTADOS E DISCUSSÕES

RESULTADOS E DISCUSSÕES

CONCLUSÕES a) O fluxo de CO2 no solo é maior nos períodos mais quentes do dia, diminuindo no período noturno; b) A temperatura do solo não sofreu grandes alterações no período analisado, possivelmente porque não houve ocorrência de chuvas; c) O fluxo de CO2 não sofreu alterações muito bruscas, tendo pouca variação entre os valores máximos e mínimos de respiração; d) O valor médio de respiração do solo em floresta alagável da região ecotonal se aproximou da média encontrada em floresta em Rondônia descrita por Zanchi (2004);

CONCLUSÕES e) Detectou-se uma correlação entre temperatura e respiração do solo nos dados analisados; f) Com o monitoramento da temperatura e da umidade do solo será possível estabelecer relações matemáticas entre estas variáveis, permitindo compreender os mecanismos do fluxo de CO2 em áreas de ecótonos alagáveis e em pastagens.

Universidade Federal do Tocantins AGRADECIMENTOS Universidade Federal do Tocantins

REFERÊNCIAS DAVIDSON, E. A.; BELK, E.; BOONE, R. D. Soil water content and temperature as independent or confounded factors controlling soil respiration in a temperate mixed hardwood forest. Global Change Biology, v. 4, p. 217-227, 1998. FEARNSIDE, P.M. Brasil’s Amazon and the global carbon problem. Interciencia, v. 10, n. 4, p. 179-186, 1985. FREITAS, H.C., ROCHA, H. R. Variabilidade sazonal do fluxo de CO2 do solo sobre floresta tropical e pastagem em Rondônia. Departamento de Ciências Atmosféricas, Instituto Astronômico e Geofísico. São Paulo:USP, 2003. GOLDSTEN, A H.; HUTMAN, J.M.; FRACHEBOUND, M.R.; BAUER, J.M.; PANEK, M.; XU, Y.; QI, A.B.; GUENTHER, J.; BAUGH: Effect of climate variability on the carbon dioxide, water and sensible heat fluxes above a ponderosa pine plantation in the Sierra Nevada (CA). Agric. For. Meteorol., v.103, p.113-129, 2000. LUGO, A.E.; BROWN, S. Brasil Amazon forest and the global carbon problem. Interciencia, v.11, n.2, p. 57-58, 1986.

REFERÊNCIAS RAYMENT, M. B.; JARVIS, P.G. An improved open chamber system for measuring soil CO2 effluxes of a boreal black spruce forest. Journal of Geophysical Research, 102: 28779-28784, 1997. REZENDE, D.; ROCHA, H. R. Estudos dos mecanismos de trocas de energia e ciclo do carbono na Ilha do Bananal. Disponível em < http://lba.cptec.inpe.br/lba/port/documentos/ projetos/CD-402p.pdf >. Acesso em 16 Jan. 2004. ROCHA, H. R.; FREITAS, H. C.; ROSOLEM, R.; JUAREZ, R. I. N.; TANNUS, R. N.; LIGO, M. A.; CABRAL, O. M. R.; DIAS, M. A. F. S. Medidas de fluxos de CO2 em um Cerrado Sensu stricto no sudeste do Brasil. Biota Neotropica 2, n. 1, 2002. TOCANTINS. Secretaria do Planejamento e Meio Ambiente. Diretoria de Zoneamento Ecológico-Econômico. Atlas do Tocantins: Subsídios ao planejamento da gestão territorial. Palmas, 2002. ZANCHI, F. B. Medição do efluxo de CO2 do solo com câmaras automáticas sobre floresta em Rondônia. 2004. 58 f. Dissertação (Mestrado em meteorologia) – Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas, Universidade de São Paulo.