IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO DE QUALIDADE DO AR OCD (OFFSHORE AND COASTAL DISPERSION MODEL) PARA A BACIA DE CAMPOS - RJ Lúcio SILVA DE SOUZA PRH-02 Laboratório.

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Movimentos Estacionários no Oceano
Advertisements

Figura 3 – Exemplo de planta modelada no software HYSYS
MADEIRA ENERGÉTICA BNDES Rio de Janeiro, 29 de maio de 2007 Mudança do Clima Luiz Gylvan Meira Filho Pesquisador Visitante Instituto de Estudos Avançados.
Complexo convectivo de Mesoescala (CCM) no Brasil
Geada e friagem A geada é o processo de passagem da água no estado gasoso para o sólido sem passar pela fase líquida (sublimação). A geada não é congelamento.
TRATAMENTO DE RESÍDUOS SÓLIDOS E GASOSOS.
MODELOS CONCEITUAIS DE SISTEMAS DE PRECIPITAÇÃO
Abordagem: Situação atual: fontes de emissões e qualidade do ar Aspectos favoráveis dos Decretos Expectativas de mudanças com as políticas ambientais baseadas.
Geoestatística Aplicada à Agricultura de Precisão II
CAPÍTULO Equações dinâmicas de um robô
Análises Meteorólogicas
Clima Urbano Meio urbano:
AGRADECIMENTOS: MOTIVAÇÃO: As técnicas de controle avançado, como o Controle Preditivo (CP), são cada vez mais utilizadas na indústria de petróleo devido.
Simulação de Sistemas Prof. MSc Sofia Mara de Souza AULA2.
PHD 5729 SIMULAÇÃO HIDROLÓGICA
CLIMATOLOGIA.
AULA TÉCNICA INSTRUTOR: SCOPINO. SCOPINO TREINAMENTOS AULA SOBRE ELÉTRICA E ELETRÔNICA TEMA DE HOJE: ANÁLISE DE GASES PARTE 14 – CONSIDERAÇÕES.
A variação de temperatura da atmosfera com a altitude, é dada pela constante l Para atmosfera padrão o valor de l é de 6,5 oK/km, para z  11km, To = 288,15.
ENERGIA E MEIO AMBIENTE
CORRENTES OCEÂNICAS E MASSAS DE ÁGUA
Ventos Disciplina: Fundamentos de Meteorologia – EAM 10
Eventos Extremos de Precipitação sobre o Leste do Brasil
“Aplicação de Técnicas Analíticas no Estudo Geoquímico de Misturas de Óleos Biodegradados e Não-Biodegradados” Elizandra Cananéa de Sá Luiz Landau, D.Sc.
IMPACTO DA CIRCULAÇÃO OCEÂNICA DE GRANDE ESCALA NA MODELAGEM DE DISPERSÃO DE ÓLEO EM ESCALA DE BACIA. Autores: Luiz Paulo de Freitas Assad Orientadores:
FRENTES E FRONTOGÊNESES
DISPERSÃO DE POLUENTES
TÉCNICAS PARA O GERENCIAMENTO DE RISCOS
ANÁLISE DE UM SISTEMA MULTI-ELETRODOS EM PROCESSOS ELETROQUÍMICOS Vinicius Flores Resumo A utilização de multi-eletrodos no estudo de processos eletroquímicos.
América Murguía Espinosa Taciana Toledo de Almeida Albuquerque
TEORIA CINÉTICA DOS GASES Moléculas que colidem com a parede é
CIRCULAÇÃO TERMOHALINA
Aquecimento Global Trabalho elaborado por: António Amaro nº 3 8ºA
LEVANTAMENTO DE ASPECTOS E IMPACTOS AMBIENTAIS
André Kuyumjian Lane Mauricio satoshi karasawa Tamashiro
POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA.
Métodos de controle da poluição atmosférica
Estabilidade e instabilidade da atmosfera
climatologia Fatores climáticos: o que interfere no clima de um lugar
Prof. Jefferson O Clima.
Cristiane Martins Simulação de Escoamentos Reativos AC 290.
SIMULAÇÃO E MONITORAÇÃO DE FORNOS CERÂMICOS A ROLOS COM O OBJETIVO DE MELHORAR O DESEMPENHO ENERGÉTICO Eng . Tales Gottlieb Jahn Prof. Vicente de Paulo.
Fabio Luiz Teixeira Gonçalves
Mariana Palagano Rachel Albrecht. 1) Introdução Modelos unidimensionais de nuvem: –simples –baixo custo computacional –diversas aplicações (estudo de.
XVI Reunião do CCI do LBA – Manaus 4-6/11/2004 Torre de São Gabriel da Cachoeira Trabalho de seleção do sítio experimental Antonio Nobre – INPA Arnaldo.
Banco de dados do projeto MilênioLBA Análise, tratamento e disponibilização O uso da informática é fundamental para o desenvolvimento dos projetos de pesquisas.
Denis A. F. de Souza1, Alvaro L. G. A. Coutinho2, José L. D. Alves1
AGRADECIMENTOS: MOTIVAÇÃO: Atualmente, aproximadamente 70% da produção nacional de óleo é proveniente de poços operados por injeção contínua de gás (gas-lift).
Atmosfera, clima e tempo.
FATORES CLIMÁTICOS.
Química Ambiental Atmosférica
O ambiente é de todos – vamos usar bem a energia
Professora Michelle Luz
START UP DE CALDEIRAS A Caldeira pode ser operada sob controle manual ou por controle automático, desde que a Caldeira esteja operando dentro da faixa.
Modelos Hidrológicos EHD222 - Modelagem Hidrológica Aplicada
Teoria Quase-Geostrófica
TÉCNICAS DE ESTIMATIVAS
DISPERSÃO DE POLUENTES-
CONCEITOS BÁSICOS DE METEOROLOGIA
Profa. Renata Medici. DEFINIR ATMOSFERA  Camada gasosa de espessura muito fina que envolve a Terra, sendo fundamental para a manutenção da vida na superfície.
MONITORAMENTO QUALIDADE DO AR
DISPERSÃO DE POLUENTES- CARACTERÍSTICAS FONTES EMISSORAS
DISPERSÃO DE POLUENTES- PLUMAS
Simulações Numéricas de Escoamentos Atmosféricos: Circulação sobre uma clareira em uma floresta Otávio C. Acevedo Laboratório de Física da Atmosfera -
Sistema climático global
Gustavo Camargo da Silva Igor Raineri Nunes João Pedro Cabral
Projeto TGYDGL09 LABORATÓRIO DE DIAGNÓSTICO RÁPIDO IMPLANTÁVEL MOBIOCHEM Ltd.
3ª CONFERÊNCIA - EGA FONTES DE ENERGIA
Geração e distribuição de energia elétrica
AVALIAÇÃO DOS DADOS DE PRECIPITAÇÃO DO SATÉLITE TRMM PARA A BACIA DE CONTRIBUIÇÃO DA UHE ITUMBIARA (GO) Alunos: Marcelo Pedroso Curtarelli,
Atualizações no modelo numérico de mudança climática Eta da representação da cobertura da terra no Nordeste do Brasil Padrões e Processos em Dinâmica de.
Transcrição da apresentação:

IMPLEMENTAÇÃO DO MODELO DE QUALIDADE DO AR OCD (OFFSHORE AND COASTAL DISPERSION MODEL) PARA A BACIA DE CAMPOS - RJ Lúcio SILVA DE SOUZA PRH-02 Laboratório de Métodos Computacionais em Engenharia – LAMCE Ciências Atmosféricas em Engenharia Programa de Engenharia Civil – PEC/COPPE Núcleo Computacional de Estudos da Qualidade do Ar – NCQar Laboratório de Modelagem de Processos Marinhos e Atmosféricos - LAMMA Departamento de Meteorologia – IGEO/UFRJ

MOTIVAÇÃO Os processos de licenciamento ambiental Exigidos pelo IBAMA estão mais focados nas seguintes questões (Base EIARIMA FPSO P50, Complexo PDET e FPSO ESPADARTE: - derramamento de óleo no mar; - controle do descarte de lama e fluidos de perfuração; - planos de emergência e contingência para acidentes de operação e vazamentos; - tratamento de efluentes; - procedimentos de controle das operações rotineiras das plataformas de produção. Pergunta: E a questão da contaminação atmosférica? Resposta: impacto direto, negativo, local, permanente, irreversível, fraco e imediato. Mitigação : Manutenção e operação adequada do Queimador.

OBJETIVOS  IMPLEMENTAR E ADEQUAR O MODELO DE GAUSSIANO OFFSHORE AND COASTAL DISPERSION MODEL – OCD NO ESTUDO DA DISPERSÃO DE POLUENTES ATMOSFÉRICOS GERADOS EM REGIÕES COSTEIRAS DO BRASIL, MAIS ESPECIFICAMENTE AQUELES POLUENTES ORIUNDOS DAS ATIVIDADES DE EXPLORAÇÃO E PRODUÇÃO DE PETRÓLEO NAS BACIAS PETROLÍFERAS OFFSHORE DO BRASIL;  Análise de sensibilidade ao modelo OCD;  Utilizar o modelo MM5

INVENTÁRIO DE EMISSÕES   O projeto foi dividido nas seguintes etapas: 1a – Mais importante  desenvolvimento do IE ; 2a – Verificação de violação para SO 2 e NO 2 e determinação das freqüências; 3a – Seleção de um episódio de modelagem da QAR em concordância com as modelagens meteorológicas; 4a - Estabelecimento da relação fonte – receptor.

 IE - CONCLUSÕES  Principal fonte de emissão: - Queimadores  80 % das emissões atmosféricas  Gases emitidos: - hidrocarbonetos não queimados (HC); - óxidos nitrosos (NOx); - dióxido de enxofre (SO 2 ); - monóxido de carbono (CO); - ácido sulfídrico (H 2 S) e - material particulado (MP).  Hidrocarbonetos e SO 2 são os mais emitidos.

Dados Meteorológicos sobre o Oceano direção do vento; velocidade do vento (u); altura da camada de mistura (z i ); umidade relativa (RH); temperatura do ar (T a ); temperatura da superfície do mar (T s ); cisalhamento vertical da direção do vento; gradiente vertical de temperatura potencial (dθ/dz) e; componentes das intensidades turbulentas, i y e i z.

Dados Meteorológicos sobre o Continente Classe de estabilidade de pasquill; velocidade do vento; temperatura do ar; direção do vento; estimar a intensidade horizontal da turbulência (σ y ) e intensidade vertical da turbulência (σ z );

Dados dos Receptores Coordenadas x e y do receptor (unidades do usuário); Altura do receptor acima do nível médio do solo (ou acima da superfície da água, caso o receptor esteja sobre o oceano); Elevação do receptor em relação ao nível do solo acima da superfície aquosa (esse valor é necessário somente para aplicações que utilizam a opção do ajuste do terreno); inclinação local do receptor; elevação da base da inclinação acima da superfície da água.

MODELO MM5 - MÓDULO TERRAIN ; configuração das grades em mesoescala e pela geração de arquivos de entrada para os módulos seguintes - MÓDULO REGRID ; estimar os dados meteorológicos em uma grade regular, em diversos níveis de pressão - MÓDULO RAWINS ; fazer uma adaptação das análises meteorológicas iniciais, provenientes do módulo REGRID - MÓDULO INTERPF; última interpolação ou conversão dos dados antes da execução do modelo - MÓDULO MM5  Resolve as equações

PARAMETRIZAÇÕES FÍSICAS DO MODELO MM5  Modelo de fechamento para os fluxos turbulentos horizontais.  Parametrização da física da precipitação de GRELL  baseada na desestabilização, esquema de nuvem- simples com fluxos ascendentes e descendentes compensando o movimento;  Parametrizações para temperatura, fluxos de calor na superfície e fluxos de umidade a partir da TS + dados observados de SFC;  Parametrização dos fluxos turbulentos verticais, também determinados da TS + dados Observados de SFC;  Parametrização da radiação atmosférica com modelo de onda longa (infravermelho) e um modelo de onda curta.

CONFIGURAÇÃO MM5 Esquema de aninhamento de Grades do MM5

IDENTIFICAÇÃO DO PERÍODO DO ESTUDO Fonte: CENPES - PETROBRAS

COMPARAÇÕES ESTATÍSTICAS MM5 Erro quadrático médio normalizado: Desvio modelados e observados. Zero  ótimo desempenho; Coeficiente de correlação: grau de associação  um é valor ideal; Fator de dois: tendência do modelo sobreestimar ou subestimar os parâmetros estimados  O valor ótimo é um; Desvio fracional: tendência do modelo de prognóstico de subestimar ou sobreestimar o valor observado 5  Zero é o valor ótimo; Desvio fracional padrão: a tendência do modelo de prognóstico de subestimar ou sobreestimar o valor observado  O valor ótimo é zero.

RESULTADOS DAS COMPARAÇÕES - MM5 JULHO: NOVEMBRO:

Gráfico de dispersão para a velocidade do vento – Julho (2002)

Comparação da direção do vento - Julho (2002)

Gráfico de dispersão para a velocidade do vento – Novembro (2002)

Comparação direção do vento - novembro (2002)

CAMPO DE VENTO MM5 – 04/07/2002 Evolução do Campo de Vento (a) 00 HL; (b) 03 HL; (c) 06 HL; (d) 09 HL

ANÁLISE DE SENSIBILIDADE - PARÂMETROS DE EMISSÃO A alteração na taxa de emissão (*2 e /2) não produziu alteração no campo de concentração previsto pelo OCD; O incremento de 5 K não produziu alteração nos campos calculados; A alteração velocidade de saída (*2 e /2) também não produziu alteração na concentração prevista.

ALTERAÇÃO DOS PARÂMETROS METEOROLÓGICOS Classe de Estabilidade Onshore e Offshore; Altura de Camada de Mistura Onshore e Offshore.

RESULTADOS PARA O BRASIL O modelo OCD foi integrado para o Brasil em dois períodos: - 03 e 04 de julho e 07 e 08 de novembro de Esquema de três simulações distintas: - 1ª simulação – direção e velocidade do vento na região offshore dados observados disponibilizados pelo CENPES/PETROBRAS; - 2ª simulação – utilizando o vento simulado para a região offshore fornecido pelo modelo MM5 e - 3ª simulação – utilizando a parametrização do modelo OCD para o vento offshore conforme a formulação proposta por HSU (1981);

RESULTADOS PARA O BRASIL Concentração média (  g/m 3 ) 03/07/ horas – 1ª simulação

Concentração média (  g/m 3 ) 03/07/ horas – 2ª simulação

Concentração média (  g/m 3 ) 03/07/ horas – 3ª simulação

Concentração média (  g/m 3 ) 07/11/ horas – 1ª simulação

Concentração média (  g/m 3 ) 07/11/ horas – 2ª simulação

Concentração média (  g/m 3 ) 07/11/ horas – 3ª simulação

Concentração média (  g/m 3 ) para mais plataformas de produção

Pioneiramente o modelo OCD foi implementado para a região da Bacia de Campos (RJ); A carência de dados meteorológicos conduziu a utilização do modelo MM5; A carência de dados de emissão conduziu ao estudo do IMP; Este trabalho não teve o propósito de investigar os tipos de parametrização utilizados no modelo MM5; Os resultados do MM5 apresentaram boa concordância com os dados observados para velocidade do vento  CORR Julho (77%) e Novembro (84%); Para o campo de vento foram identificadas perturbações próximas a linha da costa que podem estar associadas a efeitos locais (brisa); CONCLUSÕES

A alteração na taxa de emissão, temperatura e velocidade de saída do gás não produziu modificações nas concentrações previstas pelo OCD; A maior influência no cálculo das concentrações pelo OCD foi a Classe de Estabilidade de Pasquill e altura da Camada de Mistura Offshore; Para a BC: os valores de concentração calculados para o SO 2 sempre estiveram abaixo do padrão estabelecido pelo CONAMA (320 μg/m 3 ) e pela OMS (120 μg/m 3 ); Considerando 3 plataformas as simulações indicaram para o mês de junho que ocorre um transporte de poluentes atmosféricos para o continente; Comportamento não observado para o mês de novembro (ventos Sul); Para as simulações do mês de julho 1a e 2a simulações concordando. Alteração uso da parametrização de vento offshore do modelo OCD; Para novembro boa concordância para as 3 simulações;

Uma avaliação do desempenho do modelo OCD necessita de dados reais de emissão e dados observados de monitoramento da qualidade do ar da região ; Este estudo demanda um Inventário de emissões (custo elevado); Baixo custo operacional da utilização do modelo OCD modelo gratuito exige sistemas operacionais bastante adequados à realidade do Brasil; As plataformas de produção são unidades emissoras de hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio contribuem para a formação de ozônio troposférico; Etapas futuras deste trabalho: - Adequação mais realística do modelo OCD; - Implementação do sistema MM5 - CALMET – CALPUFF – CALGRID para a BC;