A LUTA CONTRA A LEPTOSPIROSE

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Transcrição da apresentação:

A LUTA CONTRA A LEPTOSPIROSE SÃO PAULO A LUTA CONTRA A LEPTOSPIROSE

É UMA DOENÇA CAUSADA POR BACTÉRIA Leptospira interrogans INTRODUÇÃO LEPTOSPIROSE É UMA DOENÇA CAUSADA POR BACTÉRIA O espiroqueta Leptospira interrogans

O QUE SÃO BACTÉRIAS ESPIROQUETAS? Leptospira interrogans São bactérias em forma de saca-rolhas que tendem a mover-se com um movimento ondulante semelhante ao de uma hélice. As principais espécies dos espiroquetas incluem: a Leptospira, o Treponema, a Borrelia e o Spirillum. Leptospira interrogans Treponema pallidum Borrelia burgdorferi Spirillum minus

DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS ESPIROQUETAS LEPTOSPIROSE Doença infecciosa aguda causada pela bactéria Leptospira interrogans, transmitida pela urina de ratos. Os surtos ocorrem, principalmente, na época de enchentes, quando a bactéria penetra no organismo através de pequenos ferimentos ou pelas mucosas do nariz ou da boca, provocando insuficiência renal e hepática. 2. SÍFILIS DST (Doenças Sexualmente Transmissíveis ) causada por uma bactéria, Treponema pallidum, que é capaz de infectar qualquer órgão ou tecido. O agente causador da sífilis entra no organismo através de pequenas lesões na pele ou mucosas ou pela corrente sanguínea.

DOENÇA DE LYME Descoberta nos Estados Unidos há mais de 15 anos, ainda é pouco conhecida no Brasil. Pode se tornar problema de saúde pública em futuro próximo pois já existem casos recentemente confirmados na região da Grande São Paulo. O camundongo, o coelho, o lagarto, o veado e outros animais silvestres representam o foco natural da doença. Outros animais como o cão, o gato e os pássaros podem carregar o carrapato infestado pela bactéria Borrelia burgdorferi que causa a doença. A transmissão ocorre pela picada de carrapatos, que transportam a bactéria do animal doente para outros animais e para o homem. SODUKU Variedade de febre da mordedura do rato. É causada pelo espiroqueta Spirillum minus. Esta infecção é freqüente na Ásia.

A LEPTOSPIROSE NO ESTADO DE SÃO PAULO Atinge áreas urbanas e rurais de todas as regiões do Estado de São Paulo, predominando no Município de São Paulo, Municípios das regiões da Grande São Paulo, Baixada Santista, Campinas, Sorocaba e Piracicaba. Ocorre geralmente, de forma endêmica (endemia - local) por exposição da população a uma fonte comum de infecção, por exemplo, as inundações na época das chuvas.

Lâmina com Leptospira interrogans No Estado de São Paulo e em outras regiões do Brasil, a Leptospirose, reflete principalmente a baixa qualidade de vida da população e apresenta nítida variação sazonal (determinada estação do ano) ocorrendo maior número de casos nos meses do verão e acometendo populações residentes em áreas de risco, onde há falta de saneamento básico, precárias condições de habitação e presença de lixo e córregos assoreados, propiciando o aumento da população de ratos e o contato das pessoas com água ou lama de enchentes contaminadas pela urina do roedor.

AGENTE ETIOLÓGICO Bactéria do gênero Leptospira (Leptospira interrogans), microrganismo helicoidal (espiroqueta), aeróbio (necessita de oxigênio) obrigatório. Sobrevive em ambientes úmidos (lama e água com temperatura em torno de 27°C) quando desprovido de cloreto de sódio e não resiste à dessecação (quando o local fica seco); desenvolve-se idealmente em pH alcalino (básico - não ácido) e é pouco resistente ao calor. Experimentalmente já foi constatada persistência de leptospiras viáveis em água por até 180 dias. É sensível aos ácidos, álcalis e ao hipoclorito de sódio.

FONTE DE INFECÇÃO E RESERVATÓRIO A Leptospirose está associada a algumas atividades profissionais como trabalhadores de serviços de água e esgoto, lixeiros, tratadores de animais, plantadores de arroz, cortadores de cana-de-açúcar, entre outras.

Leptospira interrogans Todos os animais doentes ou infectados podem ser fontes de infecção; pois eliminam a bactéria no meio ambiente por via urinária. No entanto, os roedores comensais desempenham o papel de principais reservatórios da doença; sua infecção é benigna albergando as leptospiras nos rins que, devido à alcalinidade de sua urina; são eliminadas vivas no meio ambiente, contaminando água, solo e alimentos. Em relação aos roedores, nas áreas urbanas, a espécie Rattus norvegicus (ratazana ou rato de esgoto) é considerada o principal transmissor da leptospirose para o homem, porém o camundongo e outras espécies também podem desempenhar o papel de transmissor. Leptospira interrogans

Os seres humanos são apenas hospedeiros acidentais, pouco eficientes na perpetuação da doença. A doença também ocorre em outros animais mamíferos, domésticos e silvestres (cães, porcos, vacas, carneiros, cavalos, veados, etc.). Aves, ofídios e anfíbios alojam ocasionalmente leptospiras patogênicas (que produz doença), embora sua importância epidemiológica ainda não tenha sido estabelecida.

DISTRIBUIÇÃO NO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO MORBIDADE E LETALIDADE Por ser o município mais populoso e ter todas as condições estruturais para  ocorrência da Leptospirose, São Paulo é o município do Estado que anualmente tem o maior número de casos confirmados dessa doença. Nos últimos 10 anos (período de 1995 a 2004), vem apresentando coeficientes de incidência que variaram de 1,88 / 100 mil habitantes em 1997 a 4,58 em 1995 e taxas de letalidade que variaram de 7,64% em 1995 a 17,96% em 2002.

SINTOMAS E DIAGNÓSTICO Geralmente, os sintomas manifestam-se 2 a 20 dias após a infecção pela bactéria Leptospira. A doença inicia de modo abrupto com febre, cefaléia, dores musculares intensas e calafrios. Sintomas pulmonares (incluindo a expectoração sanguinolenta) ocorrem em 10 a 15% dos indivíduos infectados. Os episódios de calafrios e febre, a qual freqüentemente atinge 39 °C, continuam por 4 a 9 dias. A conjuntivite ocorre no terceiro ou quarto dia. A febre desaparece por alguns dias, mas reaparece juntamente com outros sintomas entre o sexto e décimo-segundo dia. Nesse período, o indivíduo normalmente apresenta meningite (inflamação do revestimento do cérebro), a qual acarreta rigidez do pescoço, cefaléia e, algumas vezes, estupor e coma. Entretanto, esses sintomas não são decorrentes da meningite, mas da inflamação causada pelos efeitos tóxicos decorrentes das tentativas do organismo para destruir as bactérias. Uma mulher grávida com leptospirose pode abortar.

Comprometimento renal Leptospira interrogans A Síndrome de Weil é uma forma grave de leptospirose que causa febre contínua, estupor e uma menor capacidade de coagulação do sangue, a qual acarreta hemorragias no interior dos tecidos. Esta síndrome começa da mesma maneira que as formas menos graves da leptospirose. Os exames de sangue revelam anemia e, em torno do terceiro ao sexto dia, surgem sinais de comprometimento renal e hepático. As alterações renais podem causar dor à micção ou a presença de sangue na urina. A lesão hepática tende a ser discreta e, geralmente, ela cura completamente. O médico pode confirmar o diagnóstico de leptospirose através da identificação da bactéria em culturas de amostras de sangue, de urina ou de líquido cefalorraquidiano, ou, mais comumente, através da detecção de anticorpos contra a bactéria no sangue. Comprometimento renal Leptospira interrogans

PROGNÓSTICO E TRATAMENTO Contaminação via riachos urbanos Olhos amarelados Contaminação via riachos urbanos Os indivíduos infectados que não apresentam icterícia, normalmente recuperam-se. A icterícia indica a existência de lesão hepática e aumenta a taxa de mortalidade para 10% ou mais em indivíduos com mais de 60 anos de idade.

O antibiótico doxiciclina pode evitar a doença durante uma epidemia O antibiótico doxiciclina pode evitar a doença durante uma epidemia. A penicilina, a ampicilina ou antibióticos similares são administrados para tratar a doença. Nos casos graves, os antibióticos podem ser administrados pela via intravenosa. Não é necessário isolar os indivíduos com a doença, mas devem ser tomadas precauções durante a manipulação e a eliminação de sua urina.

BIBLIOGRAFIA UNINOVE - Centro Universitário Nove de Julho http://www.virtual.epm.br/material/tis/curr-bio/trab2001/grupo3/sifilis.htm http://www.msd-brazil.com/msd43/m_manual/mm_sec17_179.htm http://www.cientic.com/base_entra.html http://biology.kenyon.edu/Microbial_Biorealm/ http://biology.northwestcollege.edu/biology/b1010lab/bactypes.htm http://www2.inf.furb.br/sias/parasita/Textos/mordida_rato.htm http://www.manualmerck.net/?url=/artigos/%3Fid%3D205%26cn%3D1690%26ss%3D http://www.saudeanimal.com.br/doenca_lyne.htm UNINOVE - Centro Universitário Nove de Julho IPA-I / Ciências Biológicas / Data: 05/05/06 ALUNO: LAILTON JOSÉ SANTOS DE ARAÚJO - RA 906110009 E-MAIL: lailtonaraujo@ig.com.br