O PERÍODO ENTRE GUERRAS

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Definição: tipo de governo característico de alguns países no período entre guerras (1918 – 1939). Onde? Principalmente ITA, ALE, POR e ESP. Características.
Transcrição da apresentação:

O PERÍODO ENTRE GUERRAS REGIMES TOTALITÁRIOS Profª. – Fatima Ap. de Freitas ROCHEDO-MS

REGIMES TOTALITÁRIOS Definição: Forma de governo com Estado forte, total, no qual todas as atividades econômicas, sociais, políticas, religiosas e culturais encontram-se sob a direção de um partido ou chefe. Nele o poder central tem autoridade praticamente absoluta. Esse tipo de Estado difundiu-se na Europa no período entre guerras na Itália, Alemanha, Portugal e Espanha.

CARACTERÍSTICAS BÁSICAS Nacionalismo extremado (xenófobo). Totalitarismo. Militarismo. Anticomunismo. Eliminação da oposição. Unipartidarismo. Culto ao líder. Propaganda governamental. Educação dirigida. Corporativismo (Fascismo). Racismo (Nazismo). Expansionismo territorial (Nazismo).

CAUSAS GERAIS Crise de 29 Crescimento dos partidos socialistas (medo da burguesia no pós Revolução Russa) Revanchismo.

Lema: “Crer, Obedecer e Combater” O FASCISMO ITALIANO Lema: “Crer, Obedecer e Combater” MUSSOLINI Itália pós-1ª Guerra Mundial: Monarquia parlamentar com vários problemas, entre eles dívidas, desemprego e inflação. Crescimento dos grupos socialistas nas eleições. Surgimento dos “Fascio de Combate” (1919): fardadas de preto, tendo o apelido de “Camisas Negras”. Eram apoiados e financiados por grupos burgueses.

1921: Mussolini funda o Partido Nacional Fascista. 1922: Mussolini organiza a Marcha sobre Roma e toma o poder com 50 mil fascistas, com o apoio da burguesia industrial, foi nomeado !º. Ministro pelo rei Vítor Emanuel III “Duce”. 1929: Acordo entre Mussolini e o papa assinando o Tratado de Latrão . Criação do Estado do Vaticano Perseguição de opositores (especialmente comunistas), Fechamento de partidos Controle do ensino e comunicações, ênfase no patriotismo e treinamento físico, criação de obras públicas e incentivo a agricultura. 1936: invasão da Etiópia a Liga das Nações protestaram contra a invasão, e a entidade impôs sanções às transições comerciais da Itália, mas nada disso deteve o regime fascista.

Trecho de um documento em que Mussolini expõe alguns princípios do fascismo: O fascismo não acredita na possibilidade nem na utilidade de uma paz permanente. Somente a guerra exige, ao máximo, as energias humanas e imprime um sinal de nobreza aos povos. Para os fascistas, a vida é combate incessante. O essencial do fascismo é sua concepção de Estado. Tudo no Estado. Nada contra o Estado. Nada fora do Estado. Se o liberalismo significa indiví­duo, o fascismo significa Estado. Para nós, fascistas, o indivíduo está subordi­nado às necessidades do Estado. O fascismo luta para que o Estado seja forte, organizado e tenha, ao mesmo tempo, uma grande base popular. O fascismo não é apenas fundador de instituições. É também educador. Pretende reconstruir o homem, seu caráter, sua fé. Para atingir esse objetivo, o fascismo conta com autoridade e disci­plina capazes de penetrar no espírito das pessoas e aí reinar compíetamente.

GOVERNO DE MUSSOLINI – 1ª. FASE Na primeira fase de seu governo (1922-1924), Mussolini organizou milícias (tropas) fascistas, que amedrontavam os políti­cos de oposição, com uma série de atentados terroristas contra eles, inclusive. Preocupou-se, também, em controlar a imprensa (decreto 3288, de 1923). As duas principais características de seu governo foram o nacionalismo extremado e a construção de um Estado autoritário.

Na segunda fase de seu governo (1925-1939), Mussolini já tinha reunido poder suficiente para implantar a ditadura fascista na Itália. Tornou-se o chefe supremo do Estado, sendo conhecido como Duce, que significa, em italiano, “aquele que dirige.” Com ações violentas, Mussolini reprimiu os protestos sociais dos trabalhadores e interveio diretamente nas relações entre patrões e empregados, por meio da Carta del Lavoro (Carta do Trabalho, de 1927). Leia, a seguir, alguns trechos dessa Carta:  

“O governo fascista preocupa­va-se com a educação pública como meio de impor sua doutrina à sociedade. O ideal básico da educação fascista era submeter o indivíduo à total obediência ao Estado. Crer, obedecer e combater" era um dos lemas da educação fascista. À medida que o fascismo foi se aprofundando como regime de governo, ampliou-se o processo de transformação das instituições educacionais. Isso incluiu, por exemplo, o lançamento de um livro didático único para as classes elementares (1929) e a militarização da vida escolar. Além da escola, os militantes fascistas criaram associações para jovens, que promoviam festas, competições esportivas, desfiles oaramilitares. Em todas essas ocasiões o objetivo era exaltar o respeito às autoridades fascistas e sua Doutrina social”.  

O nazismo alemão Alemanha pós 1ª-Guerra Mundial: República de Weimar (parlamentar). Tratado de Versalhes. Dívidas de guerra. Necessidade de reconstrução. Crise econômica. Fome, miséria, desemprego (6 milhões). Hiperinflação (chegando a 32.400% ao mês!). Crescimento dos grupos socialistas nas eleições. 1919: surgimento do PNSTA (NAZI): Grupo semelhante aos fascistas da Itália. Adolf Hitler HITLER

ASCENSÃO DE HITLER Nasceu na Áustria em 1889, alistou-se como voluntário no exército alemão, após não conseguir seus objetivos como artista. Participou da I Guerra, foi ferido e condecorado com a medalha “Cruz de Ferro” Em 1919, em Munique filiou-se ao Partido dos Trabalhadores Alemães, rebatizado em 1920 como NAZI, de onde deriva o termo Nazismo.

A DOUTRINA NAZISTA Em 1923, os nazistas tentaram promover um golpe militar para derrubar o governo alemão. O golpe fracassou e Hitler foi condenado à prisão de Leandsberg, onde permaneceu preso por oito meses. Enquanto estava detido escreveu a primeira parte do livro Mein Kampf (Minha luta), que se tornou a obra fundamental do nazismo. Nesse livro foram expostas as bases da doutrina nazista – um conjunto de ideias autoritárias e pseudocientíficas. Vejamos algumas delas:

A superioridade da raça ariana - Hitler afirmava que o povo alemão descendia de uma "raça superior" (os arianos) e, por isso, tinha o direito de dominar as “raças inferiores" (judeus, eslavos etc.). O anti-semitIsmo — Hitler decla­rava que os judeus (semitas) faziam parte de uma "raça inferior", sendo capazes de corromper e destruir a "pureza" alemã. Os casamentos entre judeus e alemães deveriam ser proibidos, e os judeus, aniquilados. O total fortalecimento do Estado — Hitler defendia a total submissão do indiví­duo à autoridade soberana do Estado, personificado na figura do Fuhrer (chefe). O expansIonismo — Hitler afirmava que o povo ale­mão tinha o direito de con­quistar seu espaço vital, expandindo militarmente seu território para reunir as comunidades alemãs.

1932: Com a crise de 29, os nazistas se fortalecem, e conquistam 1/3 do parlamento alemão (Reichstag). 1933: Hitler é nomeado 1º ministro. 1934: Hitler é nomeado “Führer” (guia do povo) e proclama o 3º Reich (Império). O Reichstag é incendiado pelos nazistas – pretexto para seu fechamento bem como o cancelamento de eleições e todos os partidos políticos. A culpa é atribuída aos comunistas que são severamente perseguidos, presos e mortos;

A propaganda nazista era conduzida por joseph Coebbels, titular do Ministério da Educação do Povo e da Propaganda, que exercia severo controle sobre as instituições educacionais e sobre os meios de comunicação. Utilizando métodos desonestos e sensacionalistas para divulgar a doutrina nazista, Goebbels tinha o seguinte lema: "Uma mentira dita cem vezes torna-se verdade". No uso da violência contra os adversários políticos destacou-se a Gestapo (Polícia Secreta do Estado), que tinha poderes para prender e executar os suspeitos de deslealda­de ao governo nazista. Esmagando as oposições, em dezembro de 1933, o Partido Nazista tornou-se o único partido do Estado alemão. Posteriormente, com a morte de Hindenburg, em agosto de 1934, o chanceler * Hitler assumiu também a presidência do país, tornando-se, então, o chefe absoluto da Alemanha.

O governo de Hitler procurou exercer rígido controle sobre diversos setores da sociedade alemã. Além da censura política, buscou impor os padrões e as ideias nazistas às artes plásticas, à música, à literatura e até mesmo à pesquisa científica. No plano econômico, dedicou-se à reabilitação do país, estimulando a agricultura e a industrialização, principalmente na área de armamentos. Desrespeitando as proibições do Tratado de Versalhes, o governo nazista passou a militarizar rapidamente o país.  

1935: Leis de Nuremberg restrição da cidadania e direitos aos judeus. Proibição de casamentos entre judeus e não judeus. 1938: Noite dos cristais 5700 estabelecimentos judaicos (entre eles 267 sinagogas) depredados, como num prenúncio do posterior holocausto.

IMAGENS DO ANTI-SEMITISMO ALEMÃO Alemães: não comprem de judeus NOITE DOS CRISTAIS “Sou uma porca. Dormi com um judeu” Fora judeus

DIFUSÃO DO TOTALITARISMO As doutrinas totalitárias de inspiração nazi-fascista tiveram repercussão em diversas partes do mundo. Foi o caso da Espanha, de Portugal e do Brasil.

ESPANHA: A DITADURA DE FRANCO Na Espanha, o general Francisco Franco (1892 – 1975 ), apoiado pelos proprietários de terras, pelo alto clero e por setores do exército, reuniu forças para lutar contra a república espanhola, instalada em 1931, teve início em 1936 uma sangrenta guerra civil, que contou com o apoio de Hitler, dando auxílio militar,inclusive testando novas armas nesta guerra, que terminou em 1939 com a vitória das tropas franquistas.

Franco impôs, então, uma ditadura totalitária, sustentada por uma organização política denominada Falange. Os falangistas passaram a exercer um controle autoritário sobre diversos setores da vida social, educação, sindicalismo, meios de comunicação e órgãos de segurança. Esse regime ditatorial, apesar das modificações sofridas ao longo dos anos, foi mantido até 1976. Foi restaurada, então, a monarquia parlamentar, voltando a existir eleições democráticas, disputadas por diversos partidos políticos.

FORÇAS OPONENTES DA GUERRA CIVIL ESPANHOLA BRIGADAS INTERNACIONAIS RESISTÊNCIA REPUBLICANA SATIRIZANDO FRANCO

O FASCISMO ESPANHOL “VARRENDO O LIXO COMUNISTA”, AUXILIADO POR OUTRAS POTÊNCIAS EUROPÉIAS

PORTUGAL: A DITADURA DE SALAZAR. Em Portugal, Antonio de Oliveira Salazar assumiu, em 1932, a presidência do Conselho de Ministros e, a partir de então, conduziu a vida política do país como chefe do governo até 1968. Nesse ano, sofreu um derrame cerebral, sendo substituindo no governo por Marcelo Caetano, ex-ministro das Colônias Portuguesas. Salazar implantou uma ditadura autoritária tendo como base jurídica a Constituição de 1933.

Acabou com a atividade dos diversos partidos políticos portugueses existentes, instituindo a União Nacional como partido único. O movimento dos trabalhadores foi severamente controlado pelo Estado. A democratização política de Portugal desenvolveu-se somente após a morte de Salazar, em 1970, com a Revolução dos Cravos.  

BRASIL: INTEGRALISMO No Brasil, a ideologia nazi-fascista foi assimilada pela Ação Integralista Brasileira, fundada por Plínio Salgado em 1932. Com o apoio dos integralistas, Getúlio Vargas implantou a ditadura do Estado Novo em 1937.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HISTÓRIA GLOBAL – GILBERTO COTRIM HISTÓRIA E VIDA – NELSON E CLAUDINO PILETTI IMAGENS GOOGLE