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Transcrição da apresentação:

Audiência Pública Liberação Comercial Eucalipto geneticamente modificado (H421)   FuturaGene Brasil Tecnologia Ltda.; CQB 325/11; Processo 01200.000202/2014-71; Liberação Comercial/NB-1; Eucalipto geneticamente modificado (H421) para AUMENTO DA PRODUTIVIDADE DE MADEIRA com vistas ao livre uso no meio ambiente, registro, comércio ou uso industrial e QUALQUER OUTRO USO OU ATIVIDADE RELACIONADO AO EVENTO ou seus subprodutos; Protocolado em 16/01/14; Próton 2029/14; Extrato Prévio nº 3962/14 publicado em 17/02/14;

Direito da sociedade debater, ser informada e PARTICIPAR RESPONSABILIDADE – insuficiência e inadequação dos parâmetros atuais RESPONSABILIDADE SOCIAL E AMBIENTAL Setor Florestal brasileiro, referencia no Mundo VANTAGEM COMPETITIVA, QUE VAI MUITO ALÉM DA EFICIÊNCIA SILVICULTURAL

“À página 43, O gene cel1, inserido no evento H421 do Eucalipto GM, é isolado de outro vegetal, Arabidopsis thaliana (organismo doador), e expressa a enzima 1,4-β-endoglucanase, proteína não tóxica, que apresenta ATIVIDADE SOBRE AS FIBRAS DE CELULOSE DA PAREDE CELULAR, PROMOVENDO O EFEITO DE AUMENTO NA PRODUÇÃO DE MADEIRA DAS ÁRVORES TRANSFORMADAS.” O Evento expressa, ainda, a proteína Neomicina fosfostransferase tipo II (NPTII) defivada da E. coli, que é utilizada durante o processo de transformação genética como marcador de seleção, por conferir às células que receberam o inserto RESITÊNCIA A ANTIBIÓTICOS DO GRUPO AMINOGLICOSÍDEOS (como a canamicina, gentamicina e neomicina)

Duvidas e imprecisões

ANÁLISES ESTATÍSTICAS E APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS Erros ANÁLISES ESTATÍSTICAS E APRESENTAÇÃO DE RESULTADOS Erros ?? ou omissões propositais ??? Pg : 134, 141, 143, 145, etc etc Tabela VI.3. Contagem de grãos de pólen em amostras de mel, 2013. Número de grãos de pólen X 104/mL de mel Tratamento Média DP Área GM 1604,2 (84%) 1352,5 Área convencional 1020,8 (62%) 628,7 Os Coeficientes de Variação calculados (acima de 60%) mostram que a amostragem para as áreas GM e Ñ GM foi muito deficiente, ou a metodologia de análise não foi adequada; também as variações entre os CVs das amostras revelam-se muito díspares.

INCONSISTÊNCIA EXPERIMENTAL Colmeias X Contaminação Na página 17 do Relatório do CDA Eucalyptus consta: “Dificuldades encontradas: A reduzida disponibilidade de tempo entre a liberação final dos recursos financeiros (Out-Dez/2011) e o prazo concedido como prorrogação (Jun/2012) não permitiu que realizássemos a determinação da proporção de proteínas recombinantes e não recombinantes no mel, bem como o estudo sobre o efeito do mel sobre bactérias de flora intestinal. Um segundo experimento semelhante para a coleta de amostras de mel foi estabelecido no verão 2011/2012, com colmeias instaladas na área de experimentação, a 1.000 m e a 85 km. No entanto, a floração da árvores de Eucalyptus neste último verão foi muito pobre, e algumas colmeias não resistiram. As amostras de mel coletadas foram insuficientes para a realização do conjunto de análises realizadas anteriormente e aqui descritas.”

Fluxo Gênico X Mel X Abelhas Andrade, S.E.O. et alii. Estudo sobre o uso de mel de abelha associado com plantas medicinais na comunidade Várzea Comprida dos Oliveiras, Pombal.PB. Agropecuária Científica no Semiárido. V.8, n.3, p. 45-50. 2012. O evento H421 da FuturaGene possui um cópia do gene nptll (neomicina fosfotransferase), gene que confere resistência a diversos antibióticos. A pergunta é: qual o EFEITO do npt ll sobre as bactérias presentes tanto no trato intestinal da abelhas como dos humanos (no consumo do mel). Em outros países os antibióticos são regulamentados para uso no controle de doenças em abelhas. No Brasil ainda eles não são permitidos. Entretanto, a presença destas substâncias nas colmeias, selecionará doenças resistentes a este antibiótico, o que pode ser uma tragédia no futuro se uma doença muito grave se tonar epidêmica, porque o controle será muito mais difícil.

“À página 28: Dificuldades encontradas: Era nossa intenção original, conforme apresentada na proposta do Projeto de Pesquisa submetido ao Edital, a colaboração do grupo Genotox-Royal para realizar estudos em animais (camundongos e ratos) para fins de avaliação da estabilidade à digestão e dos possíveis efeitos (cito)tóxicos, mutagênicos e teratogênicos. Para a execução destas atividades, esta empresa da Incubadora Empresarial do CBiot/UFRGS necessitaria de recursos financeiros de vulto e de pelo menos 12 meses para sua execução. Como informado acima (Item II), a reduzida disponibilidade de tempo entre a liberação final dos recursos financeiros (Out-Dez/2011) e o prazo concedido como prorrogação (Jun/2012) não permitiu que realizássemos estes estudos, que também incluíam a determinação da proporção de proteínas recombinantes e não recombinantes no mel e o efeito sobre bactérias do trato intestinal. Este, portanto, foi o item e objetivo mais prejudicado segundo nossos planos de análises.” Considerando que se trata de liberação comercial de um transgênico inédito, no caso de eucalipto GM, pode-se dar uma justificativa desta?

QUANTO TEMPO É CONSIDERADO IDEAL P/ CONLUIR QUE NÃO HÁ INTERAÇÕES NEGATIVAS OU INDESEJÁVEIS ??? Os organismos indicadores testados incluíram duas espécies aquáticas (peixes e Daphnia) um decompositor de solo (minhocas), microrganismos e espécies de insetos benéficos (como abelhas melíferas e nativas sem ferrão). Análises de composição do mel produzid o em área experimental com eucalipto GM e em área convencional também não mostraram diferença significativa na composição dos produtos das colmeias. Mel e bolotas de pólen extraídos destas mesmas colmeias foram utilizados, ainda, em estudos de exposição com abelhas melíferas e nativas sem ferrão. Todos os resultados obtidos mostram que é improvável que o eucalipto H421 cause efeitos adversos ou diferentes da cultura do eucalipto convencional sobre esses organismos nas condições de uso. PG 15 RESUMO EXUCUTVO Ciclo hoje de 7 anos

Os testes com possíveis interações foram feitos de forma adequada ? O Evento expressa, ainda, a proteína Neomicina fosfostransferase tipo II (NPTII) defivada da E. coli, que é utilizada durante o processo de transformação genética como marcador de seleção, por conferir às células que receberam o inserto RESITÊNCIA A ANTIBIÓTICOS DO GRUPO AMINOGLICOSÍDEOS (como a canamicina, gentamicina e neomicina) . Os testes com possíveis interações foram feitos de forma adequada ? Para permitir afirmar que não existem interações negativas em abelhas e na presença do pólen contendo material OGM

A CTNBio não pode considerar o OGM seguro na ausência destes estudos científicos. Esta informação é relevante considerando que foi detectado três vezes mais proteína Cel1 no pólen que nos demais tecidos (pag. 76)

Embora a afirmação (pag Embora a afirmação (pag. 130) de que o “O mel e bolotas de pólen produzidos a partir do evento H421, bem como as colônias de Apis mellifera instaladas na área experimental com o eucalipto geneticamente modificado, não apresentaram características distintas dos produtos de área de eucalipto convencional”, existem também questões relacionadas à qualidade dos dados. Segundo o dossier, o verão entre 2011 e 2012 foi bastante seco, e as colmeias, em ambos os locais, sofreram com a falta de água e de espécies para pasto. A produção de mel foi escassa e em cada uma das áreas, uma das três colmeias instaladas colapsou e se extinguiu. Além disso, é informado na página 133 que “Vale destacar que a área com plantas de eucalipto geneticamente modificado apresentava à época somente os plantios experimentais de eucalipto, com poucas plantas em florescimento, sendo ocupada em grande parte por campos de gramíneas”. Ou seja, as abelhas não foram submetidas a uma dieta somente com pólen de eucalipto GM. Além disso, no tratamento controle, “a área de produção convencional comercial é toda composta de plantio de eucalipto, com grandes extensões ocupadas pela cultura em estágio de plantas adultas, em pleno florescimento”. Observou-se que, prossegue o dossier na pagina 134 “uma das amostras produzida em área com eucalipto geneticamente modificado era composta basicamente de grãos de pólen de citros (41 a 47 %) e eucalipto (46 a 55%). Geralmente grãos de pólen de citros, Citrus sinensis (Rutaceae), não são observados em altas porcentagens em amostras de mel, por esta espécie apresentar grandes quantidades de néctar”. Assim, os resultados não podem ser tomados com ausência ou presença de risco.

Fluxo Gênico Contaminação para uso múltiplo (presente e futuro) 525 kg (10.000 ha ) – 125 p/ produção de mel (IPEF-2013)

Invasibilidade Conceito de Baixo X Potencial de Invasibilidade Silva, P.H.M., Poggiani, F., Mori, E.S., Di Ciero, L.. Potencial de invasão de eucalipto pelas sementes produzidas nos plantios comerciais. Circular Técnica IPEF. No 203, Agosto, 2011

7 anos 4 a 5 anos E037 AE349

Fluxo Gênico X Experimentos Campo Experimentos insuficientes – delineamento X distâncias Ecologia do Polinizador – SEM REPETIÇÃO Replicação no resto do pais ( só feito em SP)

Até 10 km Alternativa: Mais testes !!!!!

Fluxo Gênico se dá por meio do PÓLEN e de SEMENTES INVASÃO ????? Fluxo Gênico se dá por meio do PÓLEN e de SEMENTES Paisagens heterogêneas e com conectividade

PROMESSA DE CRESCIMENTO MAIS RAPIDO (REDUÇÃO DE CICLO) H20 (Inexistência de estudos !!!!) Potencializam os danos ambientais do eucalipto ( consumo de água e nutrientes ) Aumento de produtividade, não significa diminuição de área plantada / pelo contrário

A Fig 3 mostra que a medida que a floresta vai crescendo a produção anual de água vai diminuindo. Porém, essa diminuição começa a estabilizar por volta dos 5, 6 anos

ESTUDOS APRESENTADAS NÃO SÃO CONCLUSIVOS !! Fluxo Gênico – imprecisão nos estudos Potencial invasibilidade – estudos insuficientes Impacto na Ambientel – desconhecido (abelhas etc) , não foi avaliado – NÃO HOUVE TEMPO

A primeira premissa NÃO SE JUSTIFICA I. Ambiental – consumo água e nutrientes Experimentos insuficientes, levando em conta escala de plantio e amplitude ambiental (Brasil) A primeira premissa NÃO SE JUSTIFICA Redução área plantio + > conservação ambiental

João Dagoberto dos Santos jdsantos43@gmail.com