Luis Henrique Souza Aquaroli Pedro Lemos Camarero

Slides:



Advertisements
Apresentações semelhantes
Minerais e Rochas: Definições e Conceitos
Advertisements

CIÊNCIAS NATURAIS PROF. FERNANDO MARTINS
Flávia Spitale Jacques Poggiali
Engenharia de Minas.
1. ESTRUTURA ATÔMICA CONCEITOS FUNDAMENTAIS ELÉTRONS NOS ÁTOMOS
Total de exportações brasileiras
Introdução aos Materiais de Engenharia
DEPÓSITOS MINERAIS FORMADOS POR PROCESSOS HIDROTERMAIS
CIÊNCIAS DA TERRA - MODALIDADE GEOLOGIA GEOLOGIA ECONÔMICA (GE-803)
Corrosão - revisão 2011/1.
MINERAIS E ROCHAS.
1ª SÉRIE ANO– ENSINO MÉDIO
AULA 02 Materiais não ferrosos PROF: Elias Junior
Estrutura Atômica Aula 1.
Recursos Minerais.
COLÉGIO NOSSA SENHORA DE LOURDES
RECURSOS MINERAIS – BRASIL ESTRUTURA GE0LÓGICA
Uso do subsolo- recursos minerais orgânicos e inorgânicos
Fundição Prof. Hélio Padilha.
BIOLIXIVIAÇÃO.
Estrutura Interna da Terra
A ESTRUTURA INTERNA DA TERRA E AS PLACAS TECTÔNICAS
Minerais e Rochas Os minerais são normalmente definidos como sendo substâncias naturais, sólidas e cristalinas, geralmente inorgânicas e com uma composição.
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Disc. : Processos de Fabricação II Prof
ENGENHARIA DE PRODUÇÃO Disc. : Processos de Fabricação II Prof
QUÍMICA DESCRITIVA.
COORDENAÇÃO DE MATÉRIAS PRIMAS MINERAIS
CURSO DE ESPECIALIZAÇÃO EM EFICIÊNCIA ENERGÉTICA
Exploração de recursos geológicos
PROPRIEDADES DA MATÉRIA: Substância Pura e Mistura
Pontifícia Universidade Católica de Goiás
Energias renováveis e não-renováveis
Mecânica dos Solos I Prof. Francisco Leite.
Seminário RESÍDUOS: tecnologias e sustentabilidade APLs de base mineral, resíduos e sustentabilidade Marcelo Soares Bezerra CETEM (em publicação)
As rochas – Arquivos que relatam a história da Terra
A medida do tempo e a idade da Terra
Definição de metal. É um elemento, substância ou liga metálica caracterizado por sua boa condutividade eléctrica e de calor, geralmente apresentando cor.
CAPÍTULO 18 RECURSOS MINERAIS DO BRASIL
PROCESSOS DE METALURGIA EXTRATIVA E SIDERURGIA
Substâncias e Misturas
A MINERAÇÃO DE AREIA INDUSTRIAL NA REGIÃO SUL DO BRASIL
Hulha.
TRATAMENTO DE MINÉRIOS III - LABORATÓRIO
MATERIAIS METALICOS.
Metais e Metalurgia Eric Alexsander Poscidônio de Souza Cléderson Vinícios Rosa
Propriedades dos materiais
Estanho Aula 13.
Cerâmicas Aula 16.
Chumbo Aula 14.
Universidade Federal de Itajubá Metais e Metalurgia
Recursos Minerais.
Obtenção do Alumínio ALUMÍNIO.
Gestão Sustentável dos Recursos
ROCHAS METAMÓRFICAS.
AULA 2 CONCLUSÕES.
Contaminação por Mercúrio e Chumbo
As rochas componentes da crosta terrestre - Agentes de Transformação do Relevo O que são rochas?                         Rocha agregado.
Introdução Planejamento de Mina
ESCUDOS CRISTALINOS E BACIAS SEDIMENTARES
Ligações Químicas cicloexeno AAS acetona cicloexanona nitrobenzeno
Aula 13 – Ligas não ferrosas
Ligações Químicas cicloexeno AAS acetona cicloexanona nitrobenzeno
RADIOATIVIDADE O que você deve saber sobre É o fenômeno que ocorre no núcleo do átomo. Muitos núcleos atômicos são instáveis e, para adquirir estabilidade,
Características Gerais
Rochas magmáticas.
ROCHAS MAGMÁTICAS.
TIPOS DE ROCHAS.
Aula 16 – Ligas não ferrosas
1. 2 Processo da dinâmica interna da terra, através do qual qualquer tipo de rocha experimenta um conjunto de transformações mineralógicas e estruturais,
GRUPO DO TITÂNIO 2 INTRODUÇÃO O Ti é de importância industrial Grandes quantidades de TiO 2 são usadas como pigmento e como “carga”, e o metal Ti é importante.
Transcrição da apresentação:

Luis Henrique Souza Aquaroli Pedro Lemos Camarero Estanho Luis Henrique Souza Aquaroli Pedro Lemos Camarero

Definição e Características do elemento Elemento químico de símbolo Sn; Tem número atômico 50 e massa atômica igual a 118,7; É um metal prateado, maleável, e sólido, na temperatura ambiente; Metal representativo – grupo do Carbono; Elemento metálico não-ferroso; Isótopos estáveis: 10; Isótopos Radioativos: 18;

Principais propriedades Maleável; Pouco dúctil; Baixo ponto de fusão (231° C); Altamente cristalino; Elemento praticamente insolúvel em água a temperatura ambiente; Resistente à corrosão pela água (sofre ataque de ácidos forte e bases);

USOS

Extração  O estanho é obtido principalmente do mineral cassiterita onde apresenta-se como um óxido; O parâmetro para o consumo de cassiterita, é então, a demanda para produção do estanho metálico. O coeficiente médio aproximado é de 1,7 tonelada de concentrado de cassiterita com 72% de SnO2 (60% de Sn), para a obtenção de uma tonelada de estanho metálico.

Características de interesse à pesquisa mineral Clarke do Estanho aproximadamente 2 ppm (relativamente escasso se comparado a outros metais). Principal fonte provém da cassiterita, embora possa ser extraído secundariamente de outros minerais como a cilindrita, estanita, franckeíta, hidrocassiterita e herzenberguita.

A cassiterita é o principal mineral de estanho explorado no mundo e o único produzido comercialmente no Brasil. A fórmula química do seu cristal puro é o SnO2, sendo que, em peso, o estanho corresponde a 78,6% e o oxigênio a 21,4%. Cassiterita

Formas de ocorrência Cassiterita – intimamente ligada a processos de diferenciação magmática Rochas graníticas Mineralizações em placeres Torna-se conveniente enfatizar que as mineralizações estaníferas economicamente viáveis estão relacionadas, principalmente como minerais acessórios em rochas ígneas (graníticas) e como depósitos sedimentares residuais (aluviões, coluviões e eluviões).

Propriedades físicas da cassiterita Resistência ao intemperismo Densidade elevada Dureza entre 6 e 7 As características físicas da cassiterita tornam viável sua acumulação em depósitos do tipo pláceres, sendo que este tipo de depósito é responsável pela maior parte da produção mundial de estanho.

Outros minerais portadores de estanho e sua gênese Cilindrita - sulfeto de chumbo, estanho, ferro e antimônio, proveniente de veios hidrotermais estaníferos. Estanita - sulfeto de cobre, ferro e estanho, proveniente de veios contendo cassiterita.

Procedimentos de pesquisa Características gerais dos depósitos – granitos similares aos identificado como tipo A, intraplaca, ou de um modo geral, anorogênicos. Granitos com fracionamento avançado, altos teores de F, e geralmente fazem parte de associações litológicas afins às suítes de granito rapakivi. Procedimentos – em escala regional, devem ser selecionadas áreas com ocorrência expressiva de rochas graníticas do tipo A sem deformação expressiva, cristalizadas em níveis crustais rasos ou subvulcânicas.

Etapas da Pesquisa Granitos estaníferos do tipo A, por serem geoquimicamente evoluídos, são enriquecidos em ampla gama de elementos com grande raio iônico, incluindo Zr, Nb, Y, U e Th. Os dois últimos, assim como o K dominante em alcalinos dos granitos rapakivi, são capazes de gerar anomalias radiométricas em superfície. As possíveis mineralizações concentram-se geralmente nas fácies mais evoluídas e com assinaturas radiométricas mais intensas.

Etapa da Pesquisa Uma vez selecionadas as áreas mais prováveis, passa a ser importante pesquisar regiões com prováveis acumulações aluvionares de cassiterita, através da prospecção geoquímica em sedimentos de corrente, além de reconstituição de paleocanais para localizar possíveis placeres associados.

Etapa da Pesquisa Caso a pesquisa esteja voltada para mineralizações primárias, a pesquisa se volta para o interior dos maciços graníticos, através da petrografia de detalhe e da geoquímica das amostras, buscando as fácies geoquimicamente mais fracionadas. Este detalhe pode ser identificado através dos indicadores geoquímicos, como os altos teores de flúor, altas razões Rb/Sr e Rb/Ba, baixas razões Zr/Rb e K/Rb, dentre outros.

Etapa da Pesquisa Nestas áreas que exibem os comportamentos geoquímicos indicativos da mineralização, devem ser priorizadas as que exibem transformações hidrotermais mais intensas, representadas por greisenização, albitização ou epissienitização. Neste ponto, a petrografia passa a ser de extrema importância, para avaliar a natureza e a intensidade dos processos de alteração. Além disso, a presença de cassiterita em rochas hidrotermalizadas é evidência óbvia da potencialidade do maciço.

Etapa da Pesquisa Em pesquisa de mineralizações do tipo placeres, após a geoquímica de sedimentos de corrente e da localização de paleocanais capazes de abrigar depósitos desta natureza, prossegue-se a pesquisa pela geofísica de detalhamento Gravimetria

Reservas Mundiais

Reservas Mundiais

Reservas Brasileiras

Mercado Interno e Externo

Províncias Estaníferas Brasileiras

As reservas brasileiras de cassiterita estão cerca de 92% localizadas nos estados do Amazonas e Rondônia. A maior parte da produção esta centrada em 3 minas: Pitinga, Bom Futuro e Santa Bárbara. O restante da produção concentra-se em garimpos, mineradores independentes e cooperativas.

Principais Minas de Estanho

Mina Pitinga Município Presidente Figueiredo – AM; 300 km de Manaus. Fonte: GoogleMaps 2013.

Mina Pitinga Fundada em 1969, pertencia inicialmente a Mineração Taboca do Grupo Paranapanema e foi vendida em 2008 ao grupo peruano MINSUR; Grande potencial mineral, com grandes reservas: nióbio, tântalo, zirconita, criolita, xenotima e cassiterita (218 milhões de toneladas).

Geologia da Mina de Pitinga As mineralizações de maior valor econômico estão relacionadas ao Granito Madeira; As fácies apogranito ocorrem na porção central do Granito Madeira e contém mineralizações primárias importantes de cassiterita, constituindo a fonte principal de deposições aluvionares secundárias. Represetam 50 % da produção atual brasileira.

Lavra O minério primário e intemperizado emprega-se o desmonte mecânico com trator de esteira para escarificação, seguida da retomada do minério por meio de uma retro-escavadeira; O transporte dentro da mina é feito por caminhões fora-de-estrada, CAT 769 com capacidade de 28 t; No caso do minério aluvionar, emprega-se o método de lavra com dragas.

Lavra Lavra a céu aberto

Frente de Lavra em cava Fonte: www.mtaboca.com.br

Beneficiamento O minério primário de cassiterita, associado ao granito intemperizado da Serra do Madeira, é atualmente processado em duas etapas: Pré-concentração ou lavagem, onde obtém-se um pré-concentrado de cassiterita com 3,5% de Sn e; Reprocessamento do pré-concentrado.

Beneficiamento Fonte: www.mtaboca.com.br

Fluxograma de beneficiamento

Beneficiamento O minério é carregado por caminhões fora de estrada e despejado em moegas hidráulicas, com aberturas fixas de 406 mm; Em seguida, o remascente flui por gravidade por uma grelha vibratória de abertura 100 mm O material retido na grelha passa para um britador de mandíbulas 50 mm; Britador secundário de impacto de no máximo 26mm.

Fluxograma de beneficiamento

Concentração O minério com granulometria abaixo de 6,35 mm passa por uma bateria de 3 hidrociclones; Em seguida o material passa por uma bateria de jigues, peneiras, moinhose mesas vibratórias até que a granulometria final do concentrado seja inferior a 1,6 mm.

Concentração Final A usina de beneficiamento de Pitinga tem capacidade para tratar 50 t/h do pré- concentrado oriundo das usinas de lavagem, gerando por concentração gravítica um produto final de cassiterita que contém cerca de 50% de Sn e um misto com zirconita, columbita-tantalita e xenotima. Na última parte do processo são utilizados separadores eletrostáticos e eletromagnéticos.

Fundição do Concentrado A fundição do concentrado de cassiterita é realizado na filial da empresa (Mineração Taboca) no interior de São Paulo. A retirada do estanho é feita a partir de fornos elétricos de redução. Já o concetrado de columbita é processado na própria mina de Pitinga.