O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ E DO OESTE PARANAENSE

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Transcrição da apresentação:

O PROCESSO DE COLONIZAÇÃO DO ESTADO DO PARANÁ E DO OESTE PARANAENSE Adaptação da apresentação do prof. Valdecir Nath

Este é o primeiro proprietário de terras do Paraná 1534: Governo português divide o Brasil em capitanias hereditárias. Capitania de Santana é doada a Pedro Lopes de Souza. 1614: O Bandeirante Diogo de Unhate requereu e obteve uma sesmaria, localizada próxima ao Rio Superagui. Este é o primeiro proprietário de terras do Paraná

29/08/1853: Lei nº 704, d. Pedro II cria a Província do Paraná, separando-a de São Paulo. 19/11/1853, é instalada a Província do Paraná. Nessa época, o Paraná já possuía aproximadamente 62.258 habitantes.

SÉCULO XIX – OESTE DO PARANÁ Predominava o sistema Obrageiro. Doação de terras a companhias estrangeiras com o objetivo de construir estradas de ferro integracionistas. Estes grupos não fizeram outra coisa senão explorar madeira e erva-mate, contrabandeada para a Argentina, através do Rio Paraná.

Empresas Argentinas Presentes no Oeste do Paraná, no final do Século XIX e início do Século XX: Júllio Alica Domingos Barthe Nuñes e Gibaja Maderas del Alto Parana Mate Laranjeras (consórcio de capitais argentinos e brasileiros)

OBRAGE Propriedade de exploração típica de regiões cobertas de matas subtropicais, em território argentino ou paraguaio. O interesse de um obragero não era a colonização em regime de pequena ou média propriedade, nem o povoamento de suas vastas terras. Seu objetivo era a extração de erva-mate, nativa da região, bem como a madeira em toros, abundante na mata nativa subtropical.

OBRAGE Ligada ao binômio extrativista: erva-mate e madeira Essa prática foi evidente no Oeste do Paraná até o Mato Grosso do Sul, feita em grande parte pelos obrageros argentinos.

Durante o período obragero, o porto Guaíra foi o mais importante Durante o período obragero, o porto Guaíra foi o mais importante. Situado na região da antiga redução jesuítica destruída pelos bandeirantes paulistas, o povo viu espalhar-se ao seu redor um promissor povoado, possuindo comunicação via fluvial com São Paulo e Mato Grosso.

PORTO DE GUAÍRA

ARGENTINOS Adquiriam um propriedade; Obtinham uma concessão do governo paranaense a preços baixos; Maioria sem documentação: nem as pessoas, nem os acordos, nem as propriedades.

Organizavam uma expedição e desembarcavam na margem brasileira. Acordos internacionais garantiam aos navios argentinos o direito de navegarem no Rio Paraná, acima de Foz do Iguaçu. Organizavam uma expedição e desembarcavam na margem brasileira. (Sperança, p. 45)

TRABALHADORES OBRAGEROS Índios guaranis Descendentes de indígenas aldeados por jesuítas Mensus: mensaleiros (palavra de origem espanhola). Recebiam por mês. Aproximadamente 250 pesos.

A frente extrativa argentino-paraguaia aliciou os indígenas Guaranis e seus descendentes como mão de obra barata e abundante, não só nas obrages, mas também na navegação fluvial dos rios Paraná, Paraguai e seus afluentes. O guarani moderno, portanto, não resistia mais à moda antiga: não agredia fisicamente e não fugia.

“Os índios Guaranis que fugiam do contato com o colono paraguaio, após o fracasso das reduções jesuíticas, internaram-se nas matas e formaram os chamados caiuá, sobrevivendo no início do século, nas matas, inclusive paranaenses. As obrages recrutavam, portanto, seus trabalhadores no Paraguai, em Corrientes ou em Posadas.” (Sperançca, p. 47)

Mensus, índios e colonos HIERARQUIA NA OBRAGE Obragero Comissionista Mensus, índios e colonos

Os mensus também recebiam o ANTECIPO, adiantamento de dois ou três salários. Os comissionados tinham o papel de: Convencer o mensu a embarcar, Ir trabalhar nas obrages, Enquanto aguardavam, gastavam todo o adiantamento (jogo, mulheres, diversão, Embarcavam sem dinheiro, Contas a pagar, dependiam do patrão...

Ingressavam em uma região sem autoridade, sem controle, onde imperava a vontade do obragero ou captaz. No armazém era obrigado a comprar os gêneros alimentícios e roupas: O patrão lucrava duplamente.

1889: Fundação da Colônia Militar de Foz do Iguaçu – Governo Federal da República Constataram a existência de 324 pessoas: 212 paraguaios, 95 argentinos, 5 franceses, 2 espanhois, 1 inglês e apenas 9 brasileiros.

1930: Getúlio Vargas cria o programa “MARCHA PARA O OESTE” Objetivo: ocupar o Oeste e Sudoeste do Paraná com população brasileira, visto que de aproximadamente 10.000 habitantes na região, na época, apenas cerca de 500 eram brasileiros.