Aguarela do Silêncio Soneto
Quando o silêncio fala, fala à gente Como a presença de uma mão querida, Como um sorriso numa despedida, Como a saudade de um amigo ausente…
Quando o silêncio fala a pedra sente E, em abraços ternos, toda a vida Se expande, docemente colorida, Desde o amanhecer ao sol poente…
Então, em tons de verde eu deito a alma E beijo o meu azul ardentemente… Bebo o vinho vermelho do poente
E espraio-me na noite e nessa calma, Abarco tudo e todos no presente… Quando o silêncio fala e a pedra sente…
Soneto e Formatação de Maria de Aguiar Marçalo
Música de Offenbach por André Rieu