DE CORTIÇO A CORTIÇO – Antonio Candido

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Todos os anos, os cristãos comemoram o Natal no dia 24 para 25 de dezembro. A história nos diz que Jesus, nosso Mestre, em verdade não nasceu nesse dia.
Transcrição da apresentação:

DE CORTIÇO A CORTIÇO – Antonio Candido Vanda Tomaz, Sandra Leite, Graça e Ana Paula www.editoradcl.com.br casadoteatro.spaceblog.com.br

O CORTIÇO – ALUISIO AZEVEDO - 1890

O CORTIÇO - ALUIZIO AZEVEDO / L'ASSOMMOIR - EMILE ZOLA

MITO E HISTÓRIA EM IRACEMA VAGNER CAMILO – UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO GÊNESE DO ROMANCE: UMA POLÊMICA E UM ÉPICO NAUFRAGADO HIBRIDISMO DA FORMA: MESTIÇAGEM DA LÍNGUA INTERTEXTO: DIÁLOGOS MÚLTIPLOS MITO SACRIFICIAL E ALEGORIA DA HISTÓRIA REPAROS E CONTRIBUIÇÕES PARA O DEBATE FUNDAÇÃO DA PROVÍNCIA , FUNDAÇÃO DA NAÇÃO

Fonte: pre-vestibular.arteblog.com.br

HIBRIDISMO DA FORMA ABANDONO DA ÉPICA OPÇÃO PELA PROSA VERDADEIRO POEMA NACIONAL FORÇA PLÁSTICA E MUSICAL ABANDONO DA PERSPECTIVA DO HOMEM CIVILIZADO E ADOÇÃO DA ÓTICA DO FILHO DA NATUREZA MULHER COMO “SÍMBOLO DO AMOR, DA VIRGINDADE E DA MATERNIDADE”

ESTÁTUA DE IRACEMA – FORTALEZA – CEARÁ - BRASIL Fonte: turismo.culturamix.com./atraçoes-turisticas/estatua-india-iracema-fortaleza

QUESTÕES FORMAIS RECORRÊNCIA DE ARCAÍSMOS UTILIZAÇÃO DE TERCEIRA PESSOA PELA PERSONAGEM INDÍGENA PARA REFERRI-SE A SI PRÓPRIA PERÍFRASES SÍMILES DÍPTICOS ALITERAÇÕES CONTRIBUEM PARA A DIMENSÃO POÉTICA DO ROMANCE

ESTÁTUA DE IRACEMA – FORTALEZA – CEARÁ - BRASIL Fonte :www.brasil.gov.br/para/seçoes-regionais/ceara/escultura-de-iracema/view

MITO SACRIFICIAL E ALEGORIA DA HISTÓRIA PRESSÁGIOS •Constantes presságios “No recanto escuro o velho Pajé, imerso em funda contemplação e alheio às cousas deste mundo, soltou um gemido doloroso Pressentira o coração o que não viram os olhos? Ou foi algum funesto presságio para a raça de seus filhos, que assim ecoou n'alma de Araquém?” • Apontam para um fim esperado “A jandaia fugira ao romper d'alva e para não tornar mais à cabana.” “A filha de Araquém escondeu no coração a sua ventura. Ficou tímida e inquieta, como a ave que pressente a borrasca no horizonte. Afastou-se rápida, e partiu. As águas do rio banharam o corpo casto da recente esposa.” • Presença de um destino previamente traçado. “Foi algum mau espírito da floresta que cegou o guerreiro branco no escuro da mata” A cauã piou, além na extrema do vale. “A própria Iracema ao vê-lo pela primeira vez já visualizou a doce escravidão.” CAMILO(Pag.17) • As aproximações da Ará, a Jandaia cujo canto dá nome a província

REFERÊNCIAS BÍBLICAS Iracema = Raquel Moacir = Benoni (Filhos da dor) Iracema = Eva (Treece) Martin = Adão Moacir = Redentor Filho da dor = Filho da mão direita (Benjamim) “O primeiro cearense, ainda no berço, emigrava da terra da pátria. Havia aí a predestinação de uma raça?”

Diferentes ideologias Iracema = O Guarani O Guarani → 1857 Iracema → 1865 Diferentes ideologias

Citações Bíblicas “E aconteceu que, vendo Jacó a Raquel, filha de Labão, irmão de sua mãe, e as ovelhas de Labão, irmão de sua mãe, chegou Jacó, e revolveu a pedra de sobre a boca do poço e deu de beber às ovelhas de Labão, irmão de sua mãe. E Jacó beijou a Raquel, e levantou a sua voz e chorou.” Genesis -29,10-11 “E Labão tinha duas filhas; o nome da mais velha era Lia, e o nome da menor Raquel. Lia tinha olhos tenros, mas Raquel era de formoso semblante e formosa à vista.” Genesis -29,16-17 “E aconteceu que, tendo ela trabalho em seu parto, lhe disse a parteira: Não temas, porque também este filho terás. E aconteceu que, saindo-se-lhe a alma (porque morreu), chamou-lhe Benoni; mas seu pai chamou-lhe Benjamim. Assim morreu Raquel, e foi sepultada no caminho de Efrata; que é Belém.” Genesis -35,17,18,19

“E viu a mulher que aquela árvore era boa para se comer, e agradável aos olhos, e árvore desejável para dar entendimento; tomou do seu fruto, e comeu, e deu também a seu marido, e ele comeu com ela.” Gênesis 3:6 “Quando a virgem tornou, trazia numa folha gotas de verde e estranho licor vazadas da igaçaba, que ela tirara do seio da terra. Apresentou ao guerreiro a taça agreste. — Bebe! Martim sentiu perpassar nos olhos o sono da morte; porém logo a luz inundou-lhe os seios d’alma; a força exuberou em seu coração. Reviveu os dias passados melhor do que os tinha vivido: fruiu a realidade de suas mais belas esperanças.”

• As aproximações da Ará, a Jandaia cujo canto dá nome a província. “Foi algum mau espírito da floresta que cegou o guerreiro branco no escuro da mata” A cauã piou, além na extrema do vale. • A própria Iracema ao vê-lo pela primeira vez já visualizou a doce escravidão. CAMILO(Pag.17) • As aproximações da Ará, a Jandaia cujo canto dá nome a província.

Poema Pau-Brasil à maneira de Oswald de Andrade: UMA LÍNGUA DO PÊ Poema Pau-Brasil à maneira de Oswald de Andrade: Mais-valia crioula Para português negro e burro três pês: pão para comer pano para vestir pau para trabalhar. (Candido, p. 109).

O pão é alimento do homem, mas estendido ao animal aproxima um do outro.

O pano como metonímia da vestimenta, pode ser estendido de maneira figurada se houver uma confusão ontológica entre animal e homem: Burro (animal) e burro (pessoa sem inteligência)

O Pau, aplicado ao animal, reflui sobre o negro e dele sobre o português. (Cândido, p. 109).

Cândido detecta a existência de uma conotação implícita em seu significado inicial: a presença de uma visão derrogativa do trabalho que transparece na “feroz equiparação do homem ao animal, entendendo-se que não é o homem na integridade do seu ser, mas o homem = trabalhador”.

Diante disso, o “dito não envolve, portanto, uma confusão ontológica, mas sociológica, e visa ocultamente a definir uma relação de trabalho (ligada a certo tipo de acumulação de riqueza), na qual o homem pode ser confundido com o bicho e tratado de acordo com essa confusão”.

Cândido remonta à ilusão do brasileiro livre desse período que, “[ Cândido remonta à ilusão do brasileiro livre desse período que, “[...] favorecido pelo regime da escravidão, [acaba] encarando o trabalho como derrogação e forma de nivelar por baixo, quase até a esfera da animalidade, como está no dito. O português se nivelaria ao escravo porque, de tamanco e camisa de meia, parecia depositar-se (para usar uma imagem usual do tempo) na borra da sociedade, pois trabalhava como um burro. Mas enquanto o negro escravo era de fato confinado sem remédio às camadas inferiores, o português, falsamente assimilado a ele pela prosápia leviana dos “filhos da terra”, podia eventualmente acumular dinheiro, subir e mandar no país meio colonial. ( Cândido, p. 110).

Aluísio, dá grande importância à natureza, concebida como meio determinante, à moda naturalista, estabelecendo implicitamente, três possibilidades para a atuação dos personagens : 1. português que chega e vence o meio; 2. português que chega e é vencido pelo meio; 3. brasileiro explorado e adaptado ao meio.

“O tipo de gente que o [dito] enunciava sentia-se confirmada por ele na sua própria superioridade. Essa gente era cônscia de ser branca, brasileira, livre, três categorias bem relativas, que por isso mesmo precisavam ser afirmadas com ênfase, para abafar dúvidas num país onde as posições eram tão recentes quanto a própria nacionalidade, onde a brancura era o que ainda é (uma convenção escorada na cooptação dos “homens bons”), onde a liberdade era uma forma disfarçada de dependência. Daí a grosseria agressiva da formulação, feita para não deixar dúvidas: eu, brasileiro nato, livre, branco, não posso me confundir com o homem de trabalho bruto, que é escravo e de outra cor [...]”. (Cândido, p. 113).

Mas a verdade é que “dos figurantes a que caberiam os três pês, o português não é português, o negro não é negro e o burro não é burro. Na verdade estão em presença: 1º. o explorador capitalista (Português); 2º. o trabalhador reduzido a escravo (Branco); 3º. o homem socialmente alienado, rebaixado ao nível animal. (Cândido, p. 114).

ALUÍSIO DE AZEVEDO 1857 – 1913 AUTOR DE “O CORTIÇO” 1890 ÍCONE DO NATURALISMO BRSILEIRO TEXTO – BASE : “DE CORTIÇO A CORTIÇO” ANTONIO CANDIDO aal terradaspalavras.blogspot.com

Imagem de cortiço no Rio no começo do século 20, pouco depois da publicação do livro www1.folha.uol.com.br

Os personagens João Romão e Bertoleza “Proprietário e estabelecido por sua conta, o rapaz atirou-se à labutação ainda com mais ardor, possuindo-se de tal delirio de enriquecer, que afrontava resignado as mais duras privações. Dormia sobre o balcão da própria venda, em cima de uma esteira, fazendo travesseiro de um saco de estopa cheia de palha.A comida arranjava-lha,mediante quatrocentos réis por dia, uma quitandeira sua vizinha, a Bertoleza, crioula trintona, escrava de um velho cego residente em Juiz de Fora e amigada com um português que tinha uma carroça de mão e fazia fretes na cidade” O Cortiço, p. 17

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As lavadeiras damiaomartinspintor.blogspot.com www.tuaarte.com.br olhares.uol.com.br  www.skyscrapercity.com 

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O cortiço e/ou o brasil O acordar no cortiço “Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas”... O Cortiço, p. 38 “O rumor crescia, condensando-se; o zum-zum de todos os dias acentuava-se; já se não destacavam vozes dispersas, mas um só ruído compacto que enchia todo o cortiço”... O Cortiço, p. 39

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Cortiço em Lisboa 1906-1918 www.scielo.br

Crianças em cortiço do Brás – São Paulo www.crpsp.org.br 

Jerônimo e rita baiana ombros e braços nus, para dançar”... “E viu a Rita Baiana, que fora trocar o vestido por uma saia, surgir de ombros e braços nus, para dançar”... “ primitiva, feita toda de pecado, toda de paraíso, com muito de serpen- te e muito de mulher”... O Cortiço, p. 77

Filme “O cortiço” – 1978 Betty Faria - Mário Gomes Armando Bógus – Beatriz Segall Direção: Francisco Ramalho Jr. http://www.tvdegraca.com.br/imagens-filme.php?id=11622&titulo=o-cortico

O meio e a raça - A TRANSFORMAÇÃO DE JERÔNIMO “A vida americana e natureza do Brasil patenteavam-lhe agora aspectos impre- vistos e sedutores que o comoviam; esquecia-se dos seus primitivos sonhos de ambição, para idealizar felicidades novas, picantes e violentas; tornava-se liberal, imprevidente e franco, mais amigo de gastar de que guardar; adquiria desejos, tomava gosto aos prazeres, e volvia-se preguiçoso, resignando-se, vencido,às imposições do sol e do calor”... “E assim, pouco a pouco, se foram reformando todos os seus hábitos singelos e aldeão português: o Jerônimo abrasileirou-se”. “A revolução afinal foi completa: a aguardente de cana substituiu o vinho; a fa- rinha de mandioca sucedeu à broa; a carne seca e o feijão-preto e a pimenta- de-cheiro invadiram vitoriosamente a sua mesa; a couve à mineira destronou a couve à portuguesa; Jerônimo principiou a achar graça no cheiro do fumo e Não tardou a fumar também com seus amigos” O Cortiço, p. 92 A

CÂNDIDO E A TRANSFORMAÇÃO DE JERÔNIMO “A transformação de Jerônimo se traduz pela mudança de comportamento em casa. A seriedade paquidérmica cede lugar à alegria, ele adota a comida local e a sua força vai diminuindo enquanto os sentidos se aguçam e o corpo ganha hábitos de asseio.Tudo culmina numa certa aceitação triunfal da natureza,num gosto crescente pela “luz selvagem e alegre do Brasil”. Antonio Cândido, in: De cortiço a cortiço, p. 120 Analogia entre Rita Baiana (O cortiço) e Iracema (Iracema) Índia = virgem dos lábios de mel + licor de jurema Baiana = corpo cheirosos + filtros capitosos Iracema e Rita são igualmente a Terra Antonio Cândido, in: De cortiço a cortiço, p. 121

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Simbologia do sol em “o cortiço” CÂNDIDO : O símbolo supremo é o sol, que percorre o livro como a “manifestação da natureza tropical e princípio masculino de fertilidade”. Sol e calor são concebidos como chama que queima, derrete a disciplina, fomenta a inquietação e a turbulência, fecunda como sexo. Antonio Cândido, in: De cortiço a cortiço, p. 121 “Rita afagava-o, já sem a menor sombra de escrúpulo, tratando-o por tu, ameigando-lhe os cabelos sujos de sangue com a polpa macia de sua mão feminil. E, ali mesmo em presença da mulher dele, só faltava beijá-lo com a boca, que com os olhos o devorava de beijos ardentes e sequiosos”. O cortiço, p. 126

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De um lado: branco = europeu Oposição das raças De um lado: branco = europeu De outro lado: mestiço ou negro = brasileiro “Raça superior” = invasor econômico “Raça inferior” = natural explorado Rita descrita no romance “O cortiço” como “volúvel como toda mestiça”. Quando viu que o português a queria, trata logo de largar o capoeira Firmo, mulato como ela, porque “ o sangue da mestiça reclamou os seus direitos de apuração, e Rita preferiu no europeu o macho de raça superior”. Antonio Cândido, in: De cortiço a cortiço, p.122

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Morro da Providência – a mais antiga favela do Brasil pt.wikipedia.org/wiki/Favelas_no_Brasil