ENGENHARIA: PASSADO E PRESENTE

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Transcrição da apresentação:

ENGENHARIA: PASSADO E PRESENTE M3D-Vanderlí março/2000 ENGENHARIA: PASSADO E PRESENTE Prof. Erivelton Geraldo Nepomuceno Introdução a Engenharia Elétrica UFSJ

Engenharia: Arte de dirigir as grandes fontes de energia da natureza para o uso e a conveniência do homem (Thomas Tredgold, 1828).

Atua na Cadeia Produtiva  Insumos em Produtos Engenheiro: Atua na Cadeia Produtiva  Insumos em Produtos Processamento (Transformação) Entrada Saída

Origens da Graduação em Engenharia I Primeiras Escolas: Paris – França (unir teoria e prática) 1747 - École Nationale des Ponts et Chausseés 1783 - École des Mines 1795 - École Polytechnique, 1795 Monge, 1746-1818

1795 - École Polytechnique Professores: Monge, Lagrange, Prony, Fourrier, Poisson, etc. Duração: 3 anos Básico de Engenharia Após: École des Mines ou École Nationale des Ponts et Chausseés

Origens da Educação em Engenharia II 1790 – Lisboa  Academia Real de Artilharia Fortificação e Desenho 1792 – 1a Escola do Brasil e das Américas  Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho 1802 – Estados Unidos  Academia de West Point 1803 – Espanha 1815 – Viena/Áustria - Instituto Politécnico de Viena 1821 – Berlim/Alemanha 10 anos depois do Brasil Baseado em Telles (1994)

Primeira Escola de Engenharia do Brasil Antecedentes: Aulas de Fortificação: (RJ, 1699 – BA, 1710 – PE, 1718) 1792: Real Academia de Artilharia, Fortificação e Desenho (RJ) Fundador Conde Resende

1as Escolas de Engenharia no Brasil I 1792 – Rio: Real Acad de Artilh, Fortif e Desenho (UFRJ) 1874 – O Preto: Escola de Minas de Ouro Preto (UFOP) 1893 – S Paulo: Escola Politécnica de São Paulo (USP) 1895 – Recife: Escola de Engenharia de Pernambuco (UFPE) 1896 – S Paulo: Escola de Engenharia Mackenzie (Mackenzie) 1896 – P Alegre: Escola de Engenharia de P Alegre (UFRGS) 1897 – Salvador: Escola Politécnica da Bahia (UFBA) Baseado em TELLES (1994) e PARDAL (1993)

1as Escolas de Engenharia no Brasil II 1911 – B Horizonte: Escola Livre de Engenharia (UFMG) 1912 – Curitiba: Faculdade de Engenharia do Paraná (UFPR)  1912 – Recife: Escola Politécnica de Pernambuco (UPE) 1913 – Itajubá: Instituto Eletrotécnico de Itajubá (UNIFEI)  1914 – J de Fora: Escola de Engenharia de J de Fora (UFJF) 1928 – IME: antiga Escola Militar 1975 – Faculdade de Engenharia em São João del-Rei. Baseado em TELLES (1994) e PARDAL (1993)

Cursos de Engenharia – Era Vargas 1933 (1a regulamentação): Decreto Federal nº 23.569, de 11 dez 1933: “Regula o exercício das profissões de engenheiro, de arquiteto e de agrimensor”. Profissionais previstos: engenheiro civil; arquiteto ou engenheiro-arquiteto; engenheiro industrial; engenheiro mecânico eletricista; engenheiro eletricista; engenheiro de minas; agrimensor - engenheiros agrônomos; e geógrafos.

Crescimento do Número de Cursos Abr07 1.460 1933 1º Regul. Profissão: 31 cursos 45: fim 2ª guerra: 48 cursos 46: fim era Vargas 64 cursos Gov Juscelino: 56: 48 cursos 60: 99 cursos Lei 5194/66 Regula Profissão 146 cursos Res 218/73 Atividades Modalidades 235 cursos Res 48/76 Curric Min Res 50/76 Ênfases 261 cursos 1985 Nova Republ 381 cursos 95: Gov FHC 96: Nova LDB 525 cursos 1996/2005 78 cursos/ano 1966/1995 12 cursos/ano 33/66: 3,5 cursos /ano 2005 1304 cursos Fonte: Organizado pelo Prof. Vanderli Fava - UFJF

Crescimento do Nº de Cursos (Público X Privado) 2005 Publ: 523 ~40% Priv: 781 ~60% 1998/1999 = aprox: 348 cursos 1995 Publ: 295 ~55% Priv: 230 ~45% Até 1946 + 90% Publ 1946 a 1954 ~70% Publ 1956 a 1960 Era JK ~74% Publ 1966 a 1995 Publ ~65% a ~55% PÚBLICO PRIVADO

Distribuição Cursos por Estado (Público X Privado)

Modalidades (>10): Crescimento (1995 X 2005) Fonte: Organizado pelo Prof. Vanderli Fava (UFJF) - Dados INEP, 2005

Crescimento do No de Modalidades Denominações 1995 Plenas: 32 Habilitações/Ênfases: 56 Total de Títulos: 88 Denominações 2005 50 103 153

Listagem das Modalidades (50) SAÚDE/AMBIENTAL (13) Ambiental-82 Alimentos-57 Florestal-32 Sanitária-11 Pesca-8 Bioprocessos-7 Biomédica-3 Hídrica-2 Horticultura-2 Bioquímica-1 Aquicultura-1 Energia -1 Florestas Tropicais-1 NOVAS TECNOL (18) Computação-94 Controle Automação-49 Telecomunicações-34 Materiais-23 Mecatrônica-12 Eletrônica-10 Aeronáutica-5 Petróleo-5 Comunicações-2 Plásticos-2 Eletrotécnica-1 Expl/Prod Petróleo-1 Física-1 Infra-Estr Aeronáutica-1 Redes Comunicações-1 Sistemas Digitais-1 Teleinformática-1 Software-1 TRADICIONAIS (16) Elétrica-195 Civil-174 Mecânica-110 Química-60 Industrial-35 Agronômica-23 Agrícola-23 Metalúrgica-14 Minas-10 Agrimensura-9 Cartográfica-6 Têxtil-5 Naval-4 Fundição-1 Geológica-1 Fortfic/Construção-1 GESTÃO (3) Produção-200 Processos de Produção-1 Segurança do Trabalho-1 Fonte: Organizado pelo Autor - Dados INEP, 2005

Crescimento  Novos Enfoques Tecnologias de base informacional (computação, automação, telecomunicação, etc.); Utilização mais racional dos recursos do planeta e as suas conseqüências para o ambiente e para a saúde (ambiental, florestal, alimentos, bioprocessos, etc.); Gestão das organizações, dos recursos e das pessoas o que pode ser comprovado pelo vertiginoso crescimento da modalidade de Engenharia de Produção.

Modalidades: Novos Enfoques Gestão 1970: USP, UFRJ Modalidades: Novos Enfoques Tradicionais Saúde Ambiente 1960: UFRRJ, UNICAMP Novas Tecnologias 1950: ITA, S Carlos Fonte: Organizado pelo Prof. Vanderli Fava (UFJF) - Dados INEP, 2005

1 – Sistêmico/Organizacional Porque novos enfoques? 1 – Sistêmico/Organizacional Projeto Processamento Modela-Transforma Gestão Entrada Saída 2 – Sistemas mais Complexos Mais Tecnologia Produtividade Projeto Processamento Modela-Transforma Gestão Qualidade Competitividade Qual Perfil Profissional?

PERFIL PROFISSIONAL? E N G E N H E I R O “SOLUCIONADOR DE PROBLEMAS” Natureza do Conhecimento Raciocínio Lógico “SOLUCIONADOR DE PROBLEMAS” E N G E N H E I R O Base: Matemática, Física, Computação MODELAR “PROBLEMAS” Materiais, Tecnologia Processos, etc. PROJETAR TRANSFORMAR

Evolução do Perfil do Engenheiro Facilidade de Cálculos – espírito prático – aplicador de tecnologia - dificuldade para escrever ou se expressar Década de 50: Tecnologia de base Computacional, Automação Qualidade e Produtividade Década de 60: Projeto (menos tempo e menor CVP)  “MÉTODOS” Revolução Cultural  Humanas/Ambiente Década de 70: Energia, Produtividade e Competitividade Processos, Serviços agregados a produtos, Setor Serviços Gestão  Complexa (mais do que Administrar)

M3D-Vanderlí março/2000 DINÂMICA (Cordeiro, 2006) Não há mais formação profissional terminal. Recomenda-se eliminar a idéia de “formatura”, principalmente em engenharia. Prof Pirró e Longo - 2003

aprender DINÂMICA (Cordeiro, 2006) M3D-Vanderlí março/2000 DINÂMICA (Cordeiro, 2006) O analfabeto do novo milênio não será quem não souber ler e escrever, mas sim aquele que não souber aprender, desaprender e reaprender. aprender Prof Pirró e Longo - 2003

Exigências atuais de formação - PERFIL Acadêmica: MEC - CNE/CES 11 Exercício Profissional: CONFEA/CREAs “Mercado”: (Atributos - empreender) “Sociedade”: (Cidadão - compromissos)

PROVAS

PROVAS

PROVAS

PROVAS

VAGAS/CURSOS (Dados INEP, 2005) Vagas oferec Cand inscr Vagas ocup. % vgs ocup Rel. cand/vgs Administração 431.840 663.744 243.236 56,3% 1,54 (22º) Direito 212.739 554.169 144.845 68,1% 2,60 (9º) Pedagogia 153.962 219.708 81.234 52,8% 1,43 (24º) Engenharia 125.683 329.645 72.583 57,8% 2,62 (8º) Comunicação 103.228 188.512 53.205 51,5% 1,83 (18º) Medicina (30º) 14.501 313.429 14.205 98,0% 21,61 (1º) (º) Class entre os cursos com mais de 10 mil vagas oferecidas (~30)

Faixas de reprovação das unidades curriculares dos cursos da UFSJ – 2004 - 2006 [0%,30%[ [30%,40% [40%,50% [50%,60% [60%,100] Matemática 66,9% 12,0% 9,8% 6,0% 5,3% Eng. Mecânica Noturno 67,5% 5,8% 7,8% 7,0% 11,9% Eng. Elétrica Integral 70,2% 7,7% 5,9% 6,3% 10,0% Eng. Elétrica Noturno 70,6% 9,4% 8,4% 4,2% 7,5% Eng. Mecânica Integral 72,4% 6,7% 7,1% 8,0% Física 74,3% 7,9% 5,7% 2,9% 9,3% Química 80,3% UFSJ - Geral 85,3% 4,8% 3,6% 2,6% 3,7% Ciências Econômicas 85,7% 4,3% 0,7% 0,0% Filosofia 91,4% 6,6% 1,3% Música 94,7% 1,8% 3,5% Administração Noturna 95,2% 2,1% 1,4% Administração Integral 95,9% Psicologia Noturno Ciências Biológicas 96,4% 2,7% 0,9% História 96,8% 3,2% Psicologia Integral 97,3% 2,2% 0,5% Pedagogia 98,5% 0,8% Letras 100,0% Ciências Contábeis Educação Física

EVASÃO (INEP, 2005) Números aproximados: Curso Vagas oferec Cand inscr Vagas ocup. % vgs ocup Rel. cand/vgs Engenharia 125.683 329.645 72.583 57,8% 2,62 Números aproximados: Para 10 vagas  6 são ocupadas Para 10 candidatos  4 ingressam Para 10 ingressantes  5 concluem País formou ~26 mil Engenheiros em 2005 Potencial  ~78 mil Engenheiros