MOVIMENTO MODERNISTA Profª Patricia.

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Transcrição da apresentação:

MOVIMENTO MODERNISTA Profª Patricia

Em um período de grandes transformações, o séc XX deixou marcas, um momento de desenvolvimento tecnológico, político, social e cultural. Na Europa vanguardas artísticas ou arte moderna entravam em desenvolvimento. No Brasil, um grupo de artistas buscavam renovar, aprimorar a arte dando uma nova visão, uma visão mais nacionalista.

Mesmo com desenvolvimento industrial, aumento da urbanização e grandes transformações sociais, ainda existia muito do século XIX presente na elite conservadora que valorizava e imitava as manifestações europeias. Com Rio de Janeiro como capital, São Paulo ainda era provinciana, mas crescia e se urbanizava num ritmo muito intenso.

Três grandes ocorrências isoladas aconteceram anteriores a Semana de Arte Moderna: A exposição de Lasar Segall em São Paulo e Campinas , em 1913; a mostra de Anita Malfatti em São Paulo, em 1917; e a revelação d3e Brecheret, descoberto, em 1920, por um dos grandes artistas e intelectuais, quando trabalhava no Pavilhão das Industrias, também em São Paulo.

Pretendendo abandonar a imitação e os antigos valores culturais Pretendendo abandonar a imitação e os antigos valores culturais. Os modernistas desejavam desenvolver uma arte voltada para nossa cultura e realidade. Surgindo então um momento importantíssimo para a história da arte em nosso pais; a Semana de 22ou Semana da Arte Moderna.

Ainda ligados a antigos valores culturais e não aceitando renovações, muitas pessoas foram contrarias a exposição que ocorreu nos dias 13, 15 e 17 de fevereiro de 1922, no Teatro Municipal de São Paulo, Intitulada de Semana de Arte Moderna. Apesar de ter sido uma manifestação que ia contra o gosto das elites da época, a Semana de Arte Moderna de 1922 aconteceu num espaço da arte tradicional. Isso só foi viável graças ao empenho do mecenas Paulo Prado.

Homem de prestígio na sociedade paulistana, ele foi convencido pelos modernistas da pertinência de uma manifestação da arte moderna brasileira, e influenciou barões do café e nomes importantes a patrocinarem o evento. Do comitê patrocinador, tendo à frente Graça Aranha, faziam parte, entre outros, Paulo Prado, Alfredo Pujol, Renné Thiollier e José Carlos Macedo Soares. Entre os participantes, com presença anunciada,

figuravam músicos como Villa Lobos, Guiomar Novais, Ernani Braga e Frutuoso Viana; escritores como Mário de Andrade, Ronald de Carvalho, Álvaro Moreira, Oswald de Andrade, Menotti del Picchia, Renato de Almeida, Ribeiro Couto, Sérgio Millet, Guilherme de Almeida e Plínio Salgado; artistas plásticos como Vítor Brecheret, Anita Malfatti, Di Cavalcanti, Vicente do Rego Monteiro, Ferrignac, Oswaldo Goeldi, Zina Aita, Regina Graz e John Graz.

E enfim os arquitetos Antonio Moya e Georg Przyrembel E enfim os arquitetos Antonio Moya e Georg Przyrembel.O evento teve desde o início grande divulgação, pois muitos dos participantes ocupavam cargos de destaques nas redações de alguns dos principais jornais da época. Embora não faltasse quem se opusesse a sua concretização. O compromisso era chocar a sociedade com novas propostas estéticas, e havia sido alcançado.

Novos conceitos foram difundidos e despontaram talentos como os de Mário e Oswald de Andrade, Manuel Bandeira na literatura, Víctor Brecheret na escultura, Anita Malfatti e Di Cavalcanti na pintura e na Música Villa-Lobos. Apesar da estranheza que as obras artísticas causaram, foi a literatura que mais provocou reações da plateia.

Enquanto os poemas de Mario de Andrade foram vaiados, os de Ronald de Carvalho (que lia “os sapos” de Manuel Bandeira, receberam latidos ao em vez de palmas, levando-o a responder: “há um cachorro na plateia; vejam bem que não esta no palco”.

Os Sapos Os sapos Enfunando os papos, Saem da penumbra, Aos pulos, os sapos. A luz os deslumbra. Em ronco que aterra, Berra o sapo-boi: - "Meu pai foi à guerra!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". O sapo-tanoeiro, Parnasiano aguado, Diz: - "Meu cancioneiro É bem martelado. Vede como primo Em comer os hiatos! Que arte! E nunca rimo Os termos cognatos. O meu verso é bom Frumento sem joio. Faço rimas com Consoantes de apoio.

Faço rimas com Consoantes de apoio. Vai por cinquuenta anos Que lhes dei a norma: Reduzi sem danos A fôrmas a forma. Clame a saparia Em críticas céticas: Não há mais poesia, Mas há artes poéticas..." Urra o sapo-boi: - "Meu pai foi rei!"- "Foi!" - "Não foi!" - "Foi!" - "Não foi!". Brada em um assomo O sapo-tanoeiro: - A grande arte é como Lavor de joalheiro.

Ou bem de estatuário. Tudo quanto é belo, Tudo quanto é vário, Canta no martelo". Outros, sapos-pipas (Um mal em si cabe), Falam pelas tripas, - "Sei!" - "Não sabe!" - "Sabe!". Longe dessa grita, Lá onde mais densa A noite infinita Veste a sombra imensa; Lá, fugido ao mundo, Sem glória, sem fé, No perau profundo E solitário, é Que soluças tu, Transido de frio, Sapo-cururu Da beira do rio... Manuel Bandeira

Contudo, a Semana foi muito válida e de grande importância Contudo, a Semana foi muito válida e de grande importância. Depois da Semana, os modernistas passaram a amadurecer suas propostas e divulgaram suas ideias em artigos de jornal e revistas. Ainda em 1922 foi lançada a revista mensal Klaxon.

Principais Artistas José Oswald de Andrade (1890-1954) Foi jornalista, poeta, romancista e autor de peças teatrais. Escreveu poesias originais com humor, ironia e com uma linguagem coloquial, deixando de lado o purismo e artificialismo. “Figura mais característica do movimento”, segundo Mario de Andrade. Obras principais: Os condenados (1922), Pau-Brasil (1925), O rei da vela (1937).

Mario Raul de Morais de Andrade (1293-1945) Formou se em música, em 1917, quando publicou Há uma gota de sangue em cada poema”. Bacharel em Ciências e Letras,  Conclui, como voluntário, o Serviço Militar. Paulista da Capital, foi apontado, na época , como “Maluco e perigoso futurista”. Obras: Paulicéia desvairada (1922), Losango cáqui (1926), Macunaíma (1930).

Emiliano Di Cavalcanti (1897-1976) Fazia charges políticas na revista Fon Fon!, quando começou a pintar (1917) por influência do art Nouveau. Foi do Rio para São Paulo, em 1921, participou da Semana da Arte Moderna. Autor da capa do catálogo da Semana. Em Paris foi influenciado por Picasso e Braque. Obras: Scène brésilienne (1938), Duas mulatas (1961), Tapete para o Palácio da Alvorada (1960)

Duas mulatas

Menotti del Piccha (1892-1988) Escritor e poeta, pintor e escultor brasileiro nascido em São Paulo, capital, de destacada atuação no movimento modernista, autor do poema Juca Mulato (1917), obra de repercussão internacional e que teve dezenas de edições.  Autor de romances, contos e crônicas, de novelas e ensaios, de peças de teatro, de estudos políticos e de obras da literatura infantil.

Victor Brecheret (1894-1955) Pobre e órfão, foi criado pelos tios, com sacrifício, mandaram-no para a Itália, onde aprendeu escultura com Dezzi. Suas obras foram expostas, mas ele não esteve presente na Semana, tinha ganhado uma bolsa de estudos e foi para Paris. Seu grande projeto, o Monumento às Bandeiras, de 1920, só terminado em 1954.

Monumento às Bandeiras

Anita Malfatti (1989-1964) Responsável pela exposição em 1917, considerada embrião da Semana, recebeu grandes críticas , recém chegada da Europa, teve suas ideias inovadoras atacadas por Monteiro Lobato. “Paranóia ou Mistificação” foi o título do artigo em relação a exposição, com 53 obras, hoje celebres como O homem amarelo, Mulher de cabelos verdes, A estudante russa.

O homem amarelo

A Estudante russa

Heitor Villa- Lobos (1887-1959) Suas composições foram atacadas durante a Semana. Mas não era um modernista, apenas um clássico romântico com influencia impressionista. Autodidata, apreciador de sinuca, papagaios e crianças, deixou muitas obras, entre elas 14 choros e 9 Bachianas.

Tarsila do Amaral (1897-1973) Quadros influenciados pelo cubismo, foram mandados de Paris, onde a artista estava, para a Semana, voltou em 1924, quando uniu as linhas barrocas brasileiras ao cubismo, o que resultou no estilo Pau Brasil (que influenciou Portinari). Tarsila Formou o “Grupo dos 5” antropofagistas, com Anita Malfatti, Menotti Del Picchia, Mario e Oswald (com quem se casou em 1924).de Andrade

Segunda Classe 1933

Operários 1933

Abaporu- 1928

Lasar Segall (1891-1957) Italiano, recém chegado ao Brasil, expunha em São Paulo, depois Campinas, uma seria de obras que inovaram por darem mais importância à expressão do que a assuntos ou temas. Considerado pelos críticos um “pintor de almas”

Mãe preta

Bibliografia Arte em interação, volume único, ensino médio. IBEP Cantele Angela Anita e Cantele Bruna Reginata, Arte e Habilidade, IBEP 7º e 9ºAno Proença Graça.História da Arte, editora ática 2002.