CASTIDADE COMO CAPACIDADE DE AMAR

O QUE É CASTIDADE? “A castidade significa a integração correta da sexualidade na pessoa e , com isso, a unidade interior do homem em seu ser corporal e espiritual. A sexualidade, na qual se exprime a pertença do homem ao mundo corporal e biológico, torna-se pessoal e verdadeiramente humana quando é integrada na relação de pessoa a pessoa, na doação mútua integral e temporalmente ilimitada do homem e da mulher” (CIC 2337); Santo Agostinho: “amor ordenado que não subordina o maior ao menor”; Pureza.

O QUE É CASTIDADE? “A castidade é a afirmação cheia de alegria de quem sabe viver o dom de si, livre de toda a escravidão egoísta. Isto supõe que a pessoa tenha aprendido a reparar nos outros, a relacionar-se com eles respeitando a sua dignidade na diversidade. A pessoa casta não é centrada em si mesma, nem tem um relacionamento egoísta com as outras pessoas. A castidade torna harmónica a personalidade, fá-la amadurecer e enche-a de paz interior. Esta pureza de mente e de corpo ajuda a desenvolver o verdadeiro respeito de si mesmo e ao mesmo tempo torna capaz de respeitar os outros, porque faz ver neles pessoas dignas de veneração enquanto criadas à imagem de Deus e, pela graça, filhos de Deus”.

QUE SENTIDO HÁ NA CASTIDADE? Regular e canalizar o instinto sexual de acordo com a vocação própria – virgindade/celibato ou matrimônio; Não visa suprimir, como também não é falta de capacidade sexual ou apatia; Inclina a disciplinar com alegria a faculdade sexual – virtude.

FORMAS DE VIVER A CASTIDADE No Batismo, o cristão se comprometeu a viver sua afetividade na castidade, pois se vestiu de Cristo, modelo de toda castidade; Dimensões: Integridade da pessoa e integridade da doação (CIC 2338 – 2347); Temperança: comando da razão sobre os apetites; SOLTEIROS/NOIVOS e CELIBATÁRIOS: CASTIDADE NA CONTINÊNCIA; CASADOS : CASTIDADE CONJUGAL.

VALORES DA CASTIDADE Progresso na amizade e intimidade com Deus (“Bem-aventurados os puros de coração porque verão a Deus” Mt 5, 8); Evita os vícios criados pela luxúria; Faz crescer a alegria e força de vontade em viver a própria vocação; Cria respeito pela dignidade do ser humano.

Castidade na vida de solteiro Virgindade ou Celibato Disposição para amar em todas as fases da vida

Castidade no namoro “Ou não sabeis que o vosso corpo é templo do Espírito Santo, que está em vós e que recebestes de Deus?... e que, portanto, não pertenceis a vós mesmos? Alguém pagou alto preço pelo vosso resgate; glorificai, portanto a Deus em vosso corpo” (1Cor 6, 19-20); O namoro existe para conhecer, não o corpo, mas a alma do outro; Fornicação profana algo de especialmente sagrado em nosso corpo: a função de transmitir a vida;

Amor Conjugal Papa Paulo VI – Encíclica Humanae Vitae, 1968 : humano, total, fiel, e fecundo; pressupõe a “paternidade responsável”; Degraus do amor conjugal: Amor de apetência; Amor de complacência; Amor de benevolência; Amor de transcendência

Castidade Conjugal Modo humano e profundo de amar o cônjuge; Requer: Abster-se de desvirtuações ou abusos sexuais; Moderar o instinto sexual; Respeitar as leis da vida; Fidelidade conjugal; Renovar o amor mútuo;

PECADO CONTRA CASTIDADE Qualificação moral: pecado mortal por pensamentos, palavras e ações deliberados, sempre matéria grave; Sexo X Geração da vida; Também são pecados todos os atos que causam o desejo da fornicação, até mesmo olhares libidinosos: “Ouvistes o que foi dito: ‘Não cometerás adultério’. Eu, porém, vos digo: 25 todo aquele que olha para uma mulher com desejo libidinoso, já cometeu adultério com ela em seu coração” (Mt 5, 27-28); Pecado venial apenas sem pleno consentimento.

PUDOR Guardar e possuir a própria intimidade (corpo e alma); Prudência da intimidade: defende o mais íntimo de cada pessoa (também no matrimônio); Convida à moderação na relação amorosa; Inspira o modo de vestir pela modéstia; Varia com a cultura, mas permanece como pressentimento de uma dignidade espiritual da pessoa.

COMO VIVER BEM A CASTIDADE? Integralidade do homem; Meios: Sentidos externos; Sentidos internos; Espirituais.

FONTES Catecismo da Igreja Católica, 270 perguntas sobre Sexo e Amor, Dom Rafael Llano Cifuentes, 1995. Encíclica Humanae Vitae, Papa Paulo VI, 1968. Teologia do Corpo, Papa João Paulo II, 1979-1984. Exortação Apostólica Familiaris Consortio, Papa João Paulo II, 1981. O Teólogo Responde, Pe. Miguel Ángel Fuentes - IVE, 2010. Descobrindo a Castidade, Pe. Luiz Carlos Lodi da Cruz, 2013.

“É necessária uma cruzada de virilidade e de pureza que enfrente e anule o trabalho selvagem daqueles que pensam que o homem é uma besta. - E essa cruzada é obra vossa.” São Josemaria Escrivá, Caminho 121.