Como ler e interpretar o comando de uma Redação a partir de Charges

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Charges e Redação Como ler e interpretar o comando de uma Redação a partir de Charges.
Transcrição da apresentação:

Como ler e interpretar o comando de uma Redação a partir de Charges Charges e Redação Como ler e interpretar o comando de uma Redação a partir de Charges

A arte de ler o que não foi escrito Nem sempre nos damos conta de que, ao ler, estamos, freqüentemente, complementando as informações fornecidas pelos textos com outras informações de que dispomos, ou que inferimos a partir do que foi dito pelo autor do texto. Isso acontece porque nem sempre os textos trazem explícitos todos os elementos que participam da construção do seu sentido.

Comando 2

O Ministério Público e o Ministério da Justiça têm esboçado cobranças contra a má qualidade da televisão. Há denúncias e ações contra o programa Domingo legal, as novelas da Globo e tantas outras atrações televisuais. Na essência, trata-se de uma luta pelo direito a uma televisão brasileira que respeite o povo. Valério Cruz Brittos e Eder Fernando Zucolotto em 05/12/2006 A partir da leitura da charge, bem como do texto de Valério Brittos e Eder Zucolotto, escreva uma carta a uma emissora de TV na qual você discorra sobre a má qualidade de alguns programas exibidos, pedindo providências à direção da emissora. Você pode citar partes do texto de apoio, porém, não deve “copiá-las”. Seu texto deverá ter de 10 a 15 linhas.

Interpretação da Charge Ao ler a tira, uma pergunta deve ser feita: como Mafalda pode criticar um programa, se o aparelho de televisão está desligado?

Reconstrução do raciocínio de Mafalda para preencher o que não foi dito Nos dois primeiros quadrinhos, Mafalda passa em frente à TV e imediatamente emite um juízo de valor: “... Que droga de programa!” O estranho é que, no quadrinho seguinte, a menina se dá conta de que a TV está desligada. Ora, uma TV desligada não transmite nenhum programa. O que explica, então, o juízo inicial de Mafalda? Há algo não dito, mas pensado por ela, que antecede a emissão desse juízo.

1º dado: ela considera o programa uma droga; 2º dado: A TV está desligada, portanto não há programa algum no ar; 3º dado: Mafalda pede desculpas por ter omitido aquela opinião pela força do hábito.

Concluindo: Se Mafalda está habituada a pensar que os programas de TV são uma droga, esse é um juízo que já faz parte da opinião da menina sobre a TV. Ela não mais observa o programa, simplesmente conclui, baseada no seu julgamento prévio, que todos os programas de TV são ruins.

Assinale o que for correto quanto à interpretação da tirinha a) As reticências evidenciam a dificuldade de o paciente se expor. b) “Algum” expressa a incerteza do terapeuta quanto à natureza do rompimento. c) “Sei” revela o conhecimento prévio do terapeuta sobre o problema do paciente. d) “por quê”, nos quadrinhos 1 e 2 está grafado com acento porque está em final de frase. e) “isso” refere-se, especificamente, aos elementos “elo”, “rompimento” e “ruptura”.  

Assinale o que for incorreto quanto ao que se pode inferir do conteúdo da tirinha. a) O paciente exclui a mãe dos seus possíveis transtornos psicológicos. b) A auto-estima do paciente se rompeu devido aos seus relacionamentos amorosos c) O terapeuta e o paciente têm diferentes pontos de vista sobre a imagem materna. d) O autor não vê relação entre “mãe” e “relacionamentos amorosos”. e) O paciente não vê relação entre “mãe” e “sentimento de abandono”.

Texto 1 De classes e esperanças (Clóvis Rossi) Talvez nada seja tão didático a respeito do que Elio Gaspari chama de “andar de cima” e “andar de baixo” do que o caso dos brasileiros “inadmitidos” na Espanha. Antes, confesso que acho esse “inadmitidos” um horror, mas tecnicamente é isso: quem nem sequer foi admitido, não pode ser expulso, como seria a palavra mais adequada, tecnicalidades à parte. Os universitários, ainda por cima, pertencem à cobertura do andar de cima, posto que são uma da USP e os dois outros do Iuperj. Nada contra o escândalo. Tenho, no entanto, dúvidas sobre a eficácia da represália adotada. Pode lavar a alma de brasileiros cujos brios patrióticos estão à flor da pele, mas não vai livrar a cara de brasileiros que chegam a Barajas. Ao contrário, pode provocar uma escalada de retaliações. O ideal − ou o possível nesse círculo de ferro − é a política espanhola para os países pobres da África: tentar ajudá-los para evitar que seus habitantes emigrem. Até agora, funciona precariamente, é verdade. Mas é melhor ajudá-los no ponto de partida do que barrá-los no de chegada. Não vale para o Brasil, que não é pobre, embora tenha inaceitável quantidade de pobres. O ideal seria que a esperança vencesse mesmo o medo, na vida real e não só no gogó de governantes, como demonstra o tamanho da diáspora. Folha de S. Paulo, sábado, 8 de março de 2008. A2, Opinião.

Voltemos ao tema central Voltemos ao tema central. Todos os dias, brasileiros são inadmitidos ao desembarcarem no aeroporto de Barajas. No mês passado, foram 452, o que dá 15,5 por dia, já que houve apenas 29 dias. Ninguém nunca fala nada (nem nós da mídia, que, de resto, nem ficamos sabendo). Basta, no entanto, que três universitários − uma no mês passado e dois agora − entrem na lista de inadmitidos para que se arme um baita escândalo e se chegue ao ponto do olho por olho/dente por dente, com a inadmissão de espanhóis em Salvador.

Os universitários, ainda por cima, pertencem à cobertura do andar de cima, posto que são uma da USP e os dois outros do Iuperj. Nada contra o escândalo. Tenho, no entanto, dúvidas sobre a eficácia da represália adotada. Pode lavar a alma de brasileiros cujos brios patrióticos estão à flor da pele, mas não vai livrar a cara de brasileiros que chegam a Barajas. Ao contrário, pode provocar uma escalada de retaliações. O ideal − ou o possível nesse círculo de ferro − é a política espanhola para os países pobres da África: tentar ajudá-los para evitar que seus habitantes emigrem. Até agora, funciona precariamente, é verdade. Mas é melhor ajudá-los no ponto de partida do que barrá-los no de chegada.

Não vale para o Brasil, que não é pobre, embora tenha inaceitável quantidade de pobres. O ideal seria que a esperança vencesse mesmo o medo, na vida real e não só no gogó de governantes, como demonstra o tamanho da diáspora. Folha de S. Paulo, sábado, 8 de março de 2008. A2, Opinião.

Texto 2 São Paulo, 9 de março de 2008. À Folha de São Paulo, “Parece-me absurdo o cavalo de batalha que vem sendo construído sobre um fato corriqueiro. A expulsão de brasileiros da Espanha pro não apresentarem as mínimas exigências é prática legal em todos os países do Espaço Schengen. O embaixador brasileiro sabe, ou deveria saber que, no caso dos “estudantes” bastava ir ao departamento da polícia do aeroporto e dizer que se responsabilizava pela estada deles no país, e os policiais teriam aceitado deixá-los sair do confinamento.

Também é verdade que, em toda a Europa, há a tentativa de muitas pessoas tentarem ficar, chegando com visto de turista e se “esquecendo” de voltar. Para isso basta ver, no Yahoo Respostas, quantas vezes as pessoas perguntam como devem fazer para ficar. A “ordem” de devolver sete espanhóis de Salvador, em retaliação, é uma das maiores estupidez que conheço, pois estou quase absolutamente seguro de que eram turistas, uma vez que Air Europa é uma empresa que faz vôos regulares de turistas para Salvador e Fortaleza. Assim, o governo está fechando uma das portas de ingresso de dinheiro na conta turismo. Atenciosamente, Edson Cruz

ESPANHA

Assinale o que for correto quanto ao que se pode inferir.  a) O aeroporto retratado pelo chargista evoca o sentimento de desamparo do imigrante na Espanha. b) O chargista marca a posição do imigrante brasileiro em relação a “andar de cima” e a “andar de baixo” (texto 1). d) A arena representa os espanhóis em posição de expectadores das humilhações e dos constrangimentos do imigrante brasileiro. e) A mochila da personagem da charge representa o turista brasileiro “se esquecendo de voltar”.