Parte XVI Igreja Matriz de Santo Antonio

Corria o ano de 1909 Foi nesse ano que Antônio Agu deixou Osasco para jamais revê-la: em viagem de visita a parentes e amigos na Osasco italiana, ele faleceu. Em sua homenagem, os amigos que aqui ficaram mandaram rezar uma missa na capela localizada na atual rua Primitiva Vianco, na realidade um pequeno salão, único local existente no distrito para o povo católico se reunir para oração. Por não possuir um vigário, nessas ocasiões eram solicitados padres à paróquia mais próxima, a da Lapa. Foi então que, liderados por Arthur Vasconcelos, os moradores iniciaram uma campanha para erguer a igreja.

Fundaram a "Liga dos Interesses Locais", entrando em contato com herdeiros de Antônio Agu, a neta Giusephina Enrico e seu marido Césare Enrico, solicitando a doação de um terreno localizado no alto de uma colina, de onde se podia divisar todo o emergente distrito. Confirmada oficialmente a doação, marcou-se para o dia 15 de maio o lançamento da pedra fundamental da futura igreja.

E não foi difícil escolher seu padroeiro: Santo Antônio, por ser este o santo protetor de Antônio Agu. São Pedro parece não ter gostado da escolha: no dia marcado, um temporal impediu a realização da solenidade, que aconteceria somente no dia 13 de julho, com a presença do arcebispo de São Paulo, Dom Duarte Leopoldo. Com reuniões realizadas na chácara de Jacob Fornazari (atual jardim Agu), a comunidade se organizou para angariar fundos a fim de iniciar a construção. Em 1927, mesmo sem cobertura, já se realizaram na igreja batizados, missas e casamentos

Em 24 de agosto de 1930, por decreto da Cúria Metropolitana de São Paulo a comunidade de Santo Antônio passou à condição de paróquia, sendo denominado vigário canônico o padre passionista Damasso do Rosário. Segundo relatórios encontrados no arquivo da paróquia, "o novo vigário, apesar de bastante idoso, pôs com muita energia, braços à construção da nova matriz, há muito tempo começada e abandonada. Tal foi a sua atividade, que sete meses após, conseguira cobrir a nova igreja".

A cada imóvel antigo ou monumento demolido é destruído parte da história da nossa cidade. Vamos ficando sem referencia.... Como um cidadão que não tem identidade que não se conhece ao se olhar num espelho. Não consegue criar vinculo nem amor com seu espaço não sente carinho pelo lugar, pois ao olhar não enxerga ali parte da sua história ou dos seus antepassados. Tenho certeza que muitos osasquenses que estão acompanhando estas montagens entendem perfeitamente o que digo. Hagop Garagem

Música: Ave Maria Johann Sebastian Bach Agradecimentos a José Luiz (bico de pena) por ceder parte do seu acervo para Hagop Garagem Contatos: Todas as fotos dessa montagem e das anteriores estão, em alta resolução, no meu site: Produção e montagem: Hagop Koulkdjian Neto